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Precursores da

forma-sonata
Fuga e Suite
Forma da Fuga

Vozes Exposição

Harmonia Tônica Dominante Tônica Tônica Tônica

Contra-
Soprano Resposta Voz livre
resposta

Contra-
Contralto Sujeito Voz livre Voz livre Coda da seção
sujeito

Baixo Sujeito Contra-sujeito


Forma da Fuga

Divertimento ou
Vozes
Episódio 1
Harmonia Instável

Soprano

Vozes livres (no geral a


Contralto partir de materiais da
peça)

Baixo
Forma da Fuga

Entrada do
Vozes
sujeito
Estável (tom
Harmonia
distante?)

Soprano Voz livre

Contralto Entrada do sujeito

Baixo Voz livre


Forma da Fuga

Divertimento ou Entrada do
Vozes Episódio 2 Entrada 2 CODA da peça
Episódio 1 sujeito
Estável (tom
Harmonia Instável Instável retorno à tônica retorno à tônica
distante?)

Soprano Voz livre Entrada do Sujeito

Vozes livres (no geral a Vozes livres (no geral a Vozes livres (a
Contralto partir de materiais da Entrada do sujeito partir de materiais da Voz livre entrada do sujeito
peça) peça) é possível)

Baixo Voz livre Voz livre


Forma da Fuga
Divertimento ou Entrada do
Vozes Exposição Episódio 2 Entrada 2 CODA da peça
Episódio 1 sujeito
Estável (tom
Harmonia Tônica Dominante Tônica Tônica Tônica Instável Instável retorno à tônica retorno à tônica
distante?)

Contra-
Soprano Resposta Voz livre Coda da seção Voz livre Entrada do Sujeito
resposta
Vozes livres (no geral a Vozes livres (no geral a Vozes livres (a
Contra-
Contralto Sujeito Voz livre Voz livre partir de materiais da Entrada do sujeito partir de materiais da Voz livre entrada do sujeito
sujeito
peça) peça) é possível)

Baixo Sujeito Contra-sujeito Voz livre Voz livre


Forma da Fuga XII em Fm do Cravo vol. I
Parte Função Tonalidade Região
a Exposição Fm t
a1 Exposição Fm - Cm t-v
a2 Exposição C - Fm D-t
b Exposição (Extensão) Ab - Db - Fm M - Np - t
a3 Exposição Fm t
c Divertimento 1 Fm - Eb - Fm t - SubT - t
a4 Entrada 1 Cm v
d Divertimento 2 Cm - Bbm - Ab - Fm v - sd - M - t
a5 Entrada 2 Fm t
e Divertimento 3 Db - Bbm - Ab SM - s - M
a6 Entrada 3 Ab M
f Divertimento 4 Fm - Db - Ab t - SM - M
a7 Entrada 4 Eb SubT
g Divertimento 5 Cm - Ab - Cm v-M-v
a8 Entrada 5 Cm v
h Divertimento 6 Cm - Fm v-t
I (a) Entrada 6 + CODA Fm t
Suite

• Reunião, conjunto de danças instrumentais independentes, mas


combinadas para serem tocadas em seguida.
• Danças de caráter contrastante
• Danças ternárias vs binárias
• Rápidas vs lentas
• Anacrúsicas vs téticas
• Polifonicas vs homofônicas, etc...
• Forma binária
Forma binária

• Primeira parte:
• expõe o elemento temático principal na tonalidade principal da suíte. Este elemento é desenvolvido por meio de
progressões harmônicas, imitações, etc., ou com a intervenção de elementos secundários.
• Através de modulações chega-se a uma cadência ampliada em outra tonalidade que pode ser a dominante
(especialmente na tonalidade maior) e a tônica relativa (em tonalidades menores). Eventualmente a primeira
parte pode permanecer na tonalidade principal (geralmente em peças mais simples harmonicamente e mais
antigas).
• Segunda parte:
• Um processo modulante regressivo com características parecidas ao processo progressivo da primeira parte nos
conduz da tonalidade em que primeira parte terminou de volta à tonalidade de partida.
• Tematicamente a segunda parte costuma espelhar os materiais da primeira parte (incluindo a cadência final, que
imita a cadência que conclui a primeira parte)
Forma binária

Tônica Modulação Cadência novo tom Modulação de volta à tônica Cadência ampliada na tônica

A : B
Forma binária

Tônica Modulação Cadência no novo tom Desenvolvimento Modulação de volta à tônica Cadência ampliada na tônica

A : B
Forma ternária

• A forma ABA se tornaria assim, uma forma arquetípica no trabalho com a memória em música, pois
antecipa a necessidade de repetição, assim como a necessidade de contrastes.

• Proposta de uma dialética entre o contraste e a repetição. Dupla função da parte B:


• Função subordinada à parte A: possibilitar o retorno da informação repetida A através da instituição de um
contraste, ou seja, de uma renovação da escuta, o que faz dele, portanto, subordinado, subsidiário, secundário à
A.
• Função principal: por outro lado, a natureza do retorno de A seria determinada pelas informações emitidas em
B: um acontecimento influenciando na ocorrência do próximo. Assim, a parte B funcionaria como um espelho
para o retorno de A: quando este espelho é liso, côncavo, convexo, ondulado ou retilíneo, o reflexo de A vem a se
colocar de acordo, gerando subtipos da forma ABA caracterizados pelo autor como ABA literal (ABA), ABA
variado (ABA’).
Forma-sonata
Expressão do sistema tonal
Memória musical e tonalismo

• Em um processo de séculos de
duração, o sistema tonal se
cristalizou como um sistema cujo
material principal é composto por
tríades e fragmentos escalares.
• No tonalismo, a melodia é reflexo
destes materiais paradigmáticos
básicos
• A principal textura é a melodia
acompanhada
Sistema Tonal

• Como muitos sistemas de linguagem, o tonalismo se desenvolveu


naturalmente, se transformando em função das condições materiais e
espirituais de seu tempo.
• Auge do Sistema Tonal (Classicismo)
• A compreensão da linguagem musical do período depende da
compreensão dos modos de articulação do próprio Sistema Tonal.
• The Classical Style

• No livro, Charles Rosen principia por uma


Introdução exposição do tonalismo a partir de asserções
teóricas.
do livro The • Tonalidade é vista como um arranjo
Classical hierárquico das tríades baseado na série
harmônica: tríade e ciclo das quintas
Style • Em razão da série, a quinta é tida como a
segunda nota mais importante depois da
Fundamental
Sequência das
tríades ordenadas
por quintas
ascendentes e
descendentes
Desequilíbrio do
modo menor
Significado e harmonia
• embora a harmonia não constitua o único fator determinante no
estabelecimento da função das partes, muitas vezes ela é suficiente
para fazer com que um mesmo material musical seja ressignificado
• Observe-se, por exemplo, o retorno do material temático nos
momentos de conclusão do movimento, agora exercendo a função de
Coda
Relação entre forma e harmonia

• A compreensão da forma musical no Classicismo depende da relação entre


forma e harmonia
• O significado das seções e partes é relativo à região tonal e ao seu grau de
estabilidade/instabilidade
• Outro elemento fundamental para a compreensão da linguagem tonal é a
memória dos materiais musicais
Glossário Musical

• Liquidação: redução de um motivo à sua menor proporção e liquidação de sua validade.


Utiliza-lo até que não seja mais informativo
• Tema: seção estável dedicada a afirmar a tônica (por reforço ou por oposição) e fornecer os
materiais temáticos (recorrentes) da peça
• Transição: define-se como um movimento modulatório, mas transitório e não duradouro como
o desenvolvimento. Estabelece claramente uma passagem, ponte (entre temas), desde uma
seção (condição estável) para a outra. Material veiculado: dependente (motivos do tema de
origem, do tema para o qual se encontra em transe, ou os dois). Independente (tema próprio,
de transição): Nesse caso, é importante que esteja em desenvolvimento passageiro, transito.
Material é apresentado já “transitando” e não estável.
Glossário Musical (cont.)

• Desenvolvimento: conduzir através de um movimento modulatório permanente unidades temáticas da


exposição sujeitas ou não a transformações em outros níveis que não apenas o harmônico.
• Episódio: interpolação de natureza tonal estática no fluxo do desenvolvimento. Costuma se estabelecer
em região tonal distante do tom principal. Geralmente veicula escalas e arpejos, unidades temáticas
dependentes ou uma nova proposta temática. O importante é que se dê uma interrupção momentânea
no fluxo do desenvolvimento.
• Coda: diz o que não foi dito ainda. Advertência final, se necessária, para complementar a ideia
desenvolvida no discurso. Funciona à maneira de um posfácio. “findo o discurso, você tem algo a dizer? se
sim, esta é a Coda.”
• Codeta: Função de expressar conclusão. Ponto final da ideia. É um gesto e não uma seção.
Esquema da forma-sonata

Parte Exposição
Seção Tema A Ponte Tema B Coda

estab./inst. Estável Instável Estável Estável

indefinido/em Outra região/D ou


Harmonia Tônica
trânsito tR normalmente
Idem
Esquema da forma-sonata

Parte Desenvolvimento
retomada do
Seção Episódio
desenvolvimento

estab./inst. Instável Estável Instável

indefinido/em
Região distante
Harmonia trânsito
da tônica
Indefinido/em trânsito
Esquema da forma-sonata

Parte Reexposição
Desenvolvimento
Seção Indeterminado
secundário
Indeterminado

estab./inst. Estável Instável Estável

Retorno à tônica (os Retorno à tônica (os


materiais reexpostos podem materiais reexpostos podem
Harmonia variar de acordo com a
Indefinido/ em trânsito
variar de acordo com a
intenção do compositor) intenção do compositor)
Esquema da forma-sonata

Parte Exposição Desenvolvimento Reexposição


retomada do Desenvolvimento
Seção Tema A Ponte Tema B Coda Episódio
desenvolvimento
Indeterminado
secundário
Indeterminado

estab./inst. Estável Instável Estável Estável Instável Estável Instável Estável Instável Estável
Retorno à tônica (os Retorno à tônica (os
Outra
materiais reexpostos materiais reexpostos
região/D ou indefinido/ Região
indefinido/ Indefinido/em podem variar de Indefinido/ em podem variar de
Harmonia Tônica
em trânsito
tR Idem em trânsito distante
trânsito acordo com a trânsito acordo com a
normalmen da tônica
intençao do intenção do
te
compositor) compositor)

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