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Introdução:
Por outro lado, a teoria da justiça social, cujo principal defensor é o filósofo John Rawls,
argumenta que a erradicação da pobreza é uma obrigação moral baseada na busca de
igualdade de oportunidades e na redução das desigualdades socioeconômicas. De acordo com
essa visão, é necessário estabelecer estruturas sociais e políticas que garantam um mínimo de
recursos e condições dignas para todos os membros da sociedade.
Além dessas abordagens, a teoria das capacidades de Amartya Sen enfatiza a importância de
considerar não apenas a renda e os recursos materiais, mas também as capacidades
individuais e as liberdades de cada pessoa. Segundo Sen, a pobreza não é apenas a falta de
bens, mas a privação de oportunidades e a restrição das capacidades humanas. Assim, a
erradicação da pobreza requer não apenas a redistribuição de recursos, mas também o
empoderamento das pessoas para que elas possam desenvolver plenamente seu potencial.
Desenvolvimento:
Apresentação e análise dos argumentos a favor da tese.
Além disso, argumenta-se que a pobreza não é apenas um problema individual, mas uma
questão estrutural e sistêmica. A desigualdade socioeconômica é alimentada por estruturas
políticas, econômicas e sociais que perpetuam a marginalização e a exclusão de determinados
grupos. Portanto, a erradicação da pobreza não pode se limitar apenas a aliviar as condições
imediatas de necessidade, mas deve envolver uma análise crítica dessas estruturas, buscando
transformações profundas e duradouras.
É importante destacar que esses argumentos não são excludentes, mas complementares. A
erradicação da pobreza requer abordagens integradas que considerem tanto os aspectos
materiais quanto os aspectos éticos, políticos e sociais envolvidos. Através de uma análise
crítica e aprofundada desses argumentos, é possível compreender melhor a complexidade da
questão da pobreza e formular estratégias eficazes para sua superação.
Essas são apenas algumas das perspectivas e pontos de vista existentes sobre a erradicação
da pobreza. Cada uma delas traz uma contribuição importante para o debate e pode informar
políticas e estratégias mais eficazes para combater a pobreza de forma sustentável e
abrangente.
Conclusão:
Uma síntese dos pontos discutidos nos leva a concluir que a erradicação da pobreza exige uma
abordagem holística e colaborativa. Não se trata apenas de fornecer assistência financeira,
mas também de promover a autossuficiência, abordar as desigualdades estruturais e
reconhecer a interconexão entre as múltiplas dimensões da pobreza. É necessário um esforço
conjunto envolvendo governos, organizações da sociedade civil, setor privado e comunidades
locais.