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GUIA DE ESTUDOS

Gabinete Duplo
de Guerra
GUERRA DA COREIA
GUIA DE ESTUDOS
XI MODEP
Décimo Primeiro Modelo Diplomático da Escola Parque

Guerra da Coreia
Gabinete Duplo de Guerra

Elaboração
Fernando Alves
João Victor Bernardino
Lucas Cittadino
Pedro Alberto
Pedro Amorim
Gabriel Trevisan
João Abdalla
Leandro Rebelo
Pedro Lisboa
Rodrigo Palmeira
Sofia Lobo
André Rennó

Orientação e Edição
João Paulo Carvalho
Thiago Süssekind

Diagramação
Rafael Miranda Bressan
Mayra Leandro de Assis
Sumário
1 - Carta aos Delegados 4
2 - A arte da guerra 6
2.1 - Introdução 6
2.2 - Os níveis da estratégia 7
2.2.1 - Nível Técnico 7
2.2.2 - Nível Tático 8
2.2.3 - Nível operacional 9
2.3 - Estilos de guerra 9
3 - Logística 12
3.1 - Suprimentos 12
3.1.1 - Rotas de Suprimentos 12
3.2 - Prontidão de tropas 14
4 - Doutrina Militar 16
4.1 - Doutrina Militar Norte Coreana 16
4.2 - Doutrina Militar das tropas das Nações Unidas 19
5 - O Teatro de Operações em Terra 24
5.1 - Movimentação dos exércitos 24
5.2 - O uso das ferramentas de reconhecimento 24
5.3 - Regras de engajamento 25
6 - Apéndice A: Simbologia tática 25
6.1 - Introdução 25
6.2 - Forças aliadas, inimigas, desconhecidas e civis: Cor 25
6.3 - Indicadores: Tamanho da unidade 26
6.4 - Indicadores: Tipo 29
6.5 - Mobilidade 30
6.6 - Infantaria 31
6.7 - Reconhecimento: 32
6.8 - Engenharia e Artilharia: 33
7 - Apêndice B: Mapas 36

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1 - Carta aos Delegados
Caros delegados,
Pouco do que há é mais satisfatório que um bom modelo diplomático. O aroma de um
envelope de cromos recém comprado na banca de jornal; o fechar da porta depois de chegar em
casa a pé num dia bem chuvoso; o contato com uma chapa de Raio-X. Sem dúvida, tratam-se de
componentes da experiência sensorial que variam em significação de um indivíduo para outro.
Contudo, seria necessário o emprego de um agudo esforço mental, ou algum mau-caratismo,
para que se conceba uma atividade mais universalmente arrebatadora, entre os que já a puderam
experimentar, do que um comitê bem simulado.
À última frase segue-se a deixa de que uma boa experiência de simulação pressupõe
alguma responsabilidade do leitor. O pré-requisito para o bom funcionamento de um comitê é a
aplicação de uma certa carga de esforço por parte da Organização, o que, recusando a frivolidade
da modéstia, já foi feito, e segue no processo de sê-lo. Os senhores, ao adquirirem o pacote da
Experiência Completa da Guerra da Coreia, se presentearam com a oportunidade de melhorar
suas qualidades de vida, consequência direta de secreções hormonais liberadas por causa de
bons momentos, ou por subsequentes lembranças de um feriado que poderão ser rememoradas
com fruição. Mas, ao mesmo tempo, assumiram a difícil tarefa de colaborar com a felicidade
própria e coletiva ao propiciar a si e aos co-inscritos um convívio que encerra, necessariamente,
um mínimo de preparo e dedicação prévia para que cada momento presente, na simulação, seja
vivido com uma confiança solidamente fundamentada nas ferramentas e recursos desenvolvidos
durante o período de preparo. Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades (LEE, 1962).
Passada a fase de preparo, no entanto, os delegados podem esperar o melhor dos am-
bientes. Uma escola de tranquilidade bucólica, diretores cujas qualidades é possível, porém uma
tarefa hercúlea, expressar sem escorregar dos padrões acadêmicos, e a expectativa da construção
de novas amizades. O modelo é receptivo ao extremo com participantes que nunca simularam,
o andamento dos comitês é leve e a facilidade é considerável de se encontrar alguém disposto
a tirar dúvidas. Mais importante que o destino, o caminho é altamente desfrutável, e é dele que
se trata toda a exótica experiência do comitê ora escolhido.
Seja na experiência quase lúdica, quase RPG-ística, quase performática dos gabinetes,
cuja dinâmica é mais fluida e de caráter até certo ponto improvisacional; seja na investida mais
inclinada para o lado insosso da Conferência (se o encarregado de redigir o presente documento
fosse um diretor desta, talvez lhe fossem dedicados adjetivos diferentes), o delegado tratará de um
tema muito instigante, ao qual se adiciona ainda a volúpia do desconhecido, o desejo do mistério,
o charme adquirido por ser um tema frequentemente marginalizado e em geral pouco comentado
durante o ensino médio. Embora a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria sejam assuntos re-
correntes, episódios para os quais elas serviram de importantes panos de fundo, principalmente
quando ocorridos no Oriente, são propensos a ser ignorados. A própria falta de conhecimentos

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facilmente colocados à disposição sobre, por exemplo, a fascinante Coreia do Norte, colabora
com a aura de curiosidade que enriquecerá ainda mais a experiência — já se fez notar que em
tempos de capitalismo humano, colaboradores e workshops esse termo é de suma importância.
Os delegados podem se tranquilizar pois estarão amparados por uma segura logística
de cooperação entre comitês e terão a disposição toda a aparelhagem técnica necessária para
simular as consequências das tomadas de decisão dentro do comitê, garantida a interatividade
entre decisão tomada e retorno, que influenciará diretamente as futuras situações, que exigirão
novas intervenções, e assim sucessivamente.
Por último, e certamente mais importante, lembramos sobre a responsabilidade de cola-
boração com a felicidade geral, e por isso não serão aceitos quaisquer desvios de conduta tais
como racismo, machismo, LGBTfobia em nenhuma de suas formas. Principalmente na dinâmica
de funcionamento do gabinete, deve-se tomar muito mais cuidado com o respeito à isonomia no
direito de fala do outro, e qualquer um que se sentir prejudicado poderá falar com algum membro
do Secretariado ou da Comissão Inclusiva e as devidas providências serão tomadas.
Muito ansiosos e empolgados para conhecer cada um dos senhores nesse modelo incrível
e elevarmos todos nossa qualidade de vida com vários bons momentos e memórias coletivas,
Seus Diretores,

Fernando Alves
João Victor Bernardino
Lucas Cittadino
Pedro Alberto
Pedro Amorim
Gabriel Trevisan
João Abdalla
Leandro Rebelo
Pedro Lisboa
Rodrigo Palmeira
Sofia Lobo
André Rennó

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2 - A arte da guerra

2.1 - Introdução
O conceito de estratégia – do grego στρατηγία, do francês stratégie, do inglês strategy
– possui diversas definições, as quais diferem em considerar a abordagem da estratégia como
um conjunto de fenômenos que caracterizam o conflito humano ou como algo exclusivamente
normativo, servindo apenas para delimitar e descrever linhas de ação. (LUTTWAK, 2009).
Um exemplo de definição normativa pode ser retirado do livro Da Guerra, de Karl von
Clausewitz:

“Todo mundo sabe muito bem onde cada fator deve ser utilizado (...) Sempre
que tais categorias são cegamente empregadas, deve haver uma razão muito
forte para isso (...) Rejeitamos, por outro lado, as distinções artificiais de certos
escritores, a partir de que elas não refletem o emprego geral. Assim, de acordo
com nossa classificação a tática ensina o emprego das forças armadas no en-
gajamento; a estratégia ensina o emprego dos engajamentos como objetivo da
guerra.” (CLAUSEWITZ apud LUTTWAK, 2009).

É possível observar que Clausewitz é direto em sua definição do campo de estudo da


estratégia e não perde tempo definindo conceitos subjetivos e abstratos. Em contrapartida, o
General André Beauffre define sucintamente a estratégia como “a arte da dialética das vontades
que emprega a força para resolver seu conflito” (Introduction à la Stratégie,1963, página 16).
Este texto não irá decorrer mais sobre as inúmeras definições de estratégia, apresenta-
das por inúmeros autores. O objetivo desse capítulo é introduzir um conceito geral das regras
básicas e subdivisões do estudo da estratégia e exemplificar táticas utilizadas em conflitos ao
longo do século XX.
O análise de um conflito em curso é complexa e possui inúmeros parâmetros – tangíveis,
como a qualidade de um equipamento, e intangíveis, como a moral das tropas em combate – de
forma que se torna difícil analisá-lo sem segmentar as diferentes abordagens que podem ser feitas.
É necessário a visão do campo de batalha através de um paradigma, que nos permita enxergar as
diferentes camadas que existem desde a decisão do general até as qualidades técnicas dos fuzis
sendo utilizados pelas forças em conflito.
Cada camada possui a sua própria realidade, a qual pode ser analisada de forma individual.
Vale ressaltar que mesmo que seja possível destrinchar o combate entre dois grupos em vários
níveis de análise, dificilmente essas camadas serão independentes entre si. A avaliação de desem-
penho de uma peça de artilharia é importante para decidirmos o resultado de um combate, mas

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de nada adianta a conclusão desse tipo de estudo se não considerarmos também a competência,
moral e experiência das tropas que utilizam o equipamento; ou o plano geral da operação feito
pelo alto comando das forças armadas.

2.2 - Os níveis da estratégia

2.2.1 - Nível Técnico


A realidade do nível técnico não se preocupa em abordar questões como o relevo do
campo de batalha ou as condições meteorológicas. O objetivo é avaliar o desempenho dos
equipamentos e armas presentes no cambo de batalha. A análise resume a fatores passíveis de
serem sistematizados e modelados de forma determinística e que estão diretamente ligados às
capacidades tecnológicas dos equipamentos.
Para ilustrar a análise deste e dos próximos níveis da estratégia, será utilizado um caso
de estudo da Guerra Fria. Apesar de anacrônico para o tema do atual comitê, o modelo ilustra
de forma precisa como os diferentes níveis podem ser separados e analisados e o conceito pode
ser estendido para ser utilizado no gabinete.
Parte das estratégias de defesa durante a Guerra Fria se concentrava em uma faixa de
650 km na fronteira da Alemanha Ocidental com a Alemanha Oriental e a Tchecoslováquia
(atualmente dividida). Todo o esquema de defesa nessa região era baseado em duas suposições
básicas sobre como uma defesa contra forças soviéticas invasoras poderia se desenvolver: 1) que
a invasão de blindados soviéticos e de infantaria mecanizada poderia ser facilmente destruída por
uma defesa composta por tropas de infantaria munidas de mísseis anticarro; 2) ou a combinação
de sensores aeroespacial, centros de comando e controle e baterias de mísseis de longo alcance
poderiam executar o chamado “Ataque Profundo”: sensores localizam os blindados e outros
alvos em movimentação a quilômetros de distância da fronteira; o centro de comando e controle
processaria as informações e daria a ordem para que as baterias de mísseis de longo alcance
destruíssem os carros de combate soviéticos muito antes deles poderem entrar em combate com
as forças de defesa. (LUTTWAK, 2009)
As forças soviéticas poderiam fazer uso do terreno, vegetação e de outros fatores de forma
a neutralizar os esquemas de defesa ocidentais. A infantaria anticarro poderia estar posicionada
ao ar livre, ou dentro de casa-matas e isso com certeza iria influenciar o resultado do combate.
Não obstante, a análise em nível tático deve contemplar apenas observações referentes às armas
e equipamentos do combate: de um lado, tem-se um grupo de mísseis anticarros operados por
uma guarnição ideal em condições perfeitas e do outro veículos blindados e de transporte, se
movimentando por um meio qualquer (que não é relevante para a análise técnica). Pode-se
constatar, por exemplo, que o míssil anticarro é financeiramente menos custoso que um veículo
de transporte ou um blindado (estima-se de 1 a 10% mais barato que os veículos). Outrossim,
estima-se que dois soldados são o suficiente para compor um grupo que opere um lança mís-
seis; o carro de combate talvez precise de 3 a 4 homens, o mesmo para o veículo de transporte

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(que teria a ele somado a infantaria nele transportada). Conclui-se portanto, que em termos de
recursos financeiros e humanos, o míssil anticarro possui uma vantagem contra os blindados e
os veículos de transporte. (LUTTWAK, 2009)
Essa hipótese é feita supondo que os mísseis utilizados podem ser facilmente guiados
ao seu alvo, que a taxa de acerto é de 90% e que foram desenvolvidos de forma a transpassar
a mais grossa blindagem da época. Os carros de combate e de transporte, por sua vez, podem
estar equipados com – além do canhão principal do blindado – metralhadoras, lança-granadas
ou morteiros de pequeno calibre, mas que possuem um alcance menor que o míssil da infantaria
anticarro, com exceção do canhão principal. (LUTTWAK, 2009)
Se o combate for realizado à noite e supormos que ambas as forças estão munidas de
equipamentos de visão noturna, os veículos de ataque possuem uma vantagem clara neste que-
sito, uma vez que estes são capazes de suprir maior energia e refrigeração aos equipamentos de
visão noturna. Por outro lado, carros de combate e de transporte são alvos muito maiores que
unidades de infantaria e muito mais barulhentos, portanto a superioridade tecnológica de seus
equipamentos de visão infravermelha não constituem uma vantagem muito grande contra as
forças de defesa. (LUTTWAK, 2009)
Feito esta análise, adicionamos também estimativas ao confronto entre as duas
forças: 60% dos mísseis que foram lançados corretamente (90%) vão atingir o alvo; 80%
conseguem penetrar a blindagem dos carros de combate, dos quais 90% serão inutilizados.
Por fim, concluímos que 2,56 mísseis destroem um carro de combate e 1,8 míssil destrói
um veículo de transporte; e que portanto um míssil anticarro é tecnicamente mais efetivo
do que um carro blindado. (LUTTWAK, 2009)
Certamente o resultado exposto no parágrafo anterior está contido na análise do nível
técnico. Diversas contramedidas realizadas pelos soviéticos poderiam virar o jogo ao seu favor,
como veremos nos próximos níveis. Além disso, devemos também levar em consideração a
quantidade de recursos disponíveis para os dois grupos em conflito. A União Soviética, no auge
da Guerra Fria, certamente poderia arcar com os custos de construção de uma grande força de
carros de combate e infantaria mecanizada. (LUTTWAK, 2009)

2.2.2 - Nível Tático


Se no nível técnico reduzimos o confronto na fronteira alemã a simplesmente uma análise
de desempenho de um míssil anticarro contra um veículo blindado e inferimos os resultados
baseados em apenas dados técnicos, é no nível tático que toda a complexidade da batalha em
questão irá se considerada. Agora o terreno onde a batalha ocorre é relevante, assim como a
quantidade e competência dos soldados.
A região analisada na seção anterior possui muitas vias de acesso cobertas por vegetação,
as quais os blindados soviéticos poderiam fazer uso, seja para enganar um sistema de sensoria-
mento aeroespacial (necessário para o ataque profundo) quanto para surpreender as forças da
Alemanha Ocidental, aparecendo subitamente na visão das unidades de defesa à uma distância

8
em que as metralhadoras estivessem no alcance das unidades anticarro. Também vale ressaltar
que o mecanismo de guia dos mísseis de longo alcance possui uma distância mínima, de modo
que a manobra surpresa dos carros de combate poderia até inutilizar completamente a capacidade
de contra-ataque dos lança mísseis. Além disso, se o terreno fosse explorado antes do conflito,
uma análise mais minuciosa do terreno poderia ser feita, de forma a construir fortificações em
adianto ou estabelecer campos minados e trincheiras. (LUTTWAK, 2009)

“Nenhum avanço na tecnologia do armamento eliminou a vantagem de com-


bater com abrigos sobre a cabeça, para resistir ao fogo indireto de obuseiros
e morteiros, e de posições de tiro entrincheiradas e fossos antiveículos.” (LU-
TTWAK, 2009)

Em contrapartida, o lado defensivo poderia notar essas propriedades no terreno e posicionar


minas anticarros nas vias de acesso; ou encontrar posições de tiro que se camuflam facilmente
com a vegetação e não se tornem alvos fáceis .
Torna-se mais evidente agora que o nível técnico não é suficiente para a análise da
totalidade do conflito. Um general que saiba analisar de forma adequada o terreno onde o
combate irá ocorrer pode determinar um resultado favorável mesmo que tecnicamente em
desvantagem. Na realidade, a habilidade dos comandantes de perceber esses detalhes pode
por si só definir o resultado do combate.

2.2.3 - Nível operacional


É impossível determinar onde o tático termina e o operacional começa. Na camada opera-
cional a disputa não se dá entre armas e equipamentos como no nível técnico; ou destacamentos
isolados como no nível tático, mas sim entre as mentes por trás de todo o esforço de guerra.
Nesse nível a visão holística do teatro surge a partir da composição dos componentes táticos
presentes no campo de batalha. Movimentos como a interdição do campo de batalha por meio
de fogos de artilharia, ou a destruição de alvos estratégicos para minar os esforços de guerra do
adversário se tornam relevantes nesse nível de análise.
Retratar o nível operacional apenas como as soma das partes táticas seria uma repre-
sentação incompleta dessa camada e de sua importância. Cada general deve ser capaz de ver
a totalidade do campo de batalha e executar as movimentações táticas com um objetivo bem
definido em mente. Vitórias táticas por si só não definem as operações sem que haja um objetivo
maior as guiando. Além disso, as ações operacionais devem estar em sintonia com o estilo de
guerra sendo realizado no Teatro.

2.3 - Estilos de guerra


Existem diversas formas com as quais uma força militar pode conduzir uma guerra. Um
estilo de guerra difere dos demais pela forma como o inimigo é analisado e pelo objetivo das
operações realizadas. Essa diferença se dá a partir da distinção entre os conceitos de atrito e
manobra relacional.

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O primeiro corresponde à técnica de desgaste, utilizado geralmente por uma parte do
conflito que se encontra ou crê encontrar-se em condição de superioridade técnica ou numérica
e, portanto, visa a minar o poder de combate do inimigo de forma contínua.

“Atrito é a guerra conduzida por métodos industriais. O inimigo é tratado


como nada mais do que uma sequência de alvos, e o objetivo é vencer pela
sua destruição cumulativa, alcançada pelo poder de fogo superior e potência
material[...]” (LUTTWAK,2009).

Nessa modalidade, o adversário poderia, em teoria, ser completamente aniquilado, caso a


rendição ou o encerramento do conflito por meio de tratados não terminasse o processo. O sucesso
das atividades de atrito está diretamente ligado a qualidade e quantidade do esforço aplicado.
No extremo oposto da estratégia temos a manobra relacional, que busca incapacitar o
adversário através de operações “cirúrgicas”. Essa forma de guerra se baseia no fato de que a per-
turbações sistêmicas na estrutura de comando e suporte das forças adversárias é mais eficiente do
que minar diretamente o seu poder de combate. A aplicação desse método de guerra se dá a partir
da análise das vantagens e fraquezas do inimigo, seguida da implementação de atividades que bus-
quem explorar os pontos fracos observados, sejam eles físicos, psicológicos, estruturais ou técnicas.
Ao contrário do atrito, os resultados da manobra relacional dependem do potencial com os
quais as fraquezas do adversário podem ser identificadas e exploradas. Outrossim, a velocidade
e precisão dos ataques devem ser suficientemente elevadas de forma que as forças adversárias
não possam reagir com o seu poder de combate. Se aplicado de forma correta, a manobra rela-
cional pode entregar resultados desproporcionalmente maiores que as operações por atrito, além
de dar uma chance de vitória ao lado materialmente mais fraco. Não obstante, se as tentativas
de explorar os pontos fracos do adversário não forem suficientemente efetivas ou encontrarem
determinado grau de resistência, a manobra relacional pode falhar completamente.

“[…] o atrito falha ‘graciosamente’, da mesma forma como ele pode ser bem-
-sucedido somente cumulativamente: se um determinado alvo não é identifi-
cado ou perdido, aquele alvo terá de ser atacado de novo, mas a ação maior
não é perigosa. A manobra relacional […] pode falhar ‘catastroficamente’, da
mesma forma que pode ser bem-sucedida com pouco poder de combate, em
virtude de um erro de avaliação ou de execução que pode naufragar toda a
operação.”(LUTTWAK,2009)

Não existem estilos de guerra que utilizem pura e completamente apenas uma das mo-
dalidades apresentadas nos parágrafos anteriores. Geralmente um conflito será composto de
uma sequência de operações, cada uma com um certo grau de cada modalidade. Mesmo assim,
certos exemplos de guerras conduzidas com um alto conteúdo de atrito: a guerra de trincheiras,
na Primeira Guerra Mundial; as sucessivas investidas deliberadas da Luftwaffe contra a Real
Força Aérea Britânica no início da Segunda Guerra Mundial, partindo crença de que possuía a

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superioridade material contra forças britânicas; a campanha submarina alemã de 1941 a 1943
contra os navios de suprimentos enviados para as forças aliadas; o bombardeio aéreo de áreas
industriais e urbanas na Alemanha durante a Segunda Guerra. Da mesma forma, uma série de
exemplos de conflito contém um conteúdo elevado de manobras relacionais: na Primeira Guerra
Mundial, os desembarques anfíbios em Gallipoli, cujo objetivo era forçar o Império Otomano
a sair da guerra pela ameaça direta e próxima da sua capital, Istambul; as ofensivas blitzkrieg
alemãs contra a Polônia, Dinamara, Noruega, Holanda, Bélgica, França, Iugoslávia, Grécia e
União Soviética, nas quais as linhas de defesa estabelecidas previamente foram assaltadas e
quebradas em pontos chave pela infantaria e artilharia combinadas, o que permitiu que forças
motorizadas penetrassem de forma eficiente pelas brechas recém-criadas, rompendo linhas de
suprimento, destruindo centros de comando e separando as forças inimigas (como ilustrado em
seções anteriores no caso da ofensiva na Linha Maginot e a subsequente evacuação de forças
Aliadas nas praias de Dunquerque).
Observa-se até agora a apresentação de componentes de estratégia cujo estabelecimento
e influência ultrapassam o poder de decisão de um único general de campo. Os estilos nacionais
construídos a partir da combinação do atrito e da manobra relacional não estão contidos dentro
do nível operacional, mas permeiam todo o espectro dos níveis de estratégia. Na realidade, a
importância do nível operacional é completamente dependente da presença da manobra rela-
cional no esforço de guerra. Se as ações militares no campo de batalha compreendem somente
a seleção sistemática de alvos e a vitória está condicionada à destruição cumulativa das forças
inimigas, toda a estratégia implementada pode ser resumida à encontros táticos repetidos várias
vezes em sequência. Nesse caso, o nível operacional se torna somente a soma das partes táticas.

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3 - Logística
Ao compor o gabinete, os delegados devem estar comandando o exército não só na esfera
militar, mas devem levar em conta diversos aspectos gerenciais para a manutenção e bom funcio-
namento de tropas. Tendo isso em mente, serão abordado no presente tópico alguns aspectos que
devem ser levados em conta na administração das forças que serão comandadas ao longo das sessões.

3.1 - Suprimentos
Um exército não é mantido funcional exclusivamente através de armamento e treinamento
de tropas, tendo em vista que cada unidade é composta por indivíduos, tendo esses necessidades
básicas não somente para participar de batalhas mas também para sobrevivência. As necessidades
de um exército devem ser atendidas através de suprimentos que vão desde alimentos até vesti-
mentas para os militares. Ademais, sua prontidão e capacidade de resposta depende de recursos
escassos em alta demanda em uma guerra, como combustível e munição.

3.1.1 - Rotas de Suprimentos


A grande questão para manter um exército funcional é de onde vem os recursos básicos
que serão utilizados para suprir uma unidade militar. De uma forma geral, em conflitos mais
antigos existiam três opções que se mostravam viáveis economicamente e do ponto de vista lo-
gístico: seriam essas a obtenção dos recursos através das comunidades locais de onde as tropas
se encontram, a estocagem de recursos e, por último e apenas para suprimentos específicos,
produção própria do recurso necessário pela unidade.
Um fator que pode parecer ter sido esquecido é o transporte dos recursos até a locação
onde se encontram as forças. No entanto, em períodos passados a importação de recursos por
parte de exércitos em operação não era viável, inexistindo a infraestrutura de transportes suficiente
para tal manobra. Contudo, como tratamos da questão da Guerra da Coreia no ano de 1951, já
houve avanços significativos nos meios de transporte que permitem que suprimentos venham de
locais mais distantes dos exércitos de forma minimamente dinâmica e não tão custosa.
Dentre os modais de transporte plausíveis de serem levados em conta durante a Guerra
da Coreia se encontram o rodoviário, o ferroviário, hidroviário, o aéreo e o marinho. Os fato-
res que devem ser levados em consideração ao avaliar a melhor opção para a escolha de um
determinado meio de transporte em detrimento de outro vão desde o custo, a dinamicidade do
transporte e a capacidade de carga.
Considerando primeiramente o transporte ferroviário, é importante ressaltar que este
se mostrava significativo no território pertencente a República Popular Democrática da Coreia
tendo em vista que os investimentos no período da ocupação japonesa fizeram com que houvesse
algum desenvolvimento de ferrovias na região. Contudo, nos primeiros meses de guerra e com a
ofensiva do UN Command em resposta a Coreia do Norte, boa parte da infraestrutura ferroviária
norte coreana foi destruída, o que impede que esse meio de transporte se mostre como funcional
para a presente situação, fazendo com que as ferrovias não sejam um meio de transporte a se

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considerar no âmbito de rotas de suprimentos próximos a fronteira. Sua utilidade encontra-se
apenas no extremo norte do país, próximo à fronteira do Yalu, e mesmo assim sua efetividade é
contestada por bombardeios frequentes.
O transporte aéreo também é um modal a ser considerado, especialmente em um cenário
de guerra. Apesar do custo elevado e da baixa capacidade de carga, esse meio de transporte é
veloz e não difere sobrevoar sobre partes terrestres ou marítimas da Terra. Além das desvantagens
previamente citadas, entretanto, deve-se considerar a relativa facilidade das forças inimigas em
detectar e interceptar aeronaves, o que atribui um risco considerável para essa modalidade de
rota. Em contrapartida, uma grande vantagem tática do modal aéreo é a ausência de uma neces-
sidade de contiguidade da rota em terra. Ou seja, uma unidade aliada completamente cercada por
inimigos pode ter seus suprimentos transportados por aeronaves (desde que haja superioridade
aérea) e com isso estender sua capacidade de resposta enquanto unidades aliadas não forem
capazes de recuperar a continuidade do front.
Dentro do transporte marítimo, por sua vez, podemos contar tanto com a cabotagem, que é
o transporte marítimo entre portos de um mesmo país, como com recursos vindos de outras nações.
A vantagem desse meio de transporte é o potencial de carga atrelado a ele, possibilitando o trans-
porte eficiente de grandes quantidades de suprimentos. Além disso, essas rotas podem vir de fontes
em pontos bastante distantes fisicamente da Península coreana, o que permite estender as linhas
de suprimento pelo acesso a locais mais diversos e inacessíveis por outros meios de transportes.
A desvantagem no entanto é a falta de dinamicidade do transporte, especialmente caso a fonte
de recursos seja muito distante, e a necessidade de uma infraestrutura adequada, isto é, de portos
capacitados para receber os recursos por rotas desse tipo. O transporte marítimo encontra-se como
modal primário de influxo de carga para as forças do UN Command, que dependem de comboios
regulares para manter o grande número de tropas e equipamento proveniente do estrangeiro.
Devemos também considerar o transporte fluvial, ou seja o transporte de cargas através
de rios. A vantagem desse transporte é o baixo custo e uma capacidade de carga moderada. Os
principais problemas atrelados a esse tipo de transporte são decorrentes de questões físicas,
visto que rios de médio e pequeno porte estão aptos a transportar apenas cargas reduzidas, caso
possam transportar alguma carga. Evidentemente a ausência de rios em abundância na Coreia
é um limitante para o uso de rotas nesse meio, porém em alguma medida é plausível recorrer
a essa forma de transporte. É consideravelmente útil quando se leva em conta o fato do rio ser
mais difícil de ser neutralizado enquanto infraestrutura de transporte do que uma ferrovia, por
exemplo. Sendo assim, havendo essa opção e os meios de transporte necessários, o transporte
fluvial é uma sábia alternativa.
Por último, é fundamental levar em conta a utilização de estradas e rodovias para o transporte
terrestre. A infraestrutura débil coreana no quesito de rodovias é um limitante ao uso mais eficiente
desse transporte, o que o torna relativamente lento se comparado a outros modais. No entanto, apesar
de não ter um potencial de carga tão elevado, a abundância de rotas de suprimentos terrestres é o
que torna esse meio de transporte tão crucial para o conflito, tendo em vista que engloba a maior

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parte das rotas de suprimentos vindos do território da própria Coreia quanto países vizinhos. De-
ve-se lembrar que devido ao território montanhoso da Coréia ao seu leste, a densidade de malhas
rodoviárias é menor nesta área. Tendo isso em vista, a efetividade de modais que dependem delas,
e até mesmo a efetividade de unidades militares mais motorizadas é reduzida.
Alguns fatores que devem ser levados em conta na análise de quais rotas irão abastecer
o exército são o controle territorial do trajeto da rota, dependendo do modal, a possibilidade de
interdição por parte de inimigos das cargas dessas rotas e a dinamicidade da rota, tendo em vista
que é possível apenas se utilizar de algumas rotas, havendo um limite de quantos recursos um
exército pode receber e um número finito de fontes que podem ser utilizadas. Cabe ao delegado
portanto reconhecer os pontos de influxo de suprimentos, planejar rotas de distribuição às bases
das principais unidades (no nível de Corpo) e garantir a não escassez de recursos. Deve-se levar
em consideração a disponibilidade logística antes de um ataque e também planejar para atrapa-
lhar a logística do adversário.

3.2 - Prontidão de tropas


Parafraseando o Doutor Joseph S. Nye, prontidão é como oxigênio. Tendemos a não
percebê-la até que começamos a perdê-la. Mas a partir do momento que é perdida, é a única
coisa que conseguimos pensar sobre.
Apesar de haver um consenso geral de que prontidão é algo extremamente importante,
especialmente no âmbito militar, esse é um conceito abstrato difícil de ser definido precisamente.
Atingir a prontidão é a situação que cria a capacidade de lidar com qualquer situação, a qualquer
momento, com os recursos existentes; porém, para atingir esse estágio são necessários alguns fatores.
O primeiro fator é a qualificação dos indivíduos que compõem a unidade, sendo essa
qualificação obtida não apenas através do treinamento militar pelo qual o indivíduo passou mas
também por sua disciplina e dedicação. É importante que as pessoas que compõem o exército
estejam em boas condições e com suas necessidades supridas para que tenham um melhor ren-
dimento e possam contribuir de uma melhor forma para a unidade além de tudo. A presença de
pessoas altamente qualificadas para realizar tarefas específicas, isto é, de especialistas, também
é uma questão que pode contribuir com a prontidão, pois um especialista está capacitado para
lidar melhor com situações que sejam apresentadas repentinamente. Dessa forma percebe-se que,
para atingir a prontidão, os participantes da unidade devem ser qualificados para realizarem suas
funções, além de estar bem mentalmente e fisicamente.
Em adição à qualificação dos exércitos, um outro fator que contribui para a prontidão
associado aos indivíduos que estão na unidade é a vontade e motivação dos mesmos. Ou seja,
caso os integrantes da unidade estejam com uma moral elevada eles estarão mais dispostos a
realizar as tarefas propostas, pois estarão psicologicamente mais preparados, e, portanto, terão
maior chance de êxito em seus objetivos.

14
Um outro ponto a ser avaliado para averiguar a prontidão de uma unidade é a situação de
seus equipamentos, tendo em vista que tropas que possuam equipamentos de maior qualidade e
bem conservados terá a capacidade de reagir melhor a uma situação diferenciada que seja apre-
sentada. É necessário que o material esteja presente em quantidades aceitáveis, pois eventuais
carências no equipamento podem impedir que uma unidade entre da melhor forma possível em
uma situação de emergência. Portanto, a manutenção e a presença de material de qualidade em
abundância são um fator que contribui diretamente para a garantia de um estado de prontidão.
Além desses dois fatores, devemos considerar a situação da infraestrutura da unidade,
ou seja, as instalações nas quais estão estabelecidas e os recursos existentes na locação. O quão
mais bem equipada e com as melhores instalações se encontrar uma unidade, naturalmente
mais fácil será para a mesma obter uma vantagem ao se encontrar em uma situação não usual.
Alguns parâmetros a serem levados em conta para se avaliar a infraestrutura são as condições
de treinamento, os locais de hospedagem das unidades e os recursos disponíveis na locação.
Em suma, percebe-se que, para que haja um bom funcionamento de uma unidade para
uma guerra, diversos fatores devem ser levados em consideração, dando especial destaque à
prontidão dos exércitos e de suas pré-condições apresentada nesse capítulo. Portanto, antes
da condução de quaisquer operações deve-se perguntar não só se a unidade possui os recursos
necessários para tal mas também se ela está em um estágio de prontidão, que irá facilitar o
cumprimento das missões atribuídas a ela.
De forma prática, para entender se há ou não um nível adequado de prontidão em uma
determinada unidade, é preciso identificar alguns pontos: Há equipamento necessário para esta
unidade operar? Existe equipamento sobressalente, caso este quebre? Há conhecimento prévio
desta unidade para a atividade que ela deverá exercer?
Eventos práticos que reduzem a prontidão de uma unidade são a ausência de suprimen-
tos, uma grande reposição de pessoal após um revezamento ou perdas graves em uma batalha, a
ausência de equipamento necessário, e, não menos importante, a ausência de vontade de exercer
uma tarefa, caso a unidade esteja desmoralizada. Logo, cabe ao delegado entender as possíveis
fontes destes problemas e trabalhar na prevenção e mitigação destas.

15
4 - Doutrina Militar
Define-se como doutrina militar um “conjunto de princípios fundamentais pelos quais
Forças Armadas guiam suas ações a fim de atingir seus objetivos” (OTAN). Trata-se de um
amálgama de diretrizes e heurísticas que orientam o modus operandi de uma unidade em todos
os níveis. Através de experiência prévia, estudos e ênfase em determinados aspectos de um con-
flito, pode-se orientar o modo em que as Forças Armadas operam a fim de atingir estes aspectos.
Toda Força herda uma determinada doutrina, adaptada ao longo dos anos e conflitos e,
que por consequência, orienta no subconsciente do soldado treinado um comportamento a ser
feito. A doutrina é portanto uma geradora de coesão em ações espontâneas que, vistas individu-
almente, podem parecer desconexas. A mentalidade de soldados de doutrinas muito diferentes
pode guiá-los a decisões absolutamente opostas.
A elaboração de uma Doutrina Militar é fruto da análise e dos estudos do Estado-Maior,
principal formador de estratégias a longo prazo. Por exemplo, em 1870, um dos mais relevantes
exemplos de uma doutrina militar aplicada em escala nacional foi posto em prática e com su-
cesso. Sabendo das necessidades políticas e das capacidades militares do país, o Estado Maior
prussiano planejou e aplicou um modelo que enfatiza determinados modais logísticos, métodos
de ataque e movimentação todos em sincronia com um objetivo central, com ênfase em mobili-
dade e rápida realocação de unidades. Com esta maior sincronia, foram capazes de se organizar
com muito maior celeridade que os agressores franceses e marchar até Versalhes com sucesso.
Nos capítulos seguintes, se irá mencionar as ênfases e justificativas para a doutrina militar
de cada parte beligerante do conflito. Atuar nesta doutrina é importante pois trata-se da estratégia
mais natural a ser adotada pelas tropas, ou seja, será recebida com mais naturalidade e sincronia.

4.1 - Doutrina Militar Norte Coreana


Herdando conhecimento e recebendo treinamento de seus aliados chineses e soviéticos,
o exército recém-nascido da Coréia do Norte possui concepções similares. Para as forças do
norte, a Guerra se trata não apenas de um conflito político, mas de uma extensão do conflito de
classes e da expansão do socialismo no mundo1. Para isso, um complexo conjunto de reque-
rimentos orientam as forças armadas em todos os níveis, demandando, por exemplo, mas não
exclusivamente:
a. Prontidão independente de condições iniciais em um conflito;

b. Decisividade e agressividade, buscando em todas as ocasiões o elemento surpresa;

c. Concentração decisiva de poder de fogo e unidades em um objetivo primário, o que


implica em ações simultâneas com grande volume de unidades envolvidas em pontos chave,
como o início de um conflito, uma contraofensiva, etc.

1 Disponível em: <https://fas.org/irp/doddir/army/fm100-2-1.pdf>.

16
Ademais, a doutrina militar soviética e, por conseguinte, chinesa e coreana do norte
possui alguns postulados chave para seu entendimento2.
a. A ofensiva é o primário elemento de combate. Somente através de ataques em fre-
quência alta e grande alcance, a destruição do oponente é possível;

b. Ataque de posições oblíquas e não esperadas pelo oponente;

c. Sempre que possível, orquestrar todos os meios de combate em uma operação de


modo que sua efetividade seja maximizada em conjunto;

d. Mantenha sempre a iniciativa, sem dar tempo ao oponente para que este reaja, através
do uso intenso de unidades de maior mobilidade e artilharia;

e. Foque unidades de maior mobilidade sempre nos pontos menos defensivos da linha
inimiga. Para gerar estas ocasiões, é necessário utilizar elementos de poder de fogo como arti-
lharia e bombardeios para gerar estas brechas, sempre em comunicação e coordenação com o
elemento de manobra.

É importante lembrar que essas diretrizes representam o ideal, ou seja, o que as forças
almejam alcançar. É natural que isto nem sempre seja possível. Um detalhe importante nas
ofensiva no modelo russo é que, de praxe, existem ao menos dois elementos em um ataque. O
elemento de choque, que irá gerar a abertura, e o elemento de manobra, que irá explorar essa
abertura para, com a maior velocidade possível, ser capaz de abrir espaço e manter a iniciativa
enquanto os defensores permanecem desmoralizados e, em breve, isolados. Para que isto tenha
sucesso, é necessário elementos de mobilidade coordenados com forças de alto poder de fogo,
algo extremamente importante de se fazer na doutrina Soviética.

2 Idem.

17
Para que isto tenha sucesso, é importante que haja uma alta concentração de pessoal
em uma única área, a fim de obter superioridade numérica. Logo, para efetuar uma manobra
intensa deste tipo a densidade da unidade que irá efetuar essa ofensiva deve ser altíssima, com
cerca de 7km de cobertura real no ataque. Nesse sentido, é importante utilizar das forças de re-
conhecimento para com sabedoria realocar forças de modo que as zonas de risco mantenham-se
protegidas enquanto a ofensiva permanece possível. É absolutamente impossível, em um caso
realista contra um inimigo pareado, fazer um ataque em todos os setores de um front, sendo
necessário priorizar regiões e ter uma organização e reorganização célere a fim de explorar a
dinamicidade gerada por ofensivas.
Segundo os manuais soviéticos, para o sucesso em um ataque desta forma é necessário
superioridade numérica regional de três para um. Ao contrário do estereótipo obtido pela URSS na
segunda guerra mundial, a doutrina militar soviética rejeita o padrão do uso massivo de números
superiores para obter brechas. Os manuais evoluíram a ter maior flexibilidade, dependendo dos

18
comandantes de uma determinada operação trabalhando em coordenação, porém com autono-
mia para trabalhar seus ataques em nível tático e até mesmo operacional. O uso exclusivo de
superioridade numérica não implica sucesso.

O foco moderno consiste em utilizar múltiplos eixos de ataque em sincronia pareados


com concentração de pessoal em brechas, não de forma excessiva, e sim de maneira que o avanço
seja coordenado, intenso e veloz. A surpresa é essencial, e, por fim, o uso da mobilidade para
penetrar profundamente nos elementos de reserva o mais rápido possível após o momento inicial
de choque faz da doutrina soviética não somente altamente ofensiva como também flexível em
um front dinâmico.

4.2 - Doutrina Militar das tropas das Nações Unidas


A doutrina militar dos EUA, em oposição à doutrina soviética de expansão política,
tratava-se principalmente do uso das forças armadas como um dos meios para a contenção do
comunismo no mundo, como exemplificado na presença dos EUA em diversas localizações
estratégicas no entorno dos países comunistas ao redor do Globo, tais como Turquia, Alemanha
ocidental e a própria Coreia do Sul.
Tendo isso em mente e, considerando a presença maciça de tropas dos Estados Unidos
no contingente das Nações Unidas enviado a península coreana, a doutrina militar aplicada pelo
UN Command almeja as seguintes condições, segundo o manual de combate norte-americano:

19
a. Garantia da dissuasão estratégica e da defesa;

b. A Prontidão, no intuito de estar sempre pronto para se defender de uma ofensiva


inimiga;

c. A Segurança Coletiva, no sentido de sempre procurar defender aqueles que lutam


ao seu lado;

d. Superioridade Marítima e Aeroespacial;

e. Superioridade Tecnológica sobre os oponentes.

Claro que tais princípios representam um cenário ideal de engajamento, muitas vezes
sendo distante da realidade, mas tais condições, caso garantidas em um combate, proporcionaram
vantagens imensas as tropas do UN Command.
Outros princípios da Doutrina estadunidense incluem:
a. Agilidade estratégica, no sentido da capacidade de adaptação às mais diversas situações;

b. Concentração de efetivos militares em tempos e locais decisivos, a fim de prevalecer


sobre o oponente;

c. Utilização de todo o poder de combate da forma mais eficiente possível;

d. Valer-se de manobras ágeis a fim de colocar o oponente em posições desfavoráveis;

e. Segurança para não permitir que o oponente te surpreenda;

f. Quando atacar, apreenda, retenha e explore a iniciativa, valendo-se da surpresa através


de planos de ataque inesperados;

g. Mantenha a Simplicidade. Um plano claro e conciso garante melhor entendimento


do mesmo.

Vale ressaltar também que a principal prioridade do Exército em tempos de conflito é


dissuadir o confrontamento, ganhando tempo para que uma resolução seja alcançada e priori-
zando, portanto, uma defesa sólida antes de ofensivas em geral.
Uma defesa efetiva deve enfrentar alguns desafios em sua preparação. O lado agressor
tem as vantagens de iniciativa, portanto a primeira prioridade dos defensores é neutralizar tais
pontos positivos de seus oponentes. Para isso, a utilização de posições preparadas e o conhe-
cimento profundo do território é essencial para diminuir o ímpeto dos atacantes, enquanto a
defesa utiliza de ataques inesperados e repetidos, que almejam degradar a força adversária. Uma

20
vez que as tropas inimigas perdem sua capacidade de se concentrar e se organizar, a defesa os
supera fazendo uso de poder de fogo superior, pressionando a formação adversária como um
todo. A prioridade não é aniquilar o inimigo completamente, e sim a destruição da habilidade
do oponente de manter sua movimentação agressiva.
Em suma, a defesa vale-se de elementos reativos e ofensivos de forma igualitária,
procurando evitar a passividade no campo de batalha. Tão importante quanto a contenção dos
adversários é a habilidade de contra-atacar quando os agressores se expõem e oferecem a opor-
tunidade. Desta forma, a defesa pode então se transformar em um ataque.
Quando atacando, o Exército americano sempre almeja atingir seus objetivos estratégicos
e operacionais de forma decisiva, com o menor custo possível.
Um ataque ideal deve lembrar uma corrente de água, movendo-se rapidamente adiante
enquanto expande canais menores ao redor de locais com maior resistência. A utilização de
ferramentas de reconhecimento é crucial nas ofensivas, a fim de encontrar e explorar falhas nas
defesas inimigas, trazendo a batalha para a retaguarda adversária.

21
O Segredo para um ataque de sucesso é a destruição da habilidade do inimigo de orga-
nizar uma defesa coesa, forçando-os, portanto, a abandonar suas posições originais e engajar
em locais e condições desfavoráveis aos defensores. Para isso, reter e explorar a iniciativa no
combate é crucial para qualquer ofensiva terrestre.

22
Como mostrado, a exploração de falhas nas linhas de defesa inimigas, seguidas de uma
penetração pelas forças aliadas, é a principal forma de se conseguir território em uma ofensiva.
Outras tropas amigas mantem a pressão nas linhas adversárias, assegurando que estas não con-
sigam reagir a esta ruptura em sua defesa.

23
5 - O Teatro de Operações em Terra

5.1 - Movimentação dos exércitos


Cada gabinete de guerra possuirá em suas respectivas salas um conjunto de mapas que
poderá ser utilizado para o planejamento das campanhas. Os mapas irão abranger todas as regiões
relevantes à guerra e conterão as informações de latitude e longitude com a precisão adequada.
São essas informações que deverão ser passadas nas ordens para realizar a movimentação dos
exércitos. Qualquer comando de movimentação passado para o GruCon sem as devidas
informações de deslocamento será desconsiderado e uma carta de requisição de informações
será emitida para o general responsável pelo exército.
Um dos mapas presentes nas salas dos gabinetes conterá as informações topográficas dos
teatros de guerra. Em comandos de deslocamento de forças, o relevo do terreno, assim como o
meio de transporte e clima, influenciam na velocidade média dos destacamentos. Fica a critério
dos generais escolher a forma de movimentação.
Devido ao caráter dinâmico do comitê, as informações meteorológicas de todas as regiões
dos teatros serão emitidas regularmente e enviadas aos gabinetes de guerra.
Vale lembrar que cada general é responsável por seu exército individual, portanto a
movimentação de um grupo de exército para um mesmo ponto em comum deve ser feita pa-
ralelamente: cada general emitirá uma ordem para o exército em seu comando para realizar o
deslocamento. É responsabilidade do comandante em chefe de verificar se todas as ordens estão
com as coordenadas adequadas, caso a movimentação conjunta tenha sido combinada. Caso a
movimentação consista em um grupo de exército se deslocando em conjunto partindo de um
mesmo ponto inicial, é permitido que o comandante em chefe emita uma única ordem para o
deslocamento de todos os exércitos, desde que a ordem contenha as assinaturas de todos os
generais responsáveis pelas forças consideradas.

5.2 - O uso das ferramentas de reconhecimento


Cada general possuirá em suas forças destacamentos encarregados do reconhecimento
e coleta de informações no campo de batalha. Um comando de reconhecimento dos arredores
da posição de um exército pode ser emitido pelo general encarregado através de uma ordem. As
chances de sucesso na obtenção de informações relevantes depende de um fator aleatório e da
quantidade de tropas inimigas que passaram pela região. A probabilidade de se obter informa-
ções relevantes é inversamente proporcional ao tempo decorrido a partir da última passagem de
tropas inimigas por aquela região. Esses destacamentos possuem uma distância operacional que
será definida antes da simulação e será a mesma para todas as forças. Está distância é calculada
a partir da posição do exército de origem do destacamento e representa o alcance máximo de
operação das forças de reconhecimento.

24
Os generais podem também enviar estes destacamentos para realizar o reconhecimento
do terreno ao redor das forças principais e buscar informações no ambiente que indique uma
movimentação recente de forças inimigas.

5.3 - Regras de engajamento


Um combate entre dois exércitos pode se dar a partir de uma ordem emitida por um ge-
neral que saiba da localização das forças inimigas. Durante o combate, uma série de fatores são
levados em consideração para determinar o vencedor. Tanto fatores tangíveis como vantagens
obtidas pelo terreno ou a visibilidade prejudicada devido às condições meteorológicas quanto
fatores intangíveis como a moral das tropas irão influenciar no resultado do combate.
Forças próximas de áreas urbanas podem montar defesas mais efetivas do que as defesas
padrões que automaticamente começam a ser construídas quando não estão em movimento.

6 - Apéndice A: Simbologia tática

6.1 - Introdução
Por motivos de simplificação e conveniência dos delegados, será adotada pelo gabinete a
simbologia cartográfica de unidades indicada pela APP-6, de 1986. Apesar de um anacronismo,
acredita-se que a escolha deste sistema é muito mais intuitiva do que o uso não padronizado de
representações cartográficas de unidades.
A APP-6, publicada em 1986 para uso pela OTAN visa regularizar a representação e
diagramação de unidades táticas em mapas, com ênfase na simplicidade de leitura e facilidade
de execução.

6.2 - Forças aliadas, inimigas, desconhecidas e civis: Cor


Padroniza-se a cor e formato de unidades aliadas em um retângulo de contorno azul,
enquanto forças inimigas são representadas por um contorno vermelho, podendo também ser
um losango ao contrário de um retângulo. A APP-6 também regulariza a representação de forças
desconhecidas e civis, respectivamente representadas por cores amarelas e verdes respectivamente,
porém não serão de grande uso para o gabinete. Textos de qualquer tipo são escritos em preto.

25
Forças aliadas, inimigas, desconhecidas e civis: Cor 3

Acima, formas dentre as quais unidades podem estar contidas, em suas respectivas afi-
liações.

6.3 - Indicadores: Tamanho da unidade


Além das afiliações de uma unidade, também são extremamente necessários indicadores
de tipo e posição da unidade na estrutura de comando. No momento, focaremos no segundo
tópico. O tamanho de uma unidade é indicado acima de seu ícone, sendo caracterizado por três
tipos de marcadores diferentes. pequenos círculos, linhas retas e letras ‘x’. No entanto, os dois
primeiros tipos não são relevantes ao nível estratégico sendo simulado no gabinete, e portanto
focar-se-á apenas no terceiro. A afiliação de uma unidade se localiza à direita do ícone, enquanto
o nome dela fica à esquerda.
Uma unidade marcada apenas por um X em cima é a representação de uma brigada.
Brigadas são grupos que variam normalmente por volta de 3000 soldados, incluindo pessoal não
combatente e oficiais não comandantes como médicos, engenheiros, entre outros. Um exemplo de
brigada seria essa brigada mecanizada, com 3 batalhões de infantaria mecanizada, um batalhão
de tanques, um batalhão de artilharia mecanizada e uma companhia de engenheiros.

3 Disponível em: < https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/db/NATO_Map_Symbol_-


_Symbol_Size_boundary_%28APP-6C%29.svg/500px-NATO_Map_Symbol_-_Symbol_Size_boundary_%28APP-
-6C%29.svg.png>.

26
Fonte4

Fonte5

Outro exemplo seria a brigada de Tanques acima. Os identificadores indicam que esta é
a quarta brigada blindada da 2a Divisão blindada, afiliada ao 6o Corpo de Exército dos Estados
Unidos. Os parênteses indicam o próximo nível hierárquico a qual a unidade está sujeita. Se
algum nível hierárquico for pulado, é representado por um 0. Usando a primeira figura como
exemplo, aquele corpo de engenheiros anteriormente representado teria a sua direita um 0/a,
sendo a um número natural associado à brigada.6
Quando a unidade é representada com dois X acima de seu ícone, trata-se de uma divisão.
A divisão é a principal unidade de combate a ser utilizada pelos delegados do gabinete junta-
mente ao Corpo de Exército, que será visto em breve. Uma divisão é composta normalmente de
4 a 6 brigadas principais em conjunto com outras unidades complementares, tendo em média
18,000 soldados incluindo não combatentes. O número pode chegar acima disso, até 24,000
normalmente. Por exemplo:

4 Disponível em: <http://www.warandtactics.com/Images/nato_tacsymbs/6unit_tree.gif>.


5 Disponível em: <https://army.ca/wiki/images/8/80/NATO_Map_Symbol_%28Canadian%29_Program-
med-_Instruction_Package_Jan_2000.pdf>.
6 Antes da brigada existe uma unidade de três colunas, chamada de regimento. No entanto, regimentos são
menos utilizados do que o batalhão na estrutura divisional, sendo normalmente usados em unidades de reconheci-
mento e artilharia. Na maioria dos casos, os batalhões são afiliados diretamente a uma brigada.

27
Fonte7

Acima, a 352a divisão de Infantaria do exército alemão na Segunda Guerra Mundial. Note
que eles não utilizavam brigadas, mas sim regimentos, que tinham a mesma força, atestando o
fato de que a linha que separa um regimento e uma brigada é mais burocrática do que qualquer
coisa. Adjuntas à divisão existem três regimentos de infantaria, um regimento de Artilharia, um
batalhão de artilharia anti-tanque, um batalhão de engenharia e um batalhão de reconhecimento.
Acima de uma divisão, representada por 3 ‘X’, há o Corpo de Exército. O Corpo de Exér-
cito é uma unidade mais flexível, formada por duas ou mais divisões conforme a necessidade de
uma organização maior para alguma operação ou região específica. Por exemplo, em setembro
de 1950 o X Corpo de Exército (Force X, ou X Corps) foi reativado, englobando uma divisão
de Infantaria, uma divisão de Marines e diversas outras unidades menores, com a missão de
executar uma grande incursão anfíbia na costa da Coréia.
Marcado por 4 ‘X’, o Exército é a unidade imediatamente acima do Corpo. Nominalmente
formado por dois ou mais corpos de exército, o que realmente marca o Exército são o fato de
terem normalmente entre 5 a 10 divisões (essa média não é nenhuma regra restrita.).
Acima disso, existem os Grupos de Exército, utilizados para organizar um front extenso,
e a Região. A Região trata-se muito mais de uma organização burocrática por critérios geográ-
ficos do que uma formação de combate. Respectivamente são representadas por 5 e 6 ‘X’. No
entanto, dificilmente serão utilizadas.

7 Disponível em: <http://wwiihistorycenter.org/352nd/graphics/history/352infanteriedivision.JPG>.

28
6.4 - Indicadores: Tipo
Os indicadores de tipo servem para diferenciar o equipamento e especialização dado às
diversas unidades disponíveis em campo, facilitando assim ao planejador de estratégias avaliar
movimentações com maior clareza. De fato, as capacidades e limitações de uma divisão de in-
fantaria são distintas de uma divisão blindada.
É essencial que o delegado saiba no mínimo interpretar uma unidade de infantaria, blin-
dada, cavalaria, infantaria mecanizada, motorizada, peças de artilharia convencional, anti-aérea e
anti-tanque. Esses tipos serão de convívio diário a todo delegado presente no gabinete, e estudar
as planilhas abaixo facilita muito o trabalho. Porém, também não é necessário saber de cor a
simbologia da APP-6(C) para um veterinário (existe).
Para formar um ícone na APP-6(C), junta-se diversos indicadores de uma determinada
característica com objetivo de caracterizar uma unidade. Esses indicadores podem ser de vários
tipos, sendo os principais: Mobilidade, papel e especialização. Além disso, alguns indicadores
são abreviações do termo.

29
6.5 - Mobilidade

30
6.6 - Infantaria

31
6.7 - Reconhecimento:

32
6.8 - Engenharia e Artilharia:

33
34
Nota-se que diversas vezes ícones são combinados para representar uma unidade. Por
exemplo, para formar o ícone de uma unidade de infantaria mecanizada, aglutina-se o ícone de
uma unidade blindada com uma de infantaria.

35
7 - Apêndice B: Mapas
Esse apêndice dedica-se ao fornecimento de alguns mapas que deverão ser de impor-
tante uso pelos delegados do gabinete e devem ser estudados previamente pelos oficiais que
comandaram as tropas dos dois lados da guerra. Dito isso, deve-se levar em conta que são
apenas mapas gerais e que, naturalmente, os senhores não devem ficar restritos a eles. Visando
a elaborar estratégias mais específicas, é extremamente recomendado o estudo de mapas com
maior escala ou que exibam representações de fatores não abordados aqui, tais como produção
regional, localização de vias ferroviárias etc.
Por fim, deve-se advertir para o fato de que alguns dos mapas aqui inseridos são anacrô-
nicos ao comitê e não necessariamente possuem informações totalmente realistas. São, portanto,
apenas um material adicional para os delegados, que não substituirá os mapas que serão forne-
cidos durante as sessões pelo corpo de diretores.

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Mapa 1 – A Península da Coreia: principais cidades e vias

8 Disponível em: <http://www.maps-of-the-world.net/maps/maps-of-asia/maps-of-north-korea/detailed-


-map-of-korean-peninsula-with-relief-roads-and-major-cities.jpg>.

37
Mapa 2 – Mapa Topográfico da Península da Coreia

9 Disponível em: <http://www.maps-of-the-world.net/maps/maps-of-asia/maps-of-north-korea/large-detai-


led-physical-map-of-korean-peninsula-with-roads-and-cities.jpg>

38
Mapas 3 e 4 – Principais Rios da Coreia (Norte e Sul)

Fonte10

Fonte11

10 Disponível em: <https://www.mapsofworld.com/north-korea/river-map.html>.


11 Disponível em: <https://www.mapsofworld.com/south-korea/river-map.html>.

39
Mapa 5 – O fronte de batalha no dia 1 de julho

Fonte12

12 Disponível em: <https://history.army.mil/books/korea/maps/010751.jpg>.

40
Mapa 6 – Densidade Populacional na Coreia em 1960

Atenção: Esse mapa é de uma data posterior ao comitê e, portanto, pode contar com informações
imprecisas.

41
Mapas 7 e 8 – Agricultura e Produção na Coreia em 1960

Atenção: Esses mapas são de uma data posterior ao comitê e, portanto, podem contar com informações
imprecisas.

Disponíveis em: <https://drive.google.com/file/d/1jr9Rc0gNebWC5KDtYjlZZHch-2B-


qNqifb/view?usp=sharing>.

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