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Marabá-Pará
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ
FACULDADE DE FÍSICA
Marabá-Pará
2016
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Biblioteca II da UNIFESSPA. CAMAR, Marabá, PA
Banca Examinadora
ª ª
Prof . Dr . Fernanda Carla Lima Ferreira
Marabá-Pará
2016
Resumo
CONSTRUÇÃO DE UMA BOBINA DE TESLA EM
MINIATURA.
que objetivava a transmissão de energia elétrica sem o para toda a terra. A bobina de
pode até acender lâmpadas que estiverem próximas a ele. Este trabalho faz uma análise
bobina de tesla.
Marabá-Pará
2016
Abstract
CONSTRUÇÃO DE UMA BOBINA DE TESLA EM
MINIATURA.
In 1891 Nicola Tesla 35 years old patented the Tesla coil a device that aimed to power
wireless transmission to all the earth. The tesla coil is basically a transformer capable
of producing a large electric eld that can even light bulbs that are close to him. This
work is an analysis of its construction and principle of operation through the miniature
construction tesla coil.
Marabá-Pará
2016
À minha família, base da minha vida, que
caminhada
"O futuro vai mostrar os resultados e julgar
(Nikola Tesla)
Agradecimentos
À Deus em primeiro lugar, pela perseverança que me deste nos momentos difíceis e
por colocar pessoas maravilhosas no meu caminho, para a judar nessa jornada;
em especial à minha mãe Maria das Graças, meu maior exemplo de vida, minha
heroína;
Aos meus colegas de classe, que muito contribuíram para que este momento fosse
possível.
Sumário
1 Introdução. 1
2 A matéria 2
2.1 Condutores e isolantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Eletrodinâmica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.3.1 Resistor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.3.2 Capacitor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.3.3 Indutor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.8 Semicondutores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.8.3 Junção PN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Sumário vii
3.8.6 Transistor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4 Materiais e métodos. 20
4.1 Componentes utilizados para a construção da bobina de tesla em miniatura 20
5 Resultados e discursões. 22
6 Conclusão. 23
Referências Bibliográcas 24
viii
Lista de Figuras
Capítulo 1
Introdução.
quanto ela passou a ser alvo de investigação cientica. Nesse período grandes cientistas
salto com o invento da pilha pela Físico Italiano Alessandro volta, permitindo a produção
de corrente elétrica continua grandes avanços foram possíveis por exemplo a produção de
buição de energia.
pensou em um sistema de distribuição de energia sem o para todo o mundo. Nikola Tesla
nasceu em uma aldeia do Império Austríaco, atual Croácia, em 10 de julho de 1856. Logo
se mostrou um menino de elevada inteligência, que fazia cálculos de cabeça, o que levava
um convite para trabalhar com Thomas Edison, em Nova York. A parceria terminou com
divergências entre os dois sobre temas relacionados à corrente contínua, defendida por
Thomas Edison, e a corrente alternada, defendida por Tesla. Este se recusou a dividir
com o inventor da lâmpada o Prêmio Nobel de 1912, que foi então concedido a outro
pesquisador.
Tesla não param por aí, e incluem experimentos relacionados à robótica, à balística, à
foram registradas. O presente trabalho tráz uma proposta de construção de uma bobina
Capítulo 2
A matéria
são constituídos por partículas subatômicas: elétron, próton e nêutron, sendo que o elétron
núcleo que determina o número atômico daquele átomo. Também no núcleo é encontrado
o nêutron, que não possui carga elétrica como o próprio nome sugere.
No seu estado natural um átomo está sempre em equilíbrio, ou seja, contém o mesmo
possuem o mesmo valor absoluto de carga elétrica, isto torna o átomo natural num átomo
neutro [1]. Na gura abaixo temos uma representação genérica do átomo e suas cargas
elétricas
Em certos sólidos, os elétrons das camadas mais externas não permanecem ligados
a seus respectivos átomos, por possuírem uma força de ligação entre si muito pequena.
denominados elétrons livres, e os sólidos que possuem estes elétrons são condutores de
eletricidade, pois permitem que a carga elétrica seja transportada através deles. Como
exemplo deste tipo de material podem ser citados os metais[2]. na gura mostra os elétrons
Ao contrário dos condutores, existem sólidos nos quais os elétrons estão rmemente
ligados aos respectivos átomos, isto é, estas substâncias não possuem (ou possuem poucos)
elétrons livres. Portanto, não será possível o deslocamento de carga elétrica através destes
corpos, que são denominados isolantes elétricos ou dielétricos. Por exemplo, a porcelana,
Fonte: http://conduavio.com.br/index.php/isolantes.html
2. A matéria 4
2.2 Eletrodinâmica.
fazer esse estudo é necessário construir um circuito elétrico que deve conter: um caminho
para as cargas elétricas passarem, caminho este que pode ser um pedação de o condutor
de metal geralmente de cobre, é preciso também que haja uma fonte de cargas elétricas
que pode ser uma pilha e nalmente um dispositivo consumidor de corrente elétrica, ou
seja que ofereça resistência a passagem de corrente elétrica e que seja capaz de converter
Capítulo 3
Circuitos e componentes eletrônicos
cada tipo de circuito explicando ainda de que maneira os componentes eletrônicos tra-
entre dois polos distintos. Em todo circuito elétrico é necessário a existência de uma
fonte de tensão para fornecer energia ao circuito. No S.I (Sistema Internacional) a tensão
elétrica, cujo símbolo é a letra (V), é medido em volts Em homenagem ao físico italiano
Alessandro Volta[3].
de menor concentração com sentido ordenado. No S.I a corrente elétrica, cujo símbolo
Ampère[3].
3. Circuitos e componentes eletrônicos 6
elétrica oferecido por um circuito. Em todo circuito elétrico existe uma resistência elétrica
qualquer que diculta a passagem da corrente. Até mesmo um condutor de cobre possui
Ohm cujo símbolo é a letra grega ( Ω). O nome desta unidade é em homenagem ao físico
Os componentes eletrônicos podem ser ligados uns aos ao formando circuitos elétricos,
com as suas características, a gura abaixo mostra um circuito elétrico representado por
símbolos[4].
importante, pois facilita elaboração de esquemas elétricos, que funcionam como mapas de
circuitos, a gura a seguir traz uma tabela com os principais componentes eletrônicos[5].
3. Circuitos e componentes eletrônicos 7
neira que a corrente elétrica que circula no circuito tem a apenas caminho para percorrer.
tipo de circuito a corrente possui vários caminhos para percorrer entre os componentes[6].
A gura abaixo representa um circuito que possui vários resistores ligados em paralelo.
Os circuitos eletrônicos são formados por vários tipos de componentes eletrônicos, estes
componentes podem ser dos mais variados tipos e desempenham funções especicas de
3.3.1 Resistor.
O resistor é um dispositivo cujo valor de resistência, sobre condições normais, perma-
nece constante. Podem ser encontrados com diversas tecnologias de fabricação, aspectos
Fonte: http://www.dreaminc.com.br/sala_de_aula/7a-resistencia-eletrica/
Na gura acima é possível observar que alguns resistores trazem em seu corpo algumas
linhas, essas linhas correspondem aos valores de resistência, observando a tabela abaixo
é possível fazer a leitura dos valores de resistência estampado nos resistores através do
código de cores.
3.3.2 Capacitor.
O capacitor é um dispositivo que está associado a campos elétricos. Estes campos
elétricos são produzidos por uma separação de cargas elétricas, ou seja, por uma tensão.
Quando uma tensão varia com o tempo, o campo elétrico produzido por essa tensão
também varia com o tempo. Um campo elétrico variável induz uma corrente (chamada
A capacitância, grandeza física associada aos capacitores, é simbolizada pela letra (C),
3.3.3 Indutor.
Este componente tem seu comportamento baseado em fenômenos associados a campos
magnéticos. Estes campos magnéticos são produzidos por cargas elétricas em movimento,
ou seja, por correntes elétricas. Quando uma corrente elétrica varia com o tempo, o campo
magnético produzido por essa corrente também varia com o tempo. Um campo magnético
variável induz uma tensão em um condutor imerso no campo. A tensão induzida está
Fonte: http://www.hardware.com.br/comunidade/v-t/1368108/
3. Circuitos e componentes eletrônicos 10
elevar ou diminuir uma tensão. Servem também para casar impedância entre diferentes
casos, são isolados eletricamente, entre si, mas sofrem a ação do campo eletromagnético,
que é mais intenso quanto esses transformadores que possuem um núcleo de material
Primeiro fator: relação de espiras entre o primário e o secundário que pode ser facil-
Fonte: http://www.mspc.eng.br/elemag/transf0120.shtml
primário.
secundário[9].
A Bobina de Tesla foi criada por Nikola Tesla (1856-1943), um grande cientista croata
erradicado nos Estados Unidos. Tesla foi um homem a frente de seu tempo que mostrou
Tesla foi um grande inventor detentor de mais de 700 patentes, dentre elas o motor
de indução e os alternadores. Em 1899, Tesla foi para Colorado Springs, onde montou
um grande laboratório com o intuito de experimentar algumas de suas ideias. Foi então
que construiu uma de suas invenções mais populares, que seria um transformador com
núcleo de ar, que trabalha com altas frequências e altas tensões em circuitos ressonantes,
podem romper o dielétrico do ar, formando descargas que variam de acordo com a con-
milhares de espiras.
Então, uma bobina de Tesla clássica é composta basicamente por duas etapas de au-
convencional com impedância elevada que tem a função de intensicar a tensão de linha
etapa a tensão é intensicada para valores entre 200 kV a 1 MV. Estes níveis elevados de
tensão rompem o dielétrico do ar fazendo com que se criem descargas espalhadas pelo ar,
É importante observar que este tipo de circuito não converte tensão DC para AC, e
sim fornece um sinal alternado como resultado de certos fenômenos que serão estudados
componentes envolvidos.
Os circuitos osciladores podem gerar os mais diversos tipos de ondas sejam elas, se-
noidais, quadradas triangulares que podem ser usadas para as mais diversas aplicações
Fonte: Fhttp://www.resumosetrabalhos.com.br/oscilador-hartley.html
3.8 Semicondutores.
São Materiais que possuem uma resistividade Intermediária, ou seja, uma resistividade
maior que a dos condutores e menor que a dos isolantes. Exemplos de semicondutores
3. Circuitos e componentes eletrônicos 13
bastante limitada de conduzir corrente elétrica, para melhorar esta habilidade é preciso
A dopagem consiste em misturar ao material base seja ele Silico ou Germânio pequenas
de átomos pentavalentes como, o Arsênio (As), estes átomos pentavalentes irão fazer as
quatro ligações com os átomos de Sílício cando então um elétron livre para conduzir a
Fonte: http://www.geocities.ws/afonsobejr/semicondutores.html
ligações com átomos de Silício vizinhos, faltando ainda mais um elétron para completar
uxo de carga dentro da estrutura do material tipo P[13]. Observe na gura abaixo
3. Circuitos e componentes eletrônicos 14
3.8.3 Junção PN
Um diodo semicondutor é formado pela união dos cristais N e P. Na região de contato
irá ocorrer uma combinação de elétrons do material tipo N com as lacunas do material
tipo P, essa causa o surgimento de uma barreira de pontêncial de 0,7 V (cristal de Silício)
depleção, controlando esse efeito é possível controlar a corrente que atravessa a junção,
de qual maneira que ela ora permita a condução ora não permita a condução de corrente
elétrica[14].
Polarização direta.
Ocorre quando o terminal positivo da fonte é ligado ao cristal P e o terminal negativo
Polarização reversa.
Ocorre quando o terminal positivo da fonte é ligado ao cristal N e o terminal negativo
lacunas ) para os extremos dos seus respectivos cristais aumentando a barreira de potencial
rem ser usados para chaveamento. existem diversos tipos de diodos no mercado cada um
com características especicas de acordo com a aplicação. A gura abaixo mostra vários
tipos de transistores.
3. Circuitos e componentes eletrônicos 16
Figura 3.16: Vários tipos de diodos, para as mais diversas aplicações em eletônica
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAmhUAK/relatorio-diodos
3.8.6 Transistor.
O primeiro transistor utilizava germânio como semicondutor e os contatos eram efetu-
de 1947, nos laboratórios da Bell Telephones, John Bardeen e Walter Brattain vericaram
que a tensão de saída na ponta denominada coletor em relação à base de germânio era
maior do que a tensão de entrada (na ponta denominada emissor). Reconheceram o efeito
de junho de 1948, sob a forma de transistor de contato pontual, esses tipos de transistores
se mostrara muito inecientes e dicil de operar devido a grande quantidade de ruido que
geravam no circuito.
Logo nasceu uma outra maneira de produzir transistores através das junções: em uma
junção os cristais são colocados em contato direto sem nenhum elemento intermediário
Fonte: http://www.electronica-pt.com/componentes-eletronicos/
O Emissor é fortemente dopado, e tem como função emitir portadores de carga para
a base;
A base é fracamente dopada e é muito na cerca de 150 vezes menor que o demais
potêcia do transistor.
tensão entre o coletor e o emissor, esse controle é feito com uma pequena corrente que
sistor tensões e correntes que estejam dentro dos seus limites de operação. Isso é feito
polarizando o transistor com duas tensões, sendo a primeira tensão colocada entre os
terminais base e emissor polarizando esta junção diretamente. O valor dessa tensão deve
ser o mesmo valor da barreira de pontecial (0,7V) essa tensão é conseguida com o uso de
resistores.
polarizando essa junção inversamente, o valor dessa tensão deve ser bem maior que a
primeira tenção.
Com ou pequeno acréscismo de tenção injetado na junção base emissor (sinal de con-
trole), a barreira de pontecial dessa junção será vencida causado um pequeno uxo de
corrente, como base é muito na e pouco dopada os elétricos que chegam á ela são ar-
rancados rapidadamente pelo coletor que possuem um tenção bem elevada em relação a
Esse arraste súbito que o coletor faz com os elétrons que chegam a base é o responsável
junção base emissor provoca uma grande variação de corrente no coletor emissor esse efeito
de polarização de transistores.
3. Circuitos e componentes eletrônicos 18
Os transistores podem ser utilizados em três congurações básicas: Base Comum (BC),
Emissor Comum (EC) e Coletor Comum (CC), a escolha da conguração vai depender
do tipo da aplicação que será feita com o transistor no circuito eletrônico. a gura abaixo
Fonte:http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAV-oAB/transistor-bipolar-juncao
3. Circuitos e componentes eletrônicos 19
varios tipos de transistores com encapsulamento e tamanho diferentes de acordo com suas
aplicações.
Capítulo 4
Materiais e métodos.
ligações e uma lâmpada para teste da bobina. A gura abaixo mostra os componentes
A montagem da bobina de tesla foi feita de acordo com o esquema elétrico a seguir:
4. Materiais e métodos. 21
No circuito abaixo o transistor funciona como um oscilador, que gera uma tenção
variável de alta frequência na bobina primária que entra em ressonância com a bobina
Capítulo 5
Resultados e discursões.
No circuito acima o transistor funciona como um oscilador, que gera uma tenção
variável de alta frequência na bobina primária que entra em ressonância com a bobina
A bobina de tesla construída no trabalho foi capaz de acender uma lâmpada orescente
faixa dos 3 mil volts. que é uma voltagem alta considerando que foram necessários apenas
des voltagens. Seria interessante a construção de uma bobina em escala maior para obter
tensões mais elevadas para então explorar a capacidade de distribuição de energia, no en-
Capítulo 6
Conclusão.
duzir campos elétricos de grande intensidade nas suas proximidades. Quando tesla o
construiu o objetivo era transmitir energia elétrica sem o a para a toda a terra.
Infelizmente tesla não obteve êxito com a transmissão de energia sem o por falta de
investimentos para construir uma bobina grande o suciente para realizar seu sonho.
Neste trabalho foi construído uma bobina de tesla em miniatura comprovando assim
Referências Bibliográcas
[1] ANDREY, João Michel. Eletrônica Básica: Teoria e pratica. São Paulo: Ridel, 1999.
440 p.
[2] BRAGA, Newton C.. Eletrônica Analógica. São Paulo: Ncb, 2012. 361 p.
[3] BRAGA, Newton C.. Eletrônica básica. São Paulo: Ncb, 2012. 233 p.
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[5] BURIAN JUNIOR, Yaro; LYRA, Ana Cristina C.. Circuitos elétricos. São Paulo:
[6] BOYLESTAD, Robert L.. Introdução a análise de Circuitos. 8. ed. Rio de Janeiro:
[7] SOUZA, Marco Antonio Marques de. Eletrônica: Todos os componentes. Paraná:
[8] MARTIGNONI, Alfonso. Transformadores. São Paulo: Editora Globo, 1969. 301 p.
[9] OLIVEIRA, José Carlos de; COGO, João Roberto; ABREU, José Policarpo G. de.
[10] KOSOW, Irving L.. Máquinas elétricas e transformadores. Porta Alegre: Globo, 1982.
625 p.
[12] F., José Pinto; ANTÔNIO, José. Osciladores. São Paulo: Erica, 1992. 176 p.
[11] BARRETO, Jéssica Rayane Alves. Uma nova proposta de recurso didático: a bobina
[13] MELLO, Hilton Andrade de; BIASI, Ronaldo Sérgio de. Introdução à física dos
[15] MARQUES, Angelo Eduardo B.; CHOUERI JÚNIOR, Salomão; CRUZ, Eduardo