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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

LICENCIATURA EM AGRO-PECUÁRIA – 1ºAno/L

Cadeira: MEIC

JOÃO VASCO TOMO

Problemas ambientais decorrentes das actividades


Agro-pecuárias e suas consequências

Quelimane

2022
JOÃO VASCO TOMO

Problemas ambientais decorrentes das actividades

Agro-pecuárias e suas consequências

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado na


cadeira de MEIC com obtenção do título de licenciatura
em agro-pecuária.

Orientador: Dr. Sérgio Ernesto

Quelimane

2022
Índice
Introdução.....................................................................................................................................4
Problemas ambientais decorrentes das actividades agro-pecuárias e suas consequências...........5
Impacto das actividades agro-pecuárias e suas consequências....................................................5
Actividade agrícola e os problemas ambientais...........................................................................5
A pecuária e os problemas ambientais.........................................................................................7
Conclusão.....................................................................................................................................9
Referencias Bibliografias...........................................................................................................10
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Introdução
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Problemas ambientais decorrentes das actividades agro-pecuárias e suas consequências

Impacto das actividades agro-pecuárias e suas consequências


A actividade agro-pecuária desempenha um papel crucial para a Humanidade pois está
relacionada com a produção de alimentos. Deste modo, esta actividade gera inúmeros impactos,
quer positivos, bem como negativos.

De entre os impactos positivos, destacam-se, por exemplo, a melhoria das condições de Vida das
populações, o aumento da renda, o emprego e o desenvolvimento local ou regional. No entanto
existem impactos ambientais negativos decorrentes destas actividades como, por exemplo, a
contaminação do solo por defensivos agrícolas (herbicidas, fungicidas e pesticidas),
desmatamento, poluição das águas, compactação dos solos, perda da biodiversidade,
desertificação, salinização, erosão, entre outros.

Actividade agrícola e os problemas ambientais


A degradação do solo, resultante do desmatamento, pode ser considerada um dos mais
importantes problemas ambientais das actividades agro-pecuárias na actualidade, em resultado de
práticas inadequadas do maneio agrícola e pecuário. Assim, do ponto de vista agrícola, a erosão é
o processo que consiste no desgaste e consequente arrastamento de partes do solo por acção do
vento ou água, colocando os materiais erodidos em locais onde não podem ser aproveitados pela
agricultura. Este processo permite a perda de elementos nutritivos do solo, o que os transforma
em solos estéreis. Os processos erosivos podem atingir proporções alarmantes, podendo gerar
consequências económicas e sociais, como por exemplo, a destruição do património natural,
enormes prejuízos económicos dos cidadãos, da administração pública e das actividades privadas.

A minimização dos problemas decorrentes da erosão, passam necessariamente por medidas de


controlo dos aspectos referentes aos agentes causadores da erosão, nomeadamente, a
precipitação, os atributos dos solos, acção antrópica, que podem facilitar ou dificultar o processo
erosivo, já as actividades humanas revelam-se como principais dinamizadoras desses processos.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente  (PNUMA), uma outra
consequência decorrente do desmatamento é o aquecimento global, uma vez que removido o
manto vegetal, este deixa de cumprir com as suas funções de fixador do CO 2 emitido, cujas
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consequências repercutem-se sobre a economia, saúde e ecossistemas. A rizicultura contribui


igualmente para o aquecimento global pois como resultado da sua produção liberta-se o metano,
o chamado gás dos pântanos.

De facto, a actividade agro-pecuária conduz substituição da cobertura vegetal natural de grandes


áreas e se realizado um maneio inadequado do solo, pode originar a degradação dos solos e dos
recursos hídricos. A pecuária impacta negativamente sobre o ambiente, provocando a destruição
das florestas para abertura de pastos e campos para a alimentação do gado tendo diversas
implicações, como o comprometimento da biodiversidade e a promoção dos processos erosivos e
a desertificação. Mas a importância das florestas não se limita preservação dos recursos hídricos e
absorção de poluentes; as florestas funcionam como acumuladoras de poeiras, e de CO 2 da
atmosfera, contribuindo para a regulação do clima global.

Quando as plantas realizam fotossíntese, captam da atmosfera o CO 2 , e aproveitam este gás para
a síntese de diferentes moléculas orgânicas, incluindo os seus próprios tecidos. A queima de uma
floresta devolve atmosfera grande parte deste carbono absorvido pelas plantas. Estudos mostram
que pelo menos 70% das emissões de gases do efeito de estufa estão relacionados com o
desmatamento e a pecuária.
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A pecuária e os problemas ambientais


Os gases do efeito de estufa são principalmente o dióxido de carbono, o metano, os
clorofluorcarbonetos (CFC’s) e os Óxidos de nitrogénio. A queima de material orgânico (madeira
e combustíveis fósseis) está relacionada com a emissão de dióxido do carbono.

O nitrogénio oriundo dos resíduos animais é uma fonte importante de óxido nitroso (N2O).

As emissões de N2O dos solos ocorrem principalmente como consequência da desnitrificação a


partir do nitrogénio mineral (N). A desnitrificação consiste na redução microbiana do nitrato
(NO3) às formas intermédias de N e as formas gasosas (NO, N 2O, e N2) que são comummente
perdidas para a atmosfera. Estima-se que as emissões actuais globais de N 2O pelo Homem sejam
de cerca de 5,7 milhões de toneladas de nitrogénio por ano. As emissões directas por parte dos
animais de criação comercial (principalmente bovinos e suínos) foram estimadas em 1,6 milhões
de toneladas por ano.

A pecuária é igualmente uma das maiores fontes de emissão de gás metano para a atmosfera.

O processo de formação do giz ocorre durante o processo digestivo de fermentação entérica de


animais ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos) sendo o metano subproduto deste
processo e liberto para a atmosfera através da flatulência, arroto e eructação dos animais. Com
efeito, o gado ao consumir capim das pastagens, este fermenta dentro do organismo dos animais.

Nesse processo de fermentação, há emissão de metano pela eructação e pelas fezes e também de
óxido nitroso resultante da decomposição da urina no solo. O metano e o óxido nitroso são gases
que têm um alto potencial para aquecer mais a atmosfera terrestre comparativamente ao dióxido
de carbono.

Portanto, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o sector agro-pecuário


contribui com cerca de 13,5% do total de gases emitidos que contribuem para o aquecimento
global. Um estudo da FAO afirma igualmente que os bovinos geram mais gases de estufa que o
sector dos transportes. Esta entidade aponta ainda ser a principal causa da degradação do solo e
dos recursos hídricos. Para ela, a pecuária é responsável por 9% de todo o CO 2 oriundo das
actividades humanas e 65% do óxido nitroso, que tem 296 vezes mais potencial de aquecimento
global (GPW na sigla inglesa).
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Outra consequência negativa decorrente da pecuária é a erosão dos solos resultante do pisoteio do
gado. Quando o número de cabeças de gado é grande e ultrapassa a capacidade de carga dos
ecossistemas, ocorre por um lado a compactação dos solos em resultado do pisoteio e a erosão,
por outro, se o gado movimentar-se dos locais de pasto para os de abeberamento, atravessando as
veredas dispostas perpendicularmente as curvas de nível. Relativamente erosão, o seu combate
passa pelo:

 Terreceamento, que consiste em fazer cortes, formando degraus nas encostas das
montanhas, para quebrar a velocidade do escoamento da água e o processo erosivo. Essa
técnica é muito comum em países asiáticos como China, Japão e Tailândia.
 Curvas de nível, que consiste em arar o solo e depois fazer a sementeira seguindo as
cotas altimétricas do terreno. O cultivo seguindo as curvas de nível é feito em terrenos de
baixo declive.
 Associação de culturas, em que se plantam várias culturas entre uma fileira e outra,
especialmente algumas espécies de leguminosas que recobrem o terreno. Essa técnica
além de evitar a erosão, garante o equilíbrio ecológico.
 Educação ambiental que consiste na sensibilização das comunidades e de todos os
profissionais envolvidos nestas actividades, no sentido de tudo fazerem para evitar acções
danosas ao meio ambiente.
 Substituição ou redução da criação de gado bovino por outro menos poluente.
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Conclusão
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Referencias Bibliografias
MANSO, Francisco Jorge; VICTOR, Ringo. Geografia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição.
Longman Moçambique, Maputo, 2010.

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