SIMULADO SEE/DF – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Baseado no formato de prova

• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas
marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova.
• Em seu caderno de prova, caso haja opção(ões) constituída(s) pela estrutura Situação hipotética:... seguida de Assertiva:..., os

aplicado pela banca Cebraspe

dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta.
• Eventuais espaços livres – identificados ou não pela expressão “Espaço livre” – que constarem deste caderno de prova pode-
rão ser utilizados para rascunhos.

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GRAMÁTICA/TEXTO/REDAÇÃO como índice de indeterminação do sujeito, o que confere
maior formalidade ao texto.
OFICIAL
(LUCAS LEMOS)
2 Os vocábulos “é” e “que” poderiam ser suprimidos simul-
Texto 1 taneamente do trecho “Motivo de maior preocupação é que
trabalhadores (…)”, sem prejuízo para a correção gramatical,
1 Em meados da década de 90 do século passado, o eco- uma vez que desempenham função de partícula de realce ou
nomista norte-americano Jeremy Rifkin causou polêmica expletiva.
com seu livro O Fim do Emprego, no qual previa que a era
do emprego estava com os dias contados. Segundo Rifkin, o 3 No trecho “(…) reduziram as dificuldades relacionadas às
5 aumento da produtividade resultante da adoção de novas tec- limitações de tempo e espaço.”, o sinal indicativo de crase
nologias – como a informática, a robótica e as telecomunica- ocorre devido à fusão de preposição “a” exigida pelo vocá-
ções – iria provocar efeitos devastadores no nível de emprego bulo “relacionadas” com a presença de artigo “as” antes do
mundial. Milhões de pessoas perderiam seu ganha-pão no substantivo no plural “limitações”.
campo, na indústria e no setor de serviços. Somente uma
10 pequena elite de trabalhadores especializados conseguiria 4 No trecho “Nos últimos anos, inovações como a Internet e o
prosperar em uma economia global dominada pela tecnologia.
telefone celular reduziram (…)”, a vírgula logo após o termo

Mas nem todos concordam com os prognósticos pes-
“anos” poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção
simistas de Rifkin. “Embora a tecnologia possa tanto criar
gramatical do período no qual ela aparece.
trabalhos como extingui-los, o efeito líquido é geralmente o
15 aumento do emprego”, diz um relatório do Future of Work,
Texto 2
um programa do governo neozelandês que discute as grandes
tendências no mercado de trabalho. “Ao aumentar a produti-
O Diabo no espaço
vidade, a tecnologia aumenta a renda e, portanto, a demanda
na economia como um todo”, afirma o estudo, que, no
1 Não foi um sonho, muito menos uma visão. Mas consta
20 entanto, reconhece que o problema não é tão simples: “Motivo
que um astronauta, em uma dessas naves tripuladas que pas-
de maior preocupação é que trabalhadores que perderam seus
seiam pelo espaço, enquanto seus colegas, obedecendo aos
empregos devido a mudanças na tecnologia podem não ter
horários da base de Houston, dormiam em complicados
as habilidades ou os meios para adquirir as habilidades que
5 leitos, montava guarda na cabine de comando e viu o
serão exigidas no mercado de trabalho do futuro”.
diabo, em passeio, sem ajuda de qualquer equipamento,
25 Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para
apenas com seus chifres, rabo e pés fendidos, caminhando
alguns, ela pode, paradoxalmente, representar um aumento
pelo cosmos, aparentemente procurando alguma coisa.
do trabalho para muitos. Nos últimos anos, inovações como

Sabendo que o Pai das Trevas, desde o início do mundo,
a Internet e o telefone celular reduziram as dificuldades rela-
10 domina uma boa tecnologia, o astronauta tentou comunicar-se
cionadas às limitações de tempo e espaço. Qualquer pessoa
com ele. Para sua surpresa, o Diabo entrou na faixa sonora da
30 pode hoje ser encontrada a qualquer momento, em qualquer
cabine e os dois conversaram. O diálogo está nos arquivos
lugar, o que amplia seu ambiente virtual de trabalho. “Se não
secretos da NASA, esperando hora propícia para divulgação.
houver uma mudança no perfil cultural da sociedade como

Após considerações gerais sobre os destinos da
um todo, as tecnologias só trarão mais e mais trabalho para a
15 humanidade, o astronauta quis saber do destino do pró-
vida das pessoas”, diz o consultor Simon Franco.
prio Diabo, o que fazia ele ali sozinho, aparentemente per-


Juliana de Moraes. Emprego que não acaba mais. In: Revista
dido no espaço, desorientado e deprimido. Apesar de ser
Superinteressante, n. 209, maio/2015 (com adaptações). Inter- considerado o inventor da Mentira, o Diabo falou a ver-
net: http://super.abril.com.br. dade. Estava deixando o planeta Terra, onde, desde a
20 revolta dos anjos, antes da criação do Mundo, tinha decidido
1 A partícula “se” é empregada no trecho “Se não houver uma implantar o Mal e a Desgraça na obra de Deus.
mudança no perfil cultural da sociedade como um todo (…)” Livro Eletrônico
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O astronauta quis saber a razão de tão humilhante re-
tirada. Seria uma derrota diante das forças do bem? Nada
disso – informou o Diabo. Ele ia embora da Terra porque
25 sua atividade tornara-se supérflua com o advento da Internet.
Procurava agora um planeta em estágio tecnológico menos
avançado do que o nosso, sem um tipo de comunicação onde
qualquer um pode fazer um estrago bem maior do que ele na
comunidade internacional e na vida de cada um.
sível ensinar explicitamente. Os biógrafos dos grandes auto-
res sempre tentam rastrear os livros que seus personagens
leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem
20 o segredo de seu aperfeiçoamento como escritores.

O ponto de partida para alguém tornar-se um bom escri-
tor é ser um bom leitor. Os escritores adquirem sua técnica
identificando, saboreando e aplicando engenharia reversa em
exemplos de boa prosa.

Carlos Heitor Cony Steven Pinker. Guia de escrita: como conceber um texto com
clareza, precisão e elegância. Trad. Rodolfo Ilari. São Paulo:
Contexto, 2016, p. 23-4 (com adaptações).
Sobre o texto e seus aspectos semânticos, sintáticos e morfológi-
cos, julgue as assertivas a seguir.
No que se refere ao texto precedente, julgue os itens a seguir.
5 O texto, predominantemente descritivo, apresenta o diálogo
10 O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram”
entre um ser real e uma entidade fictícia, ocorrido no espa-
(l. 3) é elíptico e faz referência aos “manuais de estilo”.
ço cósmico.

11 Na linha 5, a palavra “último” foi empregada com valor de

6 Com a introdução “Não foi um sonho, muito menos uma vi-
são”, o autor antecipa que os fatos a serem apresentados são
a expressão da verdade que lhe foi transmitida.
7 Depreende-se do texto que a tecnologia mal utilizada pode ser
mais prejudicial ou tão nefasta como as forças demoníacas.
8 A substituição da expressão “apesar de”, no trecho “Apesar
de ser considerado o inventor da Mentira, o Diabo falou a
verdade”, por a despeito de manteria a correção gramatical e
a ideia original do texto.
9 No trecho “Procurava agora um planeta em estágio tecnoló-
gico menos avançado do que o nosso”, a retirada do vocábulo
“do” na expressão “do que” prejudicaria a correção gramati-
cal e o sentido original do texto.
Texto 3
numeral ordinal.
12 Na linha 18, o pronome “que” retoma “os livros”, e ambos
os termos exercem a mesma função sintática nas orações em
que ocorrem.
Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspon-
dências oficiais previstos no Manual de Redação da Presidência
da República, julgue os itens que se seguem.
13 Informar o destinatário sobre determinado assunto, propor
alguma medida e submeter projeto de ato normativo à consi-
deração desse destinatário são alguns dos propósitos comuni-
cativos da mensagem.
14 Visto que se trata de autoridades do Poder Público, o pro-
nome de tratamento adequado para se referir a Ministros de
Estado e a Governadores deve ser Vossa Excelência.

1 Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que

15 Por ser suscetível a falsificações, o correio eletrônico (e-mail)
manuais de estilo tinham consultado durante seu aprendi-
não tem valor documental nos órgãos do Poder Executivo,
zado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que
escrever, para eles, aconteceu naturalmente. sendo usado apenas nas comunicações de caráter particular
5 Eu seria o último dos mortais a duvidar que os bons escri- entre servidores.
tores foram abençoados com uma dose inata de fluência mais
sintaxe e memória para as palavras. Ninguém nasceu com com-
petência para redigir. Essa competência pode não se ter origi-
nado nos manuais de estilo, mas deve ter vindo de algum lugar.
10 Esse algum lugar é a escrita de outros escritores. Bons
escritores são leitores ávidos. Assimilaram um grande inven-
tário de palavras, expressões idiomáticas, construções,
tropos e truques retóricos e, com eles, a sensibilidade para
o modo como se combinam ou se repelem. Essa é a ardilosa
15 “sensibilidade” de um escritor hábil – o tácito sentido de
estilo que os manuais de estilo honestos admitem ser impos-

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LEI ORGÂNICA DO DISTRITO
FEDERAL
(MARCO SOARES)
16 O direito de petição e representação será assegurado aos que
comprovarem insuficiência de recursos.
17 O Distrito Federal, conforme previsão expressa na Constitui-
ção Federal, é regido por Lei Orgânica, votada em dois turnos
com interstício mínimo de dez dias, e aprovada pela maioria
absoluta da Câmara Legislativa.
18 Acerca das competências reservadas ao Distrito Federal jul-
gue o item.
Legislar sobre educação é uma competência do Distrito Fede-
ral, em comum com a união.
19 É vedado ao Distrito Federal, doar bens imóveis de seu pa-
trimônio ou constituir sobre eles ônus real, bem como con-
ceder isenções fiscais ou remissões de dívidas, sem expressa
autorização do Tribunal de Contas do DF, sob pena de nuli-
dade do ato.
DIREITO ADMINISTRATIVO
(RODRIGO CARDOSO)
O servidor público possui responsabilidade administrativa, civil
e penal no exercício de suas funções. Sobre o assunto, julgue o
item abaixo.
20 A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existên-
cia do fato ou a sua autoria.
Com fundamento nos poderes administrativos, julgue os
seguintes itens.
21 O poder regulamentar concretiza-se pela edição de decreto
de competência dos chefes do Poder Executivo. Nos termos
da Constituição Federal, quando o decreto regulamentador
expedido pelo Executivo é exorbitante, caberá a sua suspen-
são pelo Senado Federal. Esse controle é classificado como
externo e parlamentar.
22 É pacífico o entendimento de que os poderes administrativos
são renunciáveis. Ainda, comumente, o poder disciplinar per-
mite a aplicação de sanções aos servidores da Administração
Pública por infração funcional.
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Sobre a organização administrativa, julgue os itens a seguir.
23 As autarquias devem ser criadas por lei e com personalidade
jurídica de direito público. A lei que cria pode estabelecer
competência para intervir no mercado financeiro, pois possui
personalidade própria.
24 Considere que o estado “Y” pretenda criar uma entidade
administrativa com objetivo de fiscalizar o patrimônio am-
biental, bem como expedir ato normativo para regulamentar
o assunto. A estrutura a ser criada terá personalidade jurídi-
ca própria e será dirigida por um colegiado com mandato
fixo. Assertiva: pode-se afirmar que foi criada uma agência
reguladora.
Julgue os itens com fundamento na teoria dos atos administrativos.
25 Considere que Agenor tenha impetrado mandado de segu-
rança questionando a legalidade de determinado ato admi-
nistrativo praticado por servidor público. Nesse caso, sendo
constatada a ilegalidade apontada no remédio constitucional,
o juiz poderá anular o ato administrativo.
26 Determinada Associação de moradores solicitou à Prefeitu-
ra a concessão de alvará de autorização para realizar a in-
terdição de uma rua para realização de festa de fim de ano.
Assertiva: é possível a solicitação ser negada, pois alvará de
autorização é discricionária.
Julgue os itens abaixo acerca dos princípios expressos e implícitos
da Administração Pública.
27 Para a aplicação do princípio da eficiência, exige-se expressa
disposição na legislação infraconstitucional.
28 Os princípios expressos na Constituição Federal informam
toda atividade administrativa, inclusive as desempenhadas
pelas empresas públicas e sociedades de economia mista que
praticam atividade econômica.
No que se refere à responsabilidade civil do Estado, julgue o
item abaixo.
29 A teoria do risco administrativo fundamenta a responsabili-
dade objetiva do Estado. Assim, há responsabilidade objetiva
nos atos omissivos e comissivos praticados pelos agentes pú-
blicos no exercício da função pública.

BASES LEGAIS E TEMAS DA
EDUCAÇÃO – LEI N. 9.394/1996
(CARLINHOS COSTA)
Considerando a legislação nacional em vigor e suas alterações,
julgue os itens a seguir.
30 Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), o aluno pode se ausentar de prova ou aula marcada
nos dias em que, segundo os preceitos de sua religião, seja
vedada a realização de tais atividades.
31 Será objetivo permanente das autoridades responsáveis, se-
gundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), alcançar relação adequada entre a carga horária e as
condições materiais do estabelecimento e a quantidade de
alunos matriculados e formandos.
32 A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, pe-
ríodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de
estudos, grupos não seriados, com base na idade, na compe-
tência e em outros critérios, ou por forma diversa de organi-
zação, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar.
33 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança de
até 5 (cinco) anos em seus aspectos físico, psicológico, in-
telectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.
34 A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) estabelece as
aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem de-
senvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação
Básica. A BNCC referente ao ensino médio incluirá, optati-
vamente, estudos e práticas de educação física, arte, sociolo-
gia e filosofia.
35 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN
n. 9.394/1996) não prevê a formação de pessoal especializa-
do para atuar na educação especial e a elaboração e publica-
ção de materiais didáticos específicos e diferenciados.
43 O Planejamento pode ser entendido como um documento
que estabelece uma ação educativa. É considerado como um
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BASES LEGAIS E TEMAS
DA EDUCAÇÃO – GESTÃO
DEMOCRÁTICA
(CARLINHOS COSTA)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN n.
9.394/1996, determina em seu artigo 14, que os sistemas de ensino
definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades. Sobre a
temática gestão democrática, julgue os itens a seguir.
36 O fazer cotidiano que o gestor escolar executa é pautado nos
princípios de autonomia e centralização.
37 É princípio da gestão democrática o trabalho para o envol-
vimento de todos os que participam e compõem o espaço
escolar, na definição dos caminhos que a escola deve se-
guir para solucionar seus problemas, adotando uma gestão
democrática.
38 No Plano Nacional de Educação, a meta 19 estabeleceu pre-
visão de um ano para a efetivação da Gestão Democrática na
educação por meio da elaboração dos Estados, Municípios e
Distrito Federal.
39 São elementos constitutivos da gestão democrática: partici-
pação, autonomia, transparência e pluralidade.
40 As primeiras manifestações da Gestão Democrática nas esco-
las remontam, ainda, ao século XVII, quando se pleiteava a
participação ativa nas escolas.
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO PEDAGÓGICO
(WILLIAM DORNELA)
Os procedimentos de ensino selecionados pelos professores
devem ser diversificados com a finalidade de alcançar um obje-
tivo. Acerca do planejamento, julgue os itens.
41 Os conteúdos selecionados precisam ser relevantes, úteis e
válidos. Além disso, devem estar de acordo com os objetivos
definidos.
42 A atividade de planejamento apresenta etapas que precisam
ser desenvolvidas, como a elaboração, execução e avaliação.
Para que a prática ocorra significativamente, é necessário que
seja dada importância máxima à execução.

44 A flexibilidade é uma característica essencial de um bom pla-
nejamento de ensino.
45 O processo ensino-aprendizagem visa à assimilação passiva
dos conhecimentos. Dessa forma, o trabalho do professor
deve estar voltado para a mediação de uma relação cognosci-
tiva entre alunos e o conteúdo de ensino.
46 A relação afetiva entre aluno e professor, bem como as emo-
ções e experiências dos educandos devem ser levadas em
consideração com o intuito de se ter sucesso e qualidade du-
rante o planejamento do processo ensino-aprendizagem.
47 O ensino tem um caráter unilateral, em virtude de combinar
a atividade do professor que ensina com a atividade do aluno
que aprende.
48 Um bom planejamento das aprendizagens tem como função
principal assegurar o processo de assimilação dos conteúdos
do saber escolar, tangenciando o desenvolvimento das capa-
cidades cognitivas dos alunos.
49 Os métodos utilizados pelos docentes são apenas mecanis-
mos para facilitar as aulas e podem ser alterados ao longo
do processo.
50 O planejamento, a organização e a articulação de práticas de
ensino que favoreçam a aprendizagem não é responsabilida-
de exclusiva do professor, mas de todos os profissionais que
constituem a escola, pois planejar é pensar em mecanismos
que tornem possível a aplicação dos conhecimentos, e não
apenas a aprendizagem dos conteúdos.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA
PRÁTICA ESCOLAR
(LEANDRO GABRIEL)
Tomando por base as diferentes tendências pedagógicas destaca-
das em obras de Libâneo e Saviani, julgue as afirmativas seguintes.
51 A consciência transitiva, segundo Freire, está associada à
educação de concepção bancária, na qual o ato educativo se
confunde com um ato de depósito bancário.
52 Maurício Tragtenberg, professor e sociólogo brasileiro, foi
um dos expoentes da pedagogia progressista libertária.
53 Para a escola nova, na perspectiva de John Dewey, a educa-
ção implica em preparação para a vida, mantendo os bons
costumes e a harmonização social.
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54 Materialismo histórico, processo de construção dialética do
conhecimento e prática social são alguns dos conceitos discu-
tidos pela pedagogia histórico-crítica de Dermeval Saviani.
55 A pedagogia progressista crítico-social dos conteúdos defen-
de a preparação do aluno para o mundo adulto e suas contra-
dições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aqui-
sição de conteúdos e da socialização, para uma participação
organizada e ativa na democratização da sociedade.
DIDÁTICA E PRÁTICA HISTÓRICO-
CULTURAL
(ANDRÉIA SOUSA)
Julgue os itens abaixo.
56 Ao discutirmos a prática educativa, é comum ouvirmos fa-
las de estudantes e de profissionais dizendo que o curso de
formação não os preparou para a realidade encontrada nos
espaços de atuação. Essa crítica recai, principalmente, sobre
a disciplina de didática.
57 A didática investiga os fundamentos, as condições e os modos
de realização da instrução e do ensino, portanto, é considerada
a ciência de ensinar. Nesse contexto, tem seu foco na teoria.
58 De acordo com José Carlos Libâneo, “muitas pessoas acre-
ditam que o desempenho satisfatório do professor na sala de
aula depende de vocação natural ou somente da experiência
prática, descartando-se a teoria”, embora muitos profissio-
nais manifestem especial tendência e gosto pela prática do
magistério, o adequado processo de formação profissional
para a docência requer a continuidade de ambas.
59 Comênio deu um impulso ao surgimento de uma teoria do
ensino. O termo Didática surge quando os adultos passam
a intervir na atividade de aprendizagem das crianças e dos
jovens para direcionar e planejar o ensino, ao contrário do
que espontaneamente faziam antes. Foi estabelecida uma in-
tenção pedagógica na atividade de ensino, a qual foi sistema-
tizada conforme níveis. A escola tornou-se uma instituição,
sendo adequada aos níveis e idades das crianças.
60 O objetivo da didática tradicional é de ser uma disciplina nor-
mativa, um conjunto de princípios e regras que regulam o
ensino. A atividade de ensinar é centrada no aluno que é ativo
no processo e é um receptor da matéria e deve decorá-la.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
(CARLINHOS COSTA)
61 O gestor escolar deve ser o condutor de sua equipe no pla-
nejamento e na efetivação do Projeto Político-Pedagógico e,
como articulador, deve se envolver não só com as ações ad-
ministrativas, mas também com o pedagógico escolar.
62 A elaboração do Projeto Político-Pedagógico (PPP) de-
manda a inflexão sobre a realidade escolar, peculiar a cada
instituição.
63 O Projeto Político-Pedagógico, concebido na perspectiva
dialógica e democrática, caracteriza-se, assim, como voz plu-
ral dos diferentes protagonistas que interagem na dinâmica
pedagógica e organizacional da escola.
64 Antes de elaborar o PPP é preciso planejar como ele será fei-
to, ou seja, “planejar o planejamento”.
65 O projeto pedagógico da escola deve estar inserido num ce-
nário marcado pela diversidade.
66 A concepção de planejamento participativo não está subsumi-
da na elaboração do PPP, constituindo-se como instrumento
de intervenção na realidade escolar, visando a proporcionar a
organização do trabalho pedagógico.
A Educação a Distância (EaD) é uma modalidade de ensino que
tem se tornado cada vez mais comum. São oferecidos cursos
técnicos, profissionalizantes, de aperfeiçoamento, de graduação,
pós-graduação, entre outros. Considerando essa temática, julgue
os itens a seguir.
67 A EaD apresenta algumas características, como autonomia,
comunicação e processo tecnológico.
68 A EaD tem previsão de alguns momentos presenciais obriga-
tórios, tais como: I – avaliações de estudantes; II – estágios
obrigatórios; III – defesa de trabalhos de conclusão de curso;
e IV – atividades relacionadas a laboratórios de ensino.
69 A EaD constitui uma modalidade de ensino-aprendizagem
totalmente nova e tem ganhado notoriedade pelo emprego de
tecnologias e pelo avanço da informática na educação.
70 Atualmente, a EaD no Brasil está consolidada por uma ampla
legislação. Tal legislação regulamenta o que foi estabelecido
no artigo 80 da LDB, por meio da publicação do Decreto n.
5.622/2005.
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CURRÍCULO E PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO
(CARLINHOS COSTA)
O atendimento em creches e pré-escolas como direito social das
crianças se afirma na Constituição de 1988, com o reconhecimento
da Educação Infantil como dever do Estado com a Educação. De
acordo com a DCN da Educação Infantil, julgue os itens a seguir.
71 Os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da primeira
etapa da Educação Básica são as interações e a experiência.
72 As práticas pedagógicas visam preparar as crianças para o
ingresso no ensino fundamental.
73 As práticas de assistência e cuidado visam ao desenvolvi-
mento das crianças.
74 As práticas buscam articular as experiências e os saberes das
crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimô-
nio cultural.
75 Na observância das Diretrizes, a proposta pedagógica das
instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cum-
pram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica, ofe-
recendo condições e recursos para que as crianças usufruam
seus direitos penais, civis e humanos.
Utilizando as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental de 9 anos como base, julgue os itens a seguir.
76 De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, os sistemas de ensino
e as escolas adotarão, como norteadores das políticas educa-
tivas e das ações pedagógicas, os princípios políticos, didáti-
cos e estéticos.
77 Como toda a população na faixa do ensino obrigatório deve
frequentar o Ensino Fundamental, nele também estão repre-
sentadas a grande diversidade sociocultural da população
brasileira e as grandes disparidades socioeconômicas que
contribuem para determinar oportunidades muito diferencia-
das de acesso dos alunos aos bens culturais.
78 A diversidade econômica, social e cultural exige da escola o
conhecimento da realidade em que vivem os alunos, pois a
compreensão do seu universo cultural é imprescindível para
que a ação pedagógica seja pertinente.
79 Inserida em contextos diferentes, a proposta político-pedagó-
gica das escolas deve estar desarticulada da realidade do seu
alunado para que a comunidade escolar venha a ter acesso a
conhecimentos diferentes, independente da cultura local.

80 A escola deverá propiciar aos alunos condições para transi-
tarem em outras culturas, para que transcendam seu universo
local e se tornem aptos a participar de diferentes esferas da
vida social, econômica e política.
Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica na modalidade de educação de jovens e adultos,
julgue os itens a seguir.
81 A Educação de Jovens e Adultos (EJA) destina-se aos que se
situam na faixa etária superior à considerada própria, no nível
de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
82 Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educa-
ção de Jovens e Adultos, os cursos de Educação de Jovens
e Adultos (EJA), nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
poderão ser a distância.
83 É vedada a matrícula de adolescente com idade entre quator-
ze e dezesseis anos na Educação de Jovens e Adultos, ainda
que a ele tenha sido concedido o direito de emancipação para
os atos da vida civil.
84 O projeto político-pedagógico e o regimento escolar viabili-
zarão um modelo pedagógico próprio para essa modalidade
de ensino, assegurando a identificação e o reconhecimento
das formas de aprender dos adolescentes, jovens e adultos e
a valorização de seus conhecimentos e de suas experiências.
85 A formação inicial e continuada de profissionais para a Edu-
cação de Jovens e Adultos terá como referência as diretrizes
curriculares nacionais para o Ensino Fundamental e para o
Ensino Médio e as diretrizes curriculares nacionais para a
formação de professores, apoiada em investigação dos pro-
blemas desta modalidade de educação, buscando oferecer
soluções teoricamente fundamentadas sem necessidade de
contextualização.
PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
(ANDRÉIA SOUSA/WILLIAM DORNELA)
86 Para que se possa haver a aprendizagem é preciso um proces-
so de assimilação ativa, que para ser efetivo necessita de ati-
vidades práticas em várias modalidades e de exercícios, nos
quais se pode verificar a consolidação e a aplicação prática
de conhecimentos e habilidades desvinculados da prática de
vida dos estudantes.
87 A relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não
é uma simples transmissão do professor que ensina conteú-
dos dogmáticos para um aluno que somente aprende e fixa
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os conteúdos.
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88 A mediação na aprendizagem é uma ferramenta importante
em todo contexto, cujo objetivo essencial é a ação de ensinar
e de aprender. Cabe ao professor dirigir-se aos alunos com
palavras mais acessíveis, provocá-los com questionamentos,
valorizar as respostas independentemente de estarem cer-
tas ou erradas, não dar respostas prontas, incentivar a auto-
descoberta.
89 O ensino e a aprendizagem constituem unidade dialética no
processo, tendo como características um professor transmis-
sor e autoritário em que considera a autoatividade do aluno.
90 Paulo Freire, quando afirma que a teoria não dita à prática,
em vez disso, ela serve para manter a prática ao nosso alcance
de forma a mediar e compreender de maneira crítica o tipo
de práxis necessária em um ambiente específico, em um mo-
mento particular.
91 do professor abrange, pois, duas dimensões: a formação teó-
rico-científica e a técnico-prática, estando a primeira destina-
da ao campo da pesquisa.
92 Para garantir a unicidade da teoria-prática no currículo e sua
efetividade na sala de aula, deve-se privilegiar estratégias pa-
dronizadas para a boa harmonia escolar.
93 Na maioria das formações de professores, o termo teoria é
ainda visto por muitos como algo que existe apenas nas uni-
versidades, e a prática existindo apenas nas escolas.
94 O cotidiano escolar é visto, por muitos, como práticas roti-
neiras de senso comum, mas, quando olhamos desta forma,
deixamos de levar em consideração uma série de aspectos
que interferem decisivamente na vida das pessoas que fazem
parte deste cotidiano.
95 A gestão do cotidiano escolar é o pilar que “costura” todas as ou-
tras dimensões da gestão escolar, pois o seu foco é sobre a apli-
cação prática de todo o planejamento da instituição de ensino.
96 O plano de ensino antecede hierarquicamente o plano de
aula. No entanto, eles devem ser articulados.
97 O plano de aula evidencia a concepção didática que se tem do
processo ensino e aprendizagem.
98 No plano de aula devem estar expressas as intenções com o
trabalho pedagógico escolar.
99 O plano de ensino também pode ser chamado de plano de
unidade didática.

100 O planejamento educacional engloba o planejamento escolar
e o planejamento de ensino. O segundo deve sistematizar a
ação pedagógica da escola e a prática do professor nas formas
de plano e de projeto.
101 Dentro do planejamento como processo de organização do
trabalho escolar, pode-se evidenciar três momentos: a prepa-
ração das operações a serem desenvolvidas, o acompanha-
mento da execução das operações e a avaliação de todo o
processo após a execução de todas as operações.
102 As tecnologias de informação e comunicação não precisam
ser planejadas para serem incorporadas ao planejamento
docente. Com a globalização, elas podem ser inseridas a
qualquer momento, tendo em vista a flexibilidade da ação
de planejar.
103 O planejamento deve ser um processo neutro do educador
diante de seu trabalho docente, em razão de não buscar a ma-
nutenção do status quo, como houve na educação tradicional.
104 O planejamento participativo pode ser visto como um proces-
so ininterrupto de planejar, acompanhar, avaliar e replanejar,
tendo como papel principal transformar uma dada realidade.
105 Na fase de elaboração do planejamento, deve-se pensar na
avaliação e no acompanhamento ao longo do processo. Para
o planejamento de ensino, a função somativa é a mais reco-
mendada para um processo inclusivo.
FUNDAMENTOS E BASES LEGAIS
DA EDUCAÇÃO
(LEANDRO GABRIEL)
106 A pedagogia redentora considera que a educação é um instru-
mento de correção de desvios sociais, visando à integração
harmônica dos indivíduos junto à sociedade.
107 As teorias crítico-reprodutivistas agregam uma visão otimista
da educação, na medida em que consideram a escola um forte
recurso para a implementação da transformação social.
108 Baudelot e Establet, enquanto importantes representantes da
concepção produtivista de educação, criticavam a educação
capitalista, na medida em que havia uma dissociação entre
escolas para a classe proletária e escolas para as camadas
mais favorecidas da sociedade.
109 Para Max Weber, a Educação, na medida em que a sociedade
se racionaliza historicamente, não é mais a preparação para
que o indivíduo compreenda seu papel no conjunto harmônico
do contexto social. Nem é vista como meio de libertação. Tor-
na-se o meio determinante de estratificação social, uma forma
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distinta por
a sua meio da qual
reprodução, busca-se
cópia, obter
divulgação privilégios sujeitando-se
ou distribuição, sociais.
SIMULADO SEE/DF – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
110 O positivismo admite apenas o que é real, verdadeiro, in-
questionável, aquilo que se fundamenta na experiência. Deste
modo, a escola deve privilegiar a busca do que é prático, útil,
subjetivo, direto e claro.
111 Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o
aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas
da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e
agir em favor da própria libertação.
112 Para Durkheim, o objeto da sociologia é o fato social, e a
educação é considerada como o fato social, isto é, se impõe,
coercitivamente, como uma norma jurídica ou como uma lei.
Desta maneira, a ação educativa permitirá uma maior integra-
ção do indivíduo e também permitirá uma forte identificação
com o sistema social.
BASES PSICOLÓGICAS DA
APRENDIZAGEM
(LEANDRO GABRIEL)
Sobre as bases psicológicas da aprendizagem, leia as afirmativas
abaixo e julgue C (certo) ou E (errado).
113 Maturação, experiências físicas, transmissões sociais e cul-
turais e equilibração são fatores desenvolvidos na teoria
de Vygotsky.
114 Vygotsky enfatiza o aspecto interacionista, pois considera que
é no plano intrassubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas,
que têm origem as funções mentais superiores.
115 A Teoria da Aprendizagem Social ou teoria Sociocognitiva,
desenvolvida por Albert Bandura, postula que a aprendiza-
gem pode ocorrer por meio de experiências vicariantes, isto
é, através de experiências de observação do comportamento
de outros indivíduos e das recompensas que estes recebem.
116 De acordo com a teoria piagetiana, ao longo do período pré-
operatório ocorrerá na criança uma diferenciação progressiva
entre o seu eu e o mundo exterior.
117 Uma das preocupações de Vygotsky era demonstrar as evi-
dências de um processo evolutivo que não poderiam ser iden-
tificadas apenas nos processos biológicos.
118 Na perspectiva piagetiana, o desenvolvimento humano é de-
finido por uma sucessão de estágios vinculados ao surgimen-
to de novas estruturas. Um dos estágios é o pré-operatório,
que contempla, de modo geral, crianças de 02 a 07 anos.
aos infratores à responsabilização civil e criminal.
 SIMULADO SEE/DF – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA

119 A assimilação é o processo que implica a modificação de es-

truturas já desenvolvidas para resolver uma nova situação.

120 A zona de desenvolvimento proximal implica na distância

entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma de-
terminar através da solução independente de problemas, e o
nível de desenvolvimento potencial, determinado através da
solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em
colaboração com companheiros mais capazes.

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 SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
CONHECIMENTOS BÁSICOS + COMPLEMENTARES + TEMAS EDUCACIONAIS
PARA OS CARGOS DA CARREIRA DO MAGISTÉRIO PÚBLICO
CARGO: PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA

GABARITO

Item 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Gabarito E E C E E C C C E E E C E C E

Item 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Gabarito E E E E C E E E C C C E C E C

Item 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
Gabarito E C C E E E C E C E C E E C E

Item 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Gabarito C E E E C E C E C C C E C C E

Item 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75
Gabarito C C C C C E C C E E E E E C E

Item 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
Gabarito E C C E C C E C C E E C C E C

Item 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105

Gabarito E E C C C C C C C C C E E C E

Item 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
Gabarito C E E C E C C E E C E C C E C

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GRAMÁTICA/TEXTO/REDAÇÃO
OFICIAL
(LUCAS LEMOS)
Texto 1
1 Em meados da década de 90 do século passado, o eco-
nomista norte-americano Jeremy Rifkin causou polêmica
com seu livro O Fim do Emprego, no qual previa que a era
do emprego estava com os dias contados. Segundo Rifkin, o
5 aumento da produtividade resultante da adoção de novas tec-
nologias – como a informática, a robótica e as telecomunica-
ções – iria provocar efeitos devastadores no nível de emprego
mundial. Milhões de pessoas perderiam seu ganha-pão no
campo, na indústria e no setor de serviços. Somente uma
10 pequena elite de trabalhadores especializados conseguiria
prosperar em uma economia global dominada pela tecnologia.

Mas nem todos concordam com os prognósticos pes-
simistas de Rifkin. “Embora a tecnologia possa tanto criar
trabalhos como extingui-los, o efeito líquido é geralmente o
15 aumento do emprego”, diz um relatório do Future of Work,
um programa do governo neozelandês que discute as grandes
tendências no mercado de trabalho. “Ao aumentar a produti-
vidade, a tecnologia aumenta a renda e, portanto, a demanda
na economia como um todo”, afirma o estudo, que, no
20 entanto, reconhece que o problema não é tão simples: “Motivo
de maior preocupação é que trabalhadores que perderam seus
empregos devido a mudanças na tecnologia podem não ter
as habilidades ou os meios para adquirir as habilidades que
serão exigidas no mercado de trabalho do futuro”.
25 Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para
alguns, ela pode, paradoxalmente, representar um aumento
do trabalho para muitos. Nos últimos anos, inovações como
a Internet e o telefone celular reduziram as dificuldades rela-
cionadas às limitações de tempo e espaço. Qualquer pessoa
30 pode hoje ser encontrada a qualquer momento, em qualquer
lugar, o que amplia seu ambiente virtual de trabalho. “Se não
houver uma mudança no perfil cultural da sociedade como
um todo, as tecnologias só trarão mais e mais trabalho para a
vida das pessoas”, diz o consultor Simon Franco.


Juliana de Moraes. Emprego que não acaba mais. In: Revista Não foi um sonho, muito menos uma visão. Mas consta
Superinteressante, n. 209, maio/2015 (com adaptações). Inter-
net: http://super.abril.com.br.
1 A partícula “se” é empregada no trecho “Se não houver uma
mudança no perfil cultural da sociedade como um todo (…)”
como índice de indeterminação do sujeito, o que confere
maior formalidade ao texto.
Errado.
No trecho “Se não houver uma mudança no perfil cultural da
sociedade como um todo”, observamos que a partícula “se”
funciona como conjunção condicional. Por isso, a questão
está errada.
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2 Os vocábulos “é” e “que” poderiam ser suprimidos simul-
taneamente do trecho “Motivo de maior preocupação é que
trabalhadores (…)”, sem prejuízo para a correção gramatical,
uma vez que desempenham função de partícula de realce ou
expletiva.
Errado.
A expressão “é que”, como partícula de realce ou expletiva, é
empregada para enfatizar um termo da oração. Observe que,
no trecho “Motivo de maior preocupação é que trabalhadores
(…)”, a supressão do “é” e do “que” modifica as relações se-
mânticas do contexto. Portanto, o item está errado.
3 No trecho “(…) reduziram as dificuldades relacionadas às
limitações de tempo e espaço.”, o sinal indicativo de crase
ocorre devido à fusão de preposição “a” exigida pelo vocá-
bulo “relacionadas” com a presença de artigo “as” antes do
substantivo no plural “limitações”.
Certo.
No trecho “(…) reduziram as dificuldades relacionadas às li-
mitações de tempo e espaço.”, ocorre, de fato, o acento grave
devido à fusão da preposição “a” com o artigo “as”. Portanto,
o item está correto.
4 No trecho “Nos últimos anos, inovações como a Internet e o
telefone celular reduziram (…)”, a vírgula logo após o termo
“anos” poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção
gramatical do período no qual ela aparece.
Errado.
A expressão “Nos últimos anos” desempenha a função de ad-
junto adverbial de tempo de longa extensão, ou seja, apresenta
três ou mais palavras. Quando houver adjunto adverbial de lon-
ga extensão, a vírgula será obrigatória. Por essa razão, o item
está errado.
Texto 2
O Diabo no espaço
1
que um astronauta, em uma dessas naves tripuladas que pas-
seiam pelo espaço, enquanto seus colegas, obedecendo aos
horários da base de Houston, dormiam em complicados
5 leitos, montava guarda na cabine de comando e viu o
diabo, em passeio, sem ajuda de qualquer equipamento,
apenas com seus chifres, rabo e pés fendidos, caminhando
pelo cosmos, aparentemente procurando alguma coisa.

Sabendo que o Pai das Trevas, desde o início do mundo,
10 domina uma boa tecnologia, o astronauta tentou comunicar-se
com ele. Para sua surpresa, o Diabo entrou na faixa sonora da
cabine e os dois conversaram. O diálogo está nos arquivos
secretos da NASA, esperando hora propícia para divulgação.


Após considerações
- 71505741149, gerais meios
vedada, por quaisquer sobree aos destinos
qualquer título, da

15 humanidade, o astronauta quis saber do destino do pró-
prio Diabo, o que fazia ele ali sozinho, aparentemente per-
dido no espaço, desorientado e deprimido. Apesar de ser
considerado o inventor da Mentira, o Diabo falou a ver-
dade. Estava deixando o planeta Terra, onde, desde a
20 revolta dos anjos, antes da criação do Mundo, tinha decidido
implantar o Mal e a Desgraça na obra de Deus.

O astronauta quis saber a razão de tão humilhante re-
tirada. Seria uma derrota diante das forças do bem? Nada
disso – informou o Diabo. Ele ia embora da Terra porque
25 sua atividade tornara-se supérflua com o advento da Internet.
Procurava agora um planeta em estágio tecnológico menos
avançado do que o nosso, sem um tipo de comunicação onde
qualquer um pode fazer um estrago bem maior do que ele na
comunidade internacional e na vida de cada um.
Carlos Heitor Cony
Sobre o texto e seus aspectos semânticos, sintáticos e morfológi-
cos, julgue as assertivas a seguir.
5 O texto, predominantemente descritivo, apresenta o diálogo
entre um ser real e uma entidade fictícia, ocorrido no espa-
ço cósmico.
Errado.
Por mais que haja alguns traços de descrição no texto, objetivo
principal é narrar a história do astronauta que se encontra com
o diabo no espaço. Podemos entender que se trata de uma nar-
rativa ficcional. Portanto, o item está errado.
6 Com a introdução “Não foi um sonho, muito menos uma vi-
são”, o autor antecipa que os fatos a serem apresentados são
a expressão da verdade que lhe foi transmitida.
Certo.
Depreende-se, a partir da introdução “Não foi um sonho, muito
menos uma visão”, que o autor do texto trará a verdade. Se não
é um sonho, nem uma visão, só pode ser uma realidade. Portan-
to, o item está correto.
7 Depreende-se do texto que a tecnologia mal utilizada pode ser
mais prejudicial ou tão nefasta como as forças demoníacas.
Certo.
Podemos depreender isso a partir da leitura do último período
do texto: “Procurava agora um planeta em estágio tecnológico
menos avançado do que o nosso, sem um tipo de comunicação
onde qualquer um pode fazer um estrago bem maior do que ele
na comunidade internacional e na vida de cada um”. Por isso,
o item está correto.
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8 A substituição da expressão “apesar de”, no trecho “Apesar
de ser considerado o inventor da Mentira, o Diabo falou a
verdade”, por a despeito de manteria a correção gramatical e
a ideia original do texto.
Certo.
Tanto “apesar de” quanto “a despeito de” são locuções prepo-
sitivas com valor semântico de concessão. Sendo assim, o item
está correto.
9 No trecho “Procurava agora um planeta em estágio tecnoló-
gico menos avançado do que o nosso”, a retirada do vocábulo
“do” na expressão “do que” prejudicaria a correção gramati-
cal e o sentido original do texto.
Errado.
É possível utilizar tanto “do que” quanto apenas “que”. Na
construção apresentada, tal expressão desempenha papel de
conjunção subordinativa comparativa e ambas as formas estão
corretas. O item permanece errado por afirmar que prejudicaria
a correção e o sentido.
Texto 3
1 Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que
manuais de estilo tinham consultado durante seu aprendi-
zado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que
escrever, para eles, aconteceu naturalmente.
5 Eu seria o último dos mortais a duvidar que os bons escri-
tores foram abençoados com uma dose inata de fluência mais
sintaxe e memória para as palavras. Ninguém nasceu com com-
petência para redigir. Essa competência pode não se ter origi-
nado nos manuais de estilo, mas deve ter vindo de algum lugar.
10 Esse algum lugar é a escrita de outros escritores. Bons
escritores são leitores ávidos. Assimilaram um grande inven-
tário de palavras, expressões idiomáticas, construções,
tropos e truques retóricos e, com eles, a sensibilidade para
o modo como se combinam ou se repelem. Essa é a ardilosa
15 “sensibilidade” de um escritor hábil – o tácito sentido de
estilo que os manuais de estilo honestos admitem ser impos-
sível ensinar explicitamente. Os biógrafos dos grandes auto-
res sempre tentam rastrear os livros que seus personagens
leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem
20 o segredo de seu aperfeiçoamento como escritores.

O ponto de partida para alguém tornar-se um bom escri-
tor é ser um bom leitor. Os escritores adquirem sua técnica
identificando, saboreando e aplicando engenharia reversa em
exemplos de boa prosa.
Steven Pinker. Guia de escrita: como conceber um texto com
clareza, precisão e elegância. Trad. Rodolfo Ilari. São Paulo:
Contexto, 2016, p. 23-4 (com adaptações).

No que se refere ao texto precedente, julgue os itens a seguir.
10 O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram”
(l. 3) é elíptico e faz referência aos “manuais de estilo”.
Errado.
O sujeito da forma verbal “Disseram” é elíptico e se refere a
“alguns escritores”. Logo, a questão está errada.
11 Na linha 5, a palavra “último” foi empregada com valor de
numeral ordinal.
Errado.
O vocábulo “último” foi empregado, no texto, com valor de
substantivo. Observe-se que há um artigo antecedido a ele que
determina o substantivo. Dessa forma, o item está errado.
12 Na linha 18, o pronome “que” retoma “os livros”, e ambos
os termos exercem a mesma função sintática nas orações em
que ocorrem.
Certo.
Note-se que no trecho “Os biógrafos dos grandes autores sem-
pre tentam rastrear os livros que seus personagens leram na ju-
ventude”, o termo “livros” é objeto direto do verbo “rastrear”,
e o vocábulo “que” desempenha a função de objeto direto da
forma verbal “leram”. Por isso, a questão está correta.
Considerando os aspectos estruturais e linguísticos das correspon-
dências oficiais previstos no Manual de Redação da Presidência
da República, julgue os itens que se seguem.
13 Informar o destinatário sobre determinado assunto, propor
alguma medida e submeter projeto de ato normativo à consi-
deração desse destinatário são alguns dos propósitos comuni-
cativos da mensagem.
Errado.
Informar o destinatário sobre determinado assunto, propor al-
guma medida e submeter projeto de ato normativo à considera-
ção desse destinatário são alguns dos propósitos comunicativos
da exposição de motivos.
14 Visto que se trata de autoridades do Poder Público, o pro-
nome de tratamento adequado para se referir a Ministros de
Estado e a Governadores deve ser Vossa Excelência.
Certo.
Segundo o MRPR, o pronome de tratamento segue a tradição
secular. Neste caso, Vossa Excelência é de uso consagrado para
as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo:
– Presidente da República;
– Vice-Presidente
O conteúdo da éRepública;
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SIMULADO SEE/DF – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
– Ministros de Estado;
– Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Dis-
trito Federal;
– Oficiais-Generais das Forças Armadas;
– Embaixadores;
– Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupan-
tes de cargos de natureza especial;
– Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
– Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
– Deputados Federais e Senadores;
– Ministros do Tribunal de Contas da União;
– Deputados Estaduais e Distritais;
– Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
– Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
– Ministros dos Tribunais Superiores;
– Membros de Tribunais;
– Juízes;
– Auditores da Justiça Militar.
Portanto, a alternativa está correta.
15 Por ser suscetível a falsificações, o correio eletrônico (e-mail)
não tem valor documental nos órgãos do Poder Executivo,
sendo usado apenas nas comunicações de caráter particular
entre servidores.
Errado.
O correio eletrônico terá, sim, valor documental. É claro que,
para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor docu-
mental, isto é, para que possa ser aceita como documento origi-
nal, é necessário existir certificação digital que ateste a identi-
dade do remetente, na forma estabelecida em lei.
LEI ORGÂNICA DO DISTRITO
FEDERAL
(MARCO SOARES)
16 O direito de petição e representação será assegurado aos que
comprovarem insuficiência de recursos.
Errado.
Não há necessidade de comprovação de insuficiência de recur-
sos para usufruir do direito de petição e representação. Essa
exigência é para ter direito à assistência jurídica integral e gra-
tuita, nos termos dos artigos 3º e 4º da LODF.
17 O Distrito Federal, conforme previsão expressa na Constitui-
ção Federal, é regido por Lei Orgânica, votada em dois turnos
com interstício mínimo de dez dias, e aprovada pela maioria
absoluta da Câmara Legislativa.

Errado.
O quórum necessário não é o de maioria absoluta. O correto
seria dois terços (2/3).
18 Acerca das competências reservadas ao Distrito Federal jul-
gue o item.
Legislar sobre educação é uma competência do Distrito Fede-
ral, em comum com a união.
Errado.
Conforme preceitua o art. 17 da LODF, compete ao Distrito Fe-
deral, concorrentemente com a União, legislar sobre educação.
Não confunda a competência comum prevista no art. 16 com
competência concorrente que está no art. 17.
19 É vedado ao Distrito Federal, doar bens imóveis de seu pa-
trimônio ou constituir sobre eles ônus real, bem como con-
ceder isenções fiscais ou remissões de dívidas, sem expressa
autorização do Tribunal de Contas do DF, sob pena de nuli-
dade do ato.
Errado.
Tenha bastante cuidado! Quem faz essa autorização é a Câmara
Legislativa do Distrito Federal, nos termos do art. 18 da LODF.
DIREITO ADMINISTRATIVO
(RODRIGO CARDOSO)
O servidor público possui responsabilidade administrativa, civil
e penal no exercício de suas funções. Sobre o assunto, julgue o
item abaixo.
20 A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existên-
cia do fato ou a sua autoria.
Certo.
É certo que a responsabilidade civil ou administrativa do ser-
vidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato ou a sua autoria. A absolvição penal por falta
de provas não interfere nas demais esferas.
Com fundamento nos poderes administrativos, julgue os
seguintes itens.
21 O poder regulamentar concretiza-se pela edição de decreto
de competência dos chefes do Poder Executivo. Nos termos
da Constituição Federal, quando o decreto regulamentador
expedido pelo Executivo é exorbitante, caberá a sua suspen-
são pelo Senado Federal. Esse controle é classificado como
externo e parlamentar.
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SIMULADO SEE/DF – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Errado.
Compete ao Congresso Nacional sustar o ato que exorbitar o
uso do poder regulamentar (Art. 49, V, CF).
22 É pacífico o entendimento de que os poderes administrativos
são renunciáveis. Ainda, comumente, o poder disciplinar per-
mite a aplicação de sanções aos servidores da Administração
Pública por infração funcional.
Errado.
O poder disciplinar representa a faculdade de punir internamen-
te as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas su-
jeitas à disciplina de órgãos e serviços da Administração.
Sobre a organização administrativa, julgue os itens a seguir.
23 As autarquias devem ser criadas por lei e com personalidade
jurídica de direito público. A lei que cria pode estabelecer
competência para intervir no mercado financeiro, pois possui
personalidade própria.
Errado.
As autarquias praticam atividades típicas de Estado, por esse
motivo, não praticam atividades comerciais ou financeiras.
24 Considere que o estado “Y” pretenda criar uma entidade
administrativa com objetivo de fiscalizar o patrimônio am-
biental, bem como expedir ato normativo para regulamentar
o assunto. A estrutura a ser criada terá personalidade jurídi-
ca própria e será dirigida por um colegiado com mandato
fixo. Assertiva: pode-se afirmar que foi criada uma agência
reguladora.
Certo.
Agência reguladora é autarquia em regime especial, possuin-
do as seguintes características: personalidade jurídica própria,
é dirigida por um colegiado, com mandato fixo e que os bens a
ela pertencentes serão considerados bens públicos.
Julgue os itens com fundamento na teoria dos atos administrativos.
25 Considere que Agenor tenha impetrado mandado de segu-
rança questionando a legalidade de determinado ato admi-
nistrativo praticado por servidor público. Nesse caso, sendo
constatada a ilegalidade apontada no remédio constitucional,
o juiz poderá anular o ato administrativo.
Certo.
O Poder Judiciário pode realizar controle de legalidade nos atos
administrativos.
26 Determinada Associação de moradores solicitou à Prefeitu-
ra a concessão de alvará de autorização para realizar a in-
terdição de uma rua para realização de festa de fim de ano.
Assertiva: é possível a solicitação ser negada, pois alvará de
autorização
é discricionária.
à responsabilização civil e criminal.

Certo.
Alvará de autorização representa atividade discricionária da
prefeitura, logo, poderá ser negada.
Julgue os itens abaixo acerca dos princípios expressos e implícitos
da Administração Pública.
27 Para a aplicação do princípio da eficiência, exige-se expressa
disposição na legislação infraconstitucional.
Errado.
O princípio da eficiência orienta toda atividade administrava,
pois é princípio expresso na CF. Por esse motivo, não há neces-
sidade de constar em outras normas infraconstitucionais.
28 Os princípios expressos na Constituição Federal informam
toda atividade administrativa, inclusive as desempenhadas
pelas empresas públicas e sociedades de economia mista que
praticam atividade econômica.
Certo.
Os princípios expressos e implícitos na Constituição informam
as atividades administrativas praticadas na Administração dire-
ta e indireta.
No que se refere à responsabilidade civil do Estado, julgue o
item abaixo.
29 A teoria do risco administrativo fundamenta a responsabili-
dade objetiva do Estado. Assim, há responsabilidade objetiva
nos atos omissivos e comissivos praticados pelos agentes pú-
blicos no exercício da função pública.
Errado.
A responsabilidade por omissão é do tipo subjetiva.
BASES LEGAIS E TEMAS DA
EDUCAÇÃO – LEI N. 9.394/1996
(CARLINHOS COSTA)
Considerando a legislação nacional em vigor e suas alterações,
julgue os itens a seguir.
30 Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), o aluno pode se ausentar de prova ou aula marcada
nos dias em que, segundo os preceitos de sua religião, seja
vedada a realização de tais atividades.
Certo.
Art. 7º – Ao aluno regularmente matriculado em instituição de
ensino pública ou privada, de qualquer nível, é assegurado, no
exercício da liberdade de consciência e de crença, o direito de,
mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova
ou de aula
O conteúdo marcada
deste para dia
livro eletrônico em que,para
é licenciado segundo os preceitos
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sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades, deven-
do-se-lhe atribuir, a critério da instituição e sem custos para o
aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do
inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição Federal:
I – prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realizada
em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro
horário agendado com sua anuência expressa;
II – trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pes-
quisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela ins-
tituição de ensino.
§ 1º A prestação alternativa deverá observar os parâmetros cur-
riculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno.
§ 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa de que
trata este artigo substituirá a obrigação original para todos os
efeitos, inclusive regularização do registro de frequência.
§ 3º As instituições de ensino implementarão progressivamen-
te, no prazo de 2 (dois) anos, as providências e adaptações ne-
cessárias à adequação de seu funcionamento às medidas previs-
tas neste artigo.
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a que
se refere o art. 83 desta Lei.
31 Será objetivo permanente das autoridades responsáveis, se-
gundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), alcançar relação adequada entre a carga horária e as
condições materiais do estabelecimento e a quantidade de
alunos matriculados e formandos.
Errado.
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsá-
veis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o
professor, a carga horária e as condições materiais do esta-
belecimento.
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista
das condições disponíveis e das características regionais e locais,
estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.
32 A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, pe-
ríodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de
estudos, grupos não seriados, com base na idade, na compe-
tência e em outros critérios, ou por forma diversa de organi-
zação, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar.
Certo.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de
períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade,
na competência e em outros critérios, ou por forma diversa
de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se
tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País
e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
de

§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades
locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respecti-
vo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas
letivas previsto nesta Lei.
33 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança de
até 5 (cinco) anos em seus aspectos físico, psicológico, in-
telectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.
Certo.
Artigo 29 da LDB. Estude também os artigos 30 e 31.
34 A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) estabelece as
aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem de-
senvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação
Básica. A BNCC referente ao ensino médio incluirá, optati-
vamente, estudos e práticas de educação física, arte, sociolo-
gia e filosofia.
Errado.
Art. 35-A, § 2º A Base Nacional Comum Curricular referente
ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de
educação física, arte, sociologia e filosofia.
35 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN
n. 9.394/1996) não prevê a formação de pessoal especializa-
do para atuar na educação especial e a elaboração e publica-
ção de materiais didáticos específicos e diferenciados.
Errado.
A educação especial é temática muito detalhada na lei. Está
descrita do artigo 58 ao 60.
BASES LEGAIS E TEMAS
DA EDUCAÇÃO – GESTÃO
DEMOCRÁTICA
(CARLINHOS COSTA)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN n.
9.394/1996, determina em seu artigo 14, que os sistemas de ensino
definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades. Sobre a
temática gestão democrática, julgue os itens a seguir.
36 O fazer cotidiano que o gestor escolar executa é pautado nos
princípios de autonomia e centralização.
Errado.
A escola pública é pautada pela gestão democrática, a qual en-
seja a descentralização de ações e responsabilidades. A escola
só ganha autonomia quando articula a construção do PPP e pla-
neja as ações
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37 É princípio da gestão democrática o trabalho para o envol-
vimento de todos os que participam e compõem o espaço
escolar, na definição dos caminhos que a escola deve se-
guir para solucionar seus problemas, adotando uma gestão
democrática.
Certo.
A participação da comunidade local e escolar nos processos de-
cisórios da escola, na formação de conselhos ou equivalentes.
38 No Plano Nacional de Educação, a meta 19 estabeleceu pre-
visão de um ano para a efetivação da Gestão Democrática na
educação por meio da elaboração dos Estados, Municípios e
Distrito Federal.
Errado.
Meta 19 – Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para
a efetivação da gestão democrática da educação, associada a
critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à
comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo
recursos e apoio técnico da União para tanto.
 
39 São elementos constitutivos da gestão democrática: partici-
pação, autonomia, transparência e pluralidade.
Certo.
Segundo Adilson Araújo, são elementos constitutivos da gestão
democrática, a participação, autonomia, transparência e plura-
lidade. Cada um desses elementos tem sua relevância por si
só e, juntos, colaboram para a ampliação do entendimento de
como se articula e se manifesta uma educação democrática, que
considera, realmente, a comunidade escolar.
40 As primeiras manifestações da Gestão Democrática nas esco-
las remontam, ainda, ao século XVII, quando se pleiteava a
participação ativa nas escolas.
Errado.
As discussões que envolvem a problemática da Gestão De-
mocrática da escola pública remontam ao início da década de
1980, sendo instituída legalmente a partir de sua implementa-
ção na Constituição Federal de 1988.
 SIMULADO SEE/DF – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO 46 A relação afetiva entre aluno e professor, bem como as emo-
ções e experiências dos educandos devem ser levadas em
DO TRABALHO PEDAGÓGICO consideração com o intuito de se ter sucesso e qualidade du-
(WILLIAM DORNELA)
rante o planejamento do processo ensino-aprendizagem.

Os procedimentos de ensino selecionados pelos professores

devem ser diversificados com a finalidade de alcançar um obje-
tivo. Acerca do planejamento, julgue os itens.
41 Os conteúdos selecionados precisam ser relevantes, úteis e
válidos. Além disso, devem estar de acordo com os objetivos
definidos.
Certo.
Os conteúdos são selecionados após a definição dos objetivos.
Eles precisam ser condizentes com as finalidades da proposta
educativa, visto que são interdependentes.
42 A atividade de planejamento apresenta etapas que precisam
ser desenvolvidas, como a elaboração, execução e avaliação.
Para que a prática ocorra significativamente, é necessário que
seja dada importância máxima à execução.
Errado.
Todas as fases do planejamento são importantes. A elaboração,
execução e avaliação são indissociáveis em todo planejamento.
43 O Planejamento pode ser entendido como um documento
que estabelece uma ação educativa. É considerado como um
ato político.
Errado.
O planejamento é processo, e não um documento. Ele orga-
niza, antecipa e sistematiza as ações para o alcance de uma
finalidade.
44 A flexibilidade é uma característica essencial de um bom pla-
nejamento de ensino.
Certo.
Os aspectos cognoscitivos e a afetividade influenciam no pro-
cesso ensino-aprendizagem e devem ser levados em considera-
ção para um bom planejamento.
47 O ensino tem um caráter unilateral, em virtude de combinar
a atividade do professor que ensina com a atividade do aluno
que aprende.
Errado.
O caráter é bilateral, em que o professor não é o detentor do
saber, e o aluno é um ser ativo. Os dois são componentes ativos
que atuam na construção do conhecimento.
48 Um bom planejamento das aprendizagens tem como função
principal assegurar o processo de assimilação dos conteúdos
do saber escolar, tangenciando o desenvolvimento das capa-
cidades cognitivas dos alunos.
Errado.
O item está se referindo ao ensino, e não à aprendizagem com
as funções principais de assegurar o processo de transmissão e
assimilação dos conteúdos. O planejamento não deve tangen-
ciar (desconsiderar) a capacidade cognitiva.
49 Os métodos utilizados pelos docentes são apenas mecanis-
mos para facilitar as aulas e podem ser alterados ao longo
do processo.
Errado.
Os métodos, assim como os outros elementos do processo ensi-
no-aprendizagem, possuem grande importância no planejamen-
to, tornando-se indissociáveis dos demais elementos.

Certo. 50 O planejamento, a organização e a articulação de práticas de

É necessário que haja adequações nas ações previstas nas dife-
ensino que favoreçam a aprendizagem não é responsabilida-
rentes etapas do planejamento.
de exclusiva do professor, mas de todos os profissionais que
constituem a escola, pois planejar é pensar em mecanismos
45 O processo ensino-aprendizagem visa à assimilação passiva
que tornem possível a aplicação dos conhecimentos, e não
dos conhecimentos. Dessa forma, o trabalho do professor
apenas a aprendizagem dos conteúdos.
deve estar voltado para a mediação de uma relação cognosci-
tiva entre alunos e o conteúdo de ensino.
Certo.
Planejar deve ser um compromisso coletivo, sobretudo, visan-
Errado.
do ao engajamento da comunidade ao longo do processo.
A assimilação dos conhecimentos deve ser ativa, e não passiva.
O objetivo é formar um cidadão crítico.

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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA
PRÁTICA ESCOLAR
(LEANDRO GABRIEL)
Tomando por base as diferentes tendências pedagógicas destaca-
das em obras de Libâneo e Saviani, julgue as afirmativas seguintes.
51 A consciência transitiva, segundo Freire, está associada à
educação de concepção bancária, na qual o ato educativo se
confunde com um ato de depósito bancário.
Errado.
A consciência transitiva implica em criticidade, problematiza-
ção da realidade, na constituição do ser político. Ela não se as-
socia a uma concepção bancária, mas, sim, libertadora.
52 Maurício Tragtenberg, professor e sociólogo brasileiro, foi
um dos expoentes da pedagogia progressista libertária.
Certo.
Maurício Tragtenberg foi um dos grandes precursores dos
ideais libertários em nosso país. Foi autor de grandes obras,
como “Educação e Burocracia”.
53 Para a escola nova, na perspectiva de John Dewey, a educa-
ção implica em preparação para a vida, mantendo os bons
costumes e a harmonização social.
Errado.
Segundo John Dewey, “a educação não é a preparação para a
vida, mas, sim, a própria vida”. A perspectiva apresentada na
questão diz respeito ao pensamento de Émile Durkheim.
54 Materialismo histórico, processo de construção dialética do
conhecimento e prática social são alguns dos conceitos discu-
tidos pela pedagogia histórico-crítica de Dermeval Saviani.
Certo.
A concepção histórico-crítica de Saviani agrega importantes
conceitos debatidos no pensamento marxista, como questões
relacionadas ao materialismo histórico.
55 A pedagogia progressista crítico-social dos conteúdos defen-
de a preparação do aluno para o mundo adulto e suas contra-
dições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aqui-
sição de conteúdos e da socialização, para uma participação
organizada e ativa na democratização da sociedade.
Certo.
Tal afirmação é apontada por Libâneo como uma das impor-
tantes contribuições da pedagogia crítico-social dos conteúdos
a respeito de uma nova concepção/visão de escola na contem-
poraneidade.
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DIDÁTICA E PRÁTICA HISTÓRICO-
CULTURAL
(ANDRÉIA SOUSA)
Julgue os itens abaixo.
56 Ao discutirmos a prática educativa, é comum ouvirmos fa-
las de estudantes e de profissionais dizendo que o curso de
formação não os preparou para a realidade encontrada nos
espaços de atuação. Essa crítica recai, principalmente, sobre
a disciplina de didática.
Certo.
Ora é criticada quando assume um caráter instrumental – ao se
constituir como um conjunto de métodos e técnicas desvincu-
lado de um contexto real –, ora é criticada por negar o objeto
de estudo da didática e pautar-se pela discussão de temas de
diferentes áreas.
57 A didática investiga os fundamentos, as condições e os modos
de realização da instrução e do ensino, portanto, é considerada
a ciência de ensinar. Nesse contexto, tem seu foco na teoria.
Errado.
Segundo Libâneo, a didática é a ponte mediadora entre a teoria
e a prática.
58 De acordo com José Carlos Libâneo, “muitas pessoas acre-
ditam que o desempenho satisfatório do professor na sala de
aula depende de vocação natural ou somente da experiência
prática, descartando-se a teoria”, embora muitos profissio-
nais manifestem especial tendência e gosto pela prática do
magistério, o adequado processo de formação profissional
para a docência requer a continuidade de ambas.
Certo.
Uma formação teórico-prática consistente, na qual teoria e prá-
tica se interpenetram a todo momento: a teoria, estando vin-
culada aos problemas denunciados pela experiência prática. A
prática, por sua vez, sendo orientada pela teoria.
59 Comênio deu um impulso ao surgimento de uma teoria do
ensino. O termo Didática surge quando os adultos passam
a intervir na atividade de aprendizagem das crianças e dos
jovens para direcionar e planejar o ensino, ao contrário do
que espontaneamente faziam antes. Foi estabelecida uma in-
tenção pedagógica na atividade de ensino, a qual foi sistema-
tizada conforme níveis. A escola tornou-se uma instituição,
sendo adequada aos níveis e idades das crianças.
Certo.
Comênio teve grande influência na democratização do ensino
desenvolvendo métodos de instrução mais rápidos e eficientes.
Ele queria que todos tivessem direito e acesso ao conhecimento.

60 O objetivo da didática tradicional é de ser uma disciplina nor-
mativa, um conjunto de princípios e regras que regulam o
ensino. A atividade de ensinar é centrada no aluno que é ativo
no processo e é um receptor da matéria e deve decorá-la.
Errado.
O objetivo é a formação de um aluno ideal, desvinculado de sua
realidade concreta. O aluno é passivo no processo e a aprendi-
zagem é receptiva e mecânica. O material concreto é mostrado,
manipulado, mas o aluno não lida mentalmente com ele.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
(CARLINHOS COSTA)
61 O gestor escolar deve ser o condutor de sua equipe no pla-
nejamento e na efetivação do Projeto Político-Pedagógico e,
como articulador, deve se envolver não só com as ações ad-
ministrativas, mas também com o pedagógico escolar.
Certo.
Cabe à equipe gestora proporcionar espaços de participação e,
dentre outras competências, promover um clima de confiança e
reciprocidade, em que todos possam compartilhar ideias, opi-
niões, chegando a um consenso e responsabilizando-se pelos
resultados; proporcionar um ambiente colaborativo e incentivar
e articular para que todos os segmentos envolvidos no proces-
so educacional participem da tomada de decisões, acompanha-
mento e avaliação das ações da escola.
62 A elaboração do Projeto Político-Pedagógico (PPP) de-
manda a inflexão sobre a realidade escolar, peculiar a cada
instituição.
Certo.
Esta inflexão significa conhecer seus problemas, debruçar-
se sobre eles, buscando encontrar meios coletivos para
solucioná-los.
63 O Projeto Político-Pedagógico, concebido na perspectiva
dialógica e democrática, caracteriza-se, assim, como voz plu-
ral dos diferentes protagonistas que interagem na dinâmica
pedagógica e organizacional da escola.
Certo.
Isto ocorre porque ele adquire legitimidade à medida que ex-
pressa concepções e proposições da comunidade escolar. O PPP
não pode ser resultado somente das reflexões do diretor e da
equipe de gestão, mas, sim, do amplo debate junto aos diferen-
tes segmentos constituintes da comunidade escolar.
64 Antes de elaborar o PPP é preciso planejar como ele será fei-
to, ou seja, “planejar o planejamento”.
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Certo.
Definir os movimentos de construção é necessário para que toda
a comunidade seja ouvida e o processo possa ser legitimado.
65 O projeto pedagógico da escola deve estar inserido num ce-
nário marcado pela diversidade.
Certo.
Cada escola é resultado de um processo de desenvolvimento de
suas próprias contradições. Não existem duas escolas iguais.
66 A concepção de planejamento participativo não está subsumi-
da na elaboração do PPP, constituindo-se como instrumento
de intervenção na realidade escolar, visando a proporcionar a
organização do trabalho pedagógico.
Errado.
O planejamento participativo está intimamente ligado e subsu-
mido ao PPP. Engloba-se e configura-se como interdependente
numa relação mutualista.
A Educação a Distância (EaD) é uma modalidade de ensino que
tem se tornado cada vez mais comum. São oferecidos cursos
técnicos, profissionalizantes, de aperfeiçoamento, de graduação,
pós-graduação, entre outros. Considerando essa temática, julgue
os itens a seguir.
67 A EaD apresenta algumas características, como autonomia,
comunicação e processo tecnológico.
Certo.
Em relação ao aspecto da autonomia, o estudante pode definir o
melhor horário e local para estudar, conforme seu ritmo e estilo
de aprendizado, por meio de materiais didáticos que facilitem a
mediatização dos conhecimentos e promovam a autoaprendiza-
gem. Em relação ao aspecto da comunicação, esta é sempre me-
diatizada e pode acontecer de forma síncrona, quando os estu-
dantes e o professor estão conectados ao mesmo tempo, através
de, por exemplo, chats, webconferências, audioconferências e
telefones, ou assíncrona, quando estudantes e professores não
estão conectados ao mesmo tempo, podendo ser por meio de
fórum, mensagem eletrônica etc. Essas formas de comunicação
permitem atender a um número maior de estudantes de diversas
regiões. Em relação ao aspecto tecnológico, diversas tecnolo-
gias são colocadas à disposição dos estudantes e professores
para facilitar a comunicação e o acesso aos conteúdos.
68 A EaD tem previsão de alguns momentos presenciais obriga-
tórios, tais como: I – avaliações de estudantes; II – estágios
obrigatórios; III – defesa de trabalhos de conclusão de curso;
e IV – atividades relacionadas a laboratórios de ensino.

Certo.
Art. 4º As atividades presenciais, como tutorias, avaliações, es-
tágios, práticas profissionais e de laboratório e defesa de traba-
lhos, previstas nos projetos pedagógicos ou de desenvolvimen-
to da instituição de ensino e do curso, serão realizadas na sede
da instituição de ensino, nos polos de educação a distância ou
em ambiente profissional, conforme as Diretrizes Curriculares
Nacionais (Decreto n. 9.057, de 25 de maio de 2017).
69 A EaD constitui uma modalidade de ensino-aprendizagem
totalmente nova e tem ganhado notoriedade pelo emprego de
tecnologias e pelo avanço da informática na educação.
Errado.
Ao longo da história, a EaD evoluiu, podendo ser caracterizada,
por cinco gerações diferentes: 1ª Geração: marcada pela
comunicação textual, por meio de correspondência; 2ª Geração:
ensino por rádio e televisão; 3ª Geração: caracterizada,
principalmente, pela invenção das universidades abertas; 4ª
Geração: marcada pela interação a distância em tempo real,
em cursos de áudio e videoconferências; 5ª Geração: envolve
o ensino e o aprendizado on-line, em classes e universidades
virtuais, baseadas em tecnologias da internet.
70 Atualmente, a EaD no Brasil está consolidada por uma ampla
legislação. Tal legislação regulamenta o que foi estabelecido
no artigo 80 da LDB, por meio da publicação do Decreto n.
5.622/2005.
Errado.
O Decreto n. 5.622/2005 realmente regulamentou a EaD, po-
rém, foi totalmente revogado pelo Decreto n. 9.057/2017.
CURRÍCULO E PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO
(CARLINHOS COSTA)
O atendimento em creches e pré-escolas como direito social das
crianças se afirma na Constituição de 1988, com o reconhecimento
da Educação Infantil como dever do Estado com a Educação. De
acordo com a DCN da Educação Infantil, julgue os itens a seguir.
71 Os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da primeira
etapa da Educação Básica são as interações e a experiência.
Errado.
As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da
Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as intera-
ções e a brincadeira.
72 As práticas pedagógicas visam preparar as crianças para o
ingresso no ensino fundamental.
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SIMULADO SEE/DF – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Errado.
O trabalho junto às crianças de até três anos (em creches) e
junto às de quatro e cinco anos devem garantir a continuidade
no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças,
sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino
Fundamental.
73 As práticas de assistência e cuidado visam ao desenvolvi-
mento das crianças.
Errado.
A educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como
algo indissociável ao processo educativo, a educação infantil
não pode ser vista como assistencialista ou depósito de alunos.
74 As práticas buscam articular as experiências e os saberes das
crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimô-
nio cultural.
Certo.
O conceito de currículo está interligado ao patrimônio cul-
tural. Consta na Resolução n. 5/2009, do Conselho Nacional
de Educação:
Art. 3º Conjunto de práticas que buscam articular as experiên-
cias e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem
parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e
tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral
de crianças de 0 a 5 anos de idade.
75 Na observância das Diretrizes, a proposta pedagógica das
instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cum-
pram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica, ofe-
recendo condições e recursos para que as crianças usufruam
seus direitos penais, civis e humanos.
Errado.
Na observância das Diretrizes, a proposta pedagógica das ins-
tituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram
plenamente sua função sociopolítica e pedagógica: oferecendo
condições e recursos para que as crianças usufruam seus direi-
tos civis, humanos e sociais.
Leia e analise o fragmento a seguir em consonância com o Pare-
cer CNE/CEB n. 7/2010, aprovado em 7 de abril de 2010 – Di-
retrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica:
“(...) é espaço coletivo de convívio, onde são privile-
giadas trocas, acolhimento e aconchego para garantir o
bem-estar de crianças, adolescentes, jovens e adultos,
no relacionamento entre si e com as demais pessoas. É
uma instância em que se aprende a valorizar a riqueza
das raízes culturais próprias das diferentes regiões do
País que, juntas, formam a Nação. Nela se ressignifica
e recria a cultura herdada, reconstruindo as identidades
culturais, em que se aprende a valorizar as raízes pró-
prias das diferentes regiões do País.”

Utilizando as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental de 9 anos como base, julgue os itens a seguir.
76 De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, os sistemas de ensino
e as escolas adotarão, como norteadores das políticas educa-
tivas e das ações pedagógicas, os princípios políticos, didáti-
cos e estéticos.
Errado.
Art. 6º Os sistemas de ensino e as escolas adotarão, como nor-
teadores das políticas educativas e das ações pedagógicas, os
seguintes princípios:
I – Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de
respeito à dignidade da pessoa humana e de compromisso com
a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eli-
minar quaisquer manifestações de preconceito de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
II – Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de ci-
dadania, de respeito ao bem comum e à preservação do regime
democrático e dos recursos ambientais; da busca da equidade
no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos bens culturais
e outros benefícios; da exigência de diversidade de tratamento
para assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apre-
sentam diferentes necessidades; da redução da pobreza e das
desigualdades sociais e regionais.
III – Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o
da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e
do exercício da criatividade; da valorização das diferentes ma-
nifestações culturais, especialmente a da cultura brasileira; da
construção de identidades plurais e solidárias.
77 Como toda a população na faixa do ensino obrigatório deve
frequentar o Ensino Fundamental, nele também estão repre-
sentadas a grande diversidade sociocultural da população
brasileira e as grandes disparidades socioeconômicas que
contribuem para determinar oportunidades muito diferencia-
das de acesso dos alunos aos bens culturais.
Certo.
“Art. 8º O Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) anos,
abrange a população na faixa etária dos 6 (seis) aos 14 (quator-
ze) anos de idade e se estende, também, a todos os que, na idade
própria, não tiveram condições de frequentá-lo.”
De forma ampla a toda a população.
78 A diversidade econômica, social e cultural exige da escola o
conhecimento da realidade em que vivem os alunos, pois a
compreensão do seu universo cultural é imprescindível para
que a ação pedagógica seja pertinente.
Certo.
Inserida em contextos diferentes, a proposta político-pedagógi-
ca das escolas deve estar articulada à realidade do seu alunado
para que a comunidade escolar venha a conhecer melhor e a
valorizar
O conteúdo a cultura
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79 Inserida em contextos diferentes, a proposta político-pedagó-
gica das escolas deve estar desarticulada da realidade do seu
alunado para que a comunidade escolar venha a ter acesso a
conhecimentos diferentes, independente da cultura local.
Errado.
A regra é que o PPP deve estar articulado à realidade da
comunidade.
80 A escola deverá propiciar aos alunos condições para transi-
tarem em outras culturas, para que transcendam seu universo
local e se tornem aptos a participar de diferentes esferas da
vida social, econômica e política.
Certo.
O desenvolvimento pleno em uma formação básica enseja co-
nhecer e respeitar todas as culturas.
Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica na modalidade de educação de jovens e adultos,
julgue os itens a seguir.
81 A Educação de Jovens e Adultos (EJA) destina-se aos que se
situam na faixa etária superior à considerada própria, no nível
de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Certo.
Essa é exatamente a descrição do público-alvo para a modalida-
de Educação Jovens e Adultos.
82 Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educa-
ção de Jovens e Adultos, os cursos de Educação de Jovens
e Adultos (EJA), nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
poderão ser a distância.
Errado.
Essa é uma exceção. Os anos iniciais não podem ser ofertados
a distância. Imagine que não seja possível alfabetizar um adulto
a distância.
83 É vedada a matrícula de adolescente com idade entre quator-
ze e dezesseis anos na Educação de Jovens e Adultos, ainda
que a ele tenha sido concedido o direito de emancipação para
os atos da vida civil.
Certo.
A idade para matrícula é de 15 anos para o ensino fundamental
e 18 anos para o ensino médio. A emancipação não afeta as
matrículas e tão somente os atos da vida civil.
84 O projeto político-pedagógico e o regimento escolar viabili-
zarão um modelo pedagógico próprio para essa modalidade
de ensino, assegurando a identificação e o reconhecimento
das formas de aprender dos adolescentes, jovens e adultos e
a valorização
de seus conhecimentos
à responsabilização e de suas experiências.
civil e criminal.

Certo.
Art. 46, parágrafo único. Tendo em conta as situações, os per-
fis e as faixas etárias dos adolescentes, jovens e adultos, o pro-
jeto político-pedagógico da escola e o regimento escolar viabi-
lizarão um modelo pedagógico próprio para essa modalidade
de ensino que permita a apropriação e a contextualização das
Diretrizes Curriculares Nacionais, assegurando:
I – a identificação e o reconhecimento das formas de aprender
dos adolescentes, jovens e adultos e a valorização de seus co-
nhecimentos e experiências;
II – a distribuição dos componentes curriculares de modo a pro-
porcionar um patamar igualitário de formação, bem como a sua
disposição adequada nos tempos e espaços educativos, em face
das necessidades específicas dos estudantes.
85 A formação inicial e continuada de profissionais para a Edu-
cação de Jovens e Adultos terá como referência as diretrizes
curriculares nacionais para o Ensino Fundamental e para o
Ensino Médio e as diretrizes curriculares nacionais para a
formação de professores, apoiada em investigação dos pro-
blemas desta modalidade de educação, buscando oferecer
soluções teoricamente fundamentadas sem necessidade de
contextualização.
Errado.
A ação docente precisa estar articulada com a teoria e a prática
e ofertar conhecimentos contextualizados para solução dos pro-
blemas cotidianos.
PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
(ANDRÉIA SOUSA/WILLIAM DORNELA)
86 Para que se possa haver a aprendizagem é preciso um proces-
so de assimilação ativa, que para ser efetivo necessita de ati-
vidades práticas em várias modalidades e de exercícios, nos
quais se pode verificar a consolidação e a aplicação prática
de conhecimentos e habilidades desvinculados da prática de
vida dos estudantes.
Errado.
O ensino tem de estar vinculado ao cotidiano dos estudantes,
fornecendo uma conexão entre teoria e prática.
87 A relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não
é uma simples transmissão do professor que ensina conteú-
dos dogmáticos para um aluno que somente aprende e fixa
os conteúdos.
Certo.
É algo bem diferente disso, “é uma relação recíproca na qual
se destacam o papel dirigente do professor e a atividade dos
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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alunos.” Dessa forma, podemos perceber que “O ensino visa
estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o processo de apren-
dizagem dos alunos.”
88 A mediação na aprendizagem é uma ferramenta importante
em todo contexto, cujo objetivo essencial é a ação de ensinar
e de aprender. Cabe ao professor dirigir-se aos alunos com
palavras mais acessíveis, provocá-los com questionamentos,
valorizar as respostas independentemente de estarem cer-
tas ou erradas, não dar respostas prontas, incentivar a auto-
descoberta.
Certo.
É dessa forma que o docente contribuirá para que o aluno de-
senvolva o senso crítico e possa cada vez mais participar ativa-
mente de sua “prática social” atuando como sujeito em meio à
sociedade.
89 O ensino e a aprendizagem constituem unidade dialética no
processo, tendo como características um professor transmis-
sor e autoritário em que considera a autoatividade do aluno.
Errado.
O professor tem que trabalhar com a mediação pedagógica,
colocando-se como um facilitador, incentivador ou motivador
da aprendizagem, que ativamente colabora para que o aprendiz
chegue aos seus objetivos.
90 Paulo Freire, quando afirma que a teoria não dita à prática,
em vez disso, ela serve para manter a prática ao nosso alcance
de forma a mediar e compreender de maneira crítica o tipo
de práxis necessária em um ambiente específico, em um mo-
mento particular.
Certo.
O exercício da docência, enquanto ação transformadora, reno-
va-se tanto na teoria quanto na prática e requer, necessariamen-
te, o desenvolvimento da consciência crítica do professor.
91 A formação do professor abrange, pois, duas dimensões: a
formação teórico-científica e a técnico-prática, estando a pri-
meira destinada ao campo da pesquisa.
Errado.
A dimensão teórico-científica inclui a formação acadêmica es-
pecífica nas disciplinas em que o docente vai especializar-se, e
a formação pedagógica, que envolve os conhecimentos da Filo-
sofia, Sociologia, História da Educação e da própria Pedagogia,
que contribui para o esclarecimento do fenômeno educativo no
contexto histórico-social.
92 Para garantir a unicidade da teoria-prática no currículo e sua
efetividade na sala de aula, deve-se privilegiar estratégias pa-
- 71505741149, a boa harmonia escolar.
por quaisquer meios e a qualquer título,

Errado.
Esse modelo de padronização é tradicional. Para uma educação
de qualidade, as estratégias têm de promover reflexão crítica,
síntese, análise e aplicação de conceitos voltados para a cons-
trução do conhecimento, permeados por incentivos constantes
ao raciocínio, à problematização, ao questionamento.
93 Na maioria das formações de professores, o termo teoria é
ainda visto por muitos como algo que existe apenas nas uni-
versidades, e a prática existindo apenas nas escolas.
Certo.
O fato de que as teorias sempre são produzidas por meio das
práticas e de que as práticas sempre refletirem compromissos
teóricos é ignorado.
94 O cotidiano escolar é visto, por muitos, como práticas roti-
neiras de senso comum, mas, quando olhamos desta forma,
deixamos de levar em consideração uma série de aspectos
que interferem decisivamente na vida das pessoas que fazem
parte deste cotidiano.
Certo.
Imersos no dia a dia de professores, alunos e outros agentes da
escola, nem sempre param para pensar sobre o que é ou tem
sido a realidade cotidiana da escola e os seus efeitos sobre o
processo pedagógico.
95 A gestão do cotidiano escolar é o pilar que “costura” todas as ou-
tras dimensões da gestão escolar, pois o seu foco é sobre a apli-
cação prática de todo o planejamento da instituição de ensino.
Certo.
A gestão do cotidiano escolar se preocupa com a forma como as
coisas realmente acontecem no dia a dia – e pensa como levar
para a rotina, de forma significativa, tudo aquilo que foi dese-
nhado nas dimensões administrativa e pedagógica.
96 O plano de ensino antecede hierarquicamente o plano de
aula. No entanto, eles devem ser articulados.
Certo.
O plano de ensino é elaborado antes do plano de aula. Deve
haver uma ligação entre eles, visto que o segundo é um detalha-
mento do primeiro.
97 O plano de aula evidencia a concepção didática que se tem do
processo ensino e aprendizagem.
Certo.
O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino e possui
todos os elementos do processo ensino-aprendizagem.
98 No plano de aula devem estar expressas as intenções com o
trabalho pedagógico escolar.
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Certo.
O plano de aula tem uma relação indissociável com o trabalho
pedagógico escolar.
99 O plano de ensino também pode ser chamado de plano de
unidade didática.
Certo.
O plano de ensino e a didática têm o mesmo objeto de estudo:
processo de ensino-aprendizagem. Logo, ele também pode ser
chamado de plano de unidade didática.
100 O planejamento educacional engloba o planejamento escolar
e o planejamento de ensino. O segundo deve sistematizar a
ação pedagógica da escola e a prática do professor nas formas
de plano e de projeto.
Certo.
Entre os níveis de planejamento, o planejamento escolar deve
estar articulado com todas as práticas desenvolvidas na escola.
101 Dentro do planejamento como processo de organização do
trabalho escolar, pode-se evidenciar três momentos: a prepa-
ração das operações a serem desenvolvidas, o acompanha-
mento da execução das operações e a avaliação de todo o
processo após a execução de todas as operações.
Certo.
Esses são as três fases do planejamento. Importante lembrar
que elas são indissociáveis.
102 As tecnologias de informação e comunicação não precisam
ser planejadas para serem incorporadas ao planejamento
docente. Com a globalização, elas podem ser inseridas a
qualquer momento, tendo em vista a flexibilidade da ação
de planejar.
Errado.
Apesar do planejamento ser flexível, é necessário que as tecno-
logias de informação e comunicação sejam previstas no proces-
so para que haja adequação ao objetivo.
103 O planejamento deve ser um processo neutro do educador
diante de seu trabalho docente, em razão de não buscar a ma-
nutenção do status quo, como houve na educação tradicional.
Errado.
Não há planejamento neutro. A atitude do educador deve ser
crítica. O planejamento tem a sua dimensão política como fun-
damental para as ações.
104 O planejamento participativo pode ser visto como um proces-
so ininterrupto de planejar, acompanhar, avaliar e replanejar,
tendo como papel principal transformar uma dada realidade.

Certo.
Para a concepção de planejamento participativo, o foco não está
no produto final, mas, sim, em todo o processo.
105 Na fase de elaboração do planejamento, deve-se pensar na
avaliação e no acompanhamento ao longo do processo. Para
o planejamento de ensino, a função somativa é a mais reco-
mendada para um processo inclusivo.
Errado.
A avaliação deve ser formativa, qualitativa e processual, con-
siderando a educação emancipatória prevista nos documentos.
FUNDAMENTOS E BASES LEGAIS
DA EDUCAÇÃO
(LEANDRO GABRIEL)
106 A pedagogia redentora considera que a educação é um instru-
mento de correção de desvios sociais, visando à integração
harmônica dos indivíduos junto à sociedade.
Certo.
Tal pensamento se associa às ideias de Durkheim, as quais ser-
vem como uma das bases epistemológicas para a pedagogia
redentora.
107 As teorias crítico-reprodutivistas agregam uma visão otimista
da educação, na medida em que consideram a escola um forte
recurso para a implementação da transformação social.
Errado.
As teorias crítico-reprodutivistas são pessimistas com relação
à educação, pois consideram que esta serve aos interesses do
Estado, assim como de grupos que perpetuam a sua dominação
junto à sociedade.
108 Baudelot e Establet, enquanto importantes representantes da
concepção produtivista de educação, criticavam a educação
capitalista, na medida em que havia uma dissociação entre
escolas para a classe proletária e escolas para as camadas
mais favorecidas da sociedade.
Errado.
Baudelot e Establet são representantes da concepção crítico-
reprodutivista, e não da concepção produtivista, a qual se
associa às ideias tecnicistas, assim como à visão de que a
educação consiste em um bem de consumo e de produção
atrelado aos interesses econômicos.
109 Para Max Weber, a Educação, na medida em que a sociedade
se racionaliza historicamente, não é mais a preparação para
que o indivíduo compreenda seu papel no conjunto harmô- 114 Vygotsky enfatiza o aspecto interacionista, pois considera que
nico do contexto social. Nem é vista como meio de liberta-
ção. Torna-se o meio determinante de estratificação social,
uma forma distinta por meio da qual busca-se obter privilé-
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giosasociais.
sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Certo.
Weber considera a educação como sinônimo de dominação, e
não de libertação. A educação é um elemento chave para a es-
tratificação/divisão social.
110 O positivismo admite apenas o que é real, verdadeiro, in-
questionável, aquilo que se fundamenta na experiência. Deste
modo, a escola deve privilegiar a busca do que é prático, útil,
subjetivo, direto e claro.
Errado.
Para o positivismo, a escola deve privilegiar a busca do que é
prático, útil, objetivo, direto e claro.
111 Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o
aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas
da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e
agir em favor da própria libertação.
Certo.
Na concepção libertadora de Freire, tem-se a busca de uma edu-
cação emancipatória e não alienante.
112 Para Durkheim, o objeto da sociologia é o fato social, e a
educação é considerada como o fato social, isto é, se impõe,
coercitivamente, como uma norma jurídica ou como uma lei.
Desta maneira, a ação educativa permitirá uma maior integra-
ção do indivíduo e também permitirá uma forte identificação
com o sistema social.
Certo.
A ideia da educação enquanto fato social é destacada no pensa-
mento funcionalista de Émile Durkheim.
BASES PSICOLÓGICAS DA
APRENDIZAGEM
(LEANDRO GABRIEL)
Sobre as bases psicológicas da aprendizagem, leia as afirmativas
abaixo e julgue C (certo) ou E (errado).
113 Maturação, experiências físicas, transmissões sociais e cul-
turais e equilibração são fatores desenvolvidos na teoria
de Vygotsky.
Errado.
Os elementos citados no item são desenvolvidos na teoria de
Piaget, e não de Vygotsky.
é no plano intrassubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas,
que têm origem as funções mentais superiores.
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Errado. 120 A zona de desenvolvimento proximal implica na distância

Não é no plano intrassubjetivo, mas, sim, no intersubjetivo que
se configura a troca entre as pessoas e, por consequência, a ori-
gem e o desenvolvimento das funções mentais superiores.
115 A Teoria da Aprendizagem Social ou teoria Sociocognitiva,
desenvolvida por Albert Bandura, postula que a aprendiza-
gem pode ocorrer por meio de experiências vicariantes, isto
é, através de experiências de observação do comportamento
de outros indivíduos e das recompensas que estes recebem.
entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma de-
terminar através da solução independente de problemas, e o
nível de desenvolvimento potencial, determinado através da
solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em
colaboração com companheiros mais capazes.
Certo.
Essa definição é apontada em inúmeras obras de Lev Vygotsky,
expoente do sociointeracionismo.

Certo.
As experiências vicariantes são tratadas por Bandura como sen-
do primordiais para o processo de aquisição de aprendizagem,
relacionado à observação do comportamento de outros indiví-
duos, além das possíveis recompensas recebidas.

116 De acordo com a teoria piagetiana, ao longo do período pré-

operatório ocorrerá na criança uma diferenciação progressiva
entre o seu eu e o mundo exterior.

Errado.
Tal característica se associa ao estágio sensório-motor.

117 Uma das preocupações de Vygotsky era demonstrar as evi-

dências de um processo evolutivo que não poderiam ser iden-
tificadas apenas nos processos biológicos.

Certo.
Vygotsky enfatizava que os aspectos sociais e culturais são
determinantes no processo de constituição do ser e de sua
aprendizagem.

118 Na perspectiva piagetiana, o desenvolvimento humano é de-

finido por uma sucessão de estágios vinculados ao surgimen-
to de novas estruturas. Um dos estágios é o pré-operatório,
que contempla, de modo geral, crianças de 02 a 07 anos.

Certo.
Piaget constituiu, ao longo de seus estudos sobre o processo de
aquisição da aprendizagem, 4 (quatro) estágios de desenvolvi-
mento pelos quais os indivíduos passam a partir do nascimento.
Dentre estes estágios, tem-se o pré-operatório (faixa etária de
02 a 07 anos).

119 A assimilação é o processo que implica a modificação de es-

truturas já desenvolvidas para resolver uma nova situação.

Errado.
Tal definição, de acordo com a teoria de Piaget, não diz respeito
à assimilação, mas, sim, à acomodação.

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