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DESAFIOS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

Reunião com o Conselho Empresarial da FIRJAN

ANDRÉ PEPITONE DA NÓBREGA


DIRETOR - GERAL
Rio de janeiro, 13 de junho de 2019
SUMÁRIO

1) ANEEL Institucional

2) Panorama do Setor Elétrico

3) Atuação da ANEEL

4) Desafios do Setor Elétrico:

• Desoneração da tarifa de energia


• Solução para o risco hidrológico
INSTITUCIONAL
COMPETÊNCIAS DA ANEEL

SOMOS RESPONSÁVEIS PELA

Regulação Mediação Fiscalização Autorizações/Outorgações

Dos processos de Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização.

ATUAMOS PARA...

OFERECER UMA ESTIMULAR ASSEGURAR A CONCILIAR OS INCENTIVAR A UNIVERSALIZAR OS


TARIFA JUSTA COMPETIÇÃO QUALIDADE INTERESSES SUSTENTABILIDADE SERVIÇOS
DECISÕES DA ANEEL

• Decisões em regime colegiado • Deliberação dos processos com base na


análise técnica e jurídica
• Reuniões abertas e transmitidas ao vivo na
internet. • Ampla Defesa e Contraditório
Youtube: ttps://www.youtube.com/user/aneel
DIRETORIA DA ANEEL - COMPOSIÇÃO
Diretor-Geral: André Pepitone da Nóbrega
Servidor de carreira da ANEEL. Ingressou na Agência em 2000 e,
entre os cargos que exerceu, foi diretor por dois mandatos
consecutivos (2010-2014 e 2014-2018), tendo sido alçado a Diretor-
Geral em agosto de 2018.

Diretor: Sandoval Feitosa Diretor: Rodrigo Limp


Servidor de carreira da ANEEL. Ingressou na Agência em 2005, Ex-servidor de carreira da ANEEL entre 2007 e 2015,
foi assessor da Diretoria e Superintendente da SRT e SFE. Em posteriormente atuando como Consultor Legislativo da Câmara
maio de 2018, assumiu como diretor. dos Deputados na área de Recursos Minerais, Hídricos e
Energéticos. Tomou posse como Diretor na Agência em maio de
2018.

Diretor: Efraim Pereira da Cruz Diretora: Elisa Bastos


Entre 2003 e 2018, foi Diretor Presidente Interino e Diretor de Analista de sistemas, com Mestrado e Doutorado em
Operações, Procurador da Presidência, Assessor da Planejamento de Sistemas Energéticos pela Unicamp.
Presidência, Assessor da Diretoria de Gestão, todos na Trabalhou na Companhia Energética de Goiás (CELG) e na
Eletrobras Distribuição Rondônia. Em agosto de 2018, tomou Assessoria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério de
posse como diretor. Minas e Energia, entre 2015 e 2018, assumindo como diretora
em dezembro de 2018.
PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE

Abrimos as portas para a sociedade… CONTRIBUIÇÕES


 Antes de expedir os atos administrativos
(Resolução Normativa, Revisão Tarifária, entre outros) 2%
 Participação de qualquer cidadão

Participação Pública em 2018… 43%


55%
 63 Audiências e 21 Consultas
 1.134 mil interessados
 2.312 mil contribuições Agente Sociedade Poder Público
PANORAMA DO SETOR ELÉTRICO
PANORAMA DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA

RECEITA LÍQUIDA
CONSUMIDORES UNIVERSALIZAÇÃO 104 DISTRIBUIDORAS
NA DISTRIBUIÇÃO
54 CONCESSIONÁRIAS
83 milhões 171 bilhões 99,8% dos domicílios 50 PERMISSIONÁRIAS
(janeiro/2019)1 (janeiro/2019)1 (janeiro/2019)4 (janeiro/2019)5

CAPACIDADE DE GERAÇÃO
MERCADO AGENTES ASSOCIADOS
LINHAS TRANSMISSÃO 7.430 USINAS EM OPERAÇÃO Regulado: 386,2 TWh
145.925km 164,7GW INSTALADOS Livre: 167,0 TWh 7.619
(janeiro/2019)3 (abril/2019)2 (novembro/2018)5 (dezembro/2018)5

Fonte: ANEEL
CAPACIDADE INSTALADA
CAPACIDADE INSTALADA1 : 165,7 GW
RENOVÁVEL: 138,2 MW (83%) NÃO RENOVÁVEL: 27,5 GW (17%)

HIDRÁULICA GÁS/PETRÓLEO/CARVÃO
105,2 GW 25,6 GW
64% 15 %

EÓLICA NUCLEAR
15 GW 1.9 MW
9% 1,2%
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

FOTOVOLTAICA BIOMASSA 1,0 GW


15 MW
2 GW
1,2% 9% 0,6%

Fonte: ANEEL/BIG(SCG), em 11/6/2019


1: Inclui a capacidade instalada referente à geração distribuída (REN 482/2012)
ATRATIVIDADE DO SEGMENTO DE TRANSMISSÃO
Leilão N° 4, de 2018
PROJETOS CONTRATADOS
(2018 - 2023) 7.152 Km
R$ 13,2 Bi em investimentos
360 instalações
34 mil Km de Deságio médio: 46,08%
redes de transmissão Maior dos últimos 20 anos!!!

Economia para o Consumidor R$ 25 bi

R$ 60 Revisão do WACC Regulatório

Introdução de cláusulas que tratam da matriz de risco


bilhões em e disciplinam os casos fortuitos e/ou de força maior
investimentos Estabelecimento de prazos realistas e incentivos à
antecipação
ATRATIVIDADE DO SEGMENTO DE GERAÇÃO
Leilão A-6 e A-4, de 2018
PROJETOS CONTRATADOS
(2018 - 2023) 7.641 MW

337 usinas R$ 30,9 Bi em investimentos


22 mil MW de
Deságio médio: 49,83%
capacidade instalada
66% renováveis
Economia para o Consumidor R$ 105 bi

R$100 Introdução de cláusulas que tratam da matriz de risco


e disciplinam os casos fortuitos e/ou de força maior
bilhões em Estabelecimento de prazos realistas e incentivos à
investimentos antecipação
ATUAÇÃO DA ANEEL
AVANÇOS REGULATÓRIOS DA OUTORGA DE PCH
Redução do tempo médio de análise DRS*-PCH (Resolução Normativa n°673/2015)

Simplificação dos Pelo menos 5 anos


PROCESSOS E Antes de 2015
REDUÇÃO DOS
PRAZOS
143 dias
Em 2015
Foco na outorga de
autorização para 59 dias
exploração de Em 2016
PCH e UHE ≤ 50MW
37 dias
Em 2017
NÃO MAIS
na aprovação de
PROJETO BÁSICO 34 dias
Em 2018
* DRS - Despacho de Registro de Adequação do Sumário Executivo
FISCALIZAÇÃO COM FOCO NO RESULTADO

Baseado em EVIDÊNCIAS
RELATÓRIO DE RELATÓRIO
DESEMPENHO ANALÍTICO

PLANO DE
RESULTADOS
MELHORIAS Melhoria na
qualidade do
serviço

Fiscalização em 2018 ...

1.712 ações de 366 ações R$ 220 mi de


fiscalização in loco multas aplicadas
AÇÕES DE GESTÃO PARA A MELHORA DA QUALIDADE
 Definições de indicadores de eficiência da Redução de 28% no FEC nos últimos 3 anos.
qualidade nos novos contratos de concessão.
 Limitação de distribuição de dividendos
Redução de 32% no DEC nos últimos 3 anos.
DEC e FEC conjuntamente abaixo dos
 Fiscalização estratégica e Plano de Resultados
limites no ano de 2018

DEC E FEC BRASIL


25
20 17,44 17,01 16,23 15,87 15,19 14,58
15,19 14,54 13,61 13,94 13,31 12,77 12,72
15 13,19 12,47 11,77 11,30 10,33 9,52
10 9,72
18,26 18,42 18,61 18,78 18,49 18,30 18,60
15,81 14,35
5 11,27 11,31 11,21 11,17 10,60 10,08 12,63
9,86 8,87 8,20 7,10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
DEC Apurado FEC Apurado FEC Limite DEC Limite
BANDEIRA TARIFÁRIA

• Antecipar custos • Oportunidade de • Critério de


variáveis (risco resposta acionamento atual:
hidrológico, energia antecipada da GSF e PLD
de reserva, despacho demanda
termelétrico e
exposição ao MCP)
suportados entre
processos tarifários
COMUNICAÇÃO COM O CONSUMIDOR

APP ANEEL
CONSUMIDOR
Falta de luz Problemas com
a conta

Ligação Equipamento
Nova/religação queimado
Módulo “Entenda Sua
Conta”:
• Em fase experimental

• Fins educacionais (como é Denúncia Entenda sua


conta
composta a fatura de energia
AGENDA DE DESONERAÇÃO TARIFÁRIA
EVOLUÇÃO DA TARIFA MÉDIA (nominal)
Tarifa Média Nominal Brasil por Componente (R$/MWh)
550

500 22
230%
30
450 189%
43 20
10 4
400 43 39 17 106
10 96
350 91
77 82
300 10
6
8 5
250 14 77
80 6
0 2 9 80 233
0 79 73 216
200 0 75 204
0 83 82 74 77 224 206
76 78
0 72
150 0
56 133 151 189
64 125 128
100 102 110 116 157 35
93 97 132 14 15 35
80 88 13
50 65 21 22 23
18 18 20 76 82 70 79
16 19 19 18 10 12 61
9 13 18 20 26 21 23 26 33 37 32 9 19
0 10 12 14 15 16

Encargos (R$/MWh) Transmissão (R$/MWh) Energia (R$/MWh) Distribuição (R$/MWh)


Financeiros (R$/MWh) Bandeiras Tarifárias (R$/MWh) IPCA IGPM
TARIFAS RESIDENCIAIS (GRUPO B1) MÉDIA (R$ / MWh)

555 566 586

569
REGIÃO SUL REGIÃO SUDESTE REGIÃO CENTRO OESTE

BRASIL

552 623
REGIÃO NORDESTE REGIÃO NORTE

Fonte: ANEEL, atualizado em 14.04.2019


TARIFA DE ENERGIA 2018 (com impostos)

APROX. 38%
GERAÇÃO DOS CUSTOS SÃO
TRIBUTOS E SUBSÍDIOS
ICMS; 22,20%
Geração de
Energia; 36,90% PIS/COFINS
5,10%

Distribuição
18,60% Subsídios e outras
Políticas Públicas
10,40%
DISTRIBUIÇÃO TRANSMISSÃO

Transmissão; 6,80%

Fonte: ANEEL, SGT


É IDEAL QUE A TARIFA SEJA SUFICIENTE PARA?

Consumidor Distribuidor

• Receber o serviço com • Cobrir os custos


qualidade operacionais eficientes

• Pagar uma tarifa justa. • Remunerar os investimentos


necessários para expandir a
capacidade e garantir a
qualidade no atendimento
AUMENTO DOS CUSTOS NÃO FOI O ÚNICO FATOR QUE CONTRIBUIU
PARA O AUMENTO DAS TARIFAS
A tarifa é resultado de dois fatores principais:
• Custos para remunerar todo o sistema (Geração, Transmissão, Distribuição e Encargos); e
• Mercado de energia.

R$
MWh

Portanto, a evolução da tarifa depende da evolução desses dois fatores.


EVOLUÇÃO DO MERCADO DE ENERGIA

Com a crise econômica a partir de 2014,


+ 21% - 4%
(5 anos) (5 anos)
houve retração do mercado de energia
elétrica.
RESULTADO DOS FATORES
Entre 2013 e 2018 tivemos o cenário de aumento excessivo de custos acima da inflação e
redução de mercado.

Este cenário potencializou os aumentos tarifários!


EVOLUÇÃO DA TARIFA MÉDIA, EM TERMOS REAIS

TARIFA MÉDIA BRASIL A PREÇOS DE JAN/2019 PELO IPCA (R$/MWH)


600

Mudança
500
Equilíbrio tarifário Estrutural

400

300

200

100

-
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
EVOLUÇÃO DA TARIFA MÉDIA, EM TERMOS REAIS
TARIFA MÉDIA BRASIL (R$/MWH) – PREÇOS DE JANEIRO DE 2019

Desde 2012, a Tarifa Média Brasil


cresceu 20,4% em termos reais
(IPCA).
33,63 3,05 - 9,99
518,39
61,33

430,39
Custo de Geração: 14,25%

Encargos Setoriais: 7,81%

Transmissão: 0,71%

TARIFA 2012 GERAÇÃO ENCARGOS TRANSMISSÃO DISTRIBUIÇÃO TARIFA 2018 Distribuição: -2,32%
SETORIAS

Fonte: ANEEL
EVOLUÇÃO DA PARCELA DE DISTRIBUIÇÃO

Os custos do segmento de Distribuição mantiveram-se estáveis no


período, apesar dos investimentos realizados de R$ 11,2 bilhões/ano
entre 2012 e 2017.

DISTRIBUIÇÃO (R$/MWH) - A PREÇOS DE JANEIRO DE 2019 (IPCA)

119
100 101 109
100 98 100

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: ANEEL, SGT


EVOLUÇÃO DA PARCELA DE TRANSMISSÃO

TRANSMISSÃO (R$/MWH) - A PREÇOS DE JANEIRO DE 2019 (IPCA)


Portaria 120/16
37 36
33 Lei 12.783/13

14 16 17 16

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

As alterações no segmento de Transmissão decorrentes da Lei 12.783/13 resultaram em:


• Pagamento de 10 bilhões de indenizações
• Pagamento de 62 bilhões referentes aos ativos não depreciados em 2001
• Nível da receita em 2018 similar ao de 2012

Fonte: ANEEL, SGT


EVOLUÇÃO DA PARCELA DE ENERGIA
Compra de Energia (R$/MWh) - A preços de janeiro de 2019 (IPCA)
+26%

344
258 253 255 292
231 216

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

O aumento significativo de custos da geração no período se deve a diversos fatores, entre


eles:
• Crise Hídrica
• Impacto do dólar na energia de Itaipu em 2015
• Repasse do Risco Hidrológico das Lei 12.783/13 e 13.203/15
• Pagamento da bonificação das usinas cotistas da Lei 13.203/15
• Pagamento dos empréstimos devidos às exposições e geração térmica em 2013 e 2014 (CDE Energia –
Fonte: ANEEL, SGTDec. 7891/13 e Conta ACR – Dec. 7891/13)
CRISE HÍDRICA

Em 2017, foi registrado o pior nível de armazenamento do SIN desde ... durante o período entre 2013 e 2018 houve aumento da geração
1996 (histórico de 22 anos). Os níveis observados entre 2014 e 2018 térmica para evitar níveis ainda mais críticos de armazenamento.
também compõem as piores séries ...
Níveis Críticos de Armazenamento Geração Térmica do SIN (MWmed)
15869

14235

Patamar após 2013 12986

11561
10758 11068

Patamar antes de 2013 6168 6151

4162 4287

2967
2224 1990 2443 2329 2298 2132
Fonte: Histórico da Operação (ONS). Elaboração: ANEEL. 1751 1852

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: Histórico da Operação (ONS), Elaboração: ANEEL Fonte: Histórico da Operação (ONS), Elaboração: ANEEL
Despacho de Térmicas de Custos Elevados
Potência Térmica do SIN (MWmed) x CVU (R$/MWh)
1.400
Legenda: XAVANTES
1.300 Nuclear 1268,12R$/MWh
54MW
1.200 Gás / GNL
Carvão
1.100 Óleo Comb./Diesel
1.000 Biomassa / Resíduos
900 Para economizar água
800 dos reservatórios foi
SYKUE I R.SILVEIRA
700 510,12R$/MWh
30MW
723,35R$/MWh
25MW
necessário despachar o
600 PERNAMBU_III F.GASPARIAN parque térmico com
548,04R$/MWh
500 386,93R$/MWh
201MW FIGUEIRA
572MW custos mais elevados.
400 J.LACERDA A1 486,49R$/MWh
ERB CANDEIAS 238,56R$/MWh 20MW
300 60,00R$/MWhNORTEFLU-1 100MW CISFRAMA
17MW 60,60R$/MWh 284,91R$/MWh
200 ANGRA 1 4MW
400MW
31,17R$/MWh
100 640MW PAMPA SUL
0 ANGRA 2 52,50R$/MWh
20,12R$/MWh 345MW
0 1350MW
5.000 10.000 15.000 20.000 25.000
Potência (MW)
Fonte: ONS, Elaboração: ANEEL
EVOLUÇÃO DOS SUBSÍDIOS (ORÇAMENTO CONTA-CDE)
A nova sistemática da CDE prevê o aporte de recursos da União, o que garantiu a redução de 20% nas tarifas proposta pela MP
579. No entanto, com o agravamento da crise fiscal, os repasses da União cessaram em 2015, culminando no aumento das
tarifas.
30 bi

25,2
25 bi

20,0 20,2
20 bi 18,1 18,3
BILHÕES (R$)

14,1
1,7
18,9
15,9
15 bi
1,0 16,2
11,9 9,3 14,2
10 bi 8,5 11,8

5 bi
4,6 6,3 6,4 6,6 5,8
4,6 4,0

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019


Outros Recursos do Tesouro Tarifa (TUSD)
Fonte: ANEEL, SGT
EVOLUÇÃO DOS SUBSÍDIOS (DESCONTOS TARIFÁRIOS)

O custo da politica pública


TIPO DE DESCONTOS TARIFÁRIOS POR ANO (R$ BILHÕES)
12,0
(Desconto no fio) passou de 5,5 bi
10,8 10,4 em 2013 para 10,4 bi em 2018.
10,0 9,3 0,7
0,8
7,8 8,1 0,7 2,4
2,4
Participação nas tarifas vigentes
8,0
0,7
6,4 0,7 2,5
6,0
5,5 0,5 2,2 2,2 2,9 (Descontos Tarifários)
3,0

6,0%
0,5
2,1 2,6
4,0 2,2 2,8 2,6
3,0 2,3
2,0 1,9
2,0 1,7 0,9 1,1
0,7
0,6
0,5 0,6 0,8 0,8 0,9 Variação Anual do Subsídio
0,4 0,5
Consumidor Fonte Incentivada
-

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019


Irrigação e Aquicultura
Consumidor Fonte Incentivada
Geração Fonte Incentivada
Rural
Distribuidora Suprida
Baixa Renda
39,3%
Água-esgoto-saneamento

Fonte: ANEEL, SGT


HISTÓRICO
Aumento do
Custo de Energia
Risco Hidrológico
Fim de contratos EE
12º, 13º Leilões
RTE 2015 Repactuadas
Aneel Lei 13.203/15 Revisão das Cotas
PLD elevado
Aporte Parcial Retorno de de GF
do Tesouro na Risco Hidrológico RBSE
Exposição das Bonificação – Lei 12.783
03
CDE 06 de Cotas e Itaipu 09 Usinas cotistas Lei 12.783 Port. MME 418/13
Distribuidoras e
EVENTOS

Déficit da CDE Port. MME 120/16 REN 818/18


Lei 12.783/13 Lei 13.203/15
acionamento de Exposição das Empréstimos Revisão da CDE
RTE 2013 térmicas Distribuidoras e Descasamento da devido aos
04 Dólar Itaipu às Designadas 12 14
MP 579/12 Não realização do acionamento de 07
Conjuntura
10 Conta Bandeiras Subsídios
Lei 13.360/16
Lei 12.783/13 Leilão A-1 em 2012 térmicas Econômica devido ao GSF Aneel
Port. MME 388/16
Condição hidrológica

01 02 05 08 11 13 15

2013 2014 2015 2016 2017 2018

01 03 04 06 09 12 14
GSF
CONSEQUÊNCIAS

REDUÇÃOTARIFÁRIA Energia 2014 Aporte CDE Aumento Tarifário RBSE Usinas Cotistas
- 18% R$ 2,5 bi não + 39% R$ 14,4 bi R$ 13,6 bi (2017-2018) R$ 0,6 bi em 2018
R$ 14,6 bi 10
Pagto pelo Tesouro Repassados pelo na tarifa média (2016 e 2018 ) R$ 62 bi (total) R$ 1,3 bi/ano
Aumento de 27% no
e RGR: preço médio Tesouro a serem 07 RBO 15
Indenizações: R$ 17,2 bi 13
pagos em 2015 R$ 7 bi (2016-2018)
Aporte CDE: 8,46 bi Aumento da Cota
05 GSF R$ 84 bi em 30 anos Aumento das
05 R$ 1,9 bi para pagto
02 R$ 30,1 bi Bandeiras entre set-dez/18
CONTA ACR (2015 e 2018 ) 11 R$ 4,7 bi
CDE ENERGIA Dec. 7891/13
18º Leilão/2015 08
Empréstimos Impacto em 2018
Dec. 7891/13 R$ 31,4 bi (2015-2018) R$ 3,3 bi
R$ 14,1 bi R$ xx bi (total) em 6 meses Itaipu RGR
Início do pagamento R$ 17,1 R$ 4,8 bi
em 2015 até 2018 (2015 -2018) (2016-2018)
DESPESAS ADICIONAIS DESDE A MP 579/12

PAGA PELO CONSUMIDOR PAGA PELO TESOURO E RGR


Relacionados com a MP 579/12 Relacionados com a MP 579/12
LEI / DEC Item R$ (2014-2018) LEI ITEM R$ (2013-2015)
Não realização do Leilão 12.783/13 Indenizações Transmissão 10.085.474.972
Energia 2014 14.630.610.135
A-1 em 2012
12.783/13 Indenizações Geração 7.077.666.750
Lei 12.783/13 Risco Hidrológico 44.590.000.000
Lei 13.203/15 Usinas Cotistas (Bonificação) 6.959.856.754 12.783/13 CDE 17.764.676.303
CONSEQUÊNCIA

Lei 12.783/13 e Port. TOTAL 34.927.818.025


Transmissão (RBSE) 13.629.567.358
MME 120/16
Dec. 7891/13 Empréstimos (CDE/ACR) 45.471.000.000
Lei 12.783/13 e Port.
Usinas Cotistas (Melhorias) 657.405.568
MME 418/13
TOTAL 125.938.439.815

Outras Despesas Despesas Adicionais


LEI / DEC Item
Crescimentos Subsídios Encargos - subsídios
R$ (2014-2018)
15.589.717.000
(2013 – 2018)

198,4 bi
Conjuntura Econômica Itaipu (dólar) 17.164.409.813
Lei 13.360/16 e Port. RGR (empréstimos
4.779.885.450
MME 388/16 designadas)
TOTAL 37.534.012.263

Fonte: ANEEL, SGT


DESONERAÇÃO TARIFÁRIA

03 01

02
SUBSÌDIOS
QUITAÇÃO ANTECIPADA DOS EMPRÉSTIMOS (CONTA-ACR)

O QUE É RESULTADOS ALCANÇADOS


 Empréstimo contraído em 2014 para cobrir os custos Em 2019 -> Impacto redutor:
com despacho de térmicas e exposições ao mercado R$ 6,4 bi (-3,7%)
de curto-prazo. Em 2020 -> Impacto redutor:

R$ 21,2 bi captados 54 meses para pagamento R$ 2,0 bi (-1,2%)


em três operações de Inicio novembro/2015
financiamento Final abril/2020 Tarifa B1 Residencial
CONCESSIONÁRIA B1 - VIGENTE B1 - NOVA % B1
 Negociação com oito bancos, para antecipar a EBO 520,29 507,38 -2,48%
ELETROACRE 612,88 597,77 -2,47%
quitação do empréstimo. LIGHT 641,3 625,65 -2,44%
ENEL RJ 682,07 668,22 -2,03%
R$ 8,4 bi 4,9%, em média, CERON 617,57 581,37* -1,91%
retirado das tarifas nas tarifas dos CEPISA 623,65 615,3 -1,34%
consumidores * Tarifa "B1 - Nova" contempla o diferimento e a adequação aos custos
atuais do Encargo CDE-Decreto
SUBSTITUIÇÃO DE GERAÇÃO TERMELÉTRICA EM REGIÕES RECÉM-INTERLIGADAS

O QUE É RESULTADOS ESPERADOS

 Garantir a substituição de geração


termelétrica por geração de outras fontes,
R$ 766 Milhões (0,45%)
a partir da integração de novas
localidades ao Sistema Interligado
Nacional – SIN;
Manaus R$ 350 milhões 0,21% mar/19
Chupinguaia R$ 41 milhões 0,02% jul/20
Itacoatiara R$ 66 milhões 0,04% jan/21
Machadinho R$ 64 milhões 0,04% fev/21
Ponta do Abunã R$ 74 milhões 0,04% jan/21
Parintins R$ 114 milhões 0,07% abr/22
Humaitá R$ 57 milhões 0,03% Abr/23
TOTAL R$ 766 milhões 0,45%
SUBSTITUIÇÃO DE TÉRMICAS COM VENCIMENTO A PARTIR DE 2023

O QUE É RESULTADOS ESPERADOS

 Garantir a substituição da geração Data do


CVU Médio
termelétricas a óleo diesel contratada Leilão N° Edital Produto Fim de
Atualizado
MW
Suprimento
nos primeiros Leilões de Energia 01ºLEN 002/2005 2008-T15 31/12/2022 1.043 192
Nova – LEN com vencimento a partir 01º e 02º LEN 002/2005 e 002/2006 2009-T15 31/12/2023 1.304 981
de dezembro de 2022. 01º e 04º LEN 002/2005 e 002/2007 2010-T15 31/12/2024 690 1728
03ºLEN 004/2006 2011-T15 31/12/2025 1.053 206
Total 3106

Potencial de substituição
por GN/GNL e/ou outras
fontes mais baratas
REDUÇÃO DOS SUBSÍDIOS TARIFÁRIO

O QUE É RESULTADOS ESPERADOS

Decreto no 9.642, Orçamento CDE p/ 2019: R$ 4,2 bilhões


de 27 de dezembro de 2018 (desses subsídios);

Redução prevista:
 Subsídios alcançados: R$ 0,8 bilhão/ano (ou 0,5% ao ano nas
 Rural; tarifas);
 Serviço Público de Irrigação; e
 Serviço Público de Água, Esgoto e
Em 5 anos: redução acumulada de
Saneamento
R$ 12,6 bilhões (2,5% nas tarifas)
TARIFA SOCIAL – PROJETO DE LEI DO SENADO N° 260/2017

PROPOSTA
O PLS 260/2017 amplia as faixas e os percentuais dos descontos.
LEI n° 12.212/2010 PLS n° 260/2017
Faixa de Consumo Desconto Faixa de Consumo Desconto
até 30 kWh 65% até 50 kWh 70%
de 31 kWh até 100 kWh 40% de 51 kWh até 150 kWh 40%
de 101 kWh até 220 kWh 10% de 151 kWh até 250 kWh 20%
acima de 220 kWh 0% acima de 250 kWh 0%
O custo da tarifa social
Custo da tarifa social hoje aumentaria para cerca de
R$ 2,380 bilhões / ano R$ 3,414 bilhões / ano
Proposta ANEEL Custo da tarifa social
(gratuidade até 50 kWh) R$ 1,613 bilhão / ano Aumento previsto em relação proposta
ANEEL:
R$ 1.8 bi por ano, ou 1% nas tarifas
DAR PUBLICIDADE AOS TRIBUTOS ARRECADADOS

O QUE É
Promover a transparência e fomentar a
racionalidade na arrecadação.

ICMS (R$/MWh)

RJ PI GO PA TO RS MT PB MA PR AC AL CE PE DF BA MG AP SE ES MS RN RO AM SC RR SP

Fonte: ANEEL. Ref: jan/2019. < ICMS Arrecadado  Mercado MWh >
DAR PUBLICIDADE AOS TRIBUTOS ARRECADADOS

O QUE É
Promover a transparência e fomentar a
racionalidade na arrecadação.

ICMS (%)
29% 28% 27% 26%
25% 25% 25% 24% 24% 24% 24% 24% 23% 23%
22% 22% 21% 21% 21% 21% 20%
20% 19% 19%
16% 16% 15%

MA PA RJ DF PB PI PR AL CE GO RS TO MG SE MS SC MT RR ES PE BA AC RN AP SP AM RO

Fonte: ANEEL. Ref: jan/2019. < ICMS Arrecadado  Mercado MWh >
CFURH – COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Os Estados e Municípios produtores de energia hidrelétrica


são compensados pela utilização dos recursos hídricos.

1,25 bilhão de arrecadação para


22 estados e 707 municípios
190 UHE’s pagadoras
200 reservatórios atingidos

CFURH ARRECADADA POR ESTADOS E MUNICÍPIOS


EM 2018 (R$ MILHÕES)
196,0 167,4
163,2 141,3
129,6 100,8
66,9 55,3 53,2 53,1
33,8 27,3 14,3 14,2 7,8 7,4 6,1 4,4 3,7 3,5 2,2 0,5

PA MG PR RO SP GO RS MT MS SC BA TO RJ AP AL MA SE PE ES AM PI DF
ANEEL
2019 2020 2021 2022 2023 n/d
REDUZIR Não aplicar desconto na antecipação de operação comercial (incentivada) (VII) n/d
TARIFA

Quitação antecipada dos empréstimos 2014 (Conta-ACR) -3,7% -1,2%


Encerramento dos empréstimos às distribuidoras designadas -0,47% -0,47%
Ajuste da previsão de receita das novas instalações (transmissão) -0,18%
Cobertura do encargo de energia de reserva -0,6%
REDUZIR
CUSTOS Substituição de geração termelétrica em regiões isoladas e recém-interligadas -0,21% -0,10% -0,04% -0,07% -0,03%
Ação judicial: descumprimento de despacho do ONS por usinas termelétricas -0,26% -8,09%
Ação judicial: indisponibilidade de usinas termelétricas (FID 60 meses) -0,86%
AGENDA

Concatenação das quotas da CDE com os processos tarifários - - - - - -


MITIGAR Alíquota efetiva de PIS/PASEP e COFINS - - - - - -
VARIAÇÕES

Recadastramento e fiscalização dos subsídios tarifários


- - - - - -
(rural, irrigação, aquicultura, água, esgoto, saneamento)
COMUNICAÇÃO
E EFICIÊNCIA Aplicativo “ANEEL consumidor” - - - - - -

PODER CONCEDENTE
2019 2020 2021 2022 2023 n/d

REDUZIR
Encargo (geradores autoprodutores)
Extinção gradual de subsídios tarifários
-0,03% - - -

-0,50% -0,50% -0,50% -0,50% -0,50%


- -
-2,53%
TARIFA (rural, irrigação, aquicultura, água, esgoto, saneamento)

PODER LEGISLATIVO
2019 2020 2021 2022 2023 n/d

REDUZIR
Extinção do desconto na tarifa de uso incidente no consumo (incentivada)
Tarifa Social
- - - - - -
-0,45%
-0,45%
TARIFA

-11,07%
OBS: Os percentuais são estimativas aproximadas e as rubricas possuem natureza e base de aplicação distinta, razão pela qual a TOTALIZAÇÃO TEM EFEITO MERAMENTE ILUSTRATIVO.
Destacamos que outros efeitos e despesas supervenientes se somarão a esses, inclusive alguns já incorridos e cuja estimativa média preliminar, para 2019, é a seguinte:
1º Semestre = + 2,43% // 2º Semestre = - 2,19%. Esclarece-se também que a aplicação se dá nas datas dos reajustes e revisões tarifárias de cada distribuidora.
DESAFIOS DO SETOR ELÉTRICO

GSF
Solução para o risco hidrológico
MECANISMOS DE REALOCAÇÃO DE ENERGIA - MRE

Energia efetivamente Energia comercializada é


gerada depende do limitada a garantia física
despacho centralizado da usina
RISCO HIDROLÓGICO

FUNCIONAMENTO DO MRE
Transfere contabilmente a
energia entre geradores.
O excedente de usinas que geraram
além de sua garantia física é
transferido para aquelas que
USINA 1 USINA 2 geraram abaixo.
O QUE É GSF ?
Energia comercializar é Energia efetivamente
PLANEJAMENTO limitada a garantia física gerada depende do
REALIDADE APÓS 2013
da usina despacho do ONS
CRISE ECONÔMICA DEMANDA
OFERTA DEMANDA
OFERTA HIDRO

GH1
Hidráulica (Garantia Física) GH2
Hidráulica
(Despacho)

Térmica
Térmica

Renováveis Renováveis

GERAÇÃO TOTAL DAS USINAS DO MRE


GSF = <1
GARANTIA FÍSICA TOTAL DAS USINAS NO MRE
JUDICIALIZAÇÃO DO GSF

Judicialização
iniciada em março/15 7,12 bilhões 61 Liminares
liquidações financeiras judiciais vigentes
é um dos principais
paralisadas
problemas do setor
elétrico
POSIÇÃO
GSF<1 DEVEDORA AÇÕES JUDICIAIS
• Desde 2013, a geração • Energia gerada abaixo da • Ações judiciais alegam
está abaixo da garantia garantia física é liquidada que GSF < 1 não decorre
física (lastro para venda) no Mercado de Curto somente da crise hídrica
Prazo - MCP
DESAFIOS DO GSF

JUDICIALIZAÇÃO
 Geração termelétrica fora da ANEEL
ordem de mérito (GFOM)
PLANEJAMENTO
 Importação de energia de Alocação de Custos e de SETORIAL
outros países Riscos conforme diretrizes da
Política Energética  Desenho estrutural do MRE
 Contratação de energia de
reserva de fontes intermitentes  Contratação de
complementação térmica em
 Restrições e atrasos de
harmonia com o MRE
transmissão
 Antecipação de lastro  Revisões de garantia física
contratual para usinas
estruturantes
ENDEREÇO: SGAN 603 Módulos I e J - Brasília/DF ANDRÉ PEPITONE DA NÓBREGA
CEP: 70830-110
TELEFONE GERAL: 061 2192 8606 DIRETOR - GERAL DA ANEEL
OUVIDORIA SETORIAL:167

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