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SEMINÁRIO

OPÇÕES ESTRATÉGICAS NA CADEIA DE BIOCOMBUSTÍVEIS 19/09/2005


Fundação Getúlio Vargas / Instituto Brasileiro de Economia

BIOCOMBUSTÍVEIS:

O Caminho da Sustentabilidade

FUNDAÇÃO BRASILEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


BIOCOMBUSTÍVEIS: 19/09/2005
O Caminho da Sustentabilidade

SUMÁRIO

1. Reservas Fósseis, insustentáveis a médio e longo prazo


2. Etanol – um caso de sucesso brasileiro
3. Biodiesel – mais um possível caso de sucesso ?
4. O Futuro com Hidrogênio
5. Comentários Finais

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RESERVAS E CONSUMO MUNDIAL
19/09/2005
DE ENERGIA PRIMÁRIA (2001)

Fonte Consumo de Porcentagem do Reservas Relação


Primária Energia Consumo Total Provadas Reserva Estática
Primária De Energia / Produção
(109 tonelada Primária (109 tonelada
equivalente de (%) equivalente de (anos)
petróleo,Gtep) petróleo,Gtep)
(1)
Petróleo 3,51 35,1 143 41
Gás Natural 2,16 21,7 138 64
Carvão 2,26 22,6 566 251
Grandes Hidro 0,23 2,3 Renovável

Biomassa 0,93 9,3 Renovável


Tradicional
“Novas” 0,21 2,2 Renovável
Renováveis

Fonte: World Energy Assessment/ UNDP2004

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RESERVAS E PRODUÇÃO DE ENERGIA PRIMÁRIA
19/09/2005
BRASIL (2003)

Fonte Primária Medidas/ Inferidas/ TOTAL Equivalência Produçã Relação


Indicadas/ Estimadas Energética o Reserva –
Inventariadas (103 tep) Anual Produção
(103 tep) (anos)
Petróleo (103 m³) 1.685.518 459.783 2.145.301 1.500.111 77.246 19,4
Gás Natural (106 m³) 245.340 106.275 351.615 243.623 15.675 15,5
Carvão Mineral in situ (106 t) 10.108 22.240 32.348 3.944.070 1.822 2.164

Hidráulica (GW ano) 93 51 144 236.003 / ano 26.201 renovável

Fonte: BEN/ MME 2004

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Consumo de Energia por Setor de Atividade,
19/09/2005
no Brasil (2003) e no Mundo (2002)

BRASIL (2003) MUNDO (2002)


Agricultura
Setor Agropec Comercial Comercial
Residencial
Energético 5% 3% Residencial
12% Público
9% 2% Outros
18%

Industrial
21%

Industrial Transporte
41% 28% Transporte
61%

Fonte: BEN 2004/MME e AIE (2004)

5
Evolução do Consumo Mundial de Petróleo,
19/09/2005
Por Setor (1971-2003, Mtep)

Fonte: International Energy Agency (2005)

**
(*) Outros Setores: Agricultura, Comercial, Residencial, Serviços Públicos
(**) Non-energy use: solventes, lubificantes, betume, parafinas, etc.

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Evolução Histórica e Prevista das Emissões Mundiais
19/09/2005
de CO2 por tipo de Combustível (1970-2025)

Fonte: DOE/EIA 2002

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Principais Gases de Efeito Estufa, 19/09/2005
Tempo de Permanência e Contribuições

Principais Gases de Efeito Estufa, seus Tempos de Vida ou Permanência,


Potencial de Aquecimento Global e Contribuição ao Aquecimento Global:

T. Vida(anos) Pot. Aquecimento Contribuição


- Dióxido de Carbono (CO2) 50-200 1 70%
- Metano (CH4) 12 23 15%
- Óxido Nitroso (N2O) 114 296 6%

Fonte: IPCC 2001

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EMISSÕES DE CO2 ORIUNDAS DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS NO BRASIL,
19/09/2005
POR SETOR (dados em 10³x toneladas – 1994)

100.000

90.000

80.000

70.000

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

0
Setor Setor Setor Setor Setor Outros
Energético Industrial Transporte Residencial Agricultura Setores
Fonte: BEN 2004/MME

9
Emissões de CO2 por Setor No Brasil 19/09/2005
Dados de 1994 — em %

Queima de Queima de
Combustíveis Combustíveis
Queima de
Indústria Transporte
Combustíveis
7% 9%
Outros Setores
6%

Emissões Fugitivas
1%

Processos
Industriais
2%

Mudança no Uso da
Terra e Florestas
75%

Fonte: MCT 2004

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Evolução das Emissões de Dióxido de Carbono 19/09/2005
no Mundo (milhões de toneladas de CO2)

14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0
1990 2000 2010
INDUSTRIALIZADO DESENVOLVIMENTO LESTE EUROPEU

Fonte: DOE/USA- BEN 2004/MME

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Curva de Aprendizado na Produção de Etanol – Maior
Produtividade e Maior Escala Aumentam a Competitividade 19/09/2005
(J Goldemberg, 2003)
100
Market
Conditions

trend (Ethanol
US$ / GJ (october/2002)

prices)
Ethanol
1980
producers Brazil
1986 1996
10 2002

1990
1993

1999
Gasoline
trend (Rotterdam (Rotterdam)
gasoline prices)

1 50000 100000 150000 200000 250000


0 Accumulated Production of ethanol ( 1000 m³)

12
Brasil – Condições Naturais Privilegiadas para a
19/09/2005
Produção de Biocombustíveis

-30°

Fonte: OilWorld/Agropalma 2004

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Espécies mais Promissoras para a Produção de 19/09/2005
Biodiesel no Brasil

Soja 400 litros/ha/ano

Mamona 1.200 litros/ha/ano

Macaúba 4.000 litros/ha/ano

Dendê 5.950 litros/ha/ano Babaçú 1.600 litros/ha/ano

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ÓLEO VEGETAL PARA A PRODUÇÃO DE DIESEL
NO BRASIL – CENÁRIO POSSÍVEL 19/09/2005
(ref.: EMBRAPA)

¾ Consumo Anual de Óleo Diesel (Ano 2003) :


37 bilhões de litros

¾ Área Plantada para (B5), 5% de Biodiesel e 95% de Óleo Diesel Convencional:


3 milhões de hectares
¾ Área Plantada para (B10), 10% de Biodiesel e 90% de Óleo Diesel Convencional:

6 milhões de hectares
¾ Área Plantada para (B100), 100% Biodiesel :
60 milhões de hectares

Espécies consideradas para esta Projeção:


Óleo de Dendê na Região Norte;
Òleo de Mamona na Região Nordeste;
Óleo de Soja na Região Sul- Sudeste
- Centro
- Oeste

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Arco de Desmatamento –
Uma Opção para a Produção de Oleaginosas pelo 19/09/2005
Aproveitamento de Áreas Degradadas

Área Total Desmatada na Amazônia Legal: aprox. 65 Milhões de hectares

Dematamento 2002/2003

Dematamento até 2002

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Comparação do Custo de Produção de Óleo Vegetal
19/09/2005
com o Preço de Venda do Óleo Diesel no Brasil

¾ O custo de produção estimado para 1 milhão de litros de óleo


vegetal (soja) é da ordem de US$400 mil

¾ O custo de 1 milhão de litros de óleo Diesel para o consumidor


final, a prêço médio do varejo (Rio de Janeiro, ano 2003), é de
aproximadamente US$ 480 mil

¾ Deve-se levar em consideração que o Poder Calorífico do


Biodiesel (de 9.520 a 9.046 kcal/kg) é de 12 a 16% menor que o
do Diesel convencional (de 10.824 kcal/kg).

17
Transição de Sistemas de Energia-
Sólido, Líquido e Gasoso 19/09/2005

18
A Evolução da Economia do Hidrogênio
Vista dos Estados Unidos 19/09/2005

No caso do Brasil, a transição para uma futura Economia do Hidrogênio já


é feita através do veículos flex-fuel e por meio da introdução do biodiesel

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Matérias Primas e Processos Alternativos
para a Produção de Hidrogênio 19/09/2005

1
2

6
4
5

Os processos de produção de 4, 5, 6 e 7 são sustentáveis,


pois, usam insumos químicos e energéticos renováveis.
Já 1, 2 e 3 usam recursos fósseis, não-renováveis 20
Produção de Hidrogênio por 19/09/2005
Pirólise Rápida de Biomassa e Energia Solar

Alimentação
com a
pellets de
madeira

Energia
Solar
Reator
Carbonato
Campo de Potássio (K2CO3) e
H2 + CO
de Sódio (Na2CO3)
solar
a ≅ 1.000ºC

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Contatos 19/09/2005

Israel Klabin
Presidente
Conselho Curador da FBDS
ikla@fbds.org.br

Agenor O. F. Mundim
Coordenador de Projetos — Energia
amundim@fbds.org.br

FBDS- Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável


Rua Eng. Álvaro Niemeyer, 76 – São Conrado
22610
- 180 Rio de Janeiro – RJ
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- 4520 – Fax: (21) 3322
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