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O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS PARA

ENSINAR HISTÓRIA ANTIGA


AOS ALUNOS DO 6º ANO
Ilza Maria Ribeiro Bonacin de Oliveira1

RESUMO
O presente artigo faz parte das atividades do PDE - Programa de
Desenvolvimento Educacional - da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná e busca relatar os resultados do projeto de intervenção pedagógica
desenvolvido no primeiro semestre de 2017 com alunos do sexto ano do
Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Barbosa Ferraz, na cidade de
Andirá- Paraná. Esta proposta tem como principal objetivo principal contribuir
com atividades de análise de imagens e fazer com que essas experiências
em sala de aula criem situações que façam os alunos interagir, trocar
informações e indagar, formando um ambiente de aprendizagem mais
prazeroso e significativo. A implementação deste material visa despertar
uma motivação nos alunos, efetivando a aprendizagem. Acredita-se que este
trabalho poderá propor aos alunos formas diferentes de compreender a
disciplina de História. Proporcionar a interpretação a partir da exposição de
várias imagens da História Antiga, contribuindo para que os alunos, em seu
cotidiano, busquem um olhar mais crítico.

Palavras-chave: Imagem; Metodologia; Aprendizagem.

1- INTRODUÇÃO

Vivemos num tempo em que as imagens produzidas por meio das


técnicas de reprodutibilidade tendem a suplantar o signo escrito. A fotografia,
as imagens reproduzidas na televisão, e na internet, o cartaz, a publicidade
são meios de chamar atenção dos homens pelos olhos, por mensagens
instantâneas e abreviadas que exigem uma rápida interpretação, moldando
novas formas de ver e de sentir.

1
Professora de História com licenciatura em História- pela Faculdade Estadual de Filosofia,
Ciências e Letras de Jacarezinho- Paraná, Pós-Graduada em Metodologia do Ensino de
História. Atua no Col. Estadual Barbosa Ferraz, concluinte do PDE 2016/17.
Num mundo de representações, as imagens se inserem cada vez
mais na tentativa de apreensão e compreensão do real. Aparentemente, a
documentação visual se transmite sem a mediação verbal. Contudo, essa
transmissão se detém muito rapidamente, exigindo ou procurando
complementar-se ou ser substituída por outras linguagens.

Considerando que a imagem ocupa um espaço privilegiado de


formação e informação na sociedade atual, compreende-se que cabe ao
professor de História promover análise com discussão aprofundada sobre os
processos de produção, distribuição e recepção da imagem. Tendo em vista
que os livros didáticos trazem várias imagens que permitem o uso de uma
metodologia capaz de mostra-se relevante para a construção da criticidade
nos alunos, já que ao ler e analisar uma imagem estará exigindo do aluno
uma participação na aula de História, o objetivo deste trabalho é discutir o
papel e a importância que a imagem tem ocupado no processo de ensino-
aprendizagem e apresentar uma proposta para uso de imagens na sala de
aula.

Em sala de aula o uso de imagens para o estudo dos conteúdos se


torna instigante por proporcionar o contato direto com fontes documentais e
possibilitar acesso a construção do conhecimento. Ler imagens é ampliar a
percepção do passado.

Entender que a História é uma disciplina que permite a utilização de


diversas linguagens é um desafio para os professores. Assim para Maria
Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli alertam: Esses profissionais tiveram
de, além de compreender a natureza das novas linguagens e incorporá-las,
perceberem-nas legitimadas como fonte para o estudo e a reconstrução do
passado. (SCHMIDT, CAINELLI, 2009.)

Por isso, ao analisar uma imagem, devemos perceber seus silêncios e


decifrar seus códigos, visto que a mesma não reproduz a realidade, mas a
reconstrói a partir de uma linguagem própria.
Essas imagens, com suas especificidades, são produzidas
diferentemente, sendo algumas delas criadas como material didático e
outras, posteriormente, transformadas em recursos didáticos, como é o caso
de filmes de ficção ou fotos. (BITTENCOURT-2005.)

Levando em conta que a imagem não é a representação do real, mas


sim criar uma nova crítica que possa contribuir com a aprendizagem em sala
de aula. Bittencourt (2005) sugere que:

Toda imagem é histórica. O marco de sua


produção e o momento da sua execução estão
decalcados nas superfícies da foto, do quadro,
da escultura, da fachada do edifício. A história
embrenha as imagens, nas opções realizadas
por quem escolhe uma expressão e um
conteúdo, compondo através de signos de
natureza não verbal, objetos de civilização,
significados de cultura. (BITTENCOURT, 2005,
p.384)

Sabendo trabalhar corretamente com as imagens, portanto, o professor


pode tirar vantagem de como vão auxiliar na aprendizagem dos alunos em
sala de aula. Bittencourt (2005) afirma que:

Diferentes imagens completaram e integraram as


aulas, transformando o projeto em importante
prática de ensino que merece ser compartilhada
por todos os que acreditam nas contribuições
que a História pode oferecer na formação
intelectual de nossos alunos. Ele é exemplar
também como um trabalho comprometido com
as questões de discriminação e preconceitos
presentes em nossa sociedade nos dias atuais.
(BITTENCOURT, 2005, p.387).
Diante da extensão de conteúdos que abrange a História Antiga,
daremos destaque para a Mesopotâmia e o Egito Antigo, os quais serão
trabalhadas atividades didáticas baseadas nas imagens que o livro didático
contempla e outras inseridas e explicadas pelo professor. Um dos principais
objetivos da disciplina de história é levar os alunos a conseguirem verbalizar
e escrever sobre os conteúdos estudados, utilizando-os para melhor
entender ou explicar sua realidade, relacionando o presente com o passado,
posicionando-se diante dessa realidade, situando-se diante dela e
questionando-a, quando necessário.

2- IMAGEM E HISTÓRIA

O ensino de História tem o objetivo proporcionar aos alunos a


oportunidade de reconhecer e analisar o campo social, econômico, cultural e
político no qual está inserido, portanto se faz necessário dar instrumentos
para que isso ocorra, assim o indivíduo pode perceber que tem o seu espaço
na sociedade, tornando-se um cidadão crítico e consciente. É importante
que os alunos saibam como ocorre a produção do conhecimento histórico,
como afirmam as Diretrizes Curriculares da Educação básica de História,
“(...) a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento
histórico a partir da produção do conhecimento” (Paraná, 2008, p.47).

No estudo de uma imagem destacamos a necessidade de se fazer


uma descrição atenta do que se está observando, enfatizando os traços
importantes e que podem ajudar no sentido geral da imagem. Observar as
construções e as paisagens e estabelecer ligações entre esses elementos e
os personagens retratados. Isso pode fornecer pistas para uma investigação
mais profunda. É importante interpretar o significado do que está sendo
representado, nesta hora é importante fazer uso da imaginação. O título ou a
legenda, o autor, o tipo de imagem, a sua origem e a data que foi produzida,
podem trazer informações importantes. Quem são as pessoas que
aparecem representadas? Que funções podem ter os objetos que
aparecem? O que o uso desses objetos pode indicar? Como se relacionam
com o contexto histórico em que foram produzidos? São questões que
podem auxiliar na interpretação da imagem.

Bittencourt (2004) em sua obra analisa a utilização das imagens no


ensino de História. Esta autora relata que imagens mesmo sustentadas em
diferentes suportes, como quadros, vitrais, desenhos rupestres, etc. podem
formar uma série de representações iconográficas. Tais representações são
reproduzidas por grande quantidade de técnicas e se distinguem das
chamadas “imagens tecnológicas”, são importantes registros para o
conhecimento da arte e das formas de comunicação de sociedades e grupos
diversos. Os métodos de análise dessas diferentes imagens necessitam
estabelecer relações com outras fontes, notadamente com os textos
escritos.

Parafraseando (Bittencourt, 2004) as propostas pedagógicas para o uso


da imagem são, em síntese, as seguintes: a) na seleção de imagens, um
primeiro ponto a levar em conta é a escolha de imagens fortes que sejam
capazes de causar um impacto visual, para motivá-los e de trazer
informações substantivas sobre o tema ou gerar questionamentos; b) o
estudo da fotografia pode favorecer o entendimento das mudanças e
permanências, por intermédio de um estudo comparativo; c) com base em
fotos de dois períodos, os alunos podem identificar o espaço e as mudanças
ocorridas, além das diferenças entre as fotos no aspecto mais técnico; d)
pinturas em diferentes suportes, como quadros, vitrais, desenhos rupestres e
toda uma série de representações iconográficas, que são produzidas por
grande quantidade de técnicas e se distinguem das chamadas imagens
tecnológicas, são importantes registros para o conhecimento da arte e das
formas de comunicação de sociedades e grupos diversos. Os métodos de
análise dessas diferentes imagens necessitam estabelecer relações com
outras fontes, notadamente com os textos escritos.
O trabalho com imagens históricas em sala de aula conforme nos
orientam Maria Auxiliadora Schmidt & Marlene Cainelli (2004), depende da
concepção que se tem a seu respeito, dos objetivos que se querem atingir e
das estratégias propostas para sua concretização. Assim, a utilização do
documento histórico em sala de aula segundo as autoras, contribui para
ilustrar o tema trabalhado no que se refere à natureza do documento
histórico ou a sua concepção, para reforçar o que for falado pelo professor,
que é a fonte de informação que desenvolve no aluno a capacidade de
absorver, descrever, memorizar, criticar, pertencer, inserir-se, modificar e
atuar. Portanto, a confrontação entre diferentes tipos de documentos
escritos, iconográficos e depoimentos orais é importante porque o aluno
pode construir relações de semelhanças e diferenças, ajuda ainda buscar
informações sobre as gerações. Essa estratégia desenvolve a capacidade
de comparar, localizar, classificar e abstrair conhecimentos históricos.

O professor conforme dizem Maria Auxiliadora Schmidt & Marlene


Cainelli (2004), pode estabelecer regras mais abertas, estimulando a
participação do aluno individual e em grupos, mas os documentos ao serem
apresentados devem ser selecionados de modo que provoquem a
admiração e o interesse dos alunos, mobilizem referencias e contribuam
para a construção de novas argumentações históricas. Essa estratégia pode
ajudar a desenvolver no aluno a capacidade de estabelecer relações e
generalizações, perceber localizações históricas, observar mudanças e
permanências e construir enunciados, mobilizando assim o seu
conhecimento, porém, será necessária a compreensão do mesmo, pois
também é um veículo, um instrumento que não revela nada por si só, mas
serve para responder as questões do aluno e do professor. As atividades
desenvolvidas no estudo dos documentos como fonte de respostas para as
hipóteses ou problemas, podem ajudar a construir interferências –
raciocínios.
3- IMAGEM NA ESCOLA.

Sabemos que estamos vivendo num contexto rodeados de imagens,


os educadores maneira geral ainda não utilizam métodos de ensino, que
façam da imagem o ponto de partida para a construção do conhecimento.
Segundo Bittencourt (2005), no ensino de história, as imagens que ilustram
os livros didáticos de História têm tido um significativo crescimento desde a
segunda metade do século XX. Embora se constate uma crescente
produção iconográfica à serviço da educação, pesquisas envolvendo a
aplicação dessas imagens no campo dos estudos históricos ainda são
incipientes. A maior parte dessas pesquisas tem envolvido investigações
cuja problemática corresponde utilização de métodos que integrem a história
escolar e as pesquisas historiográficas.

A autora Circe Bittencourt (2005) vê a emergência das novas


tecnologias da informação como ferramentas importantes no ensino de
História, porém com certas ressalvas. Na concepção da autora as propostas
de renovação dos métodos de ensino pelos atuais currículos, inclui tanto
uma articulação entre conteúdo e método, quanto uma articulação entre
ensino e as novas tecnologias. Porém, a Tecnologia por si só, sem a
mediação do professor não poderá dar conta da aprendizagem. Ela é
apenas instrumento para favorecer a aprendizagem, se for usada
adequadamente. O professor fica como mediador entre o objeto a ser
conhecido e o aluno e este assume papel ativo e participante. Assim a
tecnologia é ferramenta, devendo o professor introduzi-la da melhor maneira
à sua prática de ensino, dentro de sua metodologia de trabalho.

O principal objetivo desta proposta não é ler uma imagem


identificando apenas seus elementos formais isoladamente, mas reconhecer
as manifestações e expressões de cada povo da antiguidade.

É importante salientar que esta mudança nos paradigmas


educacionais, enfocando a imagem como recurso metodológico parte da
formação dos professores, a qual ainda caminha a passos lentos e muitas
vezes não acompanha o processo de evolução ou os problemas que surgem
no dia- a- dia de sala de aula, por isso este programa do PDE é fundamental
para que esta mudança ocorra de forma que atenda as reais necessidades
da escola.

4- MATERIAL DIDÁTICO

A partir das considerações sobre as necessidades de uma


metodologia no ensino com imagens, e como uma das etapas do PDE
desenvolveu-se uma unidade didática com sugestões de atividades
direcionadas aos professores, abordando diferentes possibilidades de
leituras. Foram então escolhidas algumas imagens enfocando temas
específicos sobre a história antiga, dando destaque para os conteúdos:
Mesopotâmia e Egito Antigo. É importante ressaltar que estes exercícios de
leitura de imagem tem como finalidade o estímulo da observação para
melhor compreensão da época dos conteúdos levando o aluno a entender e
participar da proposta de trabalho.

4.1 MESOPOTÂMIA

IMAGEM 1: Relevo mesopotâmico datado de 630 a. C representando


agricultores trabalhando em plantação de palmeiras.
Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

Na área rural, os mesopotâmicos plantavam principalmente trigo


e cevada. O gergelim e a palmeira eram cultivados para a
extração de óleo usado na alimentação e na iluminação. A
atividade pecuária também era muito importante. Eles criavam
porcos, carneiros e cabritos para a produção de carne, lã, leite e
seus derivados. Outros animais, como bois e jumentos, serviam
para o transporte e para puxar o arado. Os cavalos e os camelos
eram utilizados principalmente no transporte.

ATIVIDADES
Observe a imagem acima e responda o que se pede.
1- Qual o produto em destaque na imagem e para que servia?
2-O que se pode saber sobre os mesopotâmicos a partir desse relevo?
3-O que é um relevo?
4-Escreva um pequeno texto sobre a pecuária dos mesopotâmicos.

IMAGEM 2- A estrutura das sociedades mesopotâmicas.


Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012.

ATIVIDADES
1-Pesquise na imagem acima e escreva a que classe pertence cada
membro da sociedade mesopotâmica.

1 2 3

4 5 6

1_____________________ 2 ____________________ 3__________________

4_____________________ 5____________________ 6 __________________


2- Como as pessoas se transformavam em escravos na Mesopotâmia?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

IMAGEM 3- Detalhe de uma placa de argila com uma inscrição cuneiforme


mesopotâmica.

Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012.

http://historia7keditfundamental.jimdo.com/un-2-as-primeiras-cidades/painel-6-primeiras-cidades-e-
primeiros-imp%C3%A9rios/

Usando a escrita cuneiforme dos mesopotâmicos, escreva:


1-O seu nome:____________________________________________
2- O nome do seu melhor amigo:______________________________
3- O nome da sua escola:____________________________________
IMAGEM 4 - Painel mesopotâmico datado de 2500 a. C, representando
diferentes cenas de uma guerra.

F B

D A

E C

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012.

O painel acima mostra soldado lutando em carros de guerra,


puxados por animais e levando prisioneiros para o rei. As
vestes desses personagens caracterizam o contexto de guerra.
Há pessoas caídas no chão, provavelmente feridas. Esses
elementos indicam que os mesopotâmicos eram povos
belicosos.

Atividades:
1-Relacione cada letra destacada à sua descrição correta.
a) Figura central de maior tamanho, junto ao seu carro de combate e
seus generais. ( )
b) Soldados com elmo e espadas curtas combatiam a pé. ( )
c) Inimigos presos. ( )
d) Inimigos pisoteados pelos carros de combate. ( )
e) Carro de guerra puxado por onagros e levando dois homens. ( )
f) Chefe nu sendo conduzido ao rei. ( )
2- Observando o estandarte acima, qual a característica do povo
mesopotâmico? ________________________________________________

4.1 EGITO ANTIGO

IMAGEM 1 - Pintura representando agricultores egípcios trabalhando no


cultivo de trigo, as margens do rio Nilo.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

A agricultura era a principal atividade econômica do Antigo


Egito. A produção era diversificada: plantavam alface, cebola,
alho, trigo, cevada, uva, tâmara, papiro, linho, algodão. Os
egípcios complementavam sua alimentação com pesca,
realizada com arpões, redes e anzóis. Eles faziam pão, vinho,
cerveja, tecidos, cordas, esteiras, sandálias e folhas, que
utilizavam como papel para escrever. Também fabricavam
tijolos, utensílios de argila e cerâmica, além de objetos de
couro. Utilizavam ouro, cobre, bronze, madeira, marfim e
pedras preciosas para fazer armas, joias e móveis.

ATIVIDADES
Leia o texto e observe a imagem e responda.
1-Que produto os egípcios estão colhendo?
2-Para plantar este produto eles dependiam de qual rio?
3-Qual parte da sociedade está trabalhando nesta colheita?
4-Cite outros produtos cultivados pelos egípcios?
5-O que os egípcios fabricavam com seus produtos?
6-Escreva um pequeno texto sobre os Felás?

IMAGEM 2 - Papiro do livro dos mortos que retratam o julgamento do


coração de um escriba de nome Hanufer.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

ATIVIDADES
1-Proponha aos alunos, divididos em grupos, a realização de uma pesquisa
sobre os deuses do Egito, abaixo indicados. Cada grupo ficará com um
deles.
a) Rá b) Osíris c) Isis d) Hórus
e) Anúbis f) Set g) Nephthis h) Hathor
Depois, os alunos deverão montar uma apresentação com os dados e
imagens da pesquisa.
2-Esse aspecto da religião do Antigo Egito é semelhante a alguma religião
atual?
3-Diante deste tribunal julgava-se o coração da pessoa para ser absolvido,
como deveria ser esta pessoa? Escreva um pequeno texto.
IMAGEM 3 - Fotografia que retrata as grandes pirâmides egípcias.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

Os túmulos dos faraós e da família eram as pirâmides. Construídas


com grande blocos de pedra, tinham seu interior decorados com
pinturas, moveis, armas e joias. Quanto maior e mais luxuosa fosse a
pirâmide, maior o poder do faraó que mandara construí-la. Alguns
deles passaram toda a vida organizando a construção de seus
futuros túmulos. Ordenavam seus auxiliares e escravos que
colocassem dentro das pirâmides alimentos, animais de estimação,
roupas e objetos pessoais, acreditando que precisariam de tudo na
vida após a morte.

ATIVIDADES
1-Para que serviam as pirâmides?
2-Quem mandava construí-las?
3-O que representava, quanto a grandiosidade das pirâmides?
4-Explique a frase: Ordenavam seus auxiliares e escravos que colocassem
dentro das pirâmides alimentos, animais de estimação, roupas e objetos
pessoais, acreditando que precisariam de tudo na vida após a morte.

IMAGEM 4 - O processo de mumificação no Egito Antigo.


O Bá,
frequentemente
representado
como um ser
híbrido com corpo
de ave, cabeça
humana e mãos e
braços humanos,
sobrevoando o
túmulo ou o corpo
do defunto.

Fonte: Vontade de Saber História, 6º. PELLIGRINI, Marcos Cesar. São Paulo: FTD, 2012

ATIVIDADES

Destacar as etapas do processo de mumificação.

Etapa 6______
_____________
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http://www.historiadigital.org/atividades/atividade-etapas-da-mumificacao-egipcia/
RESULTADOS DAS ATIVIDADES EM SALA DE AULA

As atividades da unidade didática foram aplicadas com alunos do


sexto ano do Ensino fundamental do Colégio Estadual Barbosa Ferraz,
durante o primeiro semestre de 2017.

A implementação iniciou com a apresentação do projeto à equipe


pedagógica e professores, esta etapa foi importante para que o grupo
ficasse ciente da proposta. Esse momento teve a intenção de haver uma
troca de ideias e a possibilidade de interação com outras disciplinas e
também com a equipe pedagógica.

Logo após o início do ano letivo iniciou a fase de contato com a turma
envolvida e a oportunidade de esclarecer para os alunos os objetivos da
proposta, principalmente os motivos da escolha do tema a Mesopotâmia e o
Egito Antigo através de “leitura de imagem”, os conteúdos fazem parte do
plano anual.

Nesse momento foram apresentados alguns conceitos sobre a palavra


imagem, seu papel na história, como influenciou e influencia as sociedades,
utilizando uma linguagem acessível aos alunos também procurou-se mostrar
alguns conceitos a respeito do tema, a importância das imagens na
contemporaneidade.

A etapa seguinte consistiu em desenvolver as primeiras atividades


propostas na unidade didática sobre a Mesopotâmia. Para isto o uso dos
recursos materiais existentes na escola, como a TV pendrive, foi
fundamental para que as imagens pudessem ser reproduzidas vistas de
forma adequada pelos alunos.

No início das atividades houve certo estranhamento, pois muitos não


estavam habituados a terem aulas onde as imagens eram os centros para se
chegar à aprendizagem, cujo foco era estimular a percepção através da
observação de detalhes, alguns não conseguiam enxergar aspectos que
exigiam um olhar mais atento, mas aos poucos isto foi superado e muitos se
mostravam surpresos com as descobertas que iam fazendo ao longo das
observações. Nesta primeira etapa pode-se perceber que no cotidiano os
alunos não olham as imagens de forma mais atenta, explorando pequenas
sutilezas e detalhes, a imagens são vistas de forma superficial, isto ocorre
principalmente porque muitos não conseguem se concentrar por muito
tempo num mesmo objeto, dificultando uma análise mais aprofundada. Para
a realização das atividades percebeu-se que os alunos tiveram dificuldades
em algumas e outras realizaram tranquilamente, “a imagem da escrita
cuneiforme na Mesopotâmia, os alunos relataram o quanto era difícil para
esta sociedade se comunicar”.

Já na segunda parte das atividades sobre o Egito Antigo houve um


interesse maior porque após as explicações e apresentação das imagens, os
alunos despertaram com uma curiosidade bem maior, visto o fascínio pelo
conteúdo.

No decorrer das explicações sobre as imagens do Egito Antigo um


aluno trouxe uma dobradura de um sarcófago com uma múmia dentro, neste
momento a atividade completou a aprendizagem, onde os alunos pintaram e
colaram no caderno. Todas as atividades do referido conteúdo foram
realizadas com grande entusiasmo por parte dos alunos.

A última etapa foi a mais produtiva, depois de toda atividade realizada


e diante de tanto entusiasmo por parte dos alunos, foi editado um vídeo
explicando todas as etapas do processo de mumificação no final um teste
objetivo de perguntas e respostas de múltiplas escolhas sobre o conteúdo
para ver se realmente obteve aprendizado por parte dos alunos, nesta
atividade o Núcleo Regional de Educação esteve presente e observou a
alegria em que os alunos participaram.

A participação dos alunos foi de fundamental importância, pois as


atividades dependiam diretamente do envolvimento do grupo, partindo do
olhar e da observação de todos é que pode-se obter os resultados aqui
apresentados.

CONCLUSÕES FINAIS

Os resultados deste projeto demonstram alguns aspectos abordados


na fundamentação teórica deste trabalho. Primeiro ficou comprovado que a
escola ainda não está pronta para trabalhar as imagens em sala de aula,
durante o desenvolvimento das atividades ficou claro que as imagens foram
trabalhadas apenas no andamento do projeto, o que impede que os alunos
criem hábitos e aprendam a lê-las de forma crítica. Lembrando que por
serem crianças que estão iniciando o Ensino fundamental anos finais, ficou
claro a falta de maturidade para analisar as imagens.

Outro ponto importante é que para que o aluno tenha uma real
compreensão das imagens que lhe são apresentadas é necessário que
tenha acesso a um repertório amplo de imagens, o que não aconteceu visto
o processo de iniciação no sexto ano, o projeto coube somente ao professor
selecionar o conteúdo e realizar uma pesquisa de imagens e adequá-las a
suas aulas e a realidade dos alunos.

Pôde-se perceber que deve haver um estímulo por parte do professor


para que os alunos percebam as características de cada imagem, pois
durante o processo ficou evidente que se não fossem feitas as atividades
propostas, os alunos somente ficariam com as interpretações de observação
levantadas apenas de observação da imagem de como ela foi apresentada
sem nenhuma possibilidade aprendizagem somente a observação. Também
foi observado o quanto a escola tem o papel fundamental de incentivar os
professores ao trabalho com imagens, estimular e criar estratégias de leitura
de imagens, envolvendo todas as disciplinas, fazendo com que os alunos
passem a ter um repertório de imagens mais rico e consequentemente
passe a observá-las de forma mais aprofundada.
Apesar dessas constatações é importante ressaltar que os objetivos
propostos foram alcançados, pois no decorrer do processo houve uma
evolução que aconteceu gradativamente, onde aos poucos os alunos foram
se familiarizando com cada imagem, passando a vê-las não só como meras
ilustrações, mas como fonte de conhecimentos e de mensagens que fazem
parte da história dos povos estudados.

Também é importante ressaltar que o presente estudo não pretendeu


confirmar nenhum método exclusivo de leitura de imagens, mas mostrar que
essas leituras podem ser feitas sob diversos pontos de vista, dependendo
dos objetivos que o professor quiser atingir em suas aulas e também dentro
dos conteúdos trabalhados.

A experiência aqui relatada mostra, portanto a real obrigação de se


descobrir métodos de trabalho nos quais o uso de imagens esteja mais
presente no cotidiano da escola, favorecendo a educação do olhar,
proporcionando ao indivíduo entender o mundo a sua volta não apenas
como expectador indiferente mas como personagem importante para esta
ação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História: fundamentos e


métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

_________________________. Ensino de História: fundamentos e


métodos. São Paulo: Cortez, 2005.

__________________________. O Saber Histórico na Sala de Aula. São


Paulo: Contexto, 2005.

KUEZER, Acácia (Org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para


os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação


Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba:
SEED, 2008.

PELLIGRINI, Marcos Cesar. Vontade de Saber História, 6º, 7º,8º e 9º. São
Paulo: FTD, 2012.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Construindo a relação conteúdo método no


ensino de História no Ensino Médio. In: KUEZER, Acácia (org.) Ensino
Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São
Paulo: Cortez, 2005. p.p 203-230.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São


Paulo: Scipione, 2004.

SITES UTILIZADOS:

Disponível em: http://www.infoescola.com/historia/piramides-do-egito/


Disponível em: http://www.historiaeimagem.com.br/

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/mesopotamia-


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Disponível em: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/estandarte-de-ur/

Disponível em: http://www.fascinioegito.sh06.com/agricola.htm/

Disponível em: http://professor-josimar.blogspot.com.br/2009/05/o-processo-


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Disponível em: http://www.historiadigital.org/atividades/atividade-etapas-da-


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Disponível em: http://pt.hellokids.com/c_27151/desenhos-para-


colorir/paginas-para-colorir-paises/paginas-para-colorir-sobre-o-
egito/desenho-da-piramides-de-gize-para-colorir/

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lOenCD1sQ88/

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