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Entrevista
Capa desta edição Ano 1 - N° 13 - 11 de Julho de 2007
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THIAGO BERNARDES
Quem somos
thiago_imortal@yahoo.com.br
Estudos Espíritas
Curitiba, Paraná (Brasil)
Biblioteca Virtual
Na entrevista que se segue, Dr. Gamarra nos fala sobre a Homeopatia, ciência
fundada por Christian Friedrich Samuel Hahnemann (Meissen, Saxônia, 1755 -
Paris 1843), e o que existe de comum entre ela e os princípios espíritas.
Nós somos, cada um de nós, um todo indivisível, que reage a estímulos, como
por exemplo, à luz do raio solar, a trovoadas, à neve, à umidade, ou vento
etc., com uma particularidade que é a que tem cada indivíduo de reagir a seu
próprio modo. Nesta reação, que surge na experiência do homem sadio, nós
verificamos então a susceptibilidade (de que maneira essa pessoa adoece), a
tendência mórbida (em que sentido se processa a doença), o modo como esse
indivíduo é pressionado a ponto de apresentar uma série de sintomas. A
Homeopatia é um ponto de vista, é uma idéia que atravessa o tempo, desde
Hipócrates até Hahnemann e dele até os nossos dias. É uma compreensão
diferente do homem, caracterizando-se fundamentalmente por considerar os
aspectos morais do ser humano, o seu comportamento, as suas atitudes, os
aspectos através dos quais o homem pode adoecer.
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Ele lançou sua informação em 1796, ano que nós consideramos como o de
fundação da Homeopatia. Hahnemann, em 1805, em seus "Escritos menores",
utiliza pela primeira vez o termo psicologia experimental. Pode-se dizer que ele
a criou, embora ainda não tenha sido reconhecido. Será certamente, no futuro,
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Dr. Gamarra – A experiência no homem sadio faz com que a Homeopatia seja
completamente diferente da medicina que nós compreendemos nos bancos
escolares, embora já tenhamos hoje, como médicos, o conceito da
individualidade, do ser indivisível e, também, uma noção aprofundada do ponto
de vista da psicossomática, em muitos aspectos, pelas diversas escolas. Todos
temos hoje uma noção de susceptibilidade, por exemplo, à infecção, às
bactérias, aos vírus. Na Homeopatia nós compreendemos que cada criatura faz
a sua própria doença, sendo o homem o herdeiro de si mesmo, de acordo com
seus sentimentos, seus pensamentos, sua maneira de agir, de sentir, de
compreender a vida e que levaria à sua doença. "Cure-se o semelhante pelo
semelhante", como disse Hahnemann, e então ela difere fundamentalmente da
medicina alopática. Mas hoje nós consideramos que não deve haver divisão na
medicina. A Homeopatia, como a alopatia, como os outros métodos de
caminhos terapêuticos, visam todos ao objetivo maior da Medicina, que é um
só. Essa divisão não deve, portanto, existir. Mas existem certamente aqueles
que não compreendem o que é a Homeopatia.
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Dr. Gamarra – De certa forma, nós entendemos que a doença está no bojo
do Espírito, está na escolha que ele faz de sua vida, de como ele quer ser, de
como se comporta diante da lei. A causa da enfermidade está em nós, não fora
de nós. Nós somos herdeiros de nosso destino e de nossa condição psicológica.
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Dr. Gamarra – Creio que com o que expusemos até agora ficou claro que a
Homeopatia se preocupa com a humanidade, com o ser humano. Ela faz o
possível para tornar cada homem melhor. Ela não é uma medicina que se
preocupa com o diabetes, com a hipertensão, com a bronquite. Ela se
preocupa com o homem portador da hipertensão, da úlcera, da bronquite. É
esse homem que deve ser tratado, condicionado a se tornar um homem
pacífico, esclarecido, que aproveite suas potencialidades, que se torne melhor
como ser vivo. Dizia Hahnemann que o médico homeopata que não tivesse
condição moral não curaria ninguém. Hahnemann era deísta, ele tudo pedia a
Deus. Muitos médicos homeopatas, obviamente, não precisam ser deístas; não
obstante, ele, Deus, é o autor e a causa de nossa vida.
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Dr. Gamarra – É porque o amor não está em nossas almas que a medicina
não atinge a todas as camadas da população. Quando atingimos o sucesso e a
vaidade nos assola, deixamos de cumprir a tarefa de curar, de prescrever em
favor dos que sofrem, seja quem for e como for.
Aquele que nos oferta a possibilidade de tratá-lo, esse é o nosso real benfeitor.
Nós apenas cumprimos a tarefa pela qual viemos para cá. Nós não podemos
deixar de atender a quem quer que seja, não porque o paciente represente um
ganho, mas porque ele é uma alma habitando um corpo. Estamos fracassando
quando deixamos de atender ao nosso irmão menos feliz, aquele que muitas
vezes não pode ter o pão de todos os dias na mesa. Estamos fracassando na
missão de transmitir amor.
O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita
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