Você está na página 1de 25

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/340294235

Modos de ação dos inseticidas comerciais

Chapter · July 2019

CITATIONS READS

0 2,901

7 authors, including:

Diandro Barilli Ciro Pedro Guidotti Pinto


São Paulo State University São Paulo State University
11 PUBLICATIONS   20 CITATIONS    15 PUBLICATIONS   15 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Juliana Silva Ana Letícia Zéro dos Santos


São Paulo State University São Paulo State University
4 PUBLICATIONS   8 CITATIONS    5 PUBLICATIONS   6 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Manejo Integrado de Pragas de Mandioca View project

Evaluation of transgenic corn PowerCore Utra on non-target insect pest and natural enemies. View project

All content following this page was uploaded by Ciro Pedro Guidotti Pinto on 31 March 2020.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Diandro Ricardo Barilli
Ciro Pedro Guidotti Pinto
Cintia de Melo Gomes
Juliana Barroso Silva
Ana Leticia Zéro dos Santos
Sandy Sousa Fonseca
Guilherme Duarte Rossi

Os inseticidas sáo produtos químicos ou biológicos que apresen-


m acáo fisiológica e sáo utilizados no manejo de insetos pragas. É
ificil estimar quando foi iniciada a aplicagáo de produtos para o con-
ole de pragas, mas sabe-se que desde 1000 a.C. é relatada autili
zagáo
de enxofre para tal fim (COSTA, 1987; OBEREMOK et al., 2015)
. Até
óximo do início da Segunda Guerra Mundial (1939), a utilizagáo
de
inseticidas era limitada a compostos inorgánicos como os arsenicais
,
fuorados e enxofre ou compostos organicos presentes em extratos de
plantas como nicotina, piretro e rotenona (CASIDA; QUISTAD, 1998).
Simultaneamente 4 Segunda Guerra Mundial, foram desenvol-
idos produtos químicos sintéticos como o organoclorado DDT (diclo-
rodifeniltricloroetano) (WARE; WHITACRE, 2004). O DDT foi
mun-
lialmente utilizado para o controle de insetos até meados da década
210 D. R. Barilli et al.

de 1970 e início da década de 1980, quando seu uso foi banido ou res
tringido em muitos paises em fungáo da alta toxicidade e acimulo em
tecidos gordurosos de organismos náo alvos como mamíferos, aves E
répteis (DAVIES et al., 2007). Durante os períodos da Segunda Guer
ra Mundial e da Guerra da Coreia (décadas de 1940 e 1950), foram
descobertos os primeiros inseticidas organofosforados e carbamate
(SPARKS, 2013), os quais sáo utilizados até hoje apesar de serem alta
mente tóxicos e de baixa seletividade para organismos náo alvos (OBE=
REMOK et al., 2015). Em 1976, foram introduzidos no mercado os:
piretroides, moléculas sintéticas baseadas no produto natural piretrina
com alta eficiéncia por agáo de choque e de toxicidade reduzida pat
mamíferos (CASIDA, 1980; CASIDA; DURKIN, 2013).
Desde os anos 1970, inseticidas como os reguladores de cresek
mento e neonicotinoides tém sido desenvolvidos, vindo á tona prince
palmente na década de 1990 (CASIDA; QUISTAD, 1998; SPAR
2013), observando exigéncias sociais e de órgáos de regulamentac?
para o desenvolvimento de moléculas inseticidas com modos de acáo
mais específicos e com maior seletividade (NAUEN; BRETSCHNEE
DER, 2002). Com o avango da biotecnologia vegetal, a expressáo de
toxinas proteicas derivadas do microrganismo entomopatogénico B
cillus thuringiensis ou moléculas de dupla fita de RNA especificas ps
sou a ser realizada em plantas transgénicas para o controle de i
pragas (SCHULER et al., 1998; ZHANG et al., 2017).
O desenvolvimento de novas moléculas inseticidas tem reste
tado na disponibilizagáo de modos de agáo ativos sobre diferente
sistemas fisiológicos dos insetos. Em fungáo da pressdo de seleca
exercida pela continua exposigáo de populagées de insetos pragas
determinados inseticidas (BASS et al., 2015), os profissionais enve
vidos na escolha e aplicagáo de inseticidas devem conhecer os mod
de agáo dos produtos para um adequado manejo da resisténcia de &
setos (MRI) a inseticidas (SPARKS; NAUEN, 2015; NAUEN et
2019).
Neste capítulo sáo abordados os modos de agáo dos inseticidas
acaricidas comerciais indicados pelo Comité de Agáo á Resisténcia
Inseticidas (IRAC, do inglés Insecticide Resistance Action Committee
Modos de agáo dos inseticidas comerciais 211
e clasificados conforme o sítio de agáo em cinco grupos principais
atuantes sobre: (1) nervos e músculos, com 12 sítios primários de modos
de aco; (ii) crescimento e desenvolvimento, com sete sitios primários
de modos de agáo; (iii) respiracáo celular, com seis sitios primários de
modos de agáo; (iv) intestino médio, com um sítio primário de modo
de agáo e (v) modo de agáo desconhecido ou inespecífico que inclui 15
sub-grupos de moléculas (NAUEN et al., 2019).

Historicamente, o principal alvo fisiológico para agáo dos inseti-


cidas é o sistema nervoso dos insetos (SPARKS; LORSBACH, 2017).
Apesar de ser o grupo de inseticidas com o maior número de moléculas
e produtos disponíveis, o sistema nervoso dos insetos é muito seme-
thante ao sistema nervoso de organismos náo alvo (inimigos naturais,
polinizadores, aves, peixes e o próprio homem) e, por isso, o desen=
volvimento e utilizagáo desse tipo de produto devem ser feitos com as
devidas agdes de precaugáo e cautela (SPARKS, 2013: ZHANG etal..
2018).

2.1. Inibidores de acetilcolinesterase


Os carbamatos (aldicarb - suspenso no Brasil em 2012, carbofu-
ran, carbosulfan e methomyl) e organofosforados (acefato, chlorpyri-
fos, diazinon, malathion, parathion, pyraclofos e trichlorfon) sáo alguns
representantes de inibidores de acetilcolinaesterase. Esses inseticidas
ligam-se á enzima acetilcolinesterase e inibem as taxas de hidrólise da
acetilcolina, um neurotransmissor de excitacáo do sistema nervoso cen-
tral (SNC).
Os carbamatos e organofosforados apresentam mecanismos
de agáo muito semelhantes, no entanto a carbamilagáo que ocorre na
acetilcolinesterase é revertida rapidamente (hidrólise em 12-48h),
o que náo ocorre com os organofosforados, nos quais a inibigáo da
acetilcolinesterase é irreversível devido a forga da ligagáo (FUKO-
TO, 1990).
212 D. R. Barilli et al.

Ao inibir a enzima responsável pela hidrólise da acetilcolina, ha


o acúmulo desse neurotransmissor na fenda sináptica e ocorre a trans-
missáo contínua e descontrolada de impulsos nervosos que resultam na
morte do inseto devido a hiperexcitagáo do SNC.

2.2. Bloqueadores de canais de cloro mediados pelo GABA


Esse grupo inclui antigos inseticidas disponíveis no mercado,
como os ciclodienos (endosulfan - suspenso no Brasil em 2013), e mo-
léculas mais novas como os fenilpirazoles (fipronil, largamente utiliza-
do no controle de insetos sociais). Ambos, ciclodienos e fenilpirazoles,
antagonizam a agáo do GABA (ácido gama aminobutírico), um neuro-
transmissor inibitório responsável por restabelecer o estado de repouso
do sistema nervoso central após transmissáo do impulso nervoso.
Em condicóes normais, após a ligagáo do GABA ao seu receptor
pós-sináptico, a permeabilidade da membrana aos fons cloro aumenta
e ocorre a repolarizagáo da membrana do neurónio com consequente
restabelecimento do estado de repouso. Os ciclodienos e fenilpira-
zois afetam justamente esse mecanismo fisiológico, por bloquearem
os canais de cloro mediados pelo GABA e impedirem a interrupgáo da
transmissáo nervosa. Tal como os inibidores de acetilcolinaesterase,
os sintomas de intoxicacao por ciclodienos e fenilpirazois sáo tremo-
res, convulsées e eventual morte pelo colapso do SNC (NARAHA-
SHI et al., 1992).

2.3. Moduladores dos canais de sódio


Neste grupo de inseticidas estáo os piretroides (deltamethrin,
cypermethrin, lambda-cyhalothrin) e o DDT (methoxychlor, hoje em
desuso). Atuam primariamente nos canais de Na” das células nervo-
sas do sistema nervoso central e periférico. Em condigóes normais, os
canais de Na* sdo abertos durante a transmissáo do impulso nervoso e
sáo fechados imediatamente após a despolarizagáo da célula nervosa
(NARAHASHI, 1986).
Os moduladores de canais de Na* resultam na permanéncia dos
canais abertos por um periodo maior e ocorre um fluxo excessivo de
Na’ para o interior do neurónio pela inibigáo da desativagáo do canal
Modos de agáo dos inseticidas comerciais 213

por esses inseticidas


e o inseto morre por hiperexcitacáo provocada
(DONG, 2007).

tínicos da acetil-
2.4. Moduladores competitivos de receptores nico
colina
(acetamiprid, imi-
Neste grupo encontram-se os neonicotinoides
a nicotina (cloronicotinil), as
dacloprid, thiacloprid, thiamethoxan),
(flupyradifurone) e os me-
sulfoxaminas (sulfoxaflor), os butenolides
acáo dos moduladores
soiónicos (triftumezopyrim). O mecanismo de
te imitar a acetilcoli-
competitivos de receptores nicotínicos é justamen
pós-sináptico.
na, ligando-se a receptores nicotinicos do neurónio
da acetilcolina, os neonicotinoides e nicoti-
Porém, diferente
imediatamente após a
na nao sáo degradados pela acetilcolinesterase
sáo nervosa é persistente.
transmissáo do impulso nervoso e a transmis
prolongada, gerando
Assim, a ativagáo dos receptores de acetilcolina é
sáo contínua e descon-
hiperexcitabilidade do SNC, devido a transmis
NAUEN; BECK, 2013).
trolada dos impulsos nervosos (JESCHKE;

nicotínicos da acetilco-
2.5. Moduladores alostéricos de receptores
lina
únicos representan-
As espinosinas (espinetoram e espinosade),
bem semelhante aos
tes deste grupo, apresentam mecanismo de agáo
tínicos da acetilcolina. No
'moduladores competitivos de receptores nico
atuam sáo diferentes dos
entanto, os receptores em que as espinosinas
cionam como agonis-
neonicotinoides. Enquanto os neonicotinoides fun
m aos sitios correspondentes
tas, imitam a agáo da acetilcolina e se liga
m como moduladores
no neurónio pós-sináptico, as espinosinas atua
formacáo do sitio re-
alostéricos, ou seja, sáo capazes de alterar a con
SCHKE; NAUEN; BECK,
ceptor de acetilcolina tornando-o ativo (JE
2013).
agáo prolongada
O resultado da agáo desses inseticidas é a ativ
contínua e descontro-
dos sitios receptores de acetilcolina, transmissáo
que resultam na paralisia
lada dos impulsos nervosos e hiperexcitagáo
morte.
dos insetos por fadiga muscular seguida de
214 D, R. Barilli et al.

2.6. Moduladores alostéricos de canais de cloro mediados pelo


GABA
Também chamados de agonistas de GABA, os representantes
desse grupo sáo as avermectinas (abamectin, emamectin benzoate) €
milbemicinas (milbemectin). A jungáo neuromuscular do inseto nao é
colinérgica como a dos vertebrados. É governada pela interagáo de um
lado excitador e outro lado inibidor dependente do GABA. Logo, tal
juncáo é conhecida por glutaminérgica.
Os agonistas de GABA, diferente dos ciclodienos e fenilpirazois,
inibem o SNC em fungáo do aumento da permeabilidade da membra=
na da célula nervosa para o ion Cl que simula o efeito “calmante” do
GABA. A transmissáo do estímulo nervoso é bloqueada e o inseto é
imobilizado seguido de paralisia e morte. Ao contrário da ligagáo que
ocorre normalmente de GABA com o seu receptor, a ligacáo dos seus
agonistas é irreversivel (WOLSTENHOLME, 2010).

2.7. Moduladores de canais TRPV de órgáos cordotonais


Os canais de receptores transientes de potencial (TRP) sáo a se-
gunda maior familia de canais de cátions. Os canais de TRP podem
ser ativados por uma variedade de mecanismos e estáo envolvidos em:
quase todos sistemas sensoriais (FOWLER; MONTELL, 2013). Nos
insetos, a subfamilia dos canais tipo vaniloide (TRPV) consiste em
dois membros, Nanchung (Nan) e Inativo (lav). que pode formar he-
terómeros e sáo co-expressos exclusivamente em órgáos cordotonais
(NESTEROV et al., 2015), órgáos sensoriais especializados em me-
canorrecepgóes subcuticulares. Os órgáos cordonotais sáo ativados por
estiramento resultante do movimento relativo dos membros articulados
(KAVLIE; ALBERT, 2013).
Os inseticidas comerciais pimetrozina e pirifluquinazona interfe-
rem na coordenagáo e alimentagáo de insetos sugadores nas plantas, 0
que leva sua morte por inanigáo e dessecagáo (MAIENFISCH, 2012):
Os inseticidas citados estáo estruturalmente relacionados e alteraram a
coordenagáo e audigáo de Drosophila agindo nos neurónios receptores
dos órgáos cordotonais. Os dois inseticidas foram identificados como
agonistas específicos de complexos Nan-lav que, ao promover o influxo
Modos de ago dos inseticidas comerciais 215

de cálcio celular, silenciam as células receptoras dos órgáos cordotonais


(NESTEROV etal., 2015).

2.8. Bloqueadores de canais dos receptores nicotínicos da acetilco-


lina
O bloqueio do canal iónico do receptor nicotínico de acetilcolina,
resulta no bloqueio do sistema nervoso e consequente paralisia. Produ-
tos químicos ativos neste receptor incluem análogos da nereistoxina
como bensultap, cartap hydrochloride, thiocyclam e thiosultap-sodium.
No entanto, o receptor de acetilcolina é um complexo de subunidades e,
embora esses inseticidas atuem sobre o mesmo receptor, o local especí-
fico de ligagáo pode diferir (CAHILL; DENHOLM, 1999).

2.9. Agonistas de receptores de octopamina


A octopamina e o receptor da octopamina em insetos sáo análo-
gos á dopamina e ao sistema dopaminérgico em mamíferos. A octopa-
mina e seu receptor sáo acoplados a segundos mensageiros para elevar
o monofosfato de adenosina cíclica (AMPc) e conduzir a neuroexcita-
cao nos insetos (HIRASHIMA, 2009). As formamidinas atuam como
mimicos da octopamina, ligam-se ao receptor da octopamina e resul-
tam em atividade inseticida de amplo espectro (HOLLINGWORTH;
MURDOCK, 1980).

2.10. Bloqueadores de canais de sédio dependentes da voltagem


Os canais de sódio dependentes da voltagem sáo proteínas trans-
a na
membranares integrais que sáo críticas para a sinalizacáo elétric
maioria das células excitáveis. Quando ativados pela sinalizagáo elétri-
ca na célula, os canais de sódio permitem que os ions de sódio entrem
na célula e causem despolarizagáo da membrana (SILVER et al., 2014).
A inativagáo rápida dos canais de sódio é necessária para terminagáo
poten-
dos potenciais de agáo e impedir a despolarizagáo excessiva do
cial de membrana (SILVER et al., 2014).
na)
O indoxacarbe (oxadiazina) e o metaflumizona (semicarbazo
sáo inseticidas bloqueadores dos canais de sódio e inibem o fluxo de
sódio para o interior da célula, diferente do DDT e dos piretroides (item
216 D.R. Barilli et al.

2.3, moduladores de canais de sódio). (SILVER; DONG; ZHOROV.


2017). Em insetos, o indoxacarbe é metabolicamente convertido em
JW062 N-carbometoxilado um metabólito biologicamente mais ativo,
enquanto os mamíferos convertem indoxacarbe em metabólitos náo tó-
xicos. Essa diferenga no metabolismo contribui para a reduzida toxici-
dade do indoxacarbe a mamiferos (SILVER et al., 2009; VON STEIN;
SODERLUND, 2012).

2.11. Moduladores de receptores de rianodina


Rianodina é uma molécula inseticida proveniente da planta Rya-
nia speciosa que liga-se a canais de liberagáo intracelular de Ca?*, co-
nhecidos como receptores de rianodina (RyRs) (LAHM et al., 2005).
Apés interagáo da rianodina com RyRs, o Ca” liberado sinaliza a libe-
ragáo de neurotransmissores e hormónios bem como a contragáo mus-
cular (NAUEN, 2006). Insetos intoxicados por moduladores de RyRs
como as diamidas (chlorantraniliprole, cyantraniprole, flubendiamide)
apresentam fiuxo de calcio intracelular descontrolado e consequentes
contragóes musculares desordenadas e morte.

2.12. Moduladores de órgáos cordotonais (alvo de acáo indefinido)


A flonicamida e seus derivados náo tem agáo contra alvos clássi-
cos de neuroativos como a acetilcolinesterase e receptor nicotínico da
acetilcolina. A jungáo dos sintomas característicos de intoxicagáo leva
a crer que o modo de agáo da flonicamida seja novo (MORITA et al..
2007) e apresenta sitios alvos nos órgáos cordotonais diferentes dos
afidopyropen e pymetrozine (KANDASAMY et al., 2017; TAYLOR-
-WELLS et al., 2018). A morte por inanigáo é o principal efeito do in-
seticida flonicamid pela observagáo da auséncia de producáo de saliva
e captagáo de seiva em pulgóes (MORITA et al., 2007).

Os reguladores de crescimento, conhecidos como inseticidas fi-


siológicos, sáo inseticidas ou acaricidas que atuam com modos de agáo
Modos de agdo dos inseticidas comerciais 217

diferentes dos inseticidas neurotóxicos. A utilizagáo de inseticidas com


alvos bioquímicos específicos contribui com a redugáo do efeito ne-
gativo do controle químico sobre organismos náo alvos como aves e
mamíferos (BOUAZIZ et al., 2017).
Além disso, de acordo com a classificagáo da Organizagáo Inter-
nacional para Controle Biológico (IOBC, 2019, sigla de International
Organisation for Biological Control) muitos inseticidas deste grupo sáo
pouco nocivos (Classe 1) a inimigos naturais (ONO et al., 2017). Mes-
mo assim, deve-se considerar que existem variagdes quanto a toxicida-
de de acordo com o inimigo natural, fase de desenvolvimento do inse-
to, molécula, formulacáo aplicada e momento de aplicagáo (CLOYD,
2012).
Os reguladores de crescimento apresentam menos casos de re-
sisténcia quando comparados com carbamatos, organofosforados, pire-
troides ou neonicotinoides (APRD, 2019). Obviamente, o desenvolvi-
mento de resisténcia em populacóes de insetos pragas deve ser relativi-
zado em fungáo da forma e intensidade em que um produto é aplicado
para a supressáo de pragas.
Com base na classificagáo dos inseticidas realizada pelo IRAC
(NAUEN, 2019), os inseticidas reguladores de crescimento podem ser
clasificados em quatro principais grupos: (1) mímicos do hormónio ju-
yenil, (ii) inibidores da síntese quitina, (ii) agonistas de receptores de
ecdisteroides e (iv) inibidores da enzima acetil CoA carboxilase.

3.1. Mímicos do hormónio juvenil


Dentre as moléculas classificadas como mímicos do hormónio
juvenil, ou juvenoides, apenas o ingrediente ativo pyriproxyfen é atual-
mente registrado no Brasil, com 13 produtos disponíveis no mercado.
Estes produtos apresentam movimentagáo translaminar nas plantas e Os
alvos principais sáo hemípteros como moscas brancas e psilideos, mas
também há registro para coleópteros como o bicho mineiro do cafeeiro
e lepidópteros como a mariposa oriental da magá.
O pyriproxyfen é um derivado de outro juvenoide, o fenoxicarb,
em que parte da cadeia alifatica foi substituida por um pyridyl oxyethy-
leno, apresentando trés anéis aromáticos na sua constituigáo (ISHAA=
218 D.R. Barilli et al.

YA et al., 2007). O receptor dos inseticidas juvenoides, e do próprio


hormónio juvenil, E proteína heterodimera methopreno-tolerante, a qual
pertence ao grupo das proteínas bHLH-PAS (helix-loop-helix Period,
ARNT, and Single-minded proteins) (JINDRA; PALLI; RIDDIFORD,
2013).
Como os inseticidas juvenoides se ligam ao mesmo sítio do hor-
mónio juvenil, há um desbalango hormonal no organismo do inseto.
As consequéncias sáo uma forte supressáo da embriogénese, anomalias
na metamorfose, má formagáo dos adultos, supressáo do sistema imu-
nológico até a morte por inanigáo (KOEHLER; PATTERSON 1991;
GHANIM: ISHAAYA, 2011; JAMES; XU, 2012).

3.2. Inibidores da sintese de quitina


No Brasil, atualmente existem quase meia centena de produtos
fitossanitários á base de inibidores da sintese de quitina registrados para
fins comerciais. Este mecanismo de agáo apresenta características qui-
micas distintas de acordo com o organismo alvo, mesmo que o alvo bio-
químico seja a mesma proteína para a maioria dos ingredientes ativos.
As moléculas classificadas como inibidores de crescimento de ácaros
como etoxazole também podem ser inseridas no grupo dos inibidores
da síntese de quitina, uma vez que existem várias evidéncias científicas,
com fortes bases bioquímicas e moleculares sobre seu mecanismo de
agáo (NAUEN; SMAGGHE, 2006: ASSAR et al., 2012; MERZEN-
DORFER, 2013; DEMAEGHT etal., 2014; LAU et al., 2015; DOURIS
et al., 2016). Apenas o alvo bioquímico da cyromazina náo foi comple-
tamente desvendado, mas é sabido que esta molécula interfere na escle-
rotizacáo da cutícula e no metabolismo de ácidos nucleicos em Diptera
(CHEN et al., 2006).
A teoria clássica a respeito do modo de agáo dos inibidores de
síntese de quitina indica que as benzoilfenilureias “provavelmente ini-
bem a formagáo da quitina sintetase a partir do seu zimógeno, por meio
da interferéncia em alguma protease responsável pela ativagáo da qui-
tina sintetase” (GALLO et al., 2002). Porém, estudos recentes indicam
que o alvo bioquímico dos inibidores da síntese de quitina é a enzima
quitina sintase, uma proteína transmembranar cuja funcáo é catalisar li-
Modos de agáo dos inseticidas comerciais 219

gagóes na posigáo B-(1-4) entre subunidades do amino-agucar GlcNAc,


cuja polimerizacao resultará na formagáo da quitina (VAN LEEUWEN,
2012). Com a inibigáo da produgáo de quitina pelo bloqueio da enzima
quitina sintase, a deposigáo de uma nova cutícula nos insetos é compro-
metida e o desenvolvimento dos insetos é prejudicado com subsequente
morte (MARKS; LEIGHTON; LEIGHTON, 1982; COHEN, 1987).
Com o avango dos estudos, novas atribuigóes sáo propostas aos
inibidores da síntese de quitina, tal como ecdises abortivas, produgáo
de ovos inviáveis, deterioragáo da membrana peritrófica e distúrbios no
sistema imunológico (NASR: BADWAY; RABEA, 2010; MERZEN-
DORFER, 2013).

3.3. Agonistas de receptores de ecdisteroides


Apesar da ampla exploragáo científica dos receptores de ecdis-
teroides, ainda existem poucos produtos comercialmente disponíveis
para o controle de pragas. No Brasil, os produtos registrados possuem
reconhecida seletividade por serem altamente específicos a lepidópte-
ros e alguns ácaros. Dentre os agonistas de receptores de ecdisteroides,
a halofenozida é a única molécula com agáo inseticida para coleópteros
(SMAGGHE; SWEVERS, 2013), mas náo é registrada para uso comer-
cial no País.
Os agonistas de receptores de ecdisteroides possuem estrutura
química de diacilhidrazina, composta por dois anéis aromáticos, deno-
minados “A” e “B”, e um grupamento N-fert-butil central. Apesar da
estrutura química peculiar, estas moléculas simulam a atividade do hor-
mónio da ecdise, o 20-hidroxiecdisónio, uma molécula com estrutura
esteroidal e cadeia alifática composta de oito carbonos e trés hidroxilas,
produzida pela glándula protorácica.
O alvo das diacilhidrazinas é o receptor de ecdisteroides, uma
proteína heterodímera da família dos receptores nucleares (HILL etal.,
2012). O sitio de ligacáo de ecdisteroides no receptor de insetos susce-
tíveis apresentam uma segunda cavidade formada pela distinta posigáo
de alguns aminoácidos (BILLAS et al., 2003), na qual o anel “B” das
diacilhidrazinas se ligam e, junto com pontes de hidrogénio formadas
pelo grupamento N-tert-butyl, ativam o receptor de forma anómala
220 D.R. Barilli et al.

(SOIN et al., 2010). Nas primeiras horas da ativagáo sintética do re-


ceptor de insetos jovens, eles param de captar alimento, seguido pelo
início de um processo anormal e letal de ecdise precoce, levando-os á
morte por inanigáo e dessecagáo (SMAGGHE; GOMEZ; DHADIAL-
LA, 2012).

3.4. Inibidores da enzima acetil CoA carboxilase


Este mecanismo de agao apresenta apenas um produto disponivel
no Brasil, cujo ingrediente ativo é a molécula acaricida espirodiclofeno.
A estrutura química desta molécula deriva do ácido espirocíclico tetró-
nico, sendo que a diferenga entre os ingredientes ativos deste grupo sáo
substituigóes de radicais no anel aromático da molécula, o que diferen-
cia entre um efeito inseticida ou acaricida (BRETSCHNEIDER et al.,
2003).
O alvo bioquímico deste grupo é a enzima acetil CoA carboxi-
lase, pertencente á rota da síntese de lipídios (COOPER; HAUSMAN,
2016). Em ácaros tratados com este produto, os primeiros sintomas ob-
servados sáo deformacóes morfológicas nas formas jovens, principal-
mente dos machos, além de uma drástica redugáo no acúmulo de lipí-
dios (NAUEN, 2005). Além disso, estes acaricidas sáo tóxicos aos ovos
e reduzem a fertilidade e fecundidade das fémeas, além de reduzirem
a taxa de sobrevivéncia de ácaros (ASKARI; HEJAZI; AMIZADEH,
2013).

Os inseticidas que atuam na respiragáo celular sáo responsáveis


por interromper a produgáo de energia e representam 4% do total de
vendas dos inseticidas (SPARKS; NAUEN, 2015). Respiragáo celular
é um processo molecular no qual as células consomem O, e produzem
CO,. Para isso, trés estágios principais sáo necessários: 1- produgáo de
acetil-CoA; 2- oxidagáo da acetil-CoA e 3- transferéncia de elétrons e
fosforilagáo oxidativa, sendo a fosforilagáo oxidativa responsável pela
maior parte do ATP sintetizado (NELSON; COX, 2014). É nesse está-
Modos de agáo dos inseticidas comerciais 221

gio, portanto, que atuam os inseticidas que tém modo de agáo sobre a
respiragáo celular.
A fosforilagáo oxidativa inicia-se com o transporte de elétrons na
cadeia respiratória, que é constituida pelos complexos proteicos I, II,
TIT e IV e pelos transportadores de elétrons ubiquinona e citocromo c.
O transporte de elétrons gera um gradiente de próton (H*), chamado de
forga próton motriz, no espago intermembranoso, que retorna a matriz
mitocondrial pela ATP sintase e produz ATP pela fosforilagáo do ADP
AEP.
De acordo com a classificagáo do IRAC, existem trés alvos na
cadeia respiratória que os inseticidas podem atuar. Sao eles: inibidores
de ATP sintase mitocondrial, desacopladores da fosforilagáo oxidativa
via disrupgáo do gradiente de proton, inibidores do complexo I, II IIL e
IV da cadeia de transporte de elétrons na mitocóndria (NAUEN et al.,
2019).
Os inibidores da ATP sintase mitocondrial sáo o diafenthiuron,
organoesteánicos, propargite e tetradifron. O diafenthiuron é um pró-
-inseticida que controla todas as fases de desenvolvimento de ácaros,
moscas brancas e pulgóes (DEKEYSER, 2005).
Os desacopladores da fosforilagáo oxidativa via disrupgáo do
gradiente de próton sáo compostos ácidos que inibem o acoplamento
entre as reagdes de transporte de elétrons e fosforilagáo. Esse desaco-
plamento gera um fluxo de próton do espaco intermembranoso para
a matriz mitocondrial, inibindo a síntese de ATP sem afetar a cadeia
respiratória e a ATP sintase. O chlorfenapyr, dinitrofenol (DNOC) e sul-
fluramida sáo ingredientes ativos que atuam nesse sítio ativo (NAUEM;
BRETSCHNEIDER, 2002; TERADA, 1990).
O chlorfenapyr é um acaricida-inseticida de amplo espectro usa-
do para controlar todos os estágios de ácaros fitófagos e vários insetos
pragas (KIM; SEO, 2001). A sulforamida tem uma grande importán-
cia no Brasil no controle de formigas cortadeiras. (ISENRING; NEU-
MEISTER, 2010; ZANETTI et al., 2014).
O complexo I da cadeia de transporte de elétrons, também cha-
mado de ubiquinona-oxidorredutase é uma enzima que catalisa dois
processos simultáneos e obrigatoriamente acoplados: 1- transferéncia
222 D.R. Barilli et al.

éncia de protons
de elétrons do NADH para a ubiquinona e 2-a transfer
das inibidores do
da matriz para o espago intermembrana. Os insetici
esso global da fos-
complexo 1 inibem esse processo, bloqueando o proc
ticidas que atuam
forilagáo oxidativa (NELSON; COX, 2014). Os inse
KEYSER, 2005).
nesse sítio ativo sáo o fenpiroximato e a rotenona (DE
as carboxilamidas,
Os inibidores do complexo II sao o ciflumetofem e
A et al., 2017).
ambos registrados para o controle de Acaros (FURUY
acequinocil,
Qs inibidores do complexo III sao a hidrometilnona,
ogo da estrobiluri-
fluacrypyrim e bifenzato. O fluacrypyrim é um anál
icida e náo fungici-
na, comercializado pela primeira vez como um acar
da (DEKEYSER, 2005).
inio e de
Os inibidores do complexo IV sao os fosfeto de alum
ar, os fosfetos de
magnésio e os cianetos. Na presenga da umidade do
e eficaz no controle
aluminio e magnésio liberam fosfina, um gas tóxico
ntes armaze-
de ovos, larvas, pupas e adultos das pragas de gráos e seme
nadas (LORINI, 2012; LORINI et al., 2013).

intestino médio
Os inseticidas classificados com sitio de agao no
ntero (NAUEN et
sáo os disruptores microbianos da 'membrana do mesé
á base de B. thurin-
al., 2019). Sáo representados apenas por inseticidas
inseticidas produzi-
giensis (Bt) e Lysinibacillus sphaericus e proteínas
atuam no sistema
das por essas bactérias. Os inseticidas produzidos que
de inseticidas no
digestivo representam apenas 1% do total de venda
lamente emprega-
mundo (SPARKS; NAUEN, 2015). Porém, sáo amp
principalmente, de
dos na transformagáo de plantas para o controle,
eínas Bf em plantas
lepidópteros pragas, por meio da expressáo das prot
transgénicas.
mais de
Os bioinseticidas 4 base de Br sáo comercializados há
50 anos para controle de pragas (BRAVO et al., 2011). Sáo produtos
inócuos a mamíferos, náo poluentes e com alta especificidadé, o que
possibilita a selegáo de proteínas náo tóxicas a inimigos naturais e orga-
nismos náo alvo (YU; LI; WU, 2011). Apesar de serem descritas 83 su-
Modos de agáo dos inseticidas comerciais 223

bespécies de B?, apenas trés subespécies sáo utilizadas comercialmente


(LECADET et al., 1999). As subespécies B. thuringiensis subsp. kurs-
taki e B. thuringiensis subsp. aizawai sao utilizados principalmente no
controle de lepidópteros pragas e a subespécie B. thuringiensis subsp.
israelensis é utilizada para o controle de insetos da ordem Diptera,
principalmente dos vetores de doenga (MASHTOLY et al. 2011; BEN-
-DOV, 2014).
Os produtos á base de Bf sáo compostos pelos esporos da bacté-
ria e pelas proteínas Cry e Vip. Após ingeridas pelos insetos pragas, as
proteínas Cry e Vip na forma de pró-toxinas sáo transformadas por pro-
teases específicas no intestino médio em toxinas ativas. Essas toxinas
atravessam a membrana peritrófica e ligam-se a receptores específicos
presentes na membrana das células do epitélio intestinal, etapa consi-
derada principal para a especificidade de cada toxina. A toxina, após
ligar-se ao receptor, forma um poro que destrói a célula por choque
osmótico. A destruigáo massiva das células do epitélio do intestino mé-
dio resulta na invasáo de Br e outras bactérias intestinais na hemocele
dos insetos suscetiveis, levando-os a septicemia e morte (RAYMOND
et al., 2010; LEE; MILES; CHEN, 2006; JURAT-FUENTES; CRICK-
MORE, 2017).
Os produtos á base de L. sphaericus sao utilizados principal-
mente para o controle de larvas do mosquito prego (Anopheles spp.)
e do mosquito comum (Culex spp.) que sáo transmissores de doengas
(CAVADOS etal., 2017). As bactérias de L. sphaericus produzem toxi-
nas do tipo Bin, Mtx e Cry, toxinas com diferentes toxicidades, sendo
as toxinas do tipo Bin as que apresentam maior toxicidade para larvas
de dípteros (SILVA FILHA, BERRY; REGIS, 2014). Com relagáo ao
modo de agáo das proteínas produzidas por essa bactéria, apresentam
grande semelhanga com o modo de agáo apresentado para Bt.

Alguns inseticidas possuem modo de agáo desconhecido ou náo


especificado. Entre esses, observam-se os inibidores náo específicos
224 D.R. Barilli et al,

como alifaticos halogenados, cloropicrina, fluoretos, boratos, bórax e


geradores de metil isotiocianato. Além desses, observam-se os compos-
tos com modo de agáo desconhecido ou incerto azadirachtin, benzoxi-
mate, bifenazate, bromopropylate, chinomethionat, dicofol, GS-omega/
kappa HXTX-Hvla peptide, calda sulfocálcica e pyridayl (NAUEN et
al., 2019).

O entendimento sobre os modos de agáo e elucidagáo dos mo-


dos náo totalmente compreendidos dos inseticidas sáo requisitos fun-
damentais para a escolha dos principios ativos a serem utilizados para
um correto MIP, assim como para o manejo da resisténcia de insetos a
inseticidas.

APRD. Arthropod Pesticide Resistance Database, online. Disponivel em:


<http://www.pesticideresistance.org/>. Acesso em: 15 de abril de 2019.

ASKARI S.G.; HEJAZI, M.J., AMIZADEH, M. Lethal and sublethal effects


of spiromesifen, spirotetramat and spirodiclofen on Tetranychus urticae Koch
(Acari: Tetranychidae). Archives of Phytopathology and Plant Protection,
v. 46, p. 1278-1284, 2013.

ASSAR, A.A.; ABO-EL-MAHASEN, M.M.; HARBA, N.; RADY, A.A. Bio-


chemical effects of cyromazine on Culex pipiens larvae (Diptera: Culicidae).
Journal of American Science, v. 8, p. 443-450, 2012.

BASS, C.; DENHOLM, I.; WILLIAMSON, M.S.; NAUEN, R. The global sta-
tus of insect resistance to neonicotinoid insecticides. Pesticide Biochemistry
and Physiology, v. 121, p. 78-87, 2015.

BEN-DOV, E. Bacillus thuringiensis subsp. israelensis and its dipteran-speci-


fic toxins. Toxins, v. 6, p. 1222-1243, 2014.

BILLAS, I.M.L.; IWEMA, T.; GARNIER, J.M.; MITSCHLER, A.; ROCHEL,


Modos de agao dos inseticidas comerciais 225

N.; MORAS, D. Structural adaptability in the ligand-binding pocket of the


ecdysone hormone receptor. Nature, v. 426, p. 91-96, 2003.

BOUAZIZ, A.; AMIRA, K.; DJEGHADER, N.; AISSAOUL, L.; BOUDJELI-


DA, H. Impact of an insect growth regulator on the development and the repro-
duction potency of mosquito. Journal of Entomology and Zoology Studies,
v. 5, p. 1662-1667, 2017.

BRAVO, A.; LIKITVIVATANAVONG, S.; GILL, ; SOBERON, M. Ba-


cillus thuringiensis: A story of successful bioinsecticide. Insect Biochemistry
and Molecular Biology, v. 41, p. 423-431, 2011.

BRETSCHNEIDER, T.; BENET-BUCHHOLZ, J.; FISCHER, R.; NAUEN, R.


Spirodiclofen and spiromesifen-novel acaricidal and insecticidal tetronic acid
derivatives with a new mode of action. CHIMIA International Journal for
Chemistry, v. 57, n. 11, p. 697-701, 2003.

CAHILL, M.; DENHOLM, I. Managing resistance to the chloronicotinyl


insecticides-rhetoric or reality? IN: YAMAMOTO, J.; CASIDA, J.E (Eds.)
Nicotinoid insecticides and the nicotinic acetylcholine receptor. 1* Ed. Tok-
yo: Springer, 1999, pp. 253-270.

CASIDA, J.E. Pyrethrum flowers and pyrethroid insecticides. Environmental


Health Perspectives, v. 34, p. 189-202, 1980.

CASIDA, J.E.; DURKIN, K.A. Neuroactive insecticides: targets, selectivity,


resistance, and secondary effects. Annual Review of Entomology, v. 58, p.
99-117, 2013.

CASIDA, J.E.; QUISTAD, G.B. Golden age of insecticide research: past, pre-
sent, or future? Annual Review of Entomology, v. 43, p. 1-16, 1998.

CAVADOS, C.F.G.; TADEL, W.P.; ROQUE, R.A.; REGIS, L.N.; OLIVEIRA,


C.M.F.; GIL, H.B.; ARAUJO-COUTINHO, C.J.P.C. Bacillus entomopatho-
genic based biopesticides in vector control programs in Brazil. In: FIUZA,
L.M.; POLANCZYK, R.A.; CRICKMORE, N. (Eds.). Bacillus thuringien-
sis and Lysinibacillus sphaericus: Characterization and use in the field
of biocontrol. la. Ed. Cham: Springer International Publishing, 2017, pp.
223-237.

CHEN, Z.; ROBIN, C.; DAMIANO, J.; LYDALL, J.; LUMB, C.; SMITH,
K; BLASETTI, A.; DABORN, P.J.; HECKEL, D.; MCKENZIE, J.A.; BAT-
TERHAM, P. Positional cloning of a cyromazine resistance gene in Drosophi-
la melanogaster. Insect Molecular Biology, v. 15, p. 181-186, 2006.
D.R. Barilli et al.
226

on natural enemies. In: SOUNDA-


CLOYD, R. Indirect effects of pesticides
dvances in Chemical and Botanical
RARAJAN, R.P. (Ed.). Pesticides-A
Pesticides. IntechOpen, 2012. pp. 127-150.
inhibition. Annual Review of
COHEN, E. Chitin biochemistry: synthesis and
Entomology, v. 32, p. 71-93, 1987.
RE. A célula: uma abordagem molecular.
COOPER, G.M.; HAUSMAN,
p.
Porto Alegre: Artmed Editora, 2016. 736
A brief history. In: COSTA, L.G+
COSTA, L.G. Toxicology of pesticides:
icology of Pesticides. Berlin: Sprin-
GALLI, C.L.; MURPHY, S.D. (Eds.). Tox
ger, 1987. pp. 1-10.
OOD, P.N.; WILLIAMSON, MS.
DAVIES, T.G.; FIELD, L.M.; USHERW
ium channels. IUBMB Life, v.59,
DDT, pyrethrins, pyrethroids and insect sod
p. 151-162, 2007.
action. Pest Management Science, v-
DEKEYSER, M.A. Acaricide mode of
61, p. 103-110, 2005.
MAN-NARESH, J.; GRBIC, M.:
DEMAEGHT, P.; OSBORNE, E.J.; OD
NAUEN, R.; MERZENDORFER, H.; CLARK, R.; VAN LEEUWEN, T. High
target-site of the
in synthase-1 as the
resolution genetic mapping uncovers chit
ctur ally dive rse mite gro wth inhi bito rs clofentezine, hexythiazox and eto-
stru
le in Tet ran ych us urti cae. Inse ct Bio chemistry and Molecular Biology.
xazo
v.51,p. 52-61, 2014.
resistance. Invertebrate
DONG, K. Insect sodium channels and insecticide
Neuroscience, v. 7, p. 17, 2007.

, V.; STE INB ACH , D.; PAN TEL ERI , R.; LIVADARAS, L; PIC-
DOURIS
J.A. ; VAN LEE UWE N, T.; NAU EN, R.; VONTAS, J. Resistance muta~
KETT,
unravels the benzoylurea insecticide
tion conserved between insects and mites ional Academy
Proceedings of the Nat
mode of action on chitin biosynthesis.
rica, v. 113, p. 14692-14697, 2016.
of Sciences of the United States of Ame
hila TRP channels and animal be-
FOWLER, M. A.; MONTELL, C. Drosop
2013.
havior. Life Sciences, v. 92. p. 394-403,
of organophosphorus and carbamate in-
FUKOTO, T.R. Mechanism of action
ives, v. 87, p. 245-254, 1990.
secticides. Environmental Health Perspect
S.; NAKANO, M.; INAGAKI, K.
FURUYA, T; MACHIYA, K.; FUJIOKA,
Modos de agdo dos inseticidas comerciais 221

nal of Pesticide Scien-


Development of a novel acaricide, pyflubumide. Jour
ce, v. 42, p. 132-136, 2017.
O, S.; CARVALHO, R.P.L;
GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NET
.; ZUCCHI, R.A.; AL-
BAPTISTA, G.S.; BERTI FILHO, E.; PARRA, JR.P OMO-
LOPES, J.R.S.;
VES, S.B.; VENDRAMIM, J.D.; MARCHINL L.C.;
2002. 917 p.
TO, C. Entomologia Agricola. Piracicaba: FEALQ,
novel modes of action: mecha-
GHANIM, M.; ISHAAYA, I. Insecticides with
C.; RAINBOW,
stance management. In: AMIARD-TRIQUET,
nism and resi
nmental Contaminants. CRC
P.S.; ROMEO, M (Eds.). Tolerance to Enviro
Press, 2011. pp. 390-412.
L.; TOHIDI- ES-
HILL, R.J.; GRAHAM, L. D.; TURNER, K.A.; HOWELL, B.; WINKLER, P.;
FAHANI, L.D.; FERNLEY, R.; GRUSOVIN, J.; REN, , TS. (Ed.).
LAWREN CE, M.C. Insect growth disruptors. In: DHADIALLA
2012. pp. 299-352.
‘Advances in Insect Physiology. Oxford: Elsevier,
ptors as a source of biora-
HIRASHIMA, A. Tyramine and octopamine rece
TZ, A.R (Eds.). Biorational
tional insecticides. In: ISHAAYA, L; HOROWI
Springer, 2009. pp. 83-109.
Control of Arthropod Pests, 1. Ed. Dordrecht:
Formamidine pesticides:
HOLLINGWORTH, R.M.; MURDOCK, L.L.
208, p. 74-76, 1980.
octopamine-like actions in a firefly. Science, v.
ogical and Integrated con-
IOBC-WPRS: International Organization for Biol
rs.org/>. Acesso em: 19 de
trol, online. Disponivel em <https://www.iobe-wp
marco de 2019.
ons regarding derogations
ISENRING, R; NEUMEISTER, L. Recommendati
hion, fipronil and sulfluramid
to use alpha-cypermethrin, deltamethrin. fenitrot
2010.
in FSC certified forests in Brazil. FSC Editor, v. 99.
OV. S.; HOROWITZ, A.R.
ISHAAYA, L; BARAZANI, As KONTSEDAL
anism, selectivity and cross-
Insecticides with novel modes of action: Mech
148-152, 2007.
-resistance, Entomological Research, v. 37. p.
icides affect insect immunity.
JAMES, R.R.; XU, J. Mechanisms by which pest
175-182, 2012.
Journal of Invertebrate Pathology, v. 109, p.
tinic acetylcholine receptor
JESCHKE, P.; NAUEN, R.; BECK. M.E. Nico
on. Angewandte Chemie In-
agonists: a milestone for modern crop protecti
ternational Edition, v. 52. p. 9464-9485, 2013.
228 D. R. Barilli et al.

JINDRA, M.; PALLI, S.R.; RIDDIFORD, L.M. The juvenile hormone signa-
ling pathway in insect development. Annual Review of Entomology, v. 58,
p. 181-204, 2013.

JURAT-FUENTES, J.L.; CRICKMORE, N. Specificity determinants for Cry


insecticidal proteins: Insights from their mode of action. Journal of Inverte-
brate Pathology, v. 142, p. 5-10, 2017.

KANDASAMY, R.; LONDON, D.; STAM, L.: VON DEYN, W.; ZHAO,
X.; SALGADO, V. L.; NESTEROV, A. Afidopyropen: New and potent mo-
dulator of insect transient receptor potential channels. Insect Biochemistry
and Molecular Biology, v. 84, p. 32-39, 2017.

KAVLIE, R.G.; ALBERT, J.T. Chordotonal organs. Current Biology, v. 23,


p. R334-R335, 2013.

KIM, S.S.; SEO, S.G. Relative toxicity of some acaricides to the predatory
mite, Amblyseius womersleyi and the twospotted spider mite, Tetranychus urti-
cae (Acari: Phytoseiidae, Tetranychidae). Applied Entomology and Zoology,
v. 36, p. 509-514, 2001.

KOEHLER, P.G.; PATTERSON, R:S. Incorporation of pyriproxyfen in a Ger-


man cockroach (Dictyoptera; Blattellidae) management program. Journal of
Economic Entomology, v. 84, p. 917-921, 1991.

LAHM, G.P.; SELBY, T.P.; FREUDENBERGER, J.H.; STEVENSON, T.


M.; MYERS, B.J.; SEBURYAMO, G.; CORDOVA, D. Insecticidal anthra-
nilic diamides: A new class of potent ryanodine receptor activators. Bioorga-
nic & Medicinal Chemistry Letters, v. 15, p. 4898-4906, 2005.

LAU, K.W.; CHEN, C.D.; LEE, H.L.; NORMA-RASHID, Y.; SOFIAN-AZI-


RUN, M. Evaluation of insect growth regulators against field-collected Aedes
aegypti and Aedes albopictus (Diptera: Culicidae) from Malaysia. Journal of
Medical Entomology. v. 52, p. 199-206, 2015.

LECADET, M.M.; FRACHON, E.; DUMANOIR, V.C.; RIPOUTEAU, H. HA-


MON, S. LAURENT, P. THIERY, I. Updating the H-antigen classification of Ba-
cillus thuringiensis. Journal of Applied Microbiology, v. 86, p. 660-672, 1999.

LEE, M.K.; MILES, P.; CHEN, J.S. Brush border membrane binding proper-
ties of Bacillus thuringiensis Vip3A toxin to Heliothis virescens and Helicover-
pa zea midgut. Biochemical and Biophysical Research Communications, v.
339, p. 1043-1047, 2006.
Modos de agáo dos inseticidas comerciais 229

LORINI, I.; KRZYZANOWSKI, F.C.; FRANCA-NETO, J.B.; HENNING,


A.A. Expurgo da semente de soja com fosfina e seu efeito na qualidade
fisiológica - Série Sementes. Londrina: Embrapa Soja, 2013. 12 p. (Embrapa
Soja. Circular técnica, 97).

LORINI, L. Insetos que atacam gráos de soja armazenados. In: HOFFMANN-


-CAMPO, C.B., CORREA-FERREIRA, B.S.; MOSCARDI, F. (Eds.). Soja:
manejo integrado de insetos e outros artrépodes-praga. Brasilia, DF: Em-
brapa, 2012. pp. 421-444.
MAIENFISCH, P. Selective feeding blockers: pymetrozine, flonicamid, and
pyrifluquinanzon. In: KRAMER, W.; SCHIRMER, U.; JENSCHKE, P.;
WITSCHEL, M. (Eds.). Modern crop protection compounds. 2* Ed. New
York: John Wiley and Sons, 2012, pp. 1327-1346.

MARKS, E.P.; LEIGHTON, T.; LEIGHTON, F. Modes of action of chitin syn-


thesis inhibitors. In; COATES, J.R. (Ed.). Insecticide Mode of Action. New
York: Academic Press, 1982. pp. 281-313.

MASHTOLY, T.A.; ABOLMAATY, A.; EL-ZEMAITY, M.E.; HUSSEIN,


M.L; ALM, S.R. Enhanced toxicity of Bacillus thuringiensis subspecies kurs-
taki and aizawai to black cutworm larvae (Lepidoptera: Noctuidae) with Ba-
cillus sp. NFD2 and Pseudomonas sp. FNFD1. Journal of Economic Ento-
mology, v. 4, p. 41-46, 2011.

MERZENDORFER, H. Chitin synthesis inhibitors: old molecules and new


developments. Insect Science, v. 20, p. 121-138, 2013.

MORITA, M.; UEDA, T.: YONEDA, T.; KOYANAGI, T.; HAGA, T. Floni-
camid, a novel insecticide with a rapid inhibitory effect on aphid feeding. Pest
Management Science, v. 63, p. 969-973, 2007.

NARAHASHI, T. Mechanisms of action of pyrethroids on sodium and cal-


cium gated channels. In: FORD, M.G.; LUNT, G.G; REAY, R.C.; USHER-
WOOD, PN.R. (Eds.). Neuropharmacology of pesticide action. Chichester:
Howood, 1986. pp. 36-60.

NARAHASHIL, T.; FREY, J.M.; GINSBURG, K.S.; ROY, M.L. Sodium and
GABA-activated channels as the targets of pyrethroids and cyclodienes. Toxi-
cology Letters, v. 64, p. 429-436, 1992.

NASR, H.M.: BADAWY, M.E.; RABEA, E.I. Toxicity and biochemical study
of two insect growth regulators, buprofezin and pyriproxyfen, on cotton lea-
fworm Spodoptera littoralis. Pesticide Biochemistry and Physiology, v. 98,
230 D.R. Barilli et al.

p. 198-205, 2010.
NAUEN, R. Insecticide mode of action: return of the ryanodine receptor. Pest
Management Science, v. 62, p. 690-692, 2006.

NAUEN, R. Spirodiclofen: mode of action and resistance risk assessment in


tetranychid pest mites. Journal of Pesticide Science, v. 30, p. 272-274, 2005.

NAUEN, R.; BRETSCHNEIDER, T. New modes of action of insecticides.


Pesticide Outlook, v. 13, p. 241-245, 2002.

NAUEN, R.; SLATER, R.: SPARKS, T.C.; ELBERT, A.; MCCAFFERY, A.


TRAC: Insecticide Resistance and Mode-of-action Classification of Insectici-
des. Modern Crop Protection Compounds, v. 3, p. 995-1012, 2019.

NAUEN, R.; SMAGGHE, G. Mode of action of etoxazole. Pest Management


Science, v. 62, p. 379-382, 2006.

NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6. ed.


Porto Alegre: Artmed, 2014. 1328 p.

NESTEROV, A.; SPALTHOFF, C.; KANDASAMY, R.; KATANA, Ru;


RANKL, N.B.; ANDRES, M.; JAHDE, P.; DORSCH, J.A.; STAM, L.Fz
BRAUN, F.J.; WARREN, B.; SALGADO, V.L.; GOPFERT, M.C. TRP
Channels in insect stretch receptors as insecticide targets. Neuron, v. 86, p.
665-671, 2015.

OBEREMOK, V.V.; LAIKOVA, K.V.; GNINENKO, Y.L; ZAITSEV, A.S<


NYADAR, P.M.; ADEYEMI, T.A. A short history of insecticides. Journal of
Plant Protection Research, v. 55, p. 221-226, 2015.

ONO, É.K.; ZANARDI, O.Z.; SANTOS, K.F.A.; YAMAMOTO, P.T. Suscep=


tibility of Ceraeochrysa cubana larvae and adults to six insect growth-regula-
tor insecticides. Chemosphere, v. 168, p. 49-57, 2017.

RAYMOND, B.; JOHNSTON, P.R.; NIELSEN-LEROUX, C.; LERECLUS,


D.; CRICKMORE, N. Bacillus thuringiensis: an impotent pathogen? Trends
in Microbiology, v. 18, p. 189-194, 2010.

SCHULER, T.H.; POPPY, G.M.; KERRY, B.R.; DENHOLM, I. Insect-resis-


tant transgenic plants. Trends in Biotechnology. v. 16, p. 168-175, 1998.

SILVA FILHA, M.H.N.L.; BERRY, B.; REGIS, L. Lysinibacillus sphaericus:


Toxins and mode of action, applications for mosquito control and resistance
Modos de agáo dos inseticidas comerciais 231

management. Advances in Insect Physiology, v. 47, p. 89-176, 2014.

SILVER, K.; DONG, K.; ZHOROV, B.S. Molecular mechanism of action


and selectivity of sodium channel blocker insecticides. Current Medicinal
Chemistry, v. 24, p. 2912-2924, 2017.

SILVER, K.S.; DU, Y.; NOMURA, Y.; OLIVEIRA, E.E.; SALGADO,


V.L.; ZHOROV, B.S.; DONG, K. Voltage-gated sodium channels as insecti-
cide targets. Advances in Insect Physiology. v. 46, p. 389-433, 2014.

SILVER. K.S.; NOMURA, Y.; SALGADO, V.L.; DONG, K. Role of the


sixth transmembrane segment of domain IV of the cockroach sodium channel
in the action of sodium channel blocker insecticides. Neurotoxicology, v. 30,
p. 613-621, 2009.

SMAGGHE, G.; GOMEZ, L.E.; DHADIALLA, T.S. Bisacylhydrazine insec-


ticides for selective pest control. Advances in Insect Physiology. v. 43, p.
163-249, 2012.

SMAGGHE, G.; SWEVERS, L. Cell-based screening systems forinsecticides,


In: ISHAAYA, I; PALLI, S.R.; HOROWITZ, A.R. (Eds.). Advanced Techno-
logies for Managing Insect Pests. Netherlands: Springer, 2013. pp. 107-134.

SOIN, T.; DE GEYTER, E.: MOSALLANEJAD, H.; IGA, M.; MARTIN, D.:
OZAKI, S.: SMAGGHE, G.; SWEVERS, L. Assessment of species specificity
of moulting accelerating compounds in Lepidoptera: comparison of activity
between Bombyx mori and Spodoptera littoralis by in vitro reporter and in vivo
toxicity assays. Pest Management Science, v. 66, p. 526-535, 2010.

SPARKS, T.C. Insecticide discovery: an evaluation and analysis. Pesticide


Biochemistry and Physiology, v. 107, p. 8-17, 2013.

SPARKS, T.C.: LORSBACH, B.A. Agrochemical discovery-building the next


generation of insect control agents. In: GROSS, A.D.; OZOE, Y.; COATS, J.R.
(Eds.). Advances in Agrochemicals: lon Channels and G Protein-Coupled
Receptors (GPCRs) as Targets for Pest Control. ACS Symposium Series;
American Chemical Society, 2017. pp. 1-17.

SPARKS, T.C.; NAUEN, R. IRAC: Mode of action classification and insecti-


cide resistance management. Pesticide Biochemistry and Physiology, v. 121,
p- 122-128, 2015.

TAYLOR-WELLS, J.; GROSS, A. D.; JIANG, S.; DEMARES, F.; CLE-


MENTS, J. S.; CARLIER, P. R.; BLOOMQUIST, J.R. Toxicity, mode of
232 D.R. Barilli et al.

action, and synergist potential of flonicamid against mosquitoes. Pesticide


Biochemistry and Physiology, v. 151, p. 3-9, 2018.

TERADA, H. Uncouplers of oxidative phosphorylation. Environmental


Health Perspectives, v. 87, p. 213-218, 1990,

VAN LEEUWEN, T.; DEMAEGHT, P.; OSBORNE, E.J.; DERMAUW, W.;


GOHLKE, S.; NAUEN, R.; MIODRAG, G.; LUC, T.; HANS, M.; CLARK,
R.M. Population bulk segregant mapping uncovers resistance mutations and
the mode of action of a chitin synthesis inhibitor in arthropods. Proceedings of
the National Academy of Sciences of the United States of. America, v. 109,
p. 4407-4412, 2012.
VON STEIN, R.T.; SODERLUND, D.M. Role of the local anesthetic receptor
in the state-dependent inhibition of voltage-gated sodium channels by the insec-
ticide meta-flumizone. Molecular Pharmacology, v. 81, p. 366-374, 2012.

WARE, G.W.; WHITACRE, D.M. An introduction to insecticides. In: WARE,


G.W. (Ed.). The pesticide book, Willoughby: Meister, 2004. Disponivel em:
<https://ipmworld.umn.edu/ware-intro-insecticides> Acesso em: 24 de abril
de 2019.

WOLSTENHOLME, A.J. Recent progress in understanding the interaction


between avermectins and ligand-gated ion channels: putting the pests to sleep.
Invertebrate Neuroscience, y. 10, p. 5-10, 2010.

YU, H.L.; LI, Y.H.; WU, K.M. Risk assessment and ecological effects of trans-
genic Bacillus thuringiensis crops on non-target organisms. Journal of Inte-
grative Plant Biology, v. 53, p. 520-538, 2011.

ZANETTI, R.; ZANUNCIO, J.C.; SANTOS, J.C.; DA SILVA, W.L.P.; RIBEI-


RO, G. T.; LEMES, P.G. An overview of integrated management of leaf-cut-
ting ants (Hymenoptera: Formicidae) in Brazilian forest plantations. Forests,
v. 5, p. 439-454, 2014,

ZHANG, J.; KHAN, S.A.; HECKEL, D.G.; BOCK, R, Next-generation insect-


-resistant plants: RNAi-mediated crop protection. Trends in Biotechnology,
v, 35, p. 871-882, 2017.
ZHANG, Y.; LORSBACH, B.A.; CASTETTER, S.; LAMBERT, W. T.; KIS-
TER, J.; WANG, N. X.; KLITTICH, J.R.; ROTH, J.; SPARKS, T.C.; LOSO,
M.R. Physicochemical property guidelines for modern agrochemicals. Pest
Management Science, v. 74, p. 1979-1991, 2018.

View publication stats

Você também pode gostar