O documento discute a cifragem de acordes com dominantes secundárias em música tonal. Explica que acordes diminutos como Fá# diminuto na verdade funcionam como dominantes, como um Ré maior com sétima que resolve no Sol. Também mostra que um Sol# diminuto funciona como um Mi maior sem fundamental que resolve no Lá menor subsequente. Finalmente, apresenta a cifragem correta para esses acordes funcionando como dominantes secundárias.
Descrição original:
Título original
Diminutos como Dominantes Secundárias na Harmonia Funcional
O documento discute a cifragem de acordes com dominantes secundárias em música tonal. Explica que acordes diminutos como Fá# diminuto na verdade funcionam como dominantes, como um Ré maior com sétima que resolve no Sol. Também mostra que um Sol# diminuto funciona como um Mi maior sem fundamental que resolve no Lá menor subsequente. Finalmente, apresenta a cifragem correta para esses acordes funcionando como dominantes secundárias.
O documento discute a cifragem de acordes com dominantes secundárias em música tonal. Explica que acordes diminutos como Fá# diminuto na verdade funcionam como dominantes, como um Ré maior com sétima que resolve no Sol. Também mostra que um Sol# diminuto funciona como um Mi maior sem fundamental que resolve no Lá menor subsequente. Finalmente, apresenta a cifragem correta para esses acordes funcionando como dominantes secundárias.
Cifragem das dominantes e subdominantes secundárias:
Observe o trecho abaixo, modificado a partir de um exemplo analisado
anteriormente:
Fig. 1: Progressão com dominantes secundárias
Ainda que o trecho esteja claramente na tonalidade de Dó maior, ocorrem
algumas dominantes secundárias (marcadas com um X), sendo que a primeira delas é uma tétrade de Fá# diminuto. Se você se lembrar das aulas anteriores, você vai lembrar que, segundo Riemann, não existem acordes diminutos ou aumentados. Todos os acordes são maiores ou menores em sua teoria. O trabalho do analista vai ser descobrir qual o verdadeiro significado harmônico destes acordes e nomeá-lo de acordo. Não existe uma regra única para isto, pois a função harmônica vai depender do contexto musical. Entretanto, na maior parte dos casos, uma tétrade diminuta é indicativa de um acorde com função dominante (como, aliás, é o caso aqui). Procure observar se o acorde soa como uma tensão e para onde ele “quer resolver”. Um truque, caso ele funcione como uma tensão, é colocar o acorde em posição fundamental e voltar uma terça maior para baixo. Por exemplo, a fundamental deste acorde é a nota Fá#. Se eu voltar uma terça maior abaixo, obtenho a nota Ré, que provavelmente é a sua “verdadeira fundamental”. O acorde inclusive faz sentido como um Ré maior com sétima, visto que possui tanto a sua terça, Fá#, como sua quinta, Lá, e sua sétima, Dó. A última nota do acorde, Mib, só pode ser interpretada, portanto, como a Nona menor do acorde: Fig. 2: diminuto como dominante sem fundamental
O Ré maior é a dominante do Sol que, por sua vez, é a dominante do tom do
exemplo. Como este acorde ocorre com frequência, ele ganhou uma cifra especial, um
D dentro de outro D: . Como o acorde não possui a fundamental, o correto é “cortar”
a cifra (ver na figura adiante). Um procedimento semelhante acontece com o acorde de Sol# diminuto que aparece no quarto compasso. Ele é um Mi maior sem fundamental com sétima e nona menor e resolve no acorde de Lá menor que se segue. A cifragem correta do trecho pode ser vista na figura abaixo:
Fig. 3: várias formas de cifrar dominantes secundárias