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1.

Políticas sociais

O livro "As Metamorfoses da Questão Social: uma crônica do salário" de


Roberto Castel, um destacado intelectual francês contemporâneo, oferece uma
análise perspicaz das vicissitudes e das complexidades da questão social. Publicado
no Brasil em 1995, a obra busca compreender a maneira como a questão social foi
historicamente abordada, tanto como política quanto como um dilema moral, no
contexto da formação da "sociedade salarial".
Castel inicia sua obra com a análise do que ele denomina de "comoção recente
que afetou a condição salarial". Ele observa a existência de um grupo significativo de
"supranumerários inempregáveis" - pessoas em todo o mundo que estão
desempregadas e privadas das tradicionais garantias e seguranças sociais. Através
das noções de "desconversão social, desfiliação e dissociação", o autor explora as
transformações na condição assalariada na sociedade moderna, especialmente nos
anos 1960, quando se tornou uma base fundamental da "sociedade salarial".
O autor destaca a importância de compreender a ameaça de fratura que paira
sobre as sociedades contemporâneas, onde temas como precariedade,
vulnerabilidade, exclusão e desfiliação têm surgido como questões centrais. Castel
examina o contexto em que a condição salarial se solidificou na sociedade moderna
e como isso impacta grupos à margem do trabalho e da coesão social. Ele argumenta
que a "questão social", embora já existente antes, surgiu nominalmente pela primeira
vez em 1830, tornando-se fundamental para a sociedade moderna após as revoluções
industrial e francesa.
A obra destaca a importância da interseção entre o mercado e o trabalho no
conceito de Estado social. Castel aponta para a bifurcação diante da qual a sociedade
se encontra - aceitar uma sociedade completamente submetida às demandas da
economia ou construir um Estado social que responda aos novos desafios. Ele
enfatiza a necessidade de uma redefinição do pacto social para o século XXI. A
relação entre a indústria e as condições de vida dos trabalhadores é abordada ao
longo do livro, destacando como a sociedade se organizou para lidar com os desafios
emergentes. Castel enfatiza que a "questão social" atua como um bumerangue,
retornando ao centro da sociedade os problemas suscitados por aqueles que
enfrentam dificuldades nas fronteiras da formação social.
O autor conclui apontando o papel do poder público como a instância que pode
estabelecer "pontes" entre capital e trabalho, buscando construir uma coesão mínima
na sociedade. Embora a análise se baseie na sociedade europeia, a relevância das
questões levantadas por Castel nos convida a aprofundar o estudo do papel do Estado
na abordagem da questão social. Isso inclui a elaboração de políticas públicas para o
bem comum, bem como a construção de uma cultura política fundamentada nos
direitos e na cidadania. Sua obra desafia a sociedade a enfrentar as mudanças em
curso e a redefinir a relação entre mercado, trabalho e proteção social.
O desenvolvimento das políticas sociais ao longo da história está
intrinsecamente ligado a contextos sociopolíticos, econômicos e culturais específicos.
Este capítulo explora a evolução dessas políticas, desde suas origens em sociedades
pré-capitalistas até os desafios contemporâneos. Ao examinar as contribuições de
autores como Pierson, Castel e Oliveira, bem como os marcos históricos,
investigaremos como as políticas sociais surgiram e se transformaram ao longo do
tempo.
Nas sociedades pré-capitalistas, as políticas sociais emergiram
frequentemente como resposta às lutas de classe e movimentos sociais. A
consolidação dos Estados-nação na Europa Ocidental no final do século XIX trouxe à
tona a importância do empoderamento individual e coletivo e dos mecanismos de
participação social na formulação de políticas sociais. Tais políticas buscavam lidar
com riscos vinculados, como acidentes, doenças, desemprego e incapacidade de
trabalho, através de garantias sociais, como destacou Castel (1988).
Nesse cenário, as forças de mercado começaram a assumir responsabilidades
sociais, não apenas visando o bem comum, mas também para manter a ordem social
e conter a vagabundagem. A legislação que antecedeu a Revolução Industrial, como
o Estatuto dos Trabalhadores (1349), o Estatuto dos Artesãos (1563), a Lei dos Pobres
elisabetanas (1531-1601), entre outros, ilustra essa preocupação emergente com os
riscos sociais (BEHRING; BOSCHETTI, 2006).
Oliveira (2014) observou que as análises das políticas sociais frequentemente
se limitam à avaliação de sua eficácia na resolução de problemas sociais,
negligenciando a impossibilidade intrínseca de garantir justiça social e equidade
dentro do sistema capitalista. Isso ressalta a necessidade de aprofundar o estudo das
políticas sociais, considerando as classes sociais, a natureza do capitalismo e suas
estratégias de acumulação. Aqui, o Estado desempenha um papel fundamental ao
regulamentar e implementar essas políticas (BEHRING; BOSCHETTI, 2006).
A formatação dos padrões de proteção social, por meio das políticas sociais,
reflete as múltiplas dimensões da questão social no capitalismo. No entanto, essas
políticas muitas vezes são setorializadas e fragmentadas, buscando enfrentar os
diversos desafios que surgem das relações de exploração do capital sobre o trabalho
(BEHRING; BOSCHETTI, 2006).
As políticas sociais têm sido alvo de discussão ao longo do tempo, e é
importante analisar a sua evolução e os desafios que enfrentam em contextos
cambiantes. Conforme Navarro (1993) ressalta, considerar as políticas sociais como
um mero instrumento astuto da classe capitalista para fortalecer o capitalismo é
incorrer em erro. Essa visão simplista não reconhece a influência da classe
trabalhadora na conquista de direitos sociais no interior do sistema capitalista.
O período de apogeu do Welfare State, também chamado de Estado de Bem-
Estar, ocorreu entre 1945 e 1975, durante os "30 anos gloriosos" (GOUGH, 1982),
quando o Estado capitalista desempenhou um papel central na regulação econômica
e social. O Estado de Bem-Estar recebeu tal nome nesse período, refletindo a sua
emergência como fonte principal de provisão e financiamento do bem-estar social. Tal
apogeu foi uma resposta a mudanças econômicas e políticas, como a depressão dos
anos 30 e a ameaça do comunismo (NAVARRO, 1993).
Entretanto, o modelo de Estado de Bem-Estar entrou em declínio a partir dos
anos 70, impulsionado por mudanças estruturais e forças políticas (NAVARRO, 1993).
A ascensão da "Nova Direita" propagou críticas à intervenção estatal, resultando em
políticas antissociais que enfatizavam o livre mercado e a redução do Estado
(MISHRA, 1990). Isso levou a uma "crise" autoafirmada do Estado de Bem-Estar,
apontando para sua suposta ineficácia, mas negligenciando suas realizações
(NAVARRO, 1993).
O surgimento de um pluralismo de bem-estar, destacando os setores
voluntário, comercial e informal, como alternativa à provisão estatal, trouxe desafios.
Esse pluralismo, inicialmente visto como parceria dos setores com o Estado, acabou
por reduzir as provisões públicas, favorecendo uma modalidade residual de proteção
social (ABRAHAMSON, 1992). No entanto, governos não puderam se esquivar das
questões sociais, levando ao desenvolvimento de "políticas de última geração"
(NAVARRO, 1993), que buscavam corrigir as desigualdades e enfrentar desafios
contemporâneos.
A resistência social e o reconhecimento de novos sujeitos de direitos, como
movimentos feministas, ecológicos e trabalhistas, apontam para a continuidade das
políticas sociais. Ainda que não haja uma corrente unificada que substitua o
paradigma keynesiano, a busca por soluções que promovam justiça e segurança
social permanece. Deve-se evitar a ilusão de que a privatização e o mercado livre
resolverão os problemas sociais, reconhecendo que a proteção social continua
relevante em meio às mudanças contemporâneas (NAVARRO, 1993).
É importante reconhecer que as primeiras iniciativas de política social não
representam uma ruptura completa do Estado Liberal em direção ao Estado Social. A
concessão de alguns direitos não necessariamente coloca em xeque os fundamentos
do capitalismo. As políticas sociais, mesmo ao ampliar direitos, ainda operam dentro
das estruturas do sistema econômico dominante (OLIVEIRA, 2014).
Desde a década de 1980, houve um esforço para delimitar faixas etárias
específicas no contexto do Direito. Surgiram instrumentos legais como o Estatuto da
Criança e do Adolescente (1990), o Estatuto do Idoso (2003) e o Estatuto da
Juventude (2013), refletindo um desejo de atender às necessidades de diferentes
grupos etários.
Contudo, os desafios atuais requerem uma abordagem mais abrangente.
Ampliar os direitos e a cobertura das políticas sociais exige um compromisso coletivo
com a emancipação política e humana. Esse processo não apenas melhora as
condições de vida e trabalho das maiorias, mas também envolve a mobilização da
sociedade, a socialização da política e a organização dos atores políticos (BEHRING;
BOSCHETTI, 2006).
A trajetória das políticas sociais reflete a evolução das sociedades e a busca
por soluções diante das mudanças históricas, sociais e econômicas. A análise crítica
dessas políticas nos lembra que a luta pela justiça social é contínua e que as políticas
sociais, mesmo com suas transformações, operam dentro dos limites impostos pelo
sistema capitalista. O reconhecimento dos desafios contemporâneos e a busca por
soluções mais inclusivas e equitativas são essenciais para avançar em direção a uma
sociedade mais justa e igualitária.
2. Juventude

Ao longo dos últimos anos, houve uma crescente atenção aos jovens por meio
de diversos estudos com abordagens variadas. Esse interesse na investigação das
formas de vida e características relacionadas à juventude expandiu-se
significativamente, transcendendo os limites acadêmicos. A década de 1990 marcou
um aumento substancial no interesse pela temática da juventude, impulsionado pelo
envolvimento de acadêmicos, instituições governamentais, organizações não
governamentais e meios de comunicação (ABRAMO, 1997). Esse interesse tem
persistido até os dias atuais, conforme observado por Abramovay e Esteves (2007),
que destacam a visibilidade crescente da juventude no Brasil nas últimas duas
décadas, resultado da interseção de diversos domínios sociais e atores.
Abramo (2008) também aponta para a importância dada à juventude, notando
que o termo se tornou proeminente nos discursos e agendas políticas. Entretanto,
apesar desse interesse, a definição precisa do conceito de juventude continua a ser
um desafio. A caracterização dos jovens e o entendimento da juventude são questões
complexas, uma vez que múltiplas perspectivas emergem dos pesquisadores, dada a
variedade de situações, experiências e identidades sociais (ABRAMOVAY; CASTRO,
2006).
A complexidade na definição da juventude é compartilhada por vários
estudiosos. Groppo (2000) observa que a sociologia da juventude tem lutado para
definir e conceituar a juventude de maneira precisa, destacando dois critérios
norteadores, o etário e o sociocultural. A diversidade de sentidos associados à
juventude também é enfatizada por diversos autores (ABRAMO, 2008; FRIGOTTO,
2004; PERALVA, 1997; SPOSITO, 2003), que argumentam pela necessidade de uma
abordagem plural, enfatizando as "juventudes" em vez de uma juventude única e
homogênea.
A proposta de Groppo (2000) de entender a juventude como uma categoria
social, moldada por representações simbólicas e experiências particulares, oferece
uma alternativa à definição restrita baseada somente na idade. Essa visão busca
evitar a limitação da juventude a um grupo coeso e rígido, enquanto a perspectiva de
Abromavay e Castro (2006) sugere que a juventude seja entendida como um período
de transição da infância para a vida adulta, caracterizado por transformações
biológicas, psicológicas, sociais e culturais.
Ao longo do tempo, a conceituação do termo "juventude" passou por diversas
transformações, refletindo as mudanças sociais, políticas e culturais ocorridas na
sociedade brasileira. A compreensão desse conceito não é estática, sendo moldada
por diferentes abordagens e contextos históricos específicos. Segundo diversos
autores, a necessidade de romper com representações tradicionais sobre a juventude
é fundamental para uma compreensão mais profunda dessa categoria social.
No Brasil, a busca por definir a juventude tem sido um esforço analítico
realizado por pesquisadores de diversas áreas das ciências humanas e sociais.
Autores como Diógenes (2009), Sposito e Carrano (2003), Sposito (2010), Takeiti
(2011) e Souza e Paiva (2012) se dedicaram a explorar essa temática, levando em
consideração os cenários empíricos e temáticas variadas que caracterizam a
sociedade brasileira.
Uma ideia que emerge das análises é que não existe uma única definição que
caracterize e delimite o grupo geracional dos jovens. A juventude é uma categoria
social em constante construção, influenciada por contextos históricos e sociais
específicos. Souza e Paiva (2012) observam que diferentes juventudes coexistem,
cada uma destacando-se no imaginário social por múltiplas referências da sociedade.
Gonzales e Guaresch (2008) apontam que as concepções de juventude são
sempre políticas e estão enraizadas em contextos históricos e sociais. Cada época
produz sua própria visão hegemônica da juventude, que reflete os modos de vida
predominantes naquele momento. Nas décadas de 1960, os jovens eram vistos como
o "futuro", enquanto no final da década de 1960 eles se tornaram "revolucionários". Já
na segunda metade dos anos 1980, foram percebidos como "problema" devido à crise
econômica. Cada noção de juventude é moldada pelas forças situadas em contextos
históricos e culturais específicos.
Essa compreensão em evolução da juventude no Brasil conduziu a uma visão
plural e heterogênea da categoria, destacando sua construção como agente social
com papéis específicos. Políticas públicas voltadas para a juventude foram
implementadas ao longo do tempo, refletindo as demandas de diferentes momentos
históricos. O Estatuto da Juventude, por exemplo, promulgado em 2013, reconheceu
os direitos dos jovens como um marco legal.
As manifestações de junho de 2013 foram um marco significativo na percepção
da juventude brasileira. Iniciadas em São Paulo, as manifestações se espalharam
para várias cidades e abordaram uma série de problemas urbanos, incluindo o custo
do transporte público, a corrupção e a qualidade dos serviços públicos. A insatisfação
com os canais institucionais de participação e a demonização da política pela mídia
desencadearam o movimento, embora muitas das reivindicações tenham sido
inicialmente centradas em pautas anticorrupção.
Essa insatisfação ampla com a política e a necessidade de mudanças nos
sistemas institucionais apontam para a complexidade da juventude no Brasil, uma
categoria social que é fortemente influenciada por fatores políticos, econômicos e
culturais em constante evolução. A análise da juventude ao longo do tempo revela a
importância de considerar as múltiplas perspectivas, bem como os contextos
específicos em que essas perspectivas surgem e se transformam.
Em resumo, a evolução do conceito de juventude ao longo do tempo demonstra
uma busca por compreender a complexidade dessa fase da vida. As tentativas de
definição são marcadas pela diversidade de perspectivas e pela necessidade de
considerar não apenas os aspectos etários, mas também os contextos culturais,
sociais e simbólicos que moldam as experiências dos jovens.

3. Principais Marcos da Política de Juventude no Brasil

O "Ano das Juventudes" é um marco importante na história do Brasil,


particularmente em relação ao reconhecimento e valorização da população jovem.
Instituído em 1985, durante o governo de José Sarney, esse período teve como
objetivo central direcionar atenção e políticas públicas específicas para os jovens do
país. O Ano das Juventudes foi uma resposta às demandas crescentes dos
movimentos juvenis que emergiram nas décadas anteriores, especialmente durante o
período da ditadura militar.
Durante o Ano das Juventudes, uma série de atividades, eventos e debates
foram organizados para promover o diálogo e a reflexão sobre as questões que
afetavam os jovens brasileiros. Isso incluiu discussões sobre educação, trabalho,
participação política, cultura e outros temas relevantes para a juventude. Além disso,
o governo buscou incentivar projetos e políticas que atendessem às necessidades e
aspirações dos jovens, visando proporcionar melhores condições de vida e
oportunidades para essa parcela da população.
Esse período também testemunhou um aumento da mobilização política e
social entre os jovens, com muitos deles se engajando em movimentos sociais,
organizações estudantis e outras formas de ativismo. A celebração do Ano das
Juventudes não apenas estimulou a conscientização sobre os desafios enfrentados
pelos jovens, mas também promoveu a ideia de que eles são agentes ativos de
mudança e transformação na sociedade.
É importante destacar que o Ano das Juventudes não foi apenas um momento
isolado, mas sim um reflexo das mudanças sociais e políticas em curso no Brasil e em
outros lugares. Embora as iniciativas concretas resultantes desse período possam ter
variado, ele deixou um legado ao chamar a atenção para as necessidades e direitos
dos jovens, influenciando o desenvolvimento posterior de políticas e programas
voltados para essa população.
A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, mais conhecida como Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), representa um marco legislativo significativo no
Brasil, estabelecendo os direitos e garantias fundamentais das crianças e dos
adolescentes. O ECA foi criado para assegurar a proteção integral desses grupos em
consonância com os princípios da Constituição Federal de 1988 e com as diretrizes
estabelecidas pela Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, ratificada
pelo Brasil em 1990.
O Estatuto da Criança e do Adolescente representa uma ruptura com a
abordagem anterior, que considerava apenas as crianças como objetos de assistência
e proteção. Com a promulgação do ECA, a visão de crianças e adolescentes como
sujeitos de direitos passou a ser o cerne da legislação, estabelecendo uma ampla
gama de direitos e garantias nas áreas de saúde, educação, lazer, convivência familiar
e comunitária, entre outros.
Além disso, o ECA também regulamenta a responsabilidade do Estado, da
família, da sociedade e das instituições em relação à promoção e defesa dos direitos
da criança e do adolescente. O estatuto também prevê medidas protetivas e
socioeducativas para os casos em que os direitos desses grupos são violados,
visando ao seu desenvolvimento saudável e à sua inserção plena na sociedade.
Ao longo dos anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente tem sido uma
ferramenta fundamental na promoção dos direitos infantojuvenis no Brasil,
influenciando políticas públicas, programas e ações voltados para essa população.
Sua abordagem integrada e abrangente busca criar um ambiente seguro e propício
para o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes, bem
como para sua participação ativa na sociedade.
A Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005, é uma importante legislação que
trouxe alterações significativas ao Código Civil Brasileiro no que diz respeito ao
instituto da adoção. Com essa lei, foi introduzida a figura da "adoção à brasileira" no
ordenamento jurídico brasileiro, possibilitando que crianças e adolescentes
convivessem com famílias que já estavam estabelecidas de maneira informal, mesmo
sem a adoção oficializada perante a justiça.
Antes da promulgação da Lei nº 11.129/2005, a adoção no Brasil seguia
procedimentos mais burocráticos e complexos, muitas vezes resultando em longos
períodos de espera para crianças e pretendentes. A nova legislação buscou
desburocratizar esse processo, permitindo que famílias que já tinham um convívio
afetivo com a criança ou adolescente pudessem formalizar legalmente essa relação.
No entanto, é importante ressaltar que a "adoção à brasileira" não elimina a
necessidade de seguir os trâmites legais e assegurar o melhor interesse da criança
ou adolescente. A lei estabelece que mesmo nas situações em que a criança já
convive com a família, é indispensável que o processo de adoção seja acompanhado
e aprovado pelo Poder Judiciário, garantindo a proteção dos direitos da criança e do
adolescente e a segurança jurídica da nova relação familiar.
A Lei nº 11.129/2005 representou, portanto, um passo importante no sentido de
facilitar e agilizar o processo de adoção, dando prioridade ao bem-estar dos menores
e à celeridade do sistema jurídico. No entanto, é fundamental que todas as etapas
desse processo sejam devidamente cumpridas, a fim de garantir que as crianças e
adolescentes tenham um ambiente seguro e saudável para o seu desenvolvimento.
A Emenda Constitucional nº 65, promulgada em 13 de julho de 2010,
representou um marco significativo no reconhecimento e na proteção dos direitos das
crianças e adolescentes no Brasil. Essa emenda trouxe alterações importantes ao
texto da Constituição Federal de 1988, especialmente no que diz respeito à
exploração do trabalho infantil.
Uma das principais mudanças introduzidas pela Emenda Constitucional nº 65
foi a elevação da idade mínima para o trabalho, com o intuito de coibir a exploração
laboral precoce. Antes da emenda, a Constituição permitia o trabalho a partir dos 14
anos, desde que na condição de aprendiz. Com a alteração, o trabalho passou a ser
proibido para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos.
Além disso, a emenda também trouxe mudanças no entendimento do trabalho
infantil, deixando clara a prioridade da proteção integral da criança e do adolescente,
assegurando seu direito à educação, saúde, lazer e convivência familiar. Essa
mudança refletiu a evolução da sociedade no reconhecimento da importância de
garantir o desenvolvimento saudável e a formação educacional das novas gerações.
A Emenda Constitucional nº 65 também reforçou a responsabilidade
compartilhada entre o Estado, a família e a sociedade na promoção e proteção dos
direitos da infância e da adolescência. Essa abordagem reflete o compromisso do
Brasil com as diretrizes estabelecidas pela Convenção sobre os Direitos da Criança,
da Organização das Nações Unidas (ONU).
A promulgação da Emenda Constitucional nº 65 foi um passo importante na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária para crianças e adolescentes no
Brasil. Ao elevar a idade mínima para o trabalho e fortalecer a proteção integral desses
indivíduos, a emenda reforçou o compromisso do país com o respeito aos direitos
humanos desde as idades mais jovens.
A Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013, também conhecida como Estatuto da
Juventude, representou um avanço significativo no reconhecimento e na promoção
dos direitos e da participação dos jovens no Brasil. Essa legislação abordou diversas
questões relacionadas à juventude, buscando criar um arcabouço normativo que
contemplasse as necessidades, os desafios e as potencialidades dessa faixa etária.
O Estatuto da Juventude definiu como jovens os indivíduos com idade entre 15 e 29
anos, reconhecendo-os como sujeitos de direitos e agentes de transformação social.
A lei abordou temas variados, desde educação e cultura até trabalho, saúde,
participação social e acesso à cidade.
Um dos pontos relevantes da lei foi a criação do Direito à Cidadania, que
assegura aos jovens a participação em processos de elaboração, implementação e
avaliação de políticas públicas voltadas para a juventude. Além disso, a legislação
estabeleceu diretrizes para o acesso à educação de qualidade, ao trabalho digno, à
cultura, ao esporte e ao lazer, bem como à saúde integral e à mobilidade urbana. O
Estatuto da Juventude também trouxe a criação do Sistema Nacional de Juventude
(SINAJUVE), uma estrutura articulada entre os entes federativos (União, estados e
municípios) e a sociedade civil, destinada a implementar políticas públicas para a
juventude e promover a articulação entre os diversos órgãos e entidades responsáveis
por essas políticas.
Além disso, a lei também contemplou medidas voltadas para a inclusão da
juventude no mercado de trabalho, a garantia de meia-entrada em eventos culturais e
esportivos, e o estímulo à participação política dos jovens. O Estatuto da Juventude
representou um marco legislativo importante para a promoção dos direitos dos jovens
no Brasil, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e
participativa.
O Sistema Nacional de Juventude (SINAJUVE) é uma importante iniciativa
governamental que visa a coordenação e a articulação das políticas públicas voltadas
para a juventude no Brasil. Estabelecido por meio de decretos, o SINAJUVE busca
promover a integração entre os diversos níveis de governo e a sociedade civil, a fim
de garantir a efetivação dos direitos dos jovens e criar condições para o pleno
desenvolvimento dessa parcela da população.
O Decreto nº 9.306, de 15 de março de 2018, foi um marco na consolidação do
SINAJUVE. Esse decreto dispôs sobre a estruturação, a composição e o
funcionamento do Conselho Nacional de Juventude (CNJ), um órgão fundamental
para a gestão e o acompanhamento das políticas de juventude. O CNJ tem como
objetivo formular diretrizes e propor ações voltadas para os jovens, além de participar
da elaboração de planos, programas e projetos que envolvam essa parcela da
população.
Já o Decreto nº 10.226, de 5 de fevereiro de 2020, trouxe importantes ajustes
e atualizações ao funcionamento do SINAJUVE. Esse decreto estabeleceu a
composição do CNJ e regulamentou sua atuação, incluindo a forma como os membros
são indicados e o modo como as reuniões e deliberações são conduzidas. Além disso,
o decreto reforçou a importância da participação social na definição das políticas de
juventude, incentivando a interlocução entre o governo e os diversos segmentos da
sociedade.
O SINAJUVE, por meio dos decretos mencionados, busca garantir a efetivação
dos direitos dos jovens brasileiros, promovendo a inclusão, a participação e o acesso
a oportunidades em diversas áreas, como educação, saúde, cultura, trabalho e
esporte. Ao estabelecer a estrutura do CNJ e definir suas atribuições, esses decretos
contribuem para uma gestão mais eficiente e coordenada das políticas de juventude,
assegurando que as demandas e necessidades desse grupo sejam devidamente
consideradas e atendidas.
O Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento e implementação de políticas públicas voltadas para
a juventude no Brasil. Criado com o objetivo de promover a participação ativa dos
jovens na formulação e avaliação dessas políticas, o CONJUVE é uma instância de
diálogo entre a sociedade civil e o governo, contribuindo para a construção de ações
mais efetivas e adequadas às necessidades dessa parcela da população. O Decreto
nº 5.490, de 14 de julho de 2005, foi um marco importante na criação e
regulamentação do CONJUVE. Esse decreto estabeleceu a composição, a
organização e as atribuições do Conselho, definindo sua estrutura e funcionamento.
Composto por representantes do governo e da sociedade civil, o CONJUVE tem como
missão promover a articulação e o debate entre os diversos setores, a fim de contribuir
para a elaboração de políticas inclusivas e representativas para os jovens brasileiros.
Posteriormente, o Decreto nº 9.024, de 5 de abril de 2017, trouxe ajustes
importantes à estrutura e ao funcionamento do CONJUVE. Esse decreto revogou
dispositivos do decreto anterior e estabeleceu novas regras para a composição do
Conselho, incluindo a participação de jovens não vinculados a entidades e
movimentos. Essa medida visou ampliar ainda mais a representatividade e a
diversidade de perspectivas na discussão das políticas de juventude. O Decreto nº
10.069, de 17 de outubro de 2019, também teve impacto sobre o CONJUVE. Esse
decreto trouxe mudanças em relação à forma como os membros do Conselho são
escolhidos, determinando que a seleção seja feita por meio de chamamento público,
o que contribui para a transparência e a participação democrática no processo de
composição.
Recentemente, o Decreto nº 11.470, de 5 de abril de 2023, trouxe novos ajustes
ao funcionamento do CONJUVE. Esse decreto revogou o decreto anterior (nº
10.069/2019) e estabeleceu uma nova composição do Conselho, determinando a
participação de representantes de diferentes áreas governamentais e segmentos da
sociedade civil. O CONJUVE desempenha, assim, um papel relevante na promoção
dos direitos e interesses dos jovens brasileiros. Por meio dos decretos mencionados,
busca-se garantir uma atuação efetiva e colaborativa desse órgão na formulação e
execução de políticas públicas que atendam às demandas e aspirações da juventude,
contribuindo para a construção de um país mais inclusivo e participativo.
A Lei Federal 12.933, de 26 de dezembro de 2013, também conhecida como
"Lei da Meia-Entrada", representa um marco importante para a juventude brasileira ao
estabelecer diretrizes para a concessão do benefício da meia-entrada em eventos
culturais, esportivos e de lazer. Essa legislação visa garantir o acesso dos jovens a
atividades que contribuam para sua formação cultural e social, por meio da redução
do valor dos ingressos.
O Comitê Interministerial da Política Pública de Juventude desempenha um
papel relevante na coordenação e articulação das ações voltadas para a juventude no
Brasil. Criado pelo Decreto nº 8.074, de 14 de agosto de 2013, esse comitê é
composto por representantes de diferentes ministérios e tem como objetivo principal
promover a integração e a efetividade das políticas públicas destinadas aos jovens.
Através da atuação conjunta dos ministérios, busca-se fortalecer ações que impactem
positivamente a vida da juventude, abordando diversas áreas como educação, cultura,
esporte, saúde e participação social.
O Decreto nº 9.025, de 5 de abril de 2017, trouxe ajustes relevantes ao
funcionamento do Comitê Interministerial da Política Pública de Juventude. Esse
decreto revogou dispositivos do decreto anterior e estabeleceu novas diretrizes para
a composição e as competências do comitê. A medida visa aperfeiçoar a atuação
desse órgão na promoção de políticas públicas que atendam às demandas e
necessidades da juventude brasileira.
Recentemente, o Decreto nº 11.572, de 20 de junho de 2023, trouxe novos
ajustes à estrutura e ao funcionamento do Comitê Interministerial da Política Pública
de Juventude. Esse decreto revogou o decreto anterior (nº 9.025/2017) e redefiniu a
composição do comitê, estabelecendo a participação de representantes de diferentes
ministérios e órgãos do governo federal.
As Conferências Nacionais de Juventude são espaços de diálogo e
participação da juventude na formulação de políticas públicas. A 1ª Conferência
Nacional de Juventude ocorreu em 2008, a 2ª em 2011 e a 3ª em 2019. Esses eventos
reúnem jovens de todo o país para discutir e propor diretrizes para a construção de
políticas que atendam às suas demandas e anseios. A realização das conferências é
um passo importante no fortalecimento da participação juvenil na construção do seu
próprio futuro.
A Política de Juventude no Brasil é uma área de importância significativa, dada
a considerável proporção de jovens no país, representando cerca de 23% da
população total em 2020, conforme indicado por Diógenes (2009) e dados do Sistema
de Avaliação da Educação (SAE) (2013). A juventude, abrangendo o grupo etário
entre 15 e 29 anos, desempenha um papel crucial nas dinâmicas socioeconômicas do
Brasil, o que reforça a necessidade de políticas públicas específicas para atender suas
demandas e desafios.
Nesse cenário demográfico, a criação e implementação de políticas
direcionadas à juventude são essenciais para o desenvolvimento futuro do país, como
destacado por Brito (2008). A transição demográfica universal, caracterizada pela
redução da taxa de fecundidade e o aumento da longevidade humana, é um fenômeno
importante a ser considerado. No entanto, a distribuição desigual de oportunidades e
o impacto da violência, principalmente entre os jovens negros, são questões urgentes
que demandam atenção (AMORIN, 2011; SPOSITO; CARRANO, 2003; WAISELFSZ,
2016).
Um dos principais desafios enfrentados pela política de juventude é a garantia
de educação de qualidade, bem como a redução das desigualdades de acesso à
educação, especialmente para jovens brancos e negros (Diógenes, 2009; SAE, 2013).
A educação é fundamental para o desenvolvimento da juventude e para a superação
de desafios como a evasão escolar, que continua sendo um problema persistente
(ESTATUTO DA JUVENTUDE, 2013; IBGE, 2010).
No âmbito institucional, o Estatuto da Juventude (2013) desempenha um papel
central, definindo os direitos dos jovens e os princípios que devem guiar as políticas
públicas voltadas para eles. O Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) tem um
papel fundamental na estruturação dessas políticas, atuando como uma rede que
articula diferentes grupos e interesses da sociedade civil e do governo (CAPELLA;
BRASIL, 2015).
As Conferências Nacionais da Juventude têm sido importantes espaços de
participação e articulação de políticas para a juventude. Através desses fóruns,
diversos atores da sociedade civil, governo e setor privado têm a oportunidade de
discutir e propor diretrizes para as políticas de juventude (CONJUVE, 2005; SILVA;
SILVA, 2011). No entanto, o contexto político pode influenciar a amplitude dessas
iniciativas, como visto durante o governo de Bolsonaro (2019) e sua abordagem em
relação aos conselhos.
Em resumo, a Política de Juventude no Brasil enfrenta desafios complexos
relacionados à educação, desigualdade e violência, que requerem abordagens
estratégicas e coordenadas. A participação ativa dos jovens e a articulação entre
diferentes atores institucionais e da sociedade civil são essenciais para garantir que
as políticas públicas atendam às necessidades e aspirações da juventude brasileira..
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