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Painel 6 – AS FERRAMENTAS DE APOIO À

TOMADA DE DECISÃO PARA SELEÇÃO DE


TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS EM ETES

07 a 09 de Novembro de 2018
Curitiba - PR

Análise de ciclo de vida no


tratamento de esgoto: critérios e
exemplos de aplicação
Katia Gonçalves Gutierrez - UFAM
Sumário

1. Impactos ambientais em tratamento de esgoto doméstico


2. A ACV como uma metodologia de tomada de decisão
3. Estudo de caso: ETE Arrudas – COPASA
4. Exemplos de uso entre escolhas entre rotas de gerenciamento de
subprodutos

1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto 2


Sistemas de esgotamento sanitário (?)

1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto 3


Tratamento de esgoto
doméstico

1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto


Avaliação de ciclo de vida - ACV
Entradas Saídas

Emissões
Aquisição matérias primas para o ar

Matérias
primas Descargas
para a água
Fabricação

Resíduos
Sólidos

Utilização/Reutilização/Manutenção

Energia Coprodutos

Reciclagem/Gestão do resíduo
Outras
descargas
ambientais

Limite do sistema

Estágios do ciclo de vida do produto.


Fonte: adaptado de USEPA, 2006.

Expande a análise ambiental – solo e ar


1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto 5
Avaliação de ciclo de vida - ACV
OsAresultados
ACV é uma são apresentados
metodologia que de formaarelativa:
permite, partir
de um inventário de fluxos de massa e energia, a
O sistema com ode
verificação piorpontos
desempenho
críticos, seexpressos
apresentaemcom
100% dosde
termos IA potencial
e os demais são referenciados
de impacto a esse.
ambiental (IA).

Operação do sistema de tratamento


Estudo de caso: ETE ARRUDAS – COPASA

1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto 7


FLUXO DE ENERGIA: REFERENTE AO CONSUMO TOTAL DA ETE

Tratamento Primário: 1,3% Tratamento Secundário: 82%

Iluminação e outros: 3,7% Tratamento do Lodo: 13%

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ACV COMPARATIVA:
COGERAÇÃO

Cenário base: situação que representa a condição da ETE no ano de 2009, com
queima de biogás em flare e envio de todo lodo desidratado em centrífuga (70% de
umidade) para aterro sanitário.

Cenário com cogeração: retrata a condição da ETE com uso do biogás para produção
de energia elétrica (consumo integral) e térmica (uso parcial – aumento da
temperatura nos digestores), e envio de lodo desidratado (65% de umidade) para
aterro sanitário – iniciado no ano de 2011.
*Produção excedente de 58% da energia térmica requerida pela ETE, ou 16.397
kWh/dia (59.030 MJ/dia)

Cenário cogeração 1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto


com A. T. 100%: situação que retrata o aproveitamento integral 9

da energia elétrica e térmica produzida na cogeração, sendo o lodo, após secagem


térmica (umidade de 48%), enviado para aterro sanitário.
100%

80%

60%

40%

20%

0%
MC DCO AT EUT TH FOF ECT ECA CED

-20%
SEM DESTINAÇÃO DO LODO – somente operação do sistema
Cenário base Cenário cogeração Cenário cogeração com A. T. 100%

Impactos relacionados à operação da ETE Arrudas em função dos cenários analisados


100%

80%

60%

40%

20%

0%
MC DCO AT EUT TH FOF ECT ECA CED
-20%
COM DESTINAÇÃO
1º Seminário Nacional sobre EstaçõesDO
Cenário base Cenário cogeração
LODO
Sustentáveis A ATERRO
de Tratamento de Esgoto
Cenário cogeração com A. T. 100%
10
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
MC DCO AT EUT TH FOF ECT ECA CED

SEM DESTINAÇÃO DO LODO – somente operação do sistema


Decantador primário Reator biológico Decantador secundário Adensador Digestores anaeróbios Centrífuga Flare (ETE) Efluente final

Impactos relacionados à operação da ETE Arrudas – Operações unitárias/ destinação


100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
MC DCO AT EUT TH FOF ECT ECA CED
COM DESTINAÇÃO DO LODO A ATERRO
Decantador primário Reator biológico Decantador secundário Adensador Digestores anaeróbios
Centrífuga
1º Seminário Nacional sobreEfluente
Flare (ETE)
Estações Sustentáveis de Tratamento
final
de Esgoto
Transporte para o aterro Aterro Sanitário
11
COGERAÇÃO ETE ARRUDAS:
CONCLUSÕES
A análise em duas situações distintas, com e sem a destinação do lodo, mostrou-se importante
para entendimento dos potenciais de impacto. Assim como a avaliação exclusiva à operação da
ETE, já que a destinação do lodo pormenorizou impactos importantes graficamente;

A grande remoção de umidade (de 65% para 48%) propiciada na secagem térmica observada
no cenário cogeração 100% A. T. ampliou os benefícios da cogeração, oportunizando, além do
ganho energético, uma menor massa de lodo a ser transportada;

Especula-se; ainda, que este cenário poderia ter resultados melhores se o lodo fosse usado
como biofertilizante, por exemplo, já que a exposição a altas temperaturas poderia resultar na
higienização deste lodo.
A ETE Arrudas, apesar de não aproveitar todo o potencial térmico que produz, mostrou-se uma
estação eficiente do ponto de vista ambiental. Por exemplo, a ETE já apresentava consumo
energético inferior ao esperado para plantas semelhantes mesmo à época do cenário base com
queima em flare e operação em subcapacidade.

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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL DE DOIS SISTEMAS
SIMPLIFICADOS DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO, EM
FUNÇÃO DO GERENCIAMENTO DOS SUBPRODUTOS GERADOS

UASB+SAC UASB+SAC
flare e aterro caldeira e biofertilizante

Sistemas e rotas
avaliados

UASB+FBP UASB+FBP
flare e aterro caldeira e biofertilizante

1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto 13


Legenda

1º Seminário Nacional sobre Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto 14


Impactos ambientais relacionados aos STED em função das rotas
de gerenciamento dos subprodutos lodo e biogás
100%

80%

60%

40%

20%

0%
MC DCO AT EUT TH FOF ECT ECA CED
-20%

-40%
Cal
-60%
Cal
-80%

-100%
UASB+SAC
Depleção da camada de ozônio

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Impactos ambientais
de um ambiente a outro

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Operação do sistema de tratamento


Obrigada!
katiaggutierrez@hotmail.com

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