Você está na página 1de 55

ÁGUAS RESIDUÁRIAS I

PROFESSORA: Lorena Dornelas Marsolla


Mestre em engenharia ambiental
Doutoranda em engenharia ambiental

E-mail: lorena.marsolla@faesa.br
Tratamento de lodo
Subprodutos gerados no tratamento de esgoto

 Material gradeado
 Areia
 Escuma
 Lodo primário
 Lodo secundário
Subprodutos gerados no tratamento de
esgoto

 Material gradeado – tratamento preliminar

 Areia - tratamento preliminar

 Escuma – variável no processo, pode ou não ocorrer

 Lodo primário – tratamento que possuem etapa de


tratamento primário (decantação primária)

 Lodo secundário – tratamento biológico


Subproduto sólido, origem e descrição
Subproduto sólido, origem e descrição
Subproduto sólido, origem e descrição
Subproduto sólido, origem e descrição
Relação entre teores de sólidos, concentração e
vazão do lodo

Água do lodo dividida em quatro classes distintas, de acordo


com a facilidade de separação:
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO

1. Adensamento: redução de umidade (redução de volume)

2. Estabilização: redução de matéria orgânica (redução de


sólidos voláteis)

3. Desidratação: redução adicional de umidade (redução de


volume);

4. Higienização: remoção patogênicos

5. Disposição final: destinação final dos subprodutos.


1. ADENSAMENTO DE LODO
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
1. Adensamento

1. Gravidade: estrutura similar a decantadores, formato circular,


saída de lodo pelo fundo e sobrenadante pela periferia.

Lodo adensado segue para etapas seguintes e sobrenadante retorna


a ETE Mais utilizado, com bons resultados.

2. Flotação por ar dissolvido: introdução de ar (ar dissolvido) e


ocorre despressurização e ar dissolvido libera em formato de bolhas,
carreamento de partículas de lodo.

Bom uso no lodo ativado.


ADENSADOR POR
GRAVIDADE
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
1. Adensamento

3. Adensamento mecânico
 Redução da quantidade de umidade por processo mecânico
de rotação
 Pode utilizar sistema de rotação (centrifuga) ou prensa.
 Utilizado para lodo ativado
CENTRÍFUGA
FILTRO PRENSA
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
Lodo rico em organismos patogênicos, facilmente putrescível e
rapidamente desenvolve odores.

Objetivo:
 Reduzir seu conteúdo em microrganismos patogênicos.
 Inibir, reduzir ou eliminar o potencial de putrefação do lodo e,
consequentemente, seu potencial de produção de odores.
 O lodo resultante dos sistemas de tratamento biológico de esgotos é
constituído em boa parte por bactérias vivas
 lodo é, portanto, matéria-prima para os processos de tratamento
biológico de esgotos e seu excesso passa a ser considerado um resíduo,
que dependem da tecnologia do sistema de tratamento de esgotos
empregado e de sua operação.
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
Processos de estabilização do lodo:
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
1. Estabilização biológica
Na estabilização biológica, são utilizados os mecanismos naturais de
biodegradação que transformam a parte mais putrescível do lodo.
As vias podem ser anaeróbia ou aeróbia, sendo os principais processos:
 Digestão anaeróbia.
 Digestão aeróbia.
A estabilização do lodo facilita sua disposição final, tendo alternativas para
reuso (uso agrícola).
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
1. Estabilização biológica
1.1 Digestão anaeróbia
O processo consiste na solubilização e redução de substâncias orgânicas
complexas pela ação de microrganismos, na ausência de oxigênio.
O lodo é colocado em digestores, normalmente tanques de concreto, e a
biodegradação anaeróbia leva à produção de metano, dióxido de carbono,
alguns outros gases e lodo estabilizado
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
1. Estabilização biológica
1.2. Digestão aeróbia
O mecanismo da estabilização é a biodegradação de componentes
orgânicos pelos microrganismos aeróbios.
ação microbiológica oxida a matéria orgânica, por meio de um aporte de
oxigênio nos digestores abertos.

O digestor recebe o lodo excedente


do tratamento e com auxilio do
Aerador Submerso ativará
os microrganismos que irão agir na
minimização de carga orgânica
presente no efluente.
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
2. Estabilização Química
são adicionados ao lodo produtos para oxidar a matéria orgânica.
O tratamento químico mais utilizado é a via alcalina, em que uma
base, normalmente a cal, é misturada ao lodo, elevando seu pH e
destruindo a maior parte dos microrganismos patogênicos.
O uso de outros produtos químicos: cloro, peróxido de hidrogênio e
permanganato de potássio.
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
3. Estabilização Térmica
O aquecimento do lodo é realizado em temperaturas que variam de 160-
210 ° C.
forma de estabilização devido à eliminação térmica dos patógenos e ao
bloqueio dos odores emanados pelo lodo.
O lodo é esterilizado, praticamente desodorizado e aumentando
significativamente a sua capacidade de desidratação.
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
2. Estabilização do Lodo
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
3. DESIDRATAÇÃO DO LODO
A desidratação ou desaguamento do lodo há remoção da umidade que
tem por objetivo:
 Redução do custo de transporte para disposição final,
 Melhoria do manejo do lodo,
 Redução de volume para disposição em aterro ou reuso agrícola,
 Diminuição da produção de lixiviados.

Processo feito por meio:


• Natural: percolação ou evaporação, demanda tempo.
• Mecânico: operações que utiliza maquinário.
Processo de filtração, compactação ou centrifugação.
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
3. DESIDRATAÇÃO DO LODO
PROCESSO NATURAL
a) Leito de Secagem
Técnica antiga e bem empregada,
Uso de tanque de alvenaria com sistema de drenagem (captação do liquido)
Parte do líquido evapora e percola para a rede de drenagem.
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
3. DESIDRATAÇÃO DO LODO
PROCESSO NATURAL
a) Leito de Secagem
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
3. DESIDRATAÇÃO DO LODO
PROCESSO NATURAL
a) Leito de Secagem
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
3. DESIDRATAÇÃO DO LODO
PROCESSO NATURAL
a) Centrifugas e filtros prensa
 Separação sólido e líquido
 Equipamento que podem ser utilizados indistintamente para
adensamento e desaguamento do lodo.
 Principio de operação da centrifuga permanece o mesmo, sendo possível
centrifugas em série, a primeira para adensamento do lodo e a segunda
para desaguamento.

 Centrifugas com eixo vertical ou horizontal


Centrífuga
Filtro prensa esteira
Bag geotêxtil
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
4. HIGIENIZAÇÃO
Garantir um baixo nível de patogenicidade no solo, que não venha causar
riscos
Pode ocorrer por processo de:
 Compostagem
 Caleação
 Pasteurização
 Secagem térmica
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
4. HIGIENIZAÇÃO
1. Compostagem
A compostagem pode ser definida como uma oxidação aeróbia exotérmica
de um substrato orgânico, no estado sólido.
Processo: produção de CO2, água, liberação de substâncias minerais e
formação de matéria orgânica estável.
Realizada em meio sólido
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
4. HIGIENIZAÇÃO
1. Compostagem
BIOSFERA Lodo de Esgoto
https://www.youtube.com/watch?v
=V2sXjJTKnh4
Ciência Sem Limites | Compostagem com
lodo de esgoto
https://www.youtube.com/watch?v
=a_-w_ALoD4c
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
4. HIGIENIZAÇÃO
2. Caleação
Adição de cal,
Aumento do pH para 12 resultando na redução da população de
microrganismos e o potencial de ocorrência de odores.

3. Pasteurização
Aquecimento do lodo a 70ºC por 30 minutos, seguindo de rápida
refrigeração a 4ºC.
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
5. DISPOSIÇÃO FINAL
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
5. DISPOSIÇÃO FINAL
ETAPAS PRATAMENTO DE LODO DE ESGOTO
5. DISPOSIÇÃO FINAL
TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DO LODO
TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DO LODO
Referência bibliográfica:
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos, 3ª ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais, 2005.

VON SPERLING, M. Lodo de esgoto: tratamento e disposição final, 3ª ed, vol. 6.


Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental;
Universidade Federal de Minas Gerais, 2005.

https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/processos-tecnologias-tratar-
lodo/

http://www.finep.gov.br/apoio-e-financiamento-externa/historico-de-
programa/prosab/produtos

Você também pode gostar