Transcrição do trecho em áudio feita para o Canal “Mais
Indutivo” no – que apresenta uma análise sobre o
trecho.
MÁRIO FERREIRA DOS SANTOS DEBATE COM
UM COMUNISTA
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Transcrição:
EU DOU MUITA CHANCE, sempre muita chance para o
adversário. Sempre dou armas pra ele e às vezes até ajudo. Uma vez eu fui fazer um debate contra um comunista. O comunista foi mandado pelo partido comunista para fazer uma exposição do “comunismo” depois eu ia fazer a minha crítica, mas eu me virei para o auditório e disse: “Francamente, a exposição que esse moço fez do comunismo está fraca, o comunismo tem mais elementos, mais fortes, mais poderosos. Vai me perdoar, o meu antagonista, que eu exponha alguma coisa em favor do comunismo: teses do comunismo, pontos do comunismo!”
Tinha nesta ocasião um cidadão que era secretário geral
do partido comunista, na época. Que era uma cara que estava com o seu Prestes, o Prestes estava presente, eu sabia. E eu disse: “Aqui está presente o secretário geral do partido comunista, ele vai, então, verificar se eu estou apresentando alguma tese falsa. Se alguma coisa for falsa ele que me corrige”. Então expus... expus que meus amigos ficaram apavorados. Até com a mão na cabeça, “o senhor virou comunista, não é possível”. A exposição estava muito favorável ao comunismo. Depois que eu expus tudo aquilo disse: “Bom, isto é o comunismo, são todas essas teses, essas questões, agora eu vou debater”. Pus-me a rebater ponto por ponto. Digo, essa é a minha técnica, de modo que a pessoa que debate comigo, mesmo que ela venha mal intenciona, ela acaba seguindo o rumo que eu quero porque eu tenho uma maneira de discutir que não a ofende, que não a torna a... Eu não a coloco nunca em estado de obstinação, a princípio. Porque depois que se obstina aí a razão dele não funciona mais, não contenta mesmo. Agora, futuramente nós precisamos conversar melhor sobre isso, né. É que eu gostaria, mesmo, de conhecer os métodos dos senhores que eu também tenho as minhas dificuldades. Tem as vezes que eu fracasso, não é?! eu não consigo, e eu, gosto, gostaria de somar vitórias e não derrotas, né?! Muito bem.