LENDA

O Curupira i o dutndt-
proletor de todos os bz'chos e
tôdas as árvores da plantcc
amazo'1-ica. É um endiabrado
caboclz'nho de um metro d
altura, frauzino com um zínt'-
co olho brtlhando no meio da
testa e os t·alcanhares voltados
para traz. Usa no pescoço um
capuz como de frade e tem
rt cabeça raspada. Dt'z,erte-se
1m atrapalllar os caboclos que
st atrevem a pmétrar na flo-
resta. Esconde-Se atraz dos
troncos das árvorts e asso6ia
chamaHdo o ca;ador. Este,
atraído pelos sucessivos cha-
mados que partem dos pontos
mais diversos da mata, acaba
por perder completamente o
rumo. O espetaculo do homem
assim des(wientado e alucina.
d•. provoca no curumim-de-
monio a mais dtscomedida hi-
laridade. Suas rizadas eslrt'-
dentes vt'bram tHião por tôda
a imensa floresta virgem ...

•.

Mára - a interprete maxima do folk-lore amazonico -

CURUPIRA
CANCAO

Da Sêrle LfNDAS AMAZONICAS de Valdemar Henrique

I -- Foi Botó Sinhá
I - Cobra Grande
ID- Tamba-Tajá
IV - Matintaperêra
V- Uirapurú
VI - Curupira
VU- Manha·Nunqára .N. 3305
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CURUPIRA
Canção
Letra ttMlisica de VALDEMAR HENRIQUE

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CANTO
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 CU R U P R A
CANÇAO

de Valdemar Henrique

Já andei três dias e três noites. pelo mato, sem parar

e no meu caminho não encontrei nem uma caça prá matar
:::>ó escuto pela frente, pelo lado. o curupira me chamar,
ora, aqui, ora ali s'escondendo, sem parar n'um só lugar •..

Por êsse danado muitas vezes me perdi na caminhada

e nem Padre-Nosso me livrou dêsse malvado da estrada.

Curupira feiticeiro !
Sái detr az do castanheiro, •
pula prá frente ,
defr onta com a gente ,
negrinho, covarde, matreiro.
Deixa o cabôclo passar

Ediçã o " A M EL O D I A "

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São Paulo - Brasil

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