Você está na página 1de 3

História Contemporânea III

Prof. Dr. Marcelo Hornos Steffens


Discente: Janine Gabrielle dos Santos
Avaliação Contemporânea III
01)MAZOWER: Análise, contextualizando (como ocorre este processo), o que o autor define
como "a crise do contrato social", refletindo e relacionando este processo (de"crise do
contrato social") ao encolhimento da classe trabalhadora e à emergência de uma nova direita,
racista e anti-imigração (1,0 ponto).
A análise proposta oferece uma visão abrangente das interconexões entre a crise do
contrato social, o declínio da classe trabalhadora e o surgimento de uma nova direita racista e
anti-imigração, fundamentada em tendências sociais e políticas contemporâneas. Em primeiro
lugar, a crise do contrato social é delineada como um fenômeno político, onde um pacto
implícito entre os membros da sociedade, visando a aceitação de regras e autoridades em troca
de benefícios mútuos e proteção, é questionado. Essa crise pode emergir quando a percepção
geral é de que tal acordo não está sendo cumprido de maneira justa, especialmente no que
tange à distribuição equitativa de recursos, oportunidades e poder.
O encolhimento da classe trabalhadora é apontado como um fator relevante, associado
a mudanças econômicas como globalização e automação. Essas transformações podem
resultar na perda de empregos tradicionais e na precarização do trabalho, gerando insegurança
no emprego e estagnação salarial. Esses elementos contribuem para o descontentamento e a
marginalização entre os trabalhadores, exacerbando a crise do contrato social.
A emergência da nova direita racial e anti-imigração é contextualizada como uma
resposta a essas mudanças socioeconômicas. Grupos populistas exploram o descontentamento
da classe trabalhadora, direcionando-o para agendas anti-imigração e nacionalistas. Esse
fenômeno é amplificado por questões identitárias e culturais, resultando em polarização
política e no fortalecimento de movimentos que buscam restringir a imigração e promover
políticas discriminatórias. A contextualização histórica e geográfica é destacada como crucial
para uma análise aprofundada desses fenômenos. As experiências variam entre diferentes
países e regiões, e eventos como a crise financeira global e a migração em massa
desempenham papéis significativos na compreensão dessas dinâmicas.

02)REIS FILHO (Esta questão necessita de reflexão pessoal): Considerando as discussões


realizadas em sala de aula, bem como, outras leituras e debates, construa uma reflexão a partir
da seguinte afirmação do autor: "o socialismo não construiu uma alternativa ética,
convincente, ao capitalismo" (1,25 ponto).

A provocativa afirmação de que "o socialismo não construiu uma alternativa ética,
convincente, ao capitalismo" incita uma análise profunda sobre os desafios éticos enfrentados
pelo socialismo ao longo da história. Ao explorar os sistemas econômicos e políticos, essa
discussão transcende a mera teoria, exigindo uma avaliação cuidadosa da prática.
Primeiramente, é crucial reconhecer a ampla diversidade de experiências associadas ao termo
"socialismo" em escala global. Países autodenominados socialistas ou que adotaram sistemas
socialistas apresentam variações significativas em suas estruturas políticas e econômicas.
Logo, generalizações inadequadas podem negligenciar as nuances específicas dessas
experiências.
No contexto dos desafios éticos enfrentados pelo socialismo real, observamos críticas
frequentes direcionadas às violações dos direitos humanos e à supressão das liberdades
individuais em regimes socialistas. Excessos autoritários, censura e restrições à liberdade de
expressão destacam-se como pontos críticos que contradizem os ideais éticos do socialismo,
como igualdade e justiça social. A presença comum de uma economia planificada em regimes
socialistas também suscita desafios éticos, particularmente relacionados à eficiência e à
motivação. A ausência de incentivos econômicos individuais pode resultar em questões éticas
sobre a produtividade e inovação, levantando dúvidas sobre a realização pessoal e a
recompensa pelo esforço individual.
No entanto, ao considerarmos o capitalismo, notamos críticas éticas igualmente
significativas. A ênfase na competição e busca pelo lucro tem sido associada à desigualdade
econômica, exploração da mão de obra e crises financeiras, apontando para desafios éticos
fundamentais nesse sistema. A crítica de que o socialismo não ofereceu uma alternativa ética
convincente ao capitalismo destaca a necessidade contínua de buscar sistemas que incorporem
valores éticos fundamentais. Esse desafio envolve a reconciliação dos ideais socialistas de
justiça social com mecanismos que respeitem a liberdade individual e incentivem a inovação.
Em última análise, a reflexão sobre essa afirmação sugere que o socialismo, como
ideia, deve adaptar-se e evoluir para enfrentar os desafios éticos ao longo do tempo. Uma
reavaliação das estruturas políticas e econômicas é necessária para garantir que os princípios
éticos sejam incorporados de maneira eficaz. Portanto, a complexidade intrínseca à questão da
ética nos sistemas sociais demanda um diálogo contínuo. A busca por alternativas éticas ao
capitalismo ou ao socialismo exige uma disposição para aprender com as experiências
passadas, visando construir sistemas que promovam valores fundamentais de maneira
equitativa e sustentável.

Você também pode gostar