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Curso: Licenciatura em Pedagogia/Semestre: 2022.

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Disciplina: Currículo
Período: 14/03/2022 a 25/04/2022
Professora: Cleomar Lima Pereira
Aluna: GRACIOMAR RIBEIRO BOTELHO – Polo: SLZ

Atividade Avaliativa Unidade 4

Caros (as) discentes,

A formação de professores e o planejamento curricular foram os conteúdos que


conduziram nossas reflexões na quarta unidade. Com base nos estudos
proporcionados com a leitura dos textos, a aula online e o vídeo que apresenta os sete
saberes (MORIN) responda as questões abaixo:

1. O pensamento complexo de Edgar Morin apresentado nos setes saberes para a


educação do futuro coloca questões importantes a serem pensadas nos diferentes
currículos educacionais. Escolha um desses saberes e desenvolva contextualizando
com a prática escolar.

2. Sacristán referenciado por Cunha (2011) também discorre sobre a complexidade


que envolve os processos curriculares (CUNHA, 2011) que ocorre desde a elaboração
de políticas educativas até a formação dos educadores. Como práxis, o currículo deve
seguir alguns princípios. Discorre sobre esses princípios.
1ª Segundo Morin, o grande paradigma do Ocidente, responsável em
separar elementos como sujeito e objeto, alma e corpo, existência e essência,
precisa ser desobedecido e refutado, para que o pensamento alce voos mais
livres e polifônicos. Precisamos reaprender a rejuntar a parte e o todo, o texto e
o contexto, o global e o planetário, e o enfrentar os paradoxos que o
desenvolvimento tecnoeconômico trouxe consigo. Se o século 20 acabou por
consagrar uma forma de desenvolvimento que, a cada dia, vai se
demonstrando insustentável, é forçoso reconhecer que novas formas de
solidariedade e responsabilidade se manifestam, estimulando a diversidade.
Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin, constituem eixos e,
ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem
educação. Dentre os sete, todos importantes, gostaria de destacar o A ÉTICA
DO GÊNERO HUMANO.
Partindo da premissa de que o modelo tradicional de educação não está
sendo capaz de acompanhar satisfatoriamente os dilemas e anseios da
sociedade contemporânea, MORIN, procurado pela UNESCO, foi responsável
por apresentar um estudo importante com novas diretrizes para a educação,
contribuindo para o delineamento de um matiz transdisciplinar (MORIN, 2003).
Em suas pesquisas MORIN observou que para as peculiaridades de cada
sociedade e de cada cultura, a educação do futuro deve no intuito de afastar-se
da tonalidade hermética que ora a reveste, orientar-se dos sete saberes
indispensáveis, entre eles esse sétimo: orientação à ética do gênero humano,
também denominada como condução à antropoética (MORIN, 2003).
Morin (2003, p. 111) salienta, “o cidadão perde o direito ao conhecimento.
Tem o direito de adquirir saber especializado ao fazer estudos, mas é
despojado na qualidade de cidadão, de qualquer ponto de vista global e
pertinente”, condição que, segundo complementa, afeta sobremaneira o campo
social. Por este viés, a essência do sétimo saber, qual seja a consideração
antropoética ou ética do gênero humano, é precisamente a de conferir, por
meio de uma abordagem antropológica, um caráter transdisciplinar à educação
do futuro, cuja finalidade é promover o ser humano na sua integralidade
enquanto parte integrante da sociedade, compreendendo-o, assim, como
indivíduo/sociedade/espécie (MORIN, 2003, p.105).
Isto posto, com o propósito de alcançar um aprimoramento da humanidade,
ou seja, uma “humanização da humanidade” (MORIN, 2003, p. 106), a ética
não deve ser ensinada como uma disciplina pronta, mas propiciar ao homem,
de acordo com as características da sociedade em que se está inserido,
condições de conscientização sobre os valores necessários à convivência
civilizada, como a solidariedade e a compreensão na interação com seus
semelhantes, haja vista que a relação indivíduo sociedade pressupõe a
existência de um espaço para as diferenças, caracterizando o sentido político
da convivência e da sobrevivência da espécie humana, onde as liberdades
individuais implicam responsabilidade e alteridade (MORIN, 2003).
2ª Segundo Sacristã (2013), na língua portuguesa a palavra currículo ganha
um novo olhar, a mesma pode ser conceituada, primeiro como curriculum vitae,
neste, tem-se a descrição e a valorização do percurso da vida profissional, a
soma dos êxitos alcançados durante o trabalho. Porém, o currículo não diz
respeito apenas a uma relação de conteúdos, mas envolve também: “questões
de poder, tanto nas relações professor/aluno e administrador/professor, quanto
em todas as relações que permeiam o cotidiano da escola e fora dela, ou seja,
envolve relações de classes sociais (classe dominante/classe dominada) e
questões raciais, étnicas e de gênero, não se restringindo a uma questão de
conteúdos”. (HORNBURG e SILVA, 2007, p.1). Também, poderia
complementar com VEIGA quando o mesmo diz: “Currículo é uma construção
social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que
esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente
produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e
assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção
coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.”
(VEIGA, 2002, p.7)
Mas, dando um enfoque maior aos seis princípios do Currículo: Uma escola
que também aprende; O currículo como espaço de cultura; As competências
como referência; Prioridade para a competência da leitura e escrita; Articulação
das competências para aprender; Articulação com o mundo do trabalho. Onde
veremos A Leitura e a escrita como compromisso de todas as áreas;
entenderemos por que todas as disciplinas devem promover o trabalho com a
leitura e a escrita. E devemos por isso em prática!
Também é muito importante e necessário um enfoque sobre as Concepções de
leitura e Como costumam serem propostas as atividades de leitura para os
alunos em sala de aula.
Ter fundamentos sobre as Práticas relatadas por professores de Leitura
silenciosos do aluno, grifando as palavras desconhecidas; Leitura silenciosa,
resposta às questões propostas e correção coletiva das questões; Leitura oral
coletiva (cada aluno lê um trecho) sem interrupção; Leitura oral do professor
com paradas para explicação sobre o texto lido; Leitura compartilhada.
Nunca deixar de praticar A mediação ANTES da leitura, Ativação de
conhecimento prévio, Estabelecimento de objetivos Antecipação/levantamento
de hipóteses. Estimular o aluno sempre.
De forma que, os princípios básicos do currículo nos ajuda muito no
TRABALHO COM LEITURA NA ESCOLA. Pois, UMA SÍNTESE, um trabalho
adequado com leitura, na perspectiva de formação para um exercício mais
pleno da cidadania, deve possibilitar que os alunos confiram sentido ao que
leem e tomar a leitura como situação de interlocução em que sempre há
objetivos e motivações.

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