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1ª NIPE Week

Gestão de energia, água e emissões


na indústria

FEM/Curso de Planejamento de Sistemas Energéticos


Flávio Roberto Mathias
Orientador: prof. Sérgio Bajay
Campinas / SP
Julho / 2019
Introdução
GESTÃO DA ENERGIA EMISSÕES

DESENVOLVIMENTO SEGURANÇA
ECONÔMICO ENERGÉTICA

PRESERVAÇÃO AUMENTO DA
AMBIENTAL PRODUTIVIDADE

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA / HÍDRICA

SETOR INDUSTRIAL
MUDANÇAS
CLIMÁTICAS 2
VISÃO INTEGRADA
Gestão da Energia
(Eficiência
Energética)

Gestão das
Emissões (GEE e
Mudanças
Climáticas)
Gestão da Água e
Efluentes
(Eficiência
Hídrica)

Desenvolvimento
Economia,
Sociedade
e
Meio Ambiente
Sustentável Integridade,
Confiabilidade e
(Políticas e
Segurança de
Legislação)
Processo
(O&M)

Gestão dos Resíduos


Pós – Consumo Matéria Prima
(Contaminação, Renovável,
Reuso e Energia e Água
Reciclagem) (Redução das
Perdas)

Fonte: Elaboração própria


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Exemplo de fluxo de materiais, energia, água, resíduos e emissões
decorrentes de processos de produção

INVESTIMENTO
TECNOLOGIA
UTILIDADES GESTÃO

ENERGIA ENERGIA ENERGIA ENERGIA ENERGIA


ÁGUA ÁGUA ÁGUA ÁGUA ÁGUA

MATERIAIS PRODUÇÃO PRODUTO MERCADO DISPOSIÇÃO

• Logística • O&M • Armazenamento • Consumo • Rejeitos


REUSO

PERDAS PERDAS PERDAS PERDAS


GESTÃO GERAR
ENERGIA EMISSÕES ENERGIA
REUSO ÁGUA
GESTÃO GESTÃO GESTÃO GESTÃO GESTÃO
RESÍDUOS GERAR RESÍDUOS RESÍDUOS RESÍDUOS
RESÍDUOS
ENERGIA
REUSO

RECICLAGEM

INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Fonte: Elaboração própria com base em ICCA (2016)

4
Distribuição percentual do consumo de energia primária
no Brasil por setor em 2017

4
4,8
5,8 Indústria
Transporte
9,6 33,3 Setor Energético
Residências
10 Não Energético
Serviços
Agropecuária
32,5

Fonte: Elaboração própria com base em EPE/MME (BEN 2018)


5
Indústria de Transformação: participação dos segmentos
industriais no consumo final de energia em 2017

1%
SETOR INDUSTRIAL
ALIMENTOS E BEBIDAS

2% 9% FERRO GUSA E AÇO


SEGMENTOS ENERGO-INTENSIVOS:
• Siderurgia (Ferro Gusa e Aço)
• Papel e Celulose
5% 29%
PAPEL E CELULOSE
• Química (Insumos Básicos e
Amônia)
5% QUÍMICA
• Não metálicos (Cimento)
• Não Ferrosos e outros metalúrgicos
NÃO-FERROSOS E OUTROS
(Alumínio)
7% METALÚRGICOS
CIMENTO
SEGMENTOS NÃO ENERGO-
CERÂMICA INTENSIVOS:
8% • Alimentos e Bebidas
FERRO LIGAS • Cerâmica
19% • Têxtil
TÊXTIL • Construção
15% • Mineração
OUTRAS INDÚSTRIAS • Máquinas e Equipamentos
• Outras Indústrias

Fonte: Elaboração própria com base em EPE/MME (BEN 2018)


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DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA
MUNDO E BRASIL
Distribuição do consumo de água por setores no mundo

2003¹ (países 2003¹ (países


MUNDO 1999¹ 2010²
desenvolvidos) subdesenvolvidos)
Doméstico 5% 11% 8% 10%
Industrial 7% 30% 10% 21%
Agrícola 88% 59% 82% 69%

Fonte: Elaboração própria com base em Telles e Costa (2010)¹ e Libânio (2010)²

Distribuição do consumo de água por setores no Brasil

BRASIL 2002¹ 2010²

Doméstico 17,9% 30%

Urbano 27%

Rural 3%

Industrial 14% 18%

Agrícola 68,1% 52%

Pecuária 5,4% 6%

Irrigação 62,7% 46%

Fonte: Elaboração própria com base em Mierzwa e Hespanhol (2005)¹


e Libânio (2010)²
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Evolução da participação das emissões brasileiras no período de 1990-2015 e
a distribuição entre os setores avaliados em 2015

100%
2015
90%
Tratamento de Resíduos

80%
Processos Industriais 5%
70% 7%
24%
60%
Energia
50%

40%
Agropecuária 33%
30%

20% 31%
Uso da terra, Mudança do
10% Uso da Terra e Florestas
0%
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015

Decreto Nº 9.172/2017 oficializou o Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE) que está sob a responsabilidade do MCTIC
como instrumento oficial para disponibilização dos resultados de emissões de GEE, que incluem as estimativas anuais.

Fonte: MCTIC 4Ed Estimativas (2017b)

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GESTÃO DA ENERGIA

CONTRATOS PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

CICE (COMISSÃO INTERNA DE


INVESTIMENTOS
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA)

SISTEMAS DE CONTROLE UTILIDADES PRODUÇÃO EFICIÊNCIA


ENERGÉTICA

DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO GERAÇÃO E


DISTRIBUIÇÃO DE TREINAMENTO E
ELIMINAÇÃO DOS REDUÇÃO
ENERGIA CAPACITAÇÃO
MEDIÇÃO & VERIFICAÇÃO DESPERDÍCIOS DAS PERDAS

ÁGUA / EFLUENTES IMPLANTAÇÃO


PLANO DE AUDITORIA TRATAMENTO E OPERAÇÃO DAS MELHORES
REUSO PRÁTICAS

RELATÓRIOS GERENCIAIS MANUTENÇÃO


RESÍDUOS IDENTIFICAÇÃO,
APROVEITAMENTO ANÁLISE E
ENERGÉTICO PROJETO IMPLANTAÇÃO
DE MELHORIAS
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
REDUÇÃO DAS
EMISSÕES GEE REDUÇÃO DOS
INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA CUSTOS DE
PRODUÇÃO

Fonte: Elaboração própria 9


Ilustração de sistemas operacionais da unidade de utilidades na indústria

Água Geração de Vapor Efluentes e Resíduos Operação e Manutenção (O&M)


Água Bruta Caldeiras Líquidos Procedimentos Operacionais
Captação Sistema de alimentação de água Coleta Procedimentos de Manutenção
Água Clarificada Bombeamento Armazenamento Planos de Manutenção
Coagulação Sistema alimentação de ar Tratamento / Aeração Plano de Inspeção (NR-13)
Floculação Pré-aquecimento do ar M&V da qualidade
Decantação Sistema de alimentação de Combustíveis Descarte
Filtação Pré-aquecimento do combustível Água de reuso Subestação (O&M)
Água Potável Controle gases da combustão Tratamento Procedimentos Operacionais
Água Desmineralizada Sistema de Controle de Processo M&V da qualidade da água Procedimentos de Manutenção
Sistema de Controle de Processo Malha de controle Recirculação Planos de Manutenção (NR-10)
Malha de controle Instrumentação de Segurança Sistema de Distribuição
M&V da qualidade da água Válvulas de segurança Tubulações
Sistema de Segurança (água de incêndio) Vapor Bombeamento HVAC (O&M)
Armazenamento Header de vapor Sólidos Procedimentos Operacionais
Bombeamento Válvulas redutoras de pressão Coleta e classificação Procedimentos de Manutenção
Sistema de armazenamento Turbinas / Geradores Armazenamento Planos de Manutenção
Sistema de refrigeração Válvulas de segurança Descarte controlado
Torre de resfriamento Sistema de Distribuição Incineração
Sistema de Distribuição Tubulações Armazenamento Vácuo
Tubulações Válvulas de controle Caldeira de recuperação Procedimentos Operacionais
Válvulas de controle Instrumentação Flare Procedimentos de Manutenção
Instrumentação Purgadores / Rede de Condensado Planos de Manutenção
Rede de trocadores de calor Rede de trocadores de calor Gases Industriais
Oxigênio, Nitrogênio,
Isolamento térmico e refratário Hidrogênio, GN, etc.

Fonte: Elaboração própria 10


SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA PERFORMANCE (INDÚSTRIA 4.0)

O&M CONFIABILIDADE
PROCESSO / PRODUÇÃO EQUIPAMENTOS
TURBINA A
SEGURANÇA
VAPOR
QUALIDADE
ENERGIA
PRODUTIVIDADE
OTIMIZAÇÃO
CUSTO
EMISSÕES COLUNAS

PSV
ÁGUA

M&V – IIoT (Industrial Internet of Things)


RD Incorpora o aprendizado das máquina e tecnologia de
big data, utilizando sensores de dados machine-to-
machine (M2M), novas tecnologias de comunicação
(wireless) e de automação (processos de produção e
VASOS DE PRESSÃO monitoramento de equipamentos)

BOMBAS TUBULAÇÃO

PURGADORES TORRE DE RESFRIAMENTO


BOMBA
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Fonte: Elaboração própria com base em Emerson
COMPETITIVIDADE

Materiais
Emissões
Produção
Energia
Industrial Produtos e Serviços

Água
Perdas

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= ã í , ( #- $$# = ( #'%çã#
.
- Um menor consumo específico de energia e água aumenta a
Por melhor que seja a eficiência nos processos de
eficiência do processo e contribui para o aumento da
produção de uma empresa se não houver a venda dos
produtividade;
produtos e serviços (faturamento) a produtividade será
- Uma menor emissão específica de GEE contribui para evitar as
menor.
mudanças climáticas.
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CUSTOS NA INDÚSTRIA TRANSFORMAÇÃO

Na indústria de transformação os custos


Despesas com arrendamento mercantil 0,1% das operações industriais representam:
Água e esgoto 0,2% • 46,1% do total de custos e despesas;
• 51,5 % do total das receita líquida de
Impostos e taxas 0,6% venda.
Consumo de peças, acessórios e pequenas ferramentas 0,9%
Em 2016 os custos na indústria de
Despesas com vendas, inclusive comissões 2,1%
transformação brasileira associados com a
Compras de energia elétrica e consumo de combustíveis 2,3% compra de energia elétrica e o consumo de
combustíveis, e com água / esgoto foram de,
Aluguéis e arrendamentos 2,5%
respectivamente, R$ 69,8 bilhões (US$ 20.2
Despesas não-operacionais 2,6% bilhões) e R$ 5,5 bilhões (US$ 1.6 bilhões), .
Serviços industriais prestados por terceiros e de manutenção 2,9%

Custo das mercadorias adquiridas para revenda 6,8%

Demais custos e despesas operacionais 9,8%

Gastos de pessoal 14,0%

Depreciação 15,2%

Consumo de matérias-primas, materiais auxiliares e componentes 40,0%

Participação percentual da estrutura dos custos e despesas nas industrias de transformação do Setor
Industrial Brasileiro em 2016

Fonte: Elaboração própria com base em IBGE-PIA Empresa (Classificação CNAE 2.0)

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Evolução global das certificações dos sistemas de gestão nos
primeiros 7 anos após o lançamento das normas

400
Lançamento das Normas:
344 • 1993: ISO 9.001
350 • 1999: ISO 14.001
Certificações Sistemas de Gestão (10³)

• 2011: ISO 50.001


300

250
ISO 9.001 (Qualidade)
200
ISO 14.001 (Meio Ambiente)

150 ISO 50.001 (Energia)


111

100

47
50 22,9
20,2
14 12,0
6,8

0
1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7 ano

Certificação Sistemas de Gestão


1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7 ano Taxa de crescimento
(10³ certificações)
ISO 9.001 (Qualidade) 47 70 127 163 223 272 344 33% aa
ISO 14.001 (Meio Ambiente) 14 23 36 49 65 91 111 34% aa
ISO 50.001 (Energia) 0,5 2,2 4,8 6,8 12,0 20,2 22,9 73% aa

Fonte: Elaboração própria com base em ISO. (2018)

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ISO 50.001 – Sistemas de Gestão da Energia
Fabricação de coque e produtos petrolíferos
99
refinados
Africa 0,3%
Empresas de impressão 117
América do Norte 0,6%
Têxteis e produtos têxteis 133
América Central / América do
0,6%
Sul
Farmacêutica 175
Oriente Médio 1,3%
Produtos minerais não metálicos 197
Ásia Central e do Sul 3,1%
Concreto, cimento, cal, gesso, etc. 232
Asia Oriental e Pacífico 11,0%
Celulose, papel e produtos de papel 275
Europa 83,2%
Mineração e pedreiras 307

Produtos de borracha e plástico 826


Participação por continente no total de
certificações pela Norma ISO 50.001 (SGE) em 2017 Produtos químicos e fibras 888
(Total certificações = 22.870)
Alimentos, bebidas e tabaco 923

Metal básico e produtos fabricados de metal 1302

Construção 1 Total de Certificações pela norma ISO 50.001 do SGE para os segmentos
Produtos Químicos 1 industriais selecionados até 2017
Produtos de Couro 1
Transporte e Armazenamento 2 49
Equipamentos Elétricos 3 33
23 22
Combustível Nuclear 3 15
Metalurgia 4 2 5
Máquinas e Equipamentos 7
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Nº de Certificações no Brasil de SGE por Nº Total de Certificações no Brasil de SGE 15
segmentos industriais em 2015 (22) no período de 2011-2017
Conclusão

Custo Total Energia

Menor
Custo com Energia
Custos Totais (Energia)

Custo para Melhorar a


Eficiência Energética (Gestão
e Tecnologia)

Custo das Perdas INTEGRAÇÃO DAS NORMAS


Energéticas
DA SÉRIE ISO
9.001
Eficiência Energética 14.001
45.001
50.001
Eliminar desperdícios;
55.000
Reduzir as perdas e aumentar a confiabilidade;
Integrar os Sistemas de Gestão;
Implantar inovações tecnológicas (reduzir o consumo específico de energia, água e
as emissões GEE) 16 Fonte: Elaboração própria
OBRIGADO!

FLÁVIO ROBERTO MATHIAS


Tel.: (19) 99752-0556 / e-mail: frmathias@uol.com.br

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