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CONTROLE DE PLANTAS

DANINHAS

Aula Prática 3:
Manejo de plantas
daninhas em cultivos
perenes
Prof. Dra. Cristina Célia Krawulski
• Unidade de Ensino: 4, Seção 4.2

• Competência da Unidade: Aprender como realizar o manejo de plantas daninhas


em cultivos agrícolas perenes, com foco no manejo integrado.

• Resumo: Nesta aula será discutido o manejo de plantas daninhas em cultivos


perenes, pastagem e reflorestamento, associado a aspectos botânicos, com a
confecção de exsicatas de plantas daninhas.

• Palavras-chave: Exsicata; herbicidas; MIPD em pastagem.

• Título da aula prática: Manejo de plantas daninhas em

cultivos perenes.

• Aula Prática nº: 3


• Conhecer aspectos botânicos de
plantas invasoras;
• Aprender a reconhecer plantas
daninhas que ocorrem nos
principais cultivos agrícolas
perenes.
Identificação de plantas daninhas
Cana-de-açúcar
• Mais de mil espécies (mundo);
• Blanco et al. (1982): perdas de até 85% do peso dos colmos;
• Kuva et al. (2003): numa comunidade infestante com predominância
de Brachiaria decumbens e capim colonião (Panicum maximum) 
redução de 40% da produtividade de colmos.
• PCC: 30 e 100 dias após a deposição dos colmos.
• “Cana crua”: menor dependência dos herbicidas.
Fonte: http://socicana.com.br/noticias/plantio-de-cana-5-decisoes-para-garantir-a-
longevidade-do-canavial/. Acesso em: 14 fev. 2021.

Fonte: http://www.apta.sp.gov.br/noticias/iac-bate-novo-recorde-de-levantamento-
de-inten%C3%A7%C3%A3o-de-plantio-de-cana-no-brasil. Acesso em: 14 fev. 2021.
Corda-de-Viola (Ipomoea sp)

Fonte: https://www.embrapa.br/image/journal/article?img_id=34576799&t=1527159586390. Acesso em: 13 fev. 2021.


Capim marmelada (Brachiaria plantaginea)

Foto: KRAWULSKI (2021).

Fonte: https://www.fmcagricola.com.br/Content/Fotos/Capim-marmelada%20-%20Brachiaria%20plantaginea.jpg.
Acesso em: 14 fev. 2021.
Capim colchão, milhã (Digitaria horizontalis)

Fotos: https://www.agrolink.com.br/problemas/capim-colchao_70.html. Acesso em: 14 fev. 2021.


Café
• PCC: outubro a março (época das águas), período que coincide com o
florescimento e frutificação do cafeeiro.
• Silva et al. (2008): competição mais severa durante a formação da
lavoura (1º e 2º anos após a implantação).
• Benefícios: ambiente: microclima; solo: controle da erosão; aumento
da matéria orgânica e microrganismos; reciclagem
de nutrientes; melhoria da estrutura.
Fonte:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/i
nfoteca/bitstream/doc/1040714/1/Cafe-
na-AmazoniaSANTOS.pdf. Acesso em: 14
fev. 2021.
Fonte:
https://www.infoteca.cnptia.embrap
a.br/infoteca/bitstream/doc/104071
4/1/Cafe-na-AmazoniaSANTOS.pdf.
Acesso em: 14 fev. 2021.
Fotos: KRAWULSKI (2021).
Fonte: KRAWULSKI (2021).
Plantas daninhas em café
Citros
• Controle pela integração dos métodos químico e mecânico;
• PCC: variável, a depender da região:
• Nordeste do Brasil (BA, SE): setembro-outubro, março-abril.
• São Paulo: outubro-novembro; janeiro-fevereiro.
• Glifosato bastante utilizado: formação de cobertura morta.
• Gramíneas (*).
Fotos: KRAWULSKI (2019).
Pastagens
• Diversidade de espécies;
• Atenção ao manejo do solo, desde a implantação;
• Sementes e mudas de qualidade: “fechar” depressa;
• Manejo da pastagem; adubação manutenção;
• Estágios iniciais/antes da produção de sementes;
• Controle químico: herbicida seletivos/dois PAs.
Gramados
• Camada de gramíneas rasteiras com finalidade ornamental;
• Infestação de plantas daninhas  perda de qualidade estética;
• Controle preventivo: sementes puras; estolões, mudas e placas de
grama livres de plantas daninhas; limpar equipamentos após o uso;
• Práticas culturais: aeração, adubação e manutenção de níveis
adequados de umidade do solo;
• Bem formados: a luz solar não chega ao solo,
evitando a germinação de plantas daninhas;
• Altura do corte: mais alta possível.
Fotos: https://galpaocentrooeste.com.br/blog/controle-de-ervas-
daninhas-em-gramados/. Acesso em: 14 fev. 2021.
Reflorestamentos
• Comum serem implantados em áreas degradadas (gramíneas);
• Gênero Urochloa (braquiárias): um dos mais prejudiciais;
• PCC: 1º e 2º anos de implantação  competição e riscos de incêndios;
• Controle físico: coroamento manual da muda, reforçado com
roçadeiras motorizadas; custo elevado  mão de obra;
• Raio mínimo de 50 cm ao redor da muda;
• Uso de chapas de papelão sobre o solo: custo até 50% menor,
comparado ao coroamento manual (Gonçalvez, 2016).
• Controle químico: coroamento químico com bomba costal ou
motorizada.

Fonte: MARTINELLI, ORZARI e FERREIRA (2019, p. 168).


Fotos: https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/a-matocompeticao-em-lavouras-florestais. Acesso em: 14 fev. 2021.
Fotos: KRAWULSKI (2020).
Erva-de-Macaé; Rubim; Cordão-de-São-Francisco (Leonurus sibiricus )

Foto:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/t
humb/0/0a/Leonurus_sibiricus.jpg/250px-
Leonurus_sibiricus.jpg. Acesso em: 14 fev. 2021.
Foto: KRAWULSKI (2021).
Guanxuma; Vassoura (Sida sp)

Foto: KRAWULSKI (2021).


Fotos: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sida_(bot%C3%A2nica). Acesso em: 14 fev. 2021.
Capim-navalha (Scleria secans)

Foto:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Scleria_secans_Urb._(26770402376).jpg
Acesso em: 14 fev. 2021.
Maria-mole (Senecio brasiliensis)

Fotos: KRAWULSKI (2021).

Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/
Senecio_brasiliensis#/media/F
ile:Senecio_brasiliensis_3248.j
pg. Acesso em: 15 fev. 2021.
Nabiça (Raphanus raphanistrum)

Foto: https://blog.aegro.com.br/plantas-daninhas-do-trigo/. Acesso em: 14 fev. 2021).


Confecção de exsicata de
plantas daninhas
Coleta de amostras de plantas
daninhas para confecção de exsicatas
1. Coleta e prensagem
• Coletar amostras de plantas daninhas;
• Identificar as plantas (espécies);
• Dispor as plantas coletadas, com cuidado,
entre folhas de jornal;
• Colocar as folhas de jornal contendo a amostra
entre folhas de papelão, formando camadas
consecutivas, até ser possível apertar o
material com a prensa.
2. Secagem
• Após a prensagem, levar o material para
secagem o mais rápido possível, para evitar
queda das folhas e/ou flores;
• Estufa com temperatura de 60 ºC, durante
72 horas;
• Checar o material periodicamente: trocar o
jornal, se necessário; evitar ressecamento.
3. Montagem da exsicata
• As amostras de plantas, secas, serão montadas e coladas com cola
branca em cartolina branca (A4).
• Escrever as informações da coleta em uma ficha, que deve ser
colada no canto inferior direito da cartolina.
• Para conservação do material, armazenar as exsicatas em local seco
e arejado.
• Se necessário, encaminhar o material para
identificação botânica.
Fonte: elaborada pela autora.

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