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! farmé, "Thc 'Imprtssionis and' E.d a.td Manet", em Penny florence M,dlarmt_
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.1 Mantt, and .Redon.Cambrid~ ~m ridg ·versity Pres5> 1.986,pp. n-8.
34 s_obre a importAn · e ·trutural da cor ve:ràe .ria obra de an , ver ~la Hopp, &lou-
TR S .!
ard fand: Farbe und .8ildgt!talt, Berlim~Wa.Jt de Groyter, 1968, p. ~ -58,116,-37.
3S A rlmeira ed·~ão dessa sé ·e m água-forte ~pare~ 1881~embora O$ de$cnhos Modernidade,
a nanq~ tenham sido exi ~dos em 1878. Ver Christi ne Herte, "Irony, Dream.and hiperestimulo
rc1scb: ax i gf!'t'sParaphmseofrheFindinr,ofaGiow:and ermanMo nism", e o início do
A rt Bullet{n 74, pp. 91 -114, mar. 1~92.
ensacionalismo
36 Gilles Dele~, Cintma:_ The Movement-Im,igi , trad. de Hugb ~nson, Minneapo-
popular
lis: Unive ity of Minnesota Press, 19-8-6, p. 56. Ci11ema: a imno
-,o ~movimente, trad .. •• ,.,e.-~
...
de St~- e.nra, ·o Pa · B sülc-nse. 1985.} ... z(
, •·... · ; Ben Singer •
37 Muybridge escs t-m Paris entre te- ro de 1881 e março de 881.
Sua primei do roopra.xioo~ pi . foi durante uma rt<ep' . ...,
,_ ç.io artística n.i d Juks•Etien M y q~e oontou co a presença ~ Htlm-
h luc do fotógrafo d r,cntre outros. Para ;scussões sobree.ssav· ha., ver~rt Das muitas idéias que se so rep em T acionada ao termo "modernidad eº
o Bàrtl Haas, M.uybrulge: Man in Motion, BukeJ ·}~los Ang~ies. Londres; Uni ers·1y (e d íxando de lado o gran·de núme ~ sign' cados adjacentes denotado
00 _OÍ CaliÍ1 rnfa Press, 1976, pp. 12;,~32, e A.n,o R3.b inbãdi, The I-luman Moto-,, pDr tim derni o») talvez ~ês tenham domina o o pen mento con empo-
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York: Basic: Boo~ · wci, pp.100•02. âneo. mo um co·oceito móral e político, a mode id~ ugere o desam-
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paro ideoló i o" de uin ro~do pós-sagrado e pós-feudal no qual todas as ~- .
G~y," -2.o, $ < : ~ re. 1 \/~."-- ~.n~~:.. o CA~4 nor · as e valore$ estão
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sujeíios ao questionam
. n1o. C~mo um con eito g-
~ \). ~ N'vO '?~ -~-- . <Z . (~l, = ~f
nitiv ' a . odernidade ~p 8: para o su:rgimen o da raciooalida e i!lstrU.:.
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6 ~ IN\le •• O a m · dura m;te)ectual . meio da qual o mundo é per b'
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&~c& :N~ e construído. Com uni c.on eito ·soo con6mico a moderni~de ·goa
-... uma grande quantidadê de mudança t~no1ó · e sociais que om~am
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d~ de ·~ -c~trira de e nsunio .. massa e
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O interesse recente l teorias sociais 4e Geor immel. iegfri d Kra-
.i : .. cau r e Walter njamin de· ou claro que também e tamos lidando com
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. ; . . . . .- . ~ . .. . ,. . uma q arta grande definição de rn,o dernidade. Ess teórico centraram- ll5
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se n qu podemos chamar deu a concepÇão neurológica da_moderni-
''As cidades, . c~aro, sempre foram moviment das, mas nunca haviam
dade. Eles afirmavam qu a mode nidadt tambem tem q e ser ent ndida
~ido tão movimentad as qua;nto se t'!maram ogo a t da vi ada do · ulo.
como um r gistro a xpe.riência u ~etiva fundamenta ente d.is . t >
o súbit<? '1umento da pop láçâo ~ban·a (q _e nos Estados Unidos mais <lo
caracterizado pelos eh qu~~ icos ~ · rceptiv do ambient~ urbano mo-
e qua<b-uplicou ênt.re 1870 _~191ô)· a int~s· caçao_da ati idade comerei~,
derno. Em certo sentido, esse argumento é um desdobramen · da co cep-
à p~liferação dos sinais e a nova de idad e cornpiéxidad e d trâ · da
ção socioecon mica d modernidade ; no entanto mais do e simples-
:ru (em parti .. ar com a grande expan-são dos bondes e] trico na década
mente apont para o can as m danças t n gica • d mográfi e de 1890) tornaram a c·dad um ambiente uito ma.i abarr ado, caótico e
ômica do pit ·smo avançado, Simrnel, Kracauer Benjamin e a-
e~~an do u j mais havia sido no pa ado [fig. 3.1).~ Basta assistir a
tizaram s mo os pelos qua·s essas muda ças tran ôrma:ram a ·es tura
imagens do primeiros ~es de a ualid de-s" de Manhattan, Berlim, Lon-
da exp :riência. A modern ·da e i plicou rn mun o feno enal - espe-
d res ou Paris- sem me · ar e· _a menores como Lyon, na França,ou
cificamente bano - que era marcadam nte ais rápid , caótico. frag-
Harrisburg, na Pe~s · vãnia - _para se convencer da a rma~o de Simmel
:1 men do e desorientado r do que as fa e anterj r s da cultura humana.
-l como un à síntese~ se não de tpdos os aspectos da experiência odei na,
:.'f Em mefo à turbulência s prece-d ntes d tráfeg •?~h r;>, pain · js, sin is
1 pelo.J"?enos de uma e sjgnificaf a dela.,
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d~ tri.n ·t~ -multidões que e a velam, vitrines e ú .cios da cidad
..Para conte ualizar as c~ncep - es da m midade em Kracaue.r e e -
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rios prementes capit · smo moderno e p la vel c:iéiade mpre ace1e- enfatiza suas •~urgên ci _. , ~~e~i ades, s recarg~ sensoriaÍ~ d~rientação ,
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ada da linha de montagem. , ..
à mel~i de inai e·_imágeru;~~e sobre e muito à ~oncepção neurológica de
..·, A m ~nidade, em resumo, fo. COil ce L.a como w:n: bombardcib de est-í- a
oder - ida e> ejí: sobrep~-i ção c-pmplêt.a o não [fig. 3-1).'f
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mui . Como afirm u Simm. em seu ensai de 1903, ~ '. fi.1.e ró~ié e ~.vida:
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P~r outri lad~, ~~s s~Preerid~mos em consiatar o quanto Kraca er e
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men "(um e.no ruciaJ para Kracauer e Benj in), a :_~derni<:i3~ envol- •
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· de ~a, c?"1 <> ritmo e a mult1plicidade da vida conômica, o~j>acional e oc~l. a e Leger)> p anqo p~r comeptários leigos ( ni as discussões ubíquas
cid"ade cria um contraste profundo com a cu:uuk pequena e a ~ida rural em rela- sobr neuraste · ia) e caTtuns-n~·im prensa ilustrada (tan o em re istascómi-
. .
116
~~ farul.amerztos m~riais da vidtt pslquica.1 cascomo_Pu~ Punch, Juáge e Life quanto:em jornais s nsaciona istas popu-
lares como World e J, urnal de ~ova York).s 117
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tamente revoltada causava sup<>Stos a identes com norme tjestruição de pro- discurso dope f, . do ·.obre a vida moderna.Muito cart repres ntn-
priedades e vidas, enquanto nitidament ria do homem, que gf!mia I! clamava e ram a nova paisage,m de~ _éclió comer ial como um tipo estímulo · rrí-
. tremeeia impotente, ma.$ nut1«1 p01 um úruco instante podiaparar. As estrádas v~J ..a~iVi (fig.3.3]. Outros, _retr~t~_do aglo er o repletos~~-ª ~ -~º~ ..
de ferro sozinha.t aproximaram- e da carnificina da guerr~~l?S automó~~ e as àe p~estres, ilusq~am con:i ~tensidade (cinq ~ anos à fre t ) a sugesw
armas de fogo tkvastaram a sociedade. até que um terremct~- tornou-s(quase tão (_l~:Benjamin ~e que «medo> rep sa e horror era as emoções que a
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; um relaxamento nervoso.6 multidão.da cidade.grande despertava naqu~les que a ob erva pela pd-
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meira_vez" (fig. 3,4], 8 Uma il~ação d~ 1.909 m revista Life, intitulada "Ci-
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ssen riais [fig.3.5].Sua combinação ... ~,.
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de ·múltip -~ per ectivas ~aç~temporai em um campo visua único e
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. inst~t~~ ~al unsanc:,s ant do.cu~ismo) ~ i t e a intensidade ea frag-
l.2.0 3. t4ows<f Pune , 1886. · ..
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me ~çãidàs erce es da e eri nc·a urbana.9
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fundo painéis an tricó [fig\ 3-7]. Essas figuras com~nicavam um~ a sieda de e m
i 122 nal ensacionalista chamadQ. 1Nhirl ~ elação à pe-
ibj e <;lomini ' Je film
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de boxe. ricul9 'dade da vid~ na ·
dade .m · rna e ~bém sim li2ava m os tipos
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WJ\ E Of A CA.1;3 CAfiL
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d choques e sobressaltos ne-rvos?_s aos qu&s o ll1divíduo_~ava suj .ito no
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novo amb'ente urbano.
O tema distóp ·co dominante ' a virad do século destaca: a os terrores
;·.9 y ho~~-or do ~r oklr,nt'', 11te itdarâ, 1895. ~t afia se lê:.;'<O carro de nde
. . i!npl~~~ ' !'ac m~ou o t viti a. à s lis de inocentes massacrados e continua ... j
tr .to d cidade grande> em especial co . relação aos r iscos·Élo ?onde
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jÇ ~ contr~Je. ues·ic cidadâds pi-ot staram e ~1 impre u 1ida atacou, m 11 - '
elétrico [fig 3.8 3-9, o). Uma pleto a & imagens pti itando torr ~resd
,"- . ado,o.~ opólio ~i~ -0: ~nde. Atéo~ 1 es âfrocoesem io.Amor-
~ 124 pedestres feridos, ilh d "inocentes massacra ur dees eletos tandade:~6n i ua'.ôqueo.Broo ynía '?'' •. 12.-5
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A orte não natural desnecessário dizer, tamb~n_i avia sido uma fonte de
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mdo tenipospré-mod~rnos {~ par~icuJ~ ~Jli .Ji ação a desastres epi-
d icos. e natur ·se .a falta de · entos), ~a viol nda, o cará erre en-
ó
tino e· ea rio (e, em certo sentid~~ a ublicidade humilhante) da morte
acidental na metrópole paréc · ter íntensifi do e ocalizado esse med o. O
esp~t~ de .Isaac Bartlc pen~ rou a c?ils(;iênd~ moderna. Como inform u
um arti o çe 894 no· ewark I)ailyAâvertiser: .
~ Isaac Bartle, um cid~diJo
.
pn;éfnin 1;te de· ~ Brun~Úk,foi morto in.sta,ita-
. .
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neamtnle na esttlÇ o da. r1#J, do mercado da Ferrovia Pensilv~ 1ia uerta ma!lhil. Seu
...4. c<>r'po foi t ·o terrivelmente m~tílado que os resto mortais tiveram·que er recCJlhidos
. ..... . --- ' seu ror_po de um modo horrível. PT9timm~nie cada osso foi quebrado, a ame feita
em pid.aÇJ? e distribuída ao lOT!go do trilho, e o corpo foi tão completamem dilace. .
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/ERNON f
rado que a~;oedas e a fa a no /se, das' calç · fortim entortadas ou quebradas>e e
~alão de cheq~.es. a carteira e os papéis foram despedllfados.•o ••
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Não há d v'da de que destdções cQmo essa foram moti~ das m gran-
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~ ~!"~ pel fito d . queo ~ensacio ai.ismo grotesco \Ta dia jornais. as
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as eram mais do que simp~e~ anit ~tações de n ºdade mórb'da e
,. ' Op-Ortnnisino económiGO. E~ ~ a nção meticul aos detalhes corpo-
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rai da morte acidental, à. notid.a sob fs ac Bartle parece com ·caruma
hip,êrcorisciêpcia e.sp·. · ·rica~·~fe hi ór'ca da vulnerab· 'dade física no
3.10 ntra 'tuna do bonde~. ew York Wor:ld, 896. .,, . ambiente moderno.n . _
<1-:; .
O cii9s .d à cidade ·in 'tÜoü ~a .v ida
.
~ flanco ner oso, uma sensação
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.,; reg zijados erso ifican amocte e fo ramos novos perigos'~o ambiente . pal~á~el exposição o p~rigo..Com m~ncionou ·tor de Outlo_o_1'. em
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urbano tecnolo . ado. Jornais sensacionalistas tinham uma predileção par-
.
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1906. ••q pectad.qj n-o está .. ivamenté receoso, mas le.conféssâ que
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., ti ar por imagen d ins antâneos?' g _or~es de pe~estres. ssa ~açã · nessés ·as de afob ção qua · sempre fica um pouco nervoso nas ruas da
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ressaltava a idéia de uma esfera pública rapíc~e te ~crada, defrµida pelo · ci ~~ quh recei de que. al~a. coisa possa a~ntecer
. a ~guém".u cidad
acaso, pelo perigo e por i pr sões choc~ .te· mais ~o que por q ]quer m0<:1~~ pa ..ce ter transformado a cxp_eri~nciabj tiva aão apenas quanto
126 c<:1:'icepção tradicion de segu ça, continuidà e e destiAo autoc ri )ado. a se1,1 impa~o. . ual e auditivo; mas tamWm quan suas tensões vi
•
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corpo ''como a energia ~ uma bat; ria", tal como de$Creveu Benj~ · - ~ sig
nificativo que il strações de addent~ quase sempre tenham empregado um , ..
.. e uema de representação pa "cular: elas eram obrigadas, é claro, a mo ·t r
a ítima no i tant d 1 oqu ai io en •pouctrn~tes da morte, mas junto
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com isso elas quase sempre mos rava~ um esp a u tado, a sist.in
a tud horrorizado.seu cotpo re es~do QUm ato r.e6êxo.
desse modo. e fatiz,ar n o so e te os perig~ da·vida na cida · grande, '?
diminuição desse t~a a impr sa s nsa ionalis a por vol de 19Ó.3 e 190
as justamente quando o público parecia ~tar se a~stumando com o trá-
. ...'
(
fego do bonde, m outro perigo - o automóvel
~ .
- seguiu o mesmo cami-
-~.- nh-0 e assumiu um posição uivalen e comÔ o tema central d~ imaginação .. , ·.. J
.- . .. r.
idade. A "lustra -o de 1913 "Quando n:io o_ristas sem
o .. . : .'i.
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·e.o o ta , en re u·ta utra r r~to:t,J um e tâ~ de coi ·. . '
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w no' ual como o servou.Benjamin,"'move-~-se pelo tr,. ego envo!veo indi ' · -... . '· ..
duo em a série de choques eco· ões'-' [fig.3.uJ.IJ (De .fato> eksa ímag in
itica a modernidade em duas frenteS! de modo e id~,n ~' elà. d Üncia os
perigos e sobressaltos do tráfego; de modo 'imp cito, éstiij~ati~ Õ aum nto . 'i.,.,
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• I.
...
n da pre ença mulh a sfera pública. A ilustraçã~ .apresepta. uma ima- ; . f:
i"·
,• m ue I g maria um tereótipo~ da mulher coino
. mo,t~rista
,. . ruim1 ·f
e ao mesmo tempo, ao representar omente pedestres . fêmm · .,..as, expressa • i -• . · 1
= Mas, .em muitos aspectos,éssas ilustráções sobrepunham-se as.outras. Todas . ..... . - ...
:
as mortes por qu~ exceto por suicídio. eram acidentes de trabalho e por-
tanto transmitiam o sentido geral dos perigos do trab o proletário. Até n edif.ício contra os trilhos de um trem que se apro.X1JJ1ava). Algumas des-
l•'1 mesmo os suicídios podem ser· terpretados como dem1ndas implícitas de sas quedas também ressaltavam a tirania do acaso no ambiente moderno e
~ ' .
uma vída moderna intoler~xeL em especial rque quase se reenvolviam os perigos fortuitos da-vida nas habítações populares: Um exemplo típico
meios modernos d transporte co o os agentes imediatos da obliteração é uma imagem de um menininho prestes a morrer. magad p r pintor
130 física (com ilustraçõe que mostravam um homem precipitando-se de caindo de um andaim~ que se quebr fig.3.13).16 31 ..
,
1
..'
téias prole 'árias, mas a nova preval • dá e poder da ensação · ediata e emo-
·-. iona. te definiram uma era damentalm :te diferent no cnt_retenu:nen-
: ;•. I· ~-
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. '
:~ to pop r. A moder nidade ina gurou m comércio de choque s sensori ais.
O "suspen ·é surgiu oomo a tónica da diV◄ rsão moder na.
.3.13 Ho~ em q , :t ma a um menino", Nova York ~~orld, 1896.
... J;
.•
;; ..· .O suspen se
. .. . ....os
umiu muitas ·6 rmas. ?or' volta de 1895t corno vimos, ..., ..
a imprensa ilu~trada parece m flu- ., jor nais se acionali começaram a encher suas página s com · u.strações
s retratos da moder nidade u
tuar entre wna nostalgia an ímoder na de uma época mais tranqü il~ de um de alto im~ct o en olvendo qualquer coisa estranh a, sórdid a ou cho n .
·r,, lado, e uma fascinação básica p o horrível, p~o grotescq ·e pelo extremo, de Após a inauguração, em 1895, do parq~ de diversões de Co ey Islaod, outro
....
parqne.s óticas., espet(calos de d sast:res e p -
., outro. & imagens da imprens ilustrada era~ parad ox~te , uma fornia
r .
de crítica s·ocial e, ao me-smo tempo. _u.ma forma de sens~~:~nalismo comer- seio mecânicos em~on aníe$ Iog<> proliferaram-se em todo o país. Essas 13'3
.,
-, : ·- -·· . ---······ ··-- .....
Cinética: forma de arte contemporânea
!'
.... proveniente da abstração fundada sobre
o caráter mutável da obra, seu movimento
aparente ou real.
'
como uma variedad exíbiçôes ecânicas audaciosas. como" Redem 1-
nho da Mort " "O Glo o da M rt '', nas quais u" c-arro dava uma cam-
balhota no ar d pois de e er uma rampa de doze metros 16g;),l.if). Os edi-
·'t
tor s da Sdentific American, que em 1905 lançaram um olhar perplao ao
·.
crescente campo dos números perigosos com automó e· , resumiram com
~~ competênc·a o objetivo essencial e todas essas fo mas de sensacionalismo
pop ar: •<o rindpio condutor dos inventores desse:; atos é dar aos nossos
o ervos um e oq e mai~ intenso do qu ais foi experimentado até aq '",i
.
p onundad a no me odrama teatral. Enq anto o melodrama vitoriano havia
enfatizado o patéf co e a ra ória mor ·zante de vítima inocentes e seus
r
eróis. seu co g!nere de fim-d - o to n u-se virtualmente smõnimo de
ação vioJ n a. acroba 'às e espetáculos de catá ofe e risco ffsico. "Cenas de
sensaçãi ,, co o edifí · ~ em chamas, expio e naufrágios haviam sido um
in ediente do melodr ~a teatral pelo menos desde o início d anos 1880, ·,·l
a a partir de 1890 tornaram .se ma·s e mais realistas amb' ·osos e sur•
preendente E enqua~ço os primeiro s me odramas talvez tive em apenas
. ·:
um ax espetacular:; me odrama da ·irada do" Jcuio passou a acumu-
r e:'Iloção em cima de emoção.ª a mud ça . ressionan k aconteceu no
tom e o espírito do me_Iodrama", observ· u o crítico ingl s Archfüald Had-
n..-u 11
·-"-
.-- --
on em 90~. ua elemento humano simples e expansivo não mais encanta. ' . do lê· ~ 'Redemoinho da Mortf', um
,,
.4 Sàentific A.mericon, 1905. No texto :i:eqwnta e ·
pra.mas de viag~ nos d.J.as çe hoj~ não o propriamente montados a me- bQs te snro
_.nriado q11e matoll um ex.ecutaPte e DO qu:aJ um autnmÓ-
aparatO com noâ'\oC -r r
nos qu_e cada ~ena seja um grito, ~da ~tufo. um ~rrÔ~ll Dfflllond 135
ac- . d4 uma cam, alhota ar an ~ de tocar o cl\ão...
:
•• _.. • - • 1• •
Carthy, escrev n o aJguns anos mai t rde no Nei,y Statesman, reiterou essa emb .ema d desco itinuídade e da velocidade mod rna~. arin tti e ou ros
v lvimento do m lodrama moderno tem e afastado futuristas celebraram a a 'tação d cinema como ma ')ni ra de objetos e
percepção: HO es .
do a tos sentimento morais e ca inhado na ·reção de catástrofes e de r idade reuni~os aleatoriamente'>_ p ra os surrealistas franceses. séries sen-
engenho a sit açõe de u p nse. Arengas nobres n o ão mais essenciais cionalistas "marcaram uma época ao "a ndar as reviravoltas do novo
... O meca · mo {efeitos espe acufa es] ecânicos quase expu1sou a m ra- mundo". Esses autores reconhéceram a marca a modernid de tanto o con-
lídade.,,:w A peça Bertha. the ewing M~chíne Girl, de 1906, de Theodore eúdo sénsacionalista do ciné1euilleton C'crimes, partida fenômenos, nada
Kramer1 foi o exemplo típico do novo parad:gma do melodrama: la incluía menos do que a poesia da nossa época") quanto no poder do cinema como
uma corrida quatro se tido e tr dois automóveis, u a locomotiva e veiculo para tran mitir velocidade. simultaneidade>superabundância visual
ma bicicleta, e a bém a corrida de barco a m t r, carros de bombei- e cb que visceral (co o Ei en t in, Ve.rtov e ou os dn a · as/teórico iriam
ros apressando·se n direção e um ed· ' ·o em chamas vir'a cenas de or- em breve reelaborar).~
tura e um clímax feito d um cic one no qual o llãó foj morto rum raio,2l Para Kracauer, Benjam · e seus muitos predecessore , e a ampla esca-
-
.... .... : . - -.. :.;...
_ _____ _ _ _ __ _ _ _ _, ___ _ _ .._ _....__ __ ,._________~,,-º""'".......______ ..,.__........_ _ _ _ _ _,.;.;..,_ _ ___________ ________,_.....,._ _ _ _,_ _ __
:+» ◄ • (+ol ,wo-.c
por qu quer cidad- dos dias de hoje'~.1 ritmo rápido do cinema e ua o divertimento mais papular das grandes cidades hoj é fornecido per tavernas,
frag e tação audiovjsual de a1to impact cons ituíram um paralelo aos $alões de danfa> teatro de variedade$ e exiWç&s dt imagens em movimento.
choques e in ~sida s ensoriais da vida mod ma;c'Em um filme, a percep- Coney Island.°~om suas "cachoeiras" e "so~, "acrobacias aéreas da morte" e
ção na forma de choq f◄ ·• estabelecida como um prindpio fi nnal. Aquüo "balanços dr~ulares". «~rellws que fazem cóagt:il', pe.ep shows, bares e martn1i•
que de er · a o rit o produção em uma esteira rolante é a base do it- lhas gasrro~8micas diversas. é à esfafâo de /Q.U; favorita de milhares de jovens
mo de recepção no cinema .s 11
• nova-iorquinos. Hd ''alguma coisa acontec mio a cada minuto,.•.• Tudo isso tende
Embora Kracauer e Benjamin possam ter expressado essa ligação en ·f< a estimular uma atençdo esgotada, por meio de uma suce.sstl'! de c.hoque:s curws ~
sensacionalismo pop r e .modernidade urban e m muita acuidade, essa inttnsos que reavivam o organismo cansado para ntividades renovadas.li
'déia já era bastante familiar. Por exemplo, um críti alemão chamado Her-
Essas afirmações sobre uma conexão entre sensacionalismo e moderni-
mann IGenzl dec aro em uma col a de jornal em 19u que os mes eram
dade incorporaram diver68S hipóteses, subjacentes e robrepos as ..acerca do5
a pr·ncipal cxp ão da nova exp~ i ncia metropolitana. "A psicol ·a do
ecanismos psicológicos pel , qu ·· o hipe1&.,1L.Uuulo moder o e tran& &
riunfo do clne aº, proclamou, "é a p kol gia metropolitana. A a me-
tro · ana, aquela alma se pre atormentada, curi s.a ~ desancorada, deslo-
para a estética do.entretenimento popuÍar. Kraiau.er, Be jamin e seus
prede-
cessor~ parecem todos ter abraçado uma noçAo da muta ilidade da sensa•
cando~ de impressão fugaz em im ressão fugaz, é c:orn muita razão a alnia
( ção e da percepção humanas.A modernidade, sugeriram, estimulava um tipo
a ográfica".2.9 .Em uma v ·a similar, mas men comemoratívai Michael
de renovação do aparelho sensorial do indivíduo. .A metTópo]e e a este. a ro-
. ligou a estética do vaudevill~ ao hiperestímulo ur_bano. O vaudeville,
o lante, escreveu Benjamin> suJeita.ram ºos sentidos liUJnanos a úrn ipo com- :..,,}"'
(O lamentou, e as· to ático da "exc"tação da cjdadc e da ~esíntegra~o men•
plexo de treinamento~. O organismo mudou..de marcha por assim izer, sin-
00 tal induzida pelo estímulo atleidoscópi,o da vida de Nova York». Em seu
'('
.,·
!,
cronizando-se ao mundo acelerado. Esse condkionamento acabou por gerar
esp.etáculo vivido, desarticulado e fugaz, o vaudeville ~elliava "a experíên•
uma "necessídade nova e urgente de estímulos', uma vez que ·omen e pas-
eia propor ·onada por um passei de bonde ou por q~alque.r dia ativo de
satemp estimulante.s podiam corresponder en rgias nervos de um .L
uma cidade abarrotada''~º Esse argumento t-ambém av~çou no discurso
. '. aparelho sensório calibrado para a Y"ida moderna.l-1 ,.'
acadêmico. Em um ensaio de 1912 no American Journal o/Sociology, Howard ti::,
Kracauer oi além nessa discus o re a necessidade de estímulos. O
Woolston (p o~ do City C.01 ege de Nova York) enfa~u a conexão entre
sensacionalismo. afirmo~ funcionou como uma resposta com satóría ao
a cxperiênc·a mod rna to apetite pelo . "choques in · soi' no entretem·
empobr dmento da experiência na modernidade. Distraçaes e excitaÇôes
menta.Ao catalogar um~ érl de barulho da cidade e situações com mul-
ofereciam _um escape momentâneo da oetensão formal n: da mp1esa~, do fre- :t
idões, Woolston o ~rvou que ~- 1 ..
~=- ,..•
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.._.......,.___ _ , ___________________~-'--~- ------ ---------- --- -------- ,·----·- -·------ ____ ._____ .... ....., ,..__,_
lístíco mais amplo)Js está vidente aq ·, ma Kracau r foi mais ru ível à iro- Pelo menos mai.s uma hipóte.se tentou exp icar os mecânismos psicológi-
ia ine te ao argumen o: para comee?,r, a i açõ compensatórias do cos por d~trás da "necessi ade nova e urgente de estímu1osr•. Benjamin adap-
~
e trete nto popu arre rodu2iam o próp · rtgistro do hiperestímul ou u a teoria expost por Freud, em Além do prindpi.o do prazer, referente à
.
que viciava e experiência ode a. O t alho ar enado e a experiência urba- ção da ansiedade ,omo uma defesa adaptativa contra o choque traum -
na "req ere compensa~ão''i Kracauer ~mou, 1'ma e a necessjded só tico. Ao u.dar ví · as de traumas d guerra da Primeira Guerra MundiaJ,
ode ser arriculada tm term~ da mesma esfera :uperficíal que impôs a ca- Freud · rvou que o colapso traumá ·e.o severo ocorre so ente entre sol-
rência lá noi11í ·o dopr cesso ... A forma deen retenimento necessaríamente dados ara o quais o acont.eciment~ terrfvd era totalme te inespe ado. Mas
corresponde à da empresa"J6 O sensacionalismo popular compensou e ao aqueles que haviam se prep.,u,ido ansiosamente ara o choque, fixando- e
mesmo tempo imitou a estrutura frenética, desarticulada da vida odema. n e,.ensai do-o mentalmente repetidas vezes, ou, em outras palavras, acos-
As tent tivas de compr nder o sensa~onar o popul como um sin- tumando-se a ~le em peque~as doses co!11,Toladas, não :sofreram grandes p r-
toma da vida m der também ocasion am uma crença difundida sobre turbações. Ness contexto, acreqitava Freud, a ansiedade e a aut r te o a,
as conseiqü' ias fisiológicas da supere ·mulação nervosa.·Simmel,j n uma vez que o.· divf uo podia defender-s contra o potencia traumatizante
e m diverso médicos especializado~ e·m neuras enia (ou ~'nervosismo mo- do oque. "Qa.anto mais p ntament consciência registra os choques,,,
derno,,), ínsisti que o ·m o senso ial ~xc.e ivo co aquele associado às escreveu,"me osprovavel · e el terão um efeitotra.umátíco 11
A1 Benjamin
,.
,' pr cs da vjda urbana inha o e.G · o fundime rtal de exaurir ou ·ncapad- apl'e9u essa hipótese à experiência do cinema; os choq es desse veículo, su -
.- '
r' u, fi cion avam como
ar _os sentid . A idéia era de que o ervo.s humanos eran; sujeitados ao .
um tipo de preparação ou imunização. co tra o cho-
o de.sga te físico e tomavam-se mais fracos, lentos e progressivamente menos qu!s do ambiente moderno. "A aceitação_d s choqu t> >a g~entaya. 1 « é faci-
co uando expostos a u ·tos estímulos. " ervos superexcitados e litada pelo treinamento em enfrentar os e~;tímulos·~ "O cinema é a fotma de
CD
criaram um o o de ~r,epção 'fa ·gada~· ou"bla.sé" qu imagi-
1 arte q acompanha a ameaça crescen e à vida e o homem moderno tem
1
t
nava o mundo "'em mn tom · ormemente in. pºdo e cinzentd'.JJ Sensações
cada ve2. ma.is fortes eram ntcessá.rias para penetrar os sentidos atenuado ,
r aos 6 í ~s do choque é o
'
seu ajustamen o ai p · ~ que o ameaça1:11.".~ O e· ne-ma, supôs Benjamin,
para formar uma imp e ão e redes rt uma rcepçã0..38 O sensaciona- fornecia um tr · amento e~ lidar co os es ulo do munclo moderno.
ismo popular apar n emente encaixava-se nesse padrã . A demanda po ua amplitude e clive s· âde, e discur: os em torno do sujeito da
.' .
"
excitações intensi6cava- à medida qu a percepção blasé exigia impressões modernidade - tanto as inumeráveis representações do. pioque urbano
: ·l
.'. 'r.
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cada vez mais intensa . Simmel caracterizou a Exposição C mercial de Ber- quanto as tentativas.de m~tipl níveis para·en~ender o sensacionalismo •J
lim, d 18.96, como uma ma · tação da n~cessidade, por parte do morador p pular como uµi síritoma_do hipuestímulo moderno-·r~ elam urna fixa-
' .. . .
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·:;;". ,._:: ·- - ~,-,..: .. ~·... -· ·-, ..... ... - ~
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can~ado da ddade, de excitações cada vez mai v!vidas.39 No mesmo ano,
: ' . . . .. ' . . . -~ -·'.·1
çã.o crítjca, um sentido de urgência ansiosa em ocumentar e dissecar wna
.
-,~. ,M áximo Gorki ituotI o cinema preci amente nesse ciclo inflacionário de ransfürmação social terrivcl. o centro dessa fixação stá o fato de que
( ,11 ,'
j
amortecimen sensoriais e perestimulação compen~tória. Sua descri- obs~adores importantes da modernidade sentiram o "ch.oq e do novcj em
. º ,.(
ção original dá primeira exibição de imag~ cm movimento ( os ir -os primeira mão•.Eles _viviam tm uma cultura que ainda n o havia se ajustado . .
:. ;,
1
•. i.
Lumíere em ~s) comulµ(ava o q parece ter sido.uma retórjca já comum tot lmente às transformações repentin, da experiência. O milênio pré- ~- i'
; ·r•-
140 sobre os perigos neurológicos da Séde pdo estranho e pelo novo'~ rnoder_no não havia ainda e transformado em um conceito ab trato pecu- 141
a novidade e o trauma do mundo moderno~ O teg:a y Gasset descreveu com Woolston, ~m The American Joum4T o{ SorioJogy, v. 17 n. 5, pp. 6ol.•J'4, mar. l 11.,
propriedade a situação: ' O ritmo da vida moderna, a velocidade com a Stc hen Kcm oferece um• pesguin eitimulante e eclética lir.erarura contem o-
qual as coisa movem hoje, a força e energia com que tudo é feito angus" rnnea e di.tc rsos attístkos sobre velocidade, fragmentação em midade (como
tiam o ho cm de compleição arcaica, e essa angústia é a medida do dese- os rn2 ifestos e bi&ta e futurista) em The Culturc of Thne and Spau, 1 0-1918-.
q · ibr •o entre suas p saç.ões e pulsas:ões do tempo':•, A fixação crítica na umbrid ~: Harvard University Pre$S, J983.emcspec· cap tulo 5.Sobre nairaste-
moder !dade e no sensacionalismo res alta, se não a angústia, pe o menos a nia. ver Kern (capitulo 5); Tom Lutz, AmeriÇQn Nerw>usnJ!$$, 1903~ An Anecdotal
ansi dadt! e um geração que podia ainda .sentir tal des~quilíbrio. H: º'l• Ithaca.. N. Y...: Come Universlty Pre , l99li James B. il e-rl> ~ Wi:tJu,ut
. . '
Salvarions: Amtrlca~ In.tellectUQls and I"dusirial'Alitmition. 1880-1910, Baltimore; ' .
i
Johns Hopkins University Pre 1977, ~p. ~1-43. Ovol mcAmerican Nervou_sne.s
Notas
Nova York, 1 i. de George Beard. cos um ser considerado a dtscussão semi o
1 Georg Sim.mel," M ropolis and Mental Lifa", em Kurt H. Wolff, Sociology of sobre neurutenia.
York, .Free Pre. s, 19-50, p: 4 o. 6 He.nry Adams. The Educa.ticm of Hen.ry Adams, {1.917], reimp., ova York: Modun
...
.
.- . -·I'
%. A P pulação urb dos Est2dos ido mais do que qu.adrupHcou en.tre 1870 e 1910• Lib ry, 1931. PP· ◄ 94·,_
' r
7 Michel M. Davu. The Exploi1ation ofPhasure, Nova York: Rwsell · age :Found3tion,
de menos d, 10 ilhôe$ ara mais de 42 milhõ«. Em o-utns palavras., a populaÇão t _'l
. ...
urbana atkameote d plicou de tamanho a cada ·VÍJ:ú~ ~ entre: 188o e 1900, por 19u, pp. 33, 36. A pesquisa e Davis.foi co:nduúda cm 910. ). ·,
• -::,t
.e.umplo, pul u de 14 rnilh pua 30 milhões. Oa q ilômetros de rrllhos de bond 8 ão é coíncidênci que teóricos ociais tenham com do a centrar-se na p · ogia -~ t~
t-4 :- :,~
2. 9,:z. em 189<>. para 10 • JS, em das multidões por volta da virada elo ~ ulo. Doi trabalhos ctnt.tals. e tre muitas po--
o déftrkos na região do Atlântico Norte awnemuam •
...•'
••
•?
,·I
o 190:1. Estados Unidos como um todo, a cobertura fm~ awnentou 17s% nesses . J •uç6es, ram Psychol"8ie dts foulet (1895), de Gusta.ve Le Bon, ~ Opinior: and the •. !
i
:inos, de 3,069 par~ 36-345 qnilôrnctros de trilhos (U..S. Bureau of the Cen.sus, 1980 iCro~d (1,901), de Gabriel Tarde. Uma popu)arlzação re resentat:M é Crowds: A Srudy
.··. ;.
Cenrus ofthe Population, Washington, D.C.: Government Prin.ting Office, 1~ . tabela ·ofthe Genius o/DetnM'4CY anti the har, Dtsires, smd :&pecwions oftM People. Lon• L:
. -::,.}
J; U.S.Bureau of the C.en$O$-, Sµdal Reports, Street and B/mriç Railways, Wuh.ing· dres: Methuen, Ílt ck Gerald S anlcy Lee. Ci~ de Walter Benjamin, "On Some
) . ~-.
ton, D.C., 1903, p.34). · otifs in Baude ire-', em niumin.atiom, 01g. Hanoah Areodt, ova York: Harc.ourt
l U a boa com ilação de imagens de arquivo de filmes de Manhattan por \'Olca de B ace. g<,8, p.174. Todas~ demais cit.açoo de Benjamin o dessa c:oJetânea.
• '.. 19~ pode ser e.nconrrada DO episódio sete da série da PIIS n',;,uage; Cit'ilization 412d · 9 A ilustra da Life apareceu em 6 de meio de 1909- Picasso e-alizou a primeira ex- _: ;
tize lews ..Essa side está disponível em vídtó em ~~tas bibliot~ pdhücas d .Es • .
• • ;li
pos1ç40
, . cub"utas na......
de p. turas ~~ r:o1~ vo d um e.o maJ.S. tal:de, no
1 • Am . . U!
ª". _· -··. ~
;. ~t·
.. -:-.. ·· -•~ t
. ... •• •- •_,. __ .-. ,,.. :.... ·.,...u.~~.-... ...,::J!~•
doo Uni • A J.Uta de exibição da oo fe~ncia ~ Tums 100", realizada .sob os
L!.
verão fran~es de 1909. O ~ubimlo ·o iurgiu como um movimen o aottn ic.o (pelo · ' ·. ,;--~
em Nova Yortc e inclui diversas cena dé rua do mtnos n o de modo que um ilustrador influtn e de Nov York po5S8 te:r ouvido
··· :r.f ·.
au$p!c.los do DOMJTOlt 1994>
.. 1~
falar)_até o período erurei911 ~ ~914-A ti ·. f,
... período de 1896-1902 pnnc·pw arquivos de filme da Europa e Estados unido . si o ArmOfY-na ual no obras
.....
• · Mike:Feath tone "'Th oriesofConsumerCulturc",emConsumerCulturea~dPost• de arte moderna foram exil>idas em Nova York (e depois em Chicago e BoSton), e q e ~~·....~.{•·:i...
-' modemism, Londr. : Sage Pul,tiça ·on.s. 1991, p. 2 • [ Cultura de consumo epá.s-moder- deu a esse trab&lho sua ptimNa exposição Dos Estados Unidos, acon eceu em fe"te- , :::;~;-~
1.1 rn gra e uantidade de dad s ,emammms municipais obre nwn de aci- in tbe Scrial-Queen Melo ama: The Etiology of an AnomaJy , Can1ero Obsa.,ra :1.z.
àwtes dt bonde e de veículos dus rad:a,oom o respectivo tlm rode mortes,so'bre- pp. 9J-129,jan .. 1990. e me capít I so re séries em .A Hisiory of tht Cb1ema. 18.9s ..
vive a ~ o fas d hoje. Algumas estatísticas são apresen rad as em .. ighway Acc.·- 1995, org. Geoffrey ,ve 1-Smi h, ord: Oxford University Press, J99S·
dents in N York City uring, 1925';/ourru~l of Amtrican Statistfr.al Assoâatfott 1s :i4 ''The Fu urist Cinell\311, tm R. W. Fllnt (.org.) Marmctti.· Sclected Writings, O'fa York:
ret., 1sn6, p. 3 -:23; Roger ane: Violertt D.eath in the Ciy:Suicide.Acdd1mt, and Mur- f~ ar, Straus and Gifowc~ 1971, p.131. Phi.llipe Sopault e Je11n Ep.Uein relembraram a
der in Nmeteenth-OnturJ' Plnfadtlphit1, Ca brxlgcr. Huvard Univc,-sity Pr~ 1979. víl>t iode assistir a Tht .Exploic of Elainc, em Pari$, em 9 5. Soupault ~revea em
12. Outloolc, JS stt 1900. i923:"Nos pr«ipi1amos para dentro da sala de cinema e percebe os que tudoh via
13 Benjamin, "On S me Motif.s in Baude lrc'\ . 17.5. {"Sobre a guns ·1e.rn sem Baude- mudado.~ so ·so de Pearl White aparecia na ela, aquele sorriso quase ftroz anun•
laire''. em C~rlcs Baudelaire: !4'm lírico~'° auge do CflpitoJismo -Obras~ olhida cian a rtviravoitu o no o Ú do. Nós fina mente entendemos que o cinema não
.
m. Sã · ulo: Bra i ieose, 19 sJ. era apena um brinquedo mecânico.ma a bindeira I rrfvel e magnificente de vida.
~
14 NewarkDt:tíly Advertí$er, 18 e 29 maio 9 2. Olhos bem abertos. (vimos] crimes. partidas, fenómenos, aa~a menos do que a poe-
15 Anon., ..A LiUle Gj .s Peculiar De~, Newark Daily°AJvertiJer, ~6 maio 2891, p. 1, si da nw3a époot,Jean ~pstein fezdeda~ $imilar; , . ~ filmes populares. tolos
co unas7 e8. (desnecessúio diur). melodramáticos e ffllsa<:ionalista-s, mcriveis, r~pletos d.e san-
J6 A m9rtes por qoedas talvtt também tenham repucutido na p;Ímeir gcr -o de gue e vi lblcia c-0mci Tlte Expl<>its ofElaim marcam uma época, um e:i ilo, uma civili-
ign tes - m~itO$ deles vinham de cu tura$ agrárias rurais sem cdifkios altos - zação não mu ilumln da gás, gra çau Deus° (Soupa lt,''Cincme.. .A.", em a
<3 li.àm esses relatos jorn istk;os.. 11 vez essas ima8ens fal CJ ao seu sentick> de Hammood (Ol'g.) The Shadow and Its Snadow: Surrealist l½-iti11gs on Cinmu,, o-
de.sçopforto nte oordcnadas espacl i.s ~ranhzs da metró e odtma vertical. dres: l3rit"sh m Trutitute,.1978, p. µ; Jean .Epste.in. 1.e Sens bu''. em B<mjour Cine-
17 John F. K~son, Amu.sing thB Mdlion: C<rney Jsútnd at the Tum of tT1e Ct11tUT)', Nova ma. Paris: .Editions de la irene, 1921, traduzido para o inglês por art Liebman m
Yor : Hil e Wa , Cone~ Island:A. Post.cardJoÚrney to the ity of
, 1978; Richard S Jean Epstúns Barly Film Thcory, 19Zl>4J922, te~ de doutorado, New York Uniff:rslty.
.. .,;
. . :.
Pire. ~ew York: Brightm ters Press, 198..GAndrea St hnan Í) nnett & Nina Wamke~ 1980; uma tra~ão para o inglês em~tiva. e, penso cu, menos apropriada. de Tum
ªDisa~ter ect es at the Tu.rn o the Century," FíJm History v. -4, 1990, pp, lot-11. Miloe está em A:fterimage.,·v. 10, pp. 9-16, 1981. republicada cm Richard Abd, Fr nch
' '
8 "A Hundred W'ays of B «ll<lng Your edc". Scúntiftc luntrican 14 out. 190 • Fílm Thecry 41Ul Çriticism: A Hi.story/Anth~ l!JQ7~1939, ~c:etoo; Priocdoo Uru-
19 Arch!~ê!:1~ Had on, "Sensational Melodrama'\ Dai~ Ex.p~ Lo~ 2.8 de agosto ~mity Press.1~ v. 1}.
.!,
de 19i>'s. O ~corte de ~rnal ~ na Coleção d.e T~tro de H ~: na pasta "Melo~ a exp icaÇàO iocloeoo õ ·,a·co · centrâ.r-~•ia nas mudan demogr'-1icas do ' . . . •.· , ··"'• ~•.:.
·,
'
~.; .
d ma'', Carnbddge, Mass. capitalismo J,i emo como um fatorctntral no de~nv~v~n o do
r,
:i.o Desmo d MacCa.rth)\ dod.rama", The New Statesman. Londres, 27 jun. 1.9 ,4. ~de.nt.e ente, o .rápido cresdmenro dá dasse trabalhadora u an no \lJ.timo q arte.!
2.1 · An n~ios e,r enhM de" utha, the Sewing Macbine Gid", Broolqyn Daily &gle, do colo xu proporcionou uma audlên, , de m:tSSa w· posta a petácuk>s ur•
.
iset. 1906, p, ~; 4set.1906,f•4i 2.J set. 1 06,S<eÇ"ão 3,p. o;6 out. 1907,.se 1> • e 9 , J>teenden eseviolento~n!o rmpo a{orm3como .s equdra explicar wa redispo j.
, .
144 22 Tom Gunning explora pcclos do sem.acionafismo oo primeiros fi em 'J\n Çiio. Como obSttVOU o jornalista Rob W.,gnet em 191.i: "Tnbalhadores ru es ... como 145
1.
·.... ,...
col a!õque tWffltam·'.Jomais sensaclonalis s,o··mellerdrammer',fi me seriados, riaJJJente é um sinto a ~do de debilidade mental no pa como um todo. A calàSa da .
urlescos - tudo is dependia da nova configura.çio social popular do merc4do ~ o n· o es~ ge de Kr e contrada. •Ela reside nas condições
entte:tenimmto (Robert Wagner, j'You -At the Movid'.Amaican Magazinti. n. 90, da vida moderna; na tCJl,$ão e preocupação incessante.s q _e
pp. 42•4, du.19io:, extraí o de Literary Digest, n. 68, p. 46, 26 íev. de 1921). predsam ser "beradas de alg m modo. nem que seja apenas por hora,. (•l'he
26 Siegfried Kracauer, "Tht Cult of istrac ion: On Berlin's Pic:c-w-e ac;e~. (orig. p b. Ethies of nsntional F' ction"', Tht WtStmirim, Review,n. -2. 190, ago. 1904-
em J926), trad.paraoinglêsdeThomasY. Levin,tm.NewGerman Critique, . o,p . JIS Krac:auer, "Cw of Distrac:tion", p. 93.
91•6, invemCI) 19$7. Minha discussão de Kracauer Btnjamin i meneio da cm diver- 37 .A principal discussão de Simmtl sobre a atitude WIUé está e-m • e Metropolis and
505 ensaios a!iosos nesst número de N.ew G-trman Cririque., em espedal".Senjamin, cal Lifc'': ''A ilude bTast r~ta primeiro das simulaç,ões c:ontrárias, de mudan-
Cin a nd Experieoce", de Miriam Hamén, "Kracauels Phenomenology of Fílm", rápjdas e bastante com rlmldasd nervos. Uma vid cm il' ítada de pr
Hei Sd1 u man , "Pi course o Sext.ial.ity ·o Early Ge.rman Film Theory", de zer torna uma ~soa blasi orque ela agita os nervos à sua ~tividade mal for~
Patrice PeU'O's e "Girk and Crisis: TheOther ide of Diversion'', de _Sabine Hw. por taato ttmp0 que ries acabam us~aodo de reagir por completo ... Por ~o da rapi-
27 ~njamin, '"The Wt'.n'k of Art.., em JUumína:tiom, p. 2:.0. ["A obra de arte na era de sua
r,. • • • de'L e coo rariédade d.e suas mudanças, ímprtJSÕêS inofe~s forçam t is r postas
rtprodurib~ ticnka'- ► em Wal er Benjam'n,M4gia t técnica, arre e f.~Utka - violentas, dilacerando os nervos tão brillalmenk de um ]ado para o outro ue u s
.·•
Obra5 e.sçolh.idas 1, São Palllo: Bruiliense. 198s, .... ',
llltimas rese de força são guta • e aso se permaneça no mesmo meio. não s-e tem
'-8 B jarnin. :S e Motifs J B ucklaire", p. 175, tempo para:.re nir novas for~s. Swge aJSim uma incapacidade para reagir a novas
(
29 Hermiu1n Kfcnzl.''Thca1er ond Kincina.to rapb", Ótr Strom • . 1.. p. 219-20, sm- 9l2i sensações com a energia apropri da ... A essência da atitude blasl consiste na atenua-
· citado em Àn Kaes. j(Tbe are ou Cinema: Charti-ng a C.ont o~sy (?9099 ção do disc~imt.nto. Isso não significa que os objetos não são ~rcebidos m im
19l9)", New German Criliqiie. n, 40, p. J Jnyern o. J.987. que o signi _cedo e s ores dlfe dados d ~i s. e portanto as róprias coisas.
30 Davi , op. cit., p . 3J e 36. são expcri ·enrado ~m substanciais. ap~rectm para a oa l,lasi em m
31 Woolstan, o . cit,, p. 601. tom uoiío~e:ll'lente fnsfpido e cin:unto; nenhwn objeto rnerece preferência sobre
~ Benjamin, "Some Motif:s in Baudelaire"', p.17S+ 4~quer o ~.. (Simmel, op. dt., p. 41,t).
3.3 cauer ucrevelr. ..A t~nsão à rual at maiS'as trabalhadoras tstâó sujeitas é ... maior 38 O leitor obset'\'3n que Howard Wool..ston i.n~ eSS3 teoria na última se tença da
e mais ta,,gf~l [do q e nas províncias} - uma tensão ~ssmcialmente fonnal qu ·~
!:,·~ pasfag~ dt da acima,
.. ,:•;
ocupa seu dia totabnenre sem s.1tisfucr•.Essa c.uência rege« COmpcDsaç. o.,. ('"O.llt \ ~ 39 Frisby, op. cjt.,'p. 75-
. ·~
....·.
~
.~;
of Distractiolf, p. 93), •. 40 Gorkie:icreveu:"Diga o que disscr~masisso [o cinematógrafo] é uma ~nsio para os
. ~
34 "icrlincr Gcw rtc-Awstellung'°, Die Zeit, V~ zs jul.1.896; c'tado ~ David Frisbf, , , ·, ·l ncnros ... ervos estão jicando cada cz mais fracoi, es ficando cada vez
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·, Fmgment.s efModernity: Theorit5 of Modemlty ~
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mais debilitaã ·, e.stãÕ reagindo cada vu com menos enerp a sim Jes 'im essõe.J
Benjamin, Cambridge: Ml'l' .PJ; , 1986, p. 94,
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da vida diW ean la.m ~ wz mais avida:mrote por i m ~ ovas, fortes, i,w..
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3S O joni~u. inglh Arnold Smith exp~sou u argumento similar em .9~ suge-
' sitadu. arde~ e estranhu. O d.nemaldgrafo lhes dá isso - e os nervos o cul-
:,:· rindo que a noção de qoe o sensacional.ismo popular era um escape ou uma ~m- j. tivado de um lado .e embrutecidos de outrol O desejo por t.ssas impressõeJ estra-
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pmsação da experiência moderna era lugar-comum quando Krac.au.er a incorporou. 1·
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.,. ,. . :• nhas e t'.antúticu ficará cada vei major, e ficaremos cada vtZ menot capazes e menos
Smith escreve: "A quantidade crescent.e de · eratura sensacionalista que aparece dia.; :~,
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desejosos dec.ompreendff a..s imprenões diárias da vida ordinária.A sede peloestr.a- 147
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nho e peio vo od n levar longe, muitó lon~ (_ Gorky on the films, 1896", em
New Thearre an_d Film J934 u, 193r. An .Ant1wlogy, ?rg. Herbert inc, Nova Yí :k:
.
Harcomt Brace ov vi h, 198 , , 12.7-33;uma tradú -=o para o inglés ligeiramente
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(A r~belillo da$ m , Sã Pau!o: Martins Fontes, 987.] Também disponível em uma desejo do consumidor ' ·
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tradu mal r ente de Anthony Kerrigan (No Dame, nd.: niversity of otre
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D.âme Press, 1985).
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