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Tema do Seminário: Agricultura Ecológica e os

Desafios da Sustentabilidade.

Alguns assuntos que poderíamos abordar:

- produção e consumo local de alimentos e consumo das espécies que são produzidas
na estação;

- Custos ambientais. Se contabilizássemos a degradação ambiental a agricultura


convencional seria economicamente viável? Quanto vale os serviços ambientais?

- Relação energética da agricultura convencional: quanto gasta e quanto produz de


energia? E com o fim do petróleo e seus derivados, o que será da agricultura
“moderna”?

- Biotecnologias/transgênicos. É uma solução?

- Histórico dos insumos da “Revolução Verde” e sua relação com as Guerras


(Tanque=trator, bomba=N, armas químicas = agrotóxicos)

- Transnacionais envolvidas: armamento/guerras, insumos agrícolas, remédios e


industria de alimentos – Monopólios. Submissão da agricultura à industria.

- Degradação ambiental e instabilidade/queda na produção da agricultura


convencional: degradação dos solos (erosão, compactação, contaminação, morte da
biodiversidade), contaminação das águas (contaminação com produtos tóxicos,
assoriamento, esgotamento pelo uso na irrigação), perda da biodiversidade e
instabilidade dos ecossitemas, perda da agrobiodiversidade, aparecimento de pragas e
doenças, desaparecimento de polinizadores, mudanças climáticas...

- Diferença da composição bromatológica entre produtos convencionais e ecológicos.

- Uso de maior biodiversidade nos sistemas de produção: diminuição das espécies e da


diversidade variedades dentro das espécies cultivadas. Estamos negligenciando uma
quantidade enorme de espécies que possuem alto potêncial de gerar produtos
(alimento, vibras, madeira, medicinais, energia...) para o bem estar humano.
Agrobiodiversidade/variedades crioulas.

- Comercio justo. Economia solidária. Cooperativas de comercialização.

- Manejo ecológico de pragas e doenças.


- Manejo ecológico dos solos.

- Sistemas Agroflorestais (SAF`s).

- Trabalho em equipe/cooperativo/em mutirões.

- Policultivos/associação/consorcio de cultivos

- sucessão de cultivos.

- Compostagem/vermicompostagem/biofertilizantes

- tecnologias apropriadas: máquinas, ferramentas, utensilhos...

- Metodologias participativas/Educação popular/Cooperativismo/Construição do


conhecimento local.

- Políticas públicas: formação de recursos humanos (ensino), construção de


conhecimentos (pesquisa), assistência técnica (extensão), crédito... voltadas para o
desenvolvimento realmente sustentável.

- Interdisciplinaridade.

- Conceito de agricultura ecológica: na minha opinião, é praticamente impossível


definir. Podemos dar alguns exemplos de definições, mas o mais importante é irmos
mais a fundo no anda ocorrendo na prática dentro das agriculturas de baseadas em
princípios ecológicos e quais os desafios que estão surgindo.

- Capacidade de suporte de seres humanos do planeta terra. Crescimento


populacional.

- Necessidade de produção primária para abastecer o mundo hoje e até 2050 e se


existe a possibilidade de ser através da agricultura ecológica?!?

- Dados de produtividade da agricultura ecológica.

- O que as agriculturas ecológicas tem em comum ou de diferente?

Alguns exemplos de diferentes linhas de pensamento:

- Agricultura orgânica:

Histórico da agricultura orgânica-alternativa-agroecologia:


http://www.planetaorganico.com.br/histaorg3.htm

http://www.planetaorganico.com.br/trabdurolt.htm
Agricultura biológica:

http://agriculturaterra.com.br/saiba-o-que-conheca-historia-agricultura-biologica.html

http://www.pronaf.gov.br/dater/arquivos/2014419911.pdf

Histórico da agricultura orgânica:

http://ambiente.hsw.uol.com.br/agricultura-organica2.htm

Adubos químicos X orgânicos:


http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/so_adubos.html

Fixação industrial do Nitrogênio:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Haber-Bosch

Agricultura Natural: teoria e prática da filosofia


verde - Masanobu Fukuoka

O biossistema vivo e holístico que é a natureza não pode ser dissecado ou tratado por partes.
Uma vez quebrado, ele morre. Ou melhor, aqueles que quebram um pedaço da natureza têm
em mão algo que está morto e, sem saber que o que eles estão examinando não é mais o que
pensam que é, reclamam que não entendem a natureza. O homem comete um grave erro
quando coleta dados e descobertas pequenas em uma natureza fragmentada e morta e diz
que “conhece”, “usa” ou “conquistou” a natureza. Por ele partir de premissas falsas sobre a
natureza e adotar uma abordagem errada para compreendê-la, por mais racional que seja seu
pensamento, tudo termina errado. Devemos estar cientes da insignificância do conhecimento
e da atividade humana e começar a compreender suas inutilidades e futilidades.

O homem ficou confuso quando atribui as doenças aos danos causados por insetos; ele criou
com suas próprias mãos a necessidade de trabalho árduo.

Um grama de solo na minha fazenda contém cerca de 100 milhões de bactérias fixadoras de
nitrogênio e outros micróbios que enriquecem o sol. Sinto que o solo que contém sementes e
esses microorganismos poderia ser a centelha que recupera desertos.
Os métodos de agricultura natural são simples e claros. Antes da colheita do arroz, no outono,
espalho sementes de cereal de inverno e de trevo por cima dos cachos de arroz. Quando o
cereal de inverno brota e atinge alguns centímetros de altura, colho o arroz, pisando sobre o
cereal de inverno,. Após deixar o arroz secando por 3 dias no chão, bato e espalho a palha,
sem picar, sobre todo o campo. Se tiver esterco de galinha, coloco-o por sobre a palha. Mais
tarde, faço bolinhas de argila, misturando sementes de arroz, e as espalho sobre a palha, antes
do Ano-Novo. Com o cereal de inverno plantada e com a semeadura de arroz feita, não é
necessário mais nada até a colheita do cereal de inverno. Numa área de 1000 m², se for apenas
para plantar e colher, o trabalho de uma ou duas pessoas é mais do que suficiente.

Mais ou menos no dia 20 de maio, época de colheita do cereal de inverno, noto que os trevos
estão bastante desenvolvidos e, por entre eles, brotos de arroz que emergiram das bolinhas de
argila já atingem alguns centímetros. Depois de colher, secar e bater o cereal de inverno, jogo
toda a palha, não picada, sobre o campo. Inundo o campo por quatro ou 5 dias. O trevo
enfraquece e surgem, sobre a terra, os brotos de arroz, de junho a julho deixo sem irrigação e,
em agosto, deixo a água correr pelas valas de drenagem uma vez por semana ou a cada dez
dias.

Isso é, essencialmente, tudo sobre esse método natural de agricultura que chamo de
“semeadura direta, não cultivada, sucessão de cereal de inverno e de arroz, com cobertura de
trevo”. Colho dez sacas de cevada e dez sacas de arroz (600 kg) por 1000 m².

Inundar um campo com água e revolve-lo com arada faz com que a terra fique tão dura quanto
gesso, se o solo morre e endurece, então ele deve ser arado todo o ano, para que fique macio.
Com isso, tudo o que estamos fazendo é criar condições para que o arado se torne útil e nos
alegrar com a utilidade da ferramenta. Nenhuma planta na face da Terra é tão fraca que só
consiga germinar em solo arado. Não há necessidade de o homem arar e revolver a terra, pois
os microorganismos e pequenos animais o fazem naturalmente.

Matando o solo com o arado e fertilizantes químicos e apodrecendo as raízes das plantas
através de prolongadas inundações no verão, os agricultores criam pés de arroz fracos e
doentes, que requerem o auxilio de fertilizantes químicos e a proteção de pesticidas. O arrozal
saudável não necessita de arado ou produtos químicos. O composto orgânico não precisa ser
preparado se a palha de arroz for colocada nos campos meio ano antes de o arroz ser
semeado.

CO2 x Temperatura
Em vermelho (Temperatura)
Em azul (níveis de CO2 atmosféricos)
Fonte: http://img529.imageshack.us/img529/4963/semttulokl2.jpg

Petróleo
Fonte: http://www.colegioweb.com.br/geografia/a-origem-do-petroleo acessado em 20 de
outubro de 2009.

1. Origem

Os restos de matéria orgânica, bactérias, produtos nitrogenados e sulfurados no


petróleo indicam que ele é o resultado de uma transformação da matéria orgânica
acumulada no fundo dos oceanos e mares durante milhões de anos, sob pressão das
camadas de sedimentos que foram se depositando e formando rochas sedimentares. O
conjunto dos produtos provenientes desta degradação, hidrocarbonetos e compostos
voláteis, misturados aos sedimentos e aos resíduos orgânicos, está contido na rocha-
mãe; a partir daí o petróleo é expulso sob efeito da compactação provocada pela
sedimentação, migrando para impregnar areias ou rochas mais porosas e mais
permeáveis, tais como arenitos ou calcários. Uma camada impermeável, quando
constitui uma “armadilha”, permite a acumulação dos hidrocarbonetos, impedindo-os de
escapar.
Manejo ecológico de pragas e doenças – Ana
Maria Primavesi

Apesar do uso abusivo de “defensivos”, as pragas e doenças aumentaram


assustadoramente. Enquanto que em 1956 somente 193 pragas eram conhecidas no Brasil,
em 1976 já eram 592, provocadas em parte pela decadência dos solos, pelas variedades
altamente produtivas mas poucos resistentes, com as pragas importadas como ocorreu com
o bicudo, insetos que se tornaram resistentes contra os agrotóxicos, outros cujos “inimigos
naturais” foram mortos pelos agrotóxicos, o que permitiu sua multiplicação descontrolada,
e, não por ultimo, as pragas que foram criadas pelas monoculturas.

O problema é muito mais complexo do que se pode imaginar. A substituição dos ecótipos, ou
seja, das variedades adaptadas a cada região e a cada tipo de solo, pelas variedades
“exóticas” de alta produtividade (HYV) ou variedades de “elevada resposta” aos adubos
(HRV) – não se tratando de boa resposta ao s adubos, mas sim de elevadas quantidades de
adubos suportadas pelas culturas – tornou as variedades plantadas completamente
dependentes das técnicas agrícolas e seu uso programado.

Em 1940, por exemplo, na Índia, 30 mil variedades de arroz – para cada ecossistema um
ecótipo. Atualmente são plantadas somente 10 variedades produzidas por duas firmas de
sementes. Não procura-se mais adaptação da cultura ao solo e ao clima, mas força-se a terra
com todo o pacote tecnológico para produzir variedades estranhas, mais produtivas, mas
muito mais arriscadas. E quando degenerar ou for perdido o germoplasma destas poucas
variesdades?

Segundo a ONU

(2009), mais de um bilhão de seres humanos padecem de fome e a cada segundo a

erosão leva 2420t de solo!(FAO, 2006).

E ainda a FAO(2007) que nos informa que ocorem 20.000

mortes/ano por agrotóxicos!

Princípios

A receptividade da proposta desenvolvida pelo Centro pode ser medida pela diversidade de instituições e
públicos envolvidos nos cursos, palestras e assessorias dadas pelo Centro, em
distintos locais do Rio Grande do Sul, do Brasil e do exterior.
Os resultados positivos alcançados encontram-se fundamentados nos seguintes
princípios:

1) uma visão ecológica da agricultura e de sua interface com os ecossistemas


naturais. Os sistemas de produção agrícola são interpretados e manejados como sistemas sócio-
ecológicos, multideterminados, complexos e em permanente transformação, cuja reestruturação envolve
diferentes níveis de intervenção;

2) a necessária combinação entre saber científico e saber popular, na construção de um conhecimento


capaz de fundamentar um processo mais amplo de transformação social.

3) a busca da viabilização econômica e social da agricultura familiar. Os produtores não são considerados
objeto de experimentação, mas sujeitos da construção de uma nova alternativa de desenvolvimento. Cria-
se com isso uma complementariedade de tarefas e papéis entre o CE, as AAE's e demais instituições
parceiras, na geração e disseminação de alternativas tecnológicas e de organização social;

4) a construção de novos princípios e práticas de integração entre (i) produtores e consumidores; (ii) a
sociedade civil, o poder público e o mercado; (iii) o campo e a cidade.

Missão Institucional

Promover a prática de uma agricultura ecológica tendo como objetivos:

1) a preservação / reconstituição das bases ecológicas de sustentação dos agroecossistemas e dos


ecossistemas naturais a eles vinculados;

2) a viabilização econômica e social da agricultura familiar;

3) a construção de relações solidárias, transparentes e justas entre os diferentes agentes envolvidos na


produção de alimentos;

4) fortalecimento da autonomia e cidadania das populações rurais e urbanas na construção de uma


economia ecológica, popular e solidária, e de um desenvolvimento social baseado na valorização do
trabalho e no respeito à vida em suas diferentes manifestações.

Fonte: http://www.centroecologico.org.br/historico.php acessado em 25 de outubro de 2009.

Site para consulta: http://www.centroecologico.org.br/historico.php

Fonte: CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA E O CONSUMO DE


TRATORES DE RODAS JOAQUIM BENTO DE SOUZA FERREIRA FILHO (1)
; FÁBIO ISAÍAS FELIPE (2) .
1.ESALQ/USP, ITAPIRA, SP, BRASIL; 2.CEPEA/ESALQ/USP, PIRACICABA,
SP,
BRASIL.
jbsferre@esalq.usp.br
APRESENTAÇÃO ORAL
POLÍTICAS SETORIAIS E MACROECONÔMICAS
Crescimento da produção agrícola e o consumo de tratores de rodas
no Brasil entre 1996 - 2005
Grupo de Pesquisa: Políticas Setoriais e Macroeconômicas

3 – Área plantada, política agrícola e o consumo de tratores no Brasil


Entre 1990 e 2005 a área plantada com as principais culturas agrícolas no Brasil
apresentou acréscimo de 24,7%, enquanto que a evolução da produtividade média no
mesmo
período se elevou em 7,1% (Figura 1). Essa evolução, contudo, não foi homogênea
dentro do
período analisado. De fato, há dois sub-períodos bem distintos, com movimentos de
produtividade e área antagônicos.
Como se pode observar da Figura 1, a produtividade média da agricultura brasileira
cresce de forma contínua até o ano de 1997/98, quando então passa a decrescer de forma
praticamente contínua. No período compreendido entre 1996 e 2005 observa-se que a
área
cultivada com as principais culturas no Brasil se elevou 37,0%, passando de 40,7
milhões de
hectares em 1996, para 55,8 milhões de hectares em 2005, enquanto que a produtividade
média das mesmas decresceu 17,3%.
No período entre 1996 e 2005 a cultura com maior crescimento na área cultivada foi a
soja (126,2%), seguida pelo algodão (67,3%), arroz (22,2%), mandioca (21,3%) e café
(20,9%). As culturas que apresentaram variação negativa na área cultivada foram :
laranja
(-16,5%), feijão (-11,6%) e milho (-1,9%).
1 As principais culturas são: algodão, arroz, cana-de-açúcar, feijão, mandioca, milho, soja, café e laranja.
3

Figura 1 - Evolução da produtividade média e da área cultivada com as principais culturas no


Brasil entre 1990 e 2005.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2007.
As contradições da economia de mercado: um olhar sobre a renda
Fonte:
da agricultura agroecológica

Alvori Cristo dos Santos


Engenheiro Agrônomo, técnico do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser).

Quadro1. Resultados diferenciais da renda nos quatro caminhos, obtidos com base na
produtividade do trabalho de uma pessoa ocupada em tempo integral.

Caminhos

Agroecologia de
Indicadores Tradicional Convencional Orgânico
agrofloresta

Área de produção (ha) 5 15 0,2 4,5

Produtos comercializados Milho, feijão Soja, leite Hortaliças Banana, outras


frutas, horta etc.

Valor bruto da produção – VBP 780,00 950,00 60.000,00 1.800,00


(R$/ha)

Valor bruto da produção total (R$) 3.900,00 14.250,00 12.000,00 8.100,00

Custos tecnológicos (%/VBP) 18 77 27 12


Custos de manutenção (%/VBP) 4 8 12 3

Despesas de manutenção familiar 35 25,8 34 24


– DMF (%/VBP)

Renda da agricultura (%/VBP) 43 (-10,8) 27 61

Renda da agricultura (R$) 1.677,00 (-1.539,00) 3.240,00 4.941,00

Preços: tendência inflacionária (5-1X) (5) (5) (5)


futura – Taxa de 5% a.a.

Custos: tendência inflacionária (15-2X) (15) (15-2X) (15-4X)


futura – Taxa de 15% a.a.

D.M.F: tendência inflacionária (7) (7) (7) (7-2X)


futura – Taxa de 7% a.a.

Fonte: Rede de Agricultores Familiares Gestores de Referências, safra 2003/2004.

Observações:

 A renda da agricultura = (valor bruto da produção 100%) – (custos tecnológicos%) –


(custos de manutenção%) – (despesas de manutenção familiar%);
 As taxas inflacionárias futuras são tendências. Foram estabelecidas com base em séries
históricas disponíveis para o caminho convencional e divulgadas amplamente na
literatura;
 As expressões -1X, -2X, -4X representam uma incógnita (X) sobre ordens de grandezados
custos e preços, que poderão assumir variações para menos em níveis e intensidades
diferentes (-1, -2, -4), de acordo com os demais caminhos seguidos pela agricultura
familiar em situação real. Essas expressões referentes aos caminhos tradicional orgânico
e agroflorestal ainda não são conhecidas na forma de indicadores sistematizados e
validados. Por isso, são subtraídas do percentual padrão de tendências inflacionárias
futuras correspondentes à agricultura convencional, que é tomada como parâmetro de
comparação com os demais caminhos.
 A área de produção significa, aproximadamente, a área trabalhada por uma unidade
familiar, indicador que nos possibilita comparar sistemas de produção bastante
diferentes;
 Os indicadores de produtividade do trabalho expressam a capacidade de trabalho de
uma pessoa adulta, que tem à disposição determinados meios de produção
normalmente disponíveis na agricultura familiar da região Sul.

O formato de cálculo da renda da agricultura foi obtido simplesmente


deduzindo-se do valor bruto da venda da produção os custos, que
correspondem a: custos tecnológicos e de manutenção da estrutura
produtiva (consertos de rotina no ano agrícola) e despesas de consumo da
família. Interpretar esse indicador é um desafio. Ele foi utilizado por sua
proximidade com os fluxos monetários reais com que operam os
agricultores. O formato é efetivamente uma ferramenta de diálogo em
construção. Apesar de sua aparente obviedade como meio para se obter a
quantidade de dinheiro em fluxo no final de um ano agrícola, seus
significados e valor encontram-se abertos a um processo de análise crítica.

Os resultados relacionados à produtividade do trabalho se referem à área


de produção manejada por uma pessoa adulta e são apresentados a partir
de quatro caminhos distintos seguidos pelas famílias produtoras
associadas à Rede de Gestores de Referências. Dentre as 1.013 famílias
que participam até o momento dessa rede-ferramenta, é possível
distinguir quatro grandes “categorias de caminhos” ou estratégias de
manejo técnico-econômico dos sistemas produtivos:

 Agricultura tradicional;
 Agricultura convencional;
 Agricultura orgânica;
 Agricultura agroecológica de agrofloresta.

Ntrogênio:
http://alainet.org/active/25486&lang=es acessado em 13 de novembro de 2009.

Sua salada depois de dez dias


SEG, 17/11/08
POR TFERREIRA |
| TAGS CONSUMO

Muito se fala sobre a maior qualidade


nutricional dos alimentos orgânicos em
comparação aos cultivados com
agrotóxicos. As fotos ao lado e abaixo
(um pouco nojentas) dão uma idéia do
porquê. Elas registraram a fase de
decomposição de alimentos orgânicos e
os chamados “convencionais”, que
receberam agrotóxico. Elas foram
tiradas cerca de dez dias depois de os
vegetais terem sido envasados para um
estudo do Centro de Pesquisa da
Fundação Mokiti Okada.

Segundo Fernando Augusto de Souza,


coordenador geral do centro de
pesquisa, o estudo mostra como os agrotóxicos alteram a estrutura celular dos vegetais, acelerando a sua
decomposição em comparação aos orgânicos.

“As fotos causaram espanto e demonstraram como a parede celular, que compõe a planta, é mesmo mais
consistente nos produtos orgânicos, que resistem mais tempo. Quando o vegetal cresce com produtos
químicos em sua estrutura, a parede celular fica mais frágil e ele resiste menos à ação de fungos e
bactérias”, explica Fernando Augusto.

De acordo com Fernando, a rapidez na decomposição dos vegetais convencionais mostra também que há
menor quantidade de antioxidantes neles. Esses antioxidantes protegem as plantas dos processos de
decomposição. Para os humanos, a ingestão da substância pode ajudar na prevenção de doenças como
câncer e Mal de Alzheimer.

(Thaís Ferreira)

Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/planeta/2008/11/17/sua-salada-depois-de-dez-dias/
acessado em 13 de novembro de 2009.
Fonte: http://www.pronaf.gov.br/dater/arquivos/0730216149.pdf acessado em 13 de
novembro de 2009.

Qualidade dos alimentos orgânicos: http://www.vivacomorganicos.com.br/a-qualidade-


dos-alimentos-organicos.php acessado em 13 de novembro de 2009.

Agrotóxicos:

http://www.abhorticultura.com.br/Dicas/Default.asp?id=5001

http://www.planetaorganico.com.br/trablucen.htm

16 de abril de 2009
Anvisa divulga índice de alimentos contaminados por
agrotóxicos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou o resultado da
análise das amostras de grãos, frutas e verduras, que foram vendidos no país
em 2008. Em todas as amostras foram detectados resíduos de agrotóxicos não
permitidos. O produto campeão de irregularidades foi o pimentão.

A Anvisa encontrou ainda um agrotóxico proibido no Brasil desde 1985: o


ometoato, usado na cultura de abacaxi.
Outro problema ligado aos agrotóxicos que tem preocupado a Anvisa é o
aumento da importação de substâncias proibidas em outros países, como por
exemplo, o metamidofós, usado na cultura do tomate.
Dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior mostram que, em 2008, ano
em que a China proibiu o produto, foram exportadas para o Brasil 4,2 mil
toneladas. Nos dois primeiros meses de 2009, já entraram no país 4,4 mil
toneladas de metamidofós.
O Ministério da Saúde e a Anvisa estão orientando a população para que se
informem sobre a origem dos alimentos que compram, como também que os
lavem muito bem.
Segundo Agenor Álvares, diretor da Anvisa, entre os possíveis problemas à
saúde humana causados pelos agrotóxicos está o câncer. A maior parte dos
casos, porém, ocorre com os trabalhadores que lidam diretamente com as
substâncias.

Fonte: http://papoecia.blogspot.com/2009/04/anvisa-divulga-indice-de-alimentos.html
acessado em 14 de novembro de 2009.

Site da ANVISA: desenvolvimento de diversos agravos à saúde como câncer, toxicidade


reprodutiva e desregulação endócrina em trabalhadores rurais e consumidores de produtos
contaminados.

Agrotóxicos

http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/residuos/index.htm

Censo agropecuário IBGE:

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?
id_noticia=1464&id_pagina=1

Segundo Paulo Nogueira-neto, vice-presidente da WWF Brasil: seria possível erradicar a


miséria com ivestimentos anuais de 250 bilhões ao ano. Com armamentos gastamos 600
bilhões de dólares ao ano. É professor aposentado de ecologia pela USP do Instituto de
Biociencias

Concluímos que a característica deve ser não prejudicar as gerações atuais, nem as
futuras. As gerações futuras passaram a ser uma meta. Claro que há outros
componentes do desenvolvimento sustentável, como democracia e concordância
das populações locais, por exemplo, mas o foco principal está nas próximas
gerações.
A expressão já nasceu "desenvolvimento sustentável"?

Nogueira-Neto - Nasceu como “desenvolvimento sustentado”, depois mudamos


para sustentável. Falar em sustentado dava a impressão de que alguém de fora
ficaria colocando dinheiro para sustentar. E nós achávamos que o próprio
desenvolvimento deveria se sustentar. Depois veio o termo “auto-sustentável”.

Agroecologia:
A expressão Agriculturas Sustentáveis (no plural) pretende marcar a importância que o enfoque
agroecológico dá às especificidades socioculturais dos atores sociais que trabalham na
agricultura, assim como a necessidade de adaptação da agricultura aos diferentes
agroecossistemas.
Em diversos países, passaram a surgir estas agriculturas alternativas, com diferentes
denominações: orgânica, biológica, natural, ecológica, biodinâmica, permacultura, e ntre outras,
cada uma delas seguindo determinadas filosofias, princípios, tecnologias, normas e regras,
segundo as correntes a que estão aderidas.
Em síntese, é preciso ter clareza que a agricultura ecológica e a agricultura orgânica, entre
outras denominações existentes, conceitual e empiricamente, em geral, são o resultado da
aplicação de técnicas e métodos diferenciados dos pacotes convencionais, normalmente
estabelecidas de acordo e em função de regulamentos e regras que orientam a produção e
impõem limites ao uso de certos tipos de insumos e a liberdade para o uso de outros7 .
No extremo, se encontram tipos de agricultura alternativa que já estão subordinadas a regras e
normas de certificadoras internacionais ou usando insumos orgânicos importados, produzidos
por grandes empresas transnacionais que encontraram no mercado de insumos orgânicos um
novo filão para aumentar seus lucros, para citar alguns exemplos. Isto tem levado a
continuidade da subordinação/dependência dos agricultores em relação a grandes corporações
produtoras de insumos.
Uma agricultura que trata apenas de substituir insumos químicos convencionais por insumos
“alternativos”, “ecológicos” ou “orgânicos” não necessariamente será uma agricultura
ecológica em sentido mais amplo.
A prática da agricultura envolve um processo social, integrado a sistemas econômicos e que,
portanto, qualquer enfoque baseado simplesmente na tecnologia ou na mudança da base écnica
da agricultura pode implicar no surgimento de novas relações sociais, de novo tipo de relação
dos homens com o meio ambiente e, entre outras coisas, em maior ou menor grau de autonomia
e capacidade de exercer a cidadania.

Conceito de agroecologia: A Agroecologia é entendida como um enfoque científico destinado a


apoiar a transição dos atuais modelos de desenvolvimento rural e de agricultura convencionais
para estilos de desenvolvimento rural e de agriculturas sustentáveis (Caporal e Costabeber,
2000a; 2000b; 2001, 2002). Partindo, especialmente, de escritos de Miguel Altieri, observa-se
que a Agroecologia constitui um enfoque teórico e metodológico que, lançando mão de diversas
disciplinas científicas, pretende estudar a atividade agrária sob uma perspectiva ecológica 8 .
Sendo assim, a Agroecologia, a partir de um enfoque sistêmico, adota o agroecossistema9 como
unidade de análise, tendo como propósito, em última instância, proporcionar as bases científicas
(princípios, conceitos e metodologias) para apoiar o processo de transição do atual modelo de
agricultura convencional para estilos de agriculturas sustentáveis. Então, mais do que uma
disciplina específica, a Agroecologia se constitui num campo de conhecimento que reúne várias
“reflexões teóricas e avanços científicos, oriundos de distintas disciplinas” que têm contribuído
para conformar o seu atual corpus teórico e metodológico (Guzmán Casado et al., 2000: 81).
Por outro lado, como nos ensina Gliessman (2000), o enfoque agroecológico pode ser definido
como “a aplicação dos princípios e conceitos da Ecologia no manejo e desenho de
agroecossistemas sustentáveis”, num horizonte temporal, partindo do conhecimento local que,
integrando ao conhecimento científico, dará lugar à construção e expansão de novos saberes
socioambientais, alimentando assim, permanentemente, o processo de transição agroecológica.
Uma definição mais ampla é proporcionada por Sevilla Guzmán e González de Molina (1996), para quem
a Agroecologia corresponde a um campo de estudos que pretende o manejo ecológico dos recursos
naturais, para – através de uma ação social coletiva de caráter
participativo, de um enfoque holístico e de uma estratégia sistêmica – reconduzir o curso alterado da
coevolução social e ecológica, mediante um controle das forças produtivas que estanque, seletivamente,
as formas degradantes e expoliadoras da natureza e da sociedade. Em tal estratégia, dizem os autores, joga
um papel central a dimensão local, por ser
portadora de um potencial endógeno, rico em recursos, conhecimentos e saberes que facilita a
implementação de estilos de agricultura potencializadores da bi odiversidade ecológica e da diversidade
sociocultural.

Processo de trqansição agroecologico:


- incremento da eficiência das práticas convencionais para reduzir o uso e consumo de insumos externos
caros, escassos e daninhos ao meio ambiente;
- substituição de insumos e práticas convencionais por práticas alternativas;
- redesenho dos agroecossistemas com base em princípios ecológicos;

Como resultado da aplicação dos princípios da Agroecologia, pode-se alcançar estilos de agriculturas de
base ecológica e, assim, obter produtos de qualidade biológica superior . Mas, para respeitar aqueles
princípios, esta agricultura deve atender requisitos sociais, considerar
aspectos culturais , preservar recursos ambientais , considerar a participação política e o empoderamento
dos seus atores, além de permitir a obtenção de resultados econômicos favoráveis ao conjunto da
sociedade , com uma perspectiva temporal de longo prazo, ou seja, uma agricultura sustentável.

Caporal, Francisco Robert


Agroecologia: alguns conceitos e princípios /
por Francisco Roberto Caporal e José Antônio Costabeber;
24 p. Brasília : MDA/SAF/DATER-IICA, 2004

Comumente os agricultores recebem variedades comerciais de


sementes como parte de um pacote que inclui crédito, sementes,
fertilizantes e agrotóxicos. Frequentemente, a aceitação de tais
pacotes constitui a única maneira de os agricultores terem acesso a
crédito. O resultado final é a progressiva marginalização ou
desaparecimento das variedades locais e a consequente peda de
agrobiodiversidade.
Entre outras medidas, ele recomenda que os governos apóiem e
ampliem os sistemas locais de intercâmbio de sementes, como os
bancos comunitários e as feiras, assim como os registros
comunitários de variedades camponesas. Os Estados também
poderiam desenvolver incentivos para favorecer uma maior utilização
de produtos alimentares elaborados a partir de variedades dos
agricultores ou favorecer seu uso mediante políticas como a merenda
escolar.

Olivier De Schutter, Relator Especial das Nações Unidas para o Direito


à Alimentação
Estima-se que a diversidade global das espécies de plantas superiores gire ao
redor de 300 a 500 mil, das quais cerca de 260 mil foram identificadas ou descritas.
Cerca de 10%, ou 30 mil dessas espécie,s são comestíveis e cerca de 7 mil delas são
cultivadas ou coletadas pelo homem para a sua alimentação ou uso industrial. Alguns
estudiosos afirmam que praticamente somente 30 espécies vegetais alimentam o
mundo e que são elas que fornecem 95 % das calorias e proteínas para a dieta dos
seres humanos.

Afirma-se também, que somente 3 espécies: o trigo (23%), o arroz (26%) e o


milho (7%), fornecem à humanidade mais da metade da energia total derivada das
plantas. Sete outras espécies, sorgo, milheto, batata, batata-doce, soja, cana-de-açúcar
e beterraba contribuiriam, com as anteriores, com 75% do total de alimentos
energéticos.

Valdely kinupp

ANÁLISIS NUTRICIONAL
comparativo entre el Diente de León y la Lechuga (valores por kilogramo)
D. de León Lechuga
Proteínas 27.1 g 8.4 g
Grasas 7.1 g 1.3 g
Carbohidratos 88.2 g 20.1 g
Calcio 1.9 g 0.4 g
Fósforo 701.1 mg 138.9 mg
Hierro 30.9 mg 7.5 mg
Tiamina (Vitam B1) 1.9 mg 0.3 mg
Riboflavina (Vitam B2) 1.4 mg 0.6 mg
Niacina (Vitam B2 compl.) 8.4 mg 1.3 mg
Vitamina C 359.4 mg 125.7 mg
Vitamina A 136620 UI* 11155 UI

De B.C. Harris. 1995 eat the Weeds. Keats Puiblishing Inc., New Canaan, Connecticut.
*UI = unidades internacionales

- Rapoport & Drausal (2001): 27.000 espécies alimentícias

Fonte: http://www.cienciahoy.org.ar/hoy49/malez01.htm acessado em 14 de novembro de


2009.

Agricultura Natural:
Entrevista com Fukuoca: http://www.nossofuturoroubado.com.br/old/12te
%20fuku.htm

Masanobu Fukuoka (福岡 正信 Fukuoka Masanobu?) (2 de fevereiro de 1913 - 16 de


agosto de 2008) é um agricultor e microbiólogo japonês, autor das obras A Revolução
de uma folha de Palha e A Senda Natural do Cultivo, onde apresenta suas propostas
para o plantio direto assim como uma forma de agricultura que é conhecida por
agricultura natural ou método Fukuoka.

Nos últimos 20-30 anos utilizou o seu método para florestar zonas com tendência a
desertificação. Na Tailândia, nas Filipinas, na Índia e em alguns países africanos
transformou pequenas regiões desertificadas em áreas verdes. Também iniciou um
projeto de reflorestamento na Grécia[1]. Em 1998, recebeu o Prêmio Magsaysay (Prêmio
Nóbel da Paz no Extremo Oriente) por sua contribuição para o bem da humanidade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Masanobu_Fukuoka

Principais incentivadores: Masanobu Fukuoka, Hirashi Fujii e Mokichi Okada

Por volta de 1930, Mokiti Okada iniciou experimentos de campo, motivado pelo
princípio da purificação e pelo respeito à natureza, e a partir da observação dos
problemas enfrentados em algumas áreas agrícolas japonesas (EHLERS, 1996).

Desenvolveu-se assim um movimento de caráter filosófico-religioso e que resultou


numa organização conhecida como Igreja Messiânica. Um dos pilares desse
movimento foi o método agrícola denominado Shizen Noho, traduzido como o
“método natural” ou agricultura natural, que preconiza a menor alteração possível
no funcionamento natural dos ecossistemas, alimentando-se diretamente do Zen-
Budismo (KHATOUNIAN, 2001). A formulação do conceito de agricultura natural
ocorreu em 1935.

Segundo MIYASAKA & NAKAMURA, 1989; A agricultura natural é definida


como um sistema de exploração agrícola que se fundamenta no emprego de tecnologias
que procuram tirar o máximo proveito da natureza, isto é, da ecologia e dos recursos
naturais locais. Em outras palavras, as técnicas de cultivo de agricultura natural
fundamentam-se no método natural de formação do solo, contando com a força da
natureza e com todos conhecimentos técnicos científicos adquiridos ao longo da
evolução humana.
Assim, preconiza-se na agricultura natural, a adoção de um sistema de exploração
agrícola que venha acelerar o processo de reversão do solo desgastado. Essa
recuperação do solo é processada durante a fase de exploração agrícola, a fim de que o
trabalho de reversão não seja antieconômico.

As idéias de Okada foram reforçadas pelo trabalho do pesquisador fitopatologista,


também japonês, Masanobu Fukuoka, que praticamente na mesma época, mas de forma
independente, chegou a conclusões semelhantes, defendendo a idéia de artificializar o
menos possível o sistema de produção agrícola, mantendo este o mais parecido
possível com o sistema natural anterior. Neste sentido, FUKUOKA (1995) estabeleceu
os quatro princípios da agricultura natural, que, de acordo com ele, aproximam esta
do ponto do “fazer nada”. Estes princípios são:

1. não revolver o solo;


2. não utilizar fertilizantes;
3. não capinar;
4. não utilizar agrotóxicos.

A busca, neste caso, é do máximo aproveitamento dos processos que já ocorrem


espontaneamente na natureza, com o menor gasto possível de energia. Segundo
KHATOUNIAN, 2001; este método constitui uma das mais ricas fontes de inspiração
para o aprimoramento das técnicas de produção orgânica.

Composto de Agricultura Natural...

Apesar de defenderem idéias com base teórica bem semelhantes, verifica-se uma
diferença no encaminhamento prático da agricultura natural, por parte dos sistemas
de produção idealizados por Okada e Fukuoka. Esta refere-se ao manejo da matéria
orgânica do solo, via preparação de composto orgânico, que é tida como importante
somente pelos seguidores de Okada. Neste caso porém, restringe o uso de matéria
orgânica de origem animal. Com isto recorrem a técnicas desenvolvidas para a
compostagem de vegetais, como também a utilização dos chamados microrganismos
eficazes (EM)1 e do Bayodo2 (DE ASSIS, 2005).
De acordo com KHATOUNIAN, 2001; mais recentemente, a agricultura natural tem se
concentrado na utilização desses microrganismos benéficos à produção vegetal e
animal. Esses EM foram selecionados pelo Professor Teruo Higa, da Universidade de
Ryukiu, e são difundidos e comercializados pela Igreja Messiânica.

No Brasil, a difusão inicial desse método esteve ligada à colônia japonesa, em cujo
seio a Igreja Messiânica se estabeleceu. Atualmente a Agricultura Natural inclui
braços empresariais, voltados à comercialização e à certificação. (KHATOUNIAN,
2001)
——————————————————
1
Conjunto de microrganismos (fungos, bactérias e actinomicetos) especializados na
decomposição da matéria orgânica, que são misturados com farelo de arroz ou de
trigo e utilizados na compostagem (MIYASAKA & NAKAMURA, 1989).
2
Mistura de terra virgem (solo subsuperficial, sem pedras e sem raízes, rico em
argila e nutrien tes) e farelo de arroz que é colocado a fermenta. Para posterior uso no
solo com a finalidade de fornecer uma nutrição vegetal equilibrada (MIYASAKA &
NAKAMURA, 1989).

Bibliografias consultadas:

KHATOUNIAN, C. A. A reconstrução ecológica da agricultura. Botucatu:


Agroecológica, 2001. 348 p

FUKUOKA, M. Agricultura natural – teoria e prática da filosofia verde. São Paulo:


Nobel, 1995. 300 p.

EHLERS, E. Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um novo


paradigma. São Paulo: Livros da Terra, 1996. 178 p.

MIYASAKA, S.; NAKAMURA, Y. Agricultura natural da MOA. São Paulo:


Associação Mokiti Okada do Brasil (MOA)/Departamento de Agricultura Natural,
1989. 64 p. (MOA. Boletim, 1 – Série Agricultura Natural MOA).

DE ASSIS, R. L. Agricultura orgânica e agroecologia: questões conceituais e


processo de conversão. Seropédica RJ: Embrapa Agrobiologia, 2005. 35p. (Embrapa
Agrobiologia. Documentos, 196).

Fonte: http://agriculturaterra.com.br/conheca-gricultura-natural-definicao-historia-
metodo.html acesso em 14 de novembro de 2009.

Exemplo de Cuba:

Com a crise, o país viu sua população sofre com a falta de comida. A FAO estima que o consumo diário da
população cubana caiu de 2.600 calorias por dia no final dos anos 80 para algo em entre 1.000 e 1.500 calorias
diárias em 1993. Sem recursos ou apoio internacional, Cuba precisou começar do zero, dessa vez,
maximizando a produção interna de alimentos e contando apenas com o que possuía: terra e trabalhadores.

Batizado de Revolução Orgânica, o novo modelo fez com que os cubanos passassem a produzir seus próprios
alimentos de forma natural e local. Qualquer terreno era suficiente para uma pequena plantação. As cidades
foram tomadas por pequenas hortas caseiras e o país hoje possui uma taxa de consumo diário de 2.600
calorias, enquanto que o consumo mundial de calorias caiu 11% entre 1990 e 2002.

“O que aconteceu em Cuba foi memorável”, afirmou a socióloga da Universidade da Califórnia, Laura Enriquez.
“Foi notável o fato de eles terem priorizado a produção de alimentos. Outros países da mesma região
escolheram a opção neoliberal e se voltaram para a exportação dos seus bens e importação de comida. Os
cubanos preferiram a segurança alimentar e parte disso foi priorizando os pequenos agricultores”, completou.

Os mais de 200 jardins espalhados pela cidade são fonte de 90% das frutas e vegetais consumidos pela
população local.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/cuba acesso em 14 de


novembro de 2009.

A pesquisa feita pelo Professor Jules Pretty e seus colegas na Universidade de


Essex, financiada pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional,
Greenpeace e Pão Para o Mundo, coletou dados de mais de 200 projetos em 52
países cultivando alimentos em mais de 29,8 milhões de hectares e encontrou
resultados surpreendentes.

"Fomos verificar se sitiantes conseguem melhorar a produção de alimentos com


tecnologias de baixo custo e investimentos localmente disponíveis; se conseguem
fazer isso sem causar danos ambientais adicionais", disse o prof. Pretty.
"Descobrimos que, em 4,42 milhões de pequenas lavouras praticando agricultura
sustentável em 3,58 milhões de hectares, a produção média de alimentos por
domicílio aumentou 73%. Para os 146.000 proprietários em 542.000 hectares -
cultivando colheitas como batata e mandioca - o aumento foi de 150% e, em sítios
maiores, a produção total aumentou 46%".

"A agricultura sustentável cresceu na última década do domínio de alguns


entusiastas para um vasto movimento, abrangendo governos e o setor privado",
disse o prof. Pretty. "Ela é barata, usa tecnologia localmente disponível e
freqüentemente melhora o meio ambiente. Acima de tudo, ajuda as pessoas que
precisam dela - lavradores e suas famílias - que constituem a maioria das pessoas
famintas do mundo."

Fonte: http://www.agenciamandalla.org.br/modules.php?
name=News&file=article&sid=99

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