Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ebook Direcao Defensiva
Ebook Direcao Defensiva
DE CONDUTORES
INFRATORES
DIREÇÃO DEFENSIVA
Revisão
Florianópolis, 2022
OBS: A Associação Brasileira de Normas Técnicas –
© 2016. IBREP.
ABNT, por meio da NBR 10697/20, redefiniu a
terminologia de “acidente de trânsito”, passando a
chamar “sinistro de trânsito”.
Informamos que é de ISBN Coleção: 978-85-65330-04-6
inteira responsabilidade
ISBN Livro: 978-85-65330-08-4
do(s) autor(es) a emissão
dos conceitos.
UE1
1.1
CONCEITO DE DIREÇÃO DEFENSIVA
ELEMENTOS
8
10
UE2
2.1
CONDIÇÕES ADVERSAS
E SITUAÇÕES DE RISCO
CONDIÇÕES ADVERSAS DE ILUMINAÇÃO
12
13
2.2 CONDIÇÕES ADVERSAS DE TEMPO 15
2.3 CONDIÇÕES ADVERSAS DA VIA 18
2.4 CONDIÇÕES ADVERSAS DO TRÂNSITO 25
2.5 CONDIÇÕES ADVERSAS DO VEÍCULO 26
2.5.1 Manutenção preventiva e Manutenção Corretiva 26
2.5.2 Inspeção | Verificação Periódica 27
2.6 CONDIÇÕES ADVERSAS DE CARGAS 31
2.7 CONDIÇÕES ADVERSAS DE PASSAGEIROS 33
2.8 CONDIÇÕES ADVERSAS DO CONDUTOR
E ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR 35
2.9 OUTRAS SITUAÇÕES DE RISCO 41
UE3 COMO EVITAR ACIDENTES 46
4.2 PEDESTRES 63
4.3 VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS 66
4.4 ANIMAIS 67
6 RECICLAGEM DE CONDUTORES INFRATORES
Comportamentos expressam princípios e valores de uma
sociedade. Adequar comportamentos para alcançar uma vida
coletiva com qualidade e respeito demanda conscientização
sobre as questões envolvidas no convívio social e,
consequentemente, na convivência no trânsito.
DIREÇÃO DEFENSIVA 7
1 UNIDADE DE ESTUDO 1
CONCEITO DE
DIREÇÃO DEFENSIVA
O que é
Direção Defensiva?
Direção defensiva é a postura que o
condutor assume ao dirigir de maneira
segura, cuidando do seu próprio
comportamento e das atitudes dos outros
condutores.
DIREÇÃO DEFENSIVA 9
1.1
ELEMENTOS
Atenção
Os elementos da Direção
e Pilotagem Defensiva são:
Previsão Decisão
O Condutor
DIREÇÃO DEFENSIVA 11
2 UNIDADE DE ESTUDO 2
CONDIÇÕES ADVERSAS
E SITUAÇÕES DE RISCO
DIREÇÃO DEFENSIVA 13
Quando há ofuscamento da visão pelos faróis do veículo que vem em sentido contrário,
as pupilas levam de 4 a 7 segundos para restabelecerem a visão normal. Isso significa
que um veículo a 80 km/h poderá percorrer 155 metros antes que seu condutor recupere
plenamente a visão.
DIREÇÃO DEFENSIVA 15
Chuva
Aquaplanagem ou hidroplanagem
Com água na pista, pode ocorrer a aquaplanagem, que é a perda da
aderência do pneu com o solo (o pneu não consegue remover a lâmina
de água). O veículo “flutua” na água e o controle sobre ele é perdido,
podendo ocorrer com qualquer tipo de veículo e em qualquer piso. Para
evitar esta situação de perigo, deve-se observar com atenção a presença
de poças de água sobre a pista, mesmo não havendo chuva, e reduzir a
velocidade antes de entrar na região empoçada, utilizando os freios.
DIREÇÃO DEFENSIVA 17
Fumaça
Apesar de a presença de fumaça na pista não se tratar de condição climática, ela pode
provocar falta de visibilidade semelhante à causada pela neblina , (mas, normalmente,
ocorrendo de maneira localizada) e sua fuligem pode reduzir a aderência do piso.
Nos casos de queimadas, o condutor deve redobrar a atenção, reduzir a velocidade, ligar
a luz baixa do farol e, depois de adentrar na área com fumaça, não parar o veículo na pista
(em virtude da falta de visibilidade, os demais motoristas podem não enxergar o veículo
parado).
2.3
CONDIÇÕES ADVERSAS DA VIA
para chegar ao destino desejado.
Embora esses limites sejam os que estão A velocidade máxima permitida numa
nas placas de sinalização, há curva leva em consideração aspectos
determinadas circunstâncias geométricos de construção da via. Para
momentâneas nas condições da via – segurança e conforto do condutor, este
tráfego, condições do tempo, obstáculos, deve respeitar a sinalização e adotar
aglomeração de pessoas – que exigem alguns procedimentos:
a redução da velocidade e
Ÿ Reduzir a velocidade com
aumento de atenção, para
antecedência, utilizando o freio e, se
dirigir com segurança.
necessário, reduzir a marcha antes de
Quanto maior a
entrar na curva e de iniciar o
velocidade, maior é o
movimento do volante;
risco e mais graves são
os acidentes, sendo Ÿ Começar a fazer a curva com
maior a possibilidade de morte no movimentos suaves e contínuos no
trânsito. volante, acelerar gradativamente e
respeitar a velocidade máxima
O tempo que se ganha utilizando
permitida. À medida que a curva for
uma velocidade mais elevada não
terminando, retornar o volante à
compensa os riscos. Por exemplo:
posição inicial, também com
a 80 quilômetros por hora são
movimentos suaves;
percorridos 50 quilômetros em
37 minutos; e a 100 Ÿ Procurar fazer a curva movimentando
quilômetros por hora leva- o volante o mínimo possível, evitando
se 30 minutos para movimentos bruscos e oscilações na
percorrer a mesma direção.
distância.
DIREÇÃO DEFENSIVA 19
Declives
Quando for percebido que à frente encontra-se um declive acentuado, deve-se, antes
de iniciada a descida, testar os freios e manter o câmbio engatado numa marcha
reduzida durante a descida.
Não se deve descer com o veículo desengrenado, pois em caso de necessidade, não
haverá a força do motor para auxiliar a parar ou reduzir a velocidade e os freios
podem não ser suficientes; assim como não se deve desligar o motor nas descidas,
pois com ele desligado os freios não funcionam adequadamente e o veículo pode
atingir velocidades descontroladas, além do risco de o volante travar.
Ultrapassagem
Estreitamento da Pista
DIREÇÃO DEFENSIVA 21
Acostamento
A presença de água, óleo, barro, areia ou outros líquidos ou materiais na pista reduz
o atrito do pneu com o solo e essa perda de aderência pode causar derrapagens e
descontrole do veículo.
DIREÇÃO DEFENSIVA 23
Cruzamento entre vias
DIREÇÃO DEFENSIVA 25
2.5
CONDIÇÕES ADVERSAS DO VEÍCULO
Para dirigir com segurança, o condutor deve manter o veículo em bom estado e em
perfeitas condições de funcionamento.
2.5.1
Manutenção Preventiva definidas pelos fabricantes, dentro de
e Manutenção Corretiva determinadas condições de uso.
DIREÇÃO DEFENSIVA 27
Vejamos alguns cuidados a serem
tomados com determinados
equipamentos do veículo:
Pneus
DIREÇÃO DEFENSIVA 29
Freios
Após dirigir em meio a uma grande poça d'água ou após o veículo ter sido lavado em um
posto de serviço, o condutor deve pressionar levemente o pedal de freio, até sentir que os
freios estão funcionando normalmente.
DIREÇÃO DEFENSIVA 31
Ÿ Desconhecimento do tipo de carga e
das suas características;
Motocicletas
DIREÇÃO DEFENSIVA 33
Motocicletas
As principais condições
adversas do condutor são:
ESTRESSE
USO DE MEDICAMENTOS
SONO E FADIGA
PRESSA E IMPACIÊNCIA
USO DE ÁLCOOL E DROGAS
DISTRAÇÃO
Estresse
DIREÇÃO DEFENSIVA 35
Sono e Fadiga
DIREÇÃO DEFENSIVA 37
Dificuldade de Visão: o motorista não Uso de Medicamentos
consegue ponderar corretamente a
velocidade de seu veículo ou dos Conforme vimos anteriormente, o
demais, nem a que distância se consumo de algumas substâncias afeta
encontra em relação a aos demais negativamente o estado físico e mental
usuários da via. do indivíduo e seu modo de dirigir.
Alguns remédios utilizados, mesmo por
As drogas psicoativas são substâncias que recomendação médica, podem alterar o
alteram temporariamente o estado do condutor (alterações sensoriais,
funcionamento do sistema nervoso tontura, sonolência, alterações no
daquele que as ingere, alterando o comportamento, dentre outros efeitos),
padrão de percepção e consciência da prejudicando seu desempenho ao
realidade e de si mesmo, podendo volante.
produzir alterações no funcionamento
cerebral. Algumas drogas possuem efeito O condutor deve
relaxante e proporcionam uma falsa evitar dirigir após o
sensação de bem-estar; outras criam uso de medicamentos
alucinações ou sensação de “flutuação”; que afetem o seu
e outras são excitantes e geram a estado físico e mental.
sensação de euforia.
!
O condutor que dirigir sob a influência Estado de Tensão Emocional
de álcool (qualquer concentração de
álcool por litro de sangue ou por litro de Preocupações, aborrecimentos e
ar alveolar) ou de qualquer outra temperamento agressivo são causas
substância psicoativa que determine frequentes de acidentes de trânsito. O
dependência, incorrerá em infração condutor deve ficar atento a possíveis
prevista no Código de Trânsito Brasileiro. mudanças em seu comportamento, pois
Tal infração é gravíssima, sendo aplicada se encontra transitando em um espaço
a penalidade de multa (dez vezes) e público e, em caso de tensão emocional,
suspensão do direito de dirigir, além da o veículo pode acabar se transformado
medida administrativa de recolhimento em “arma pessoal”, ampliando o perigo
do documento de habilitação e retenção para o condutor e para os demais
do veículo. Em caso de reincidência no usuários da via.
período de até 12 (doze) meses, a multa
será aplicada em dobro.
Distração
DIREÇÃO DEFENSIVA 39
CIGARRO MAPA OU GPS
O ato de fumar enquanto dirige é Deve-se consultar mapas ou GPS
proibido por lei, caracterizando infração (Sistema de Posicionamento Global)
de trânsito o fato de dirigir com apenas antes do início do trajeto. Caso seja
uma das mãos. O cigarro desvia a necessária nova consulta e o condutor
atenção do trânsito e limita a mobilidade não tenha a quem solicitá-la, deve parar
do condutor em caso de necessidade em local seguro para fazê-lo.
de tomada de decisão rápida. Além
disso, o cigarro ainda pode cair no carro
ou na roupa, fazendo com que o
condutor tenha mais alguns segundos
CELULAR
de distração.
A distração ocasionada pelo uso de
aparelho celular é responsável por
grande número de acidentes ocorridos
PASSAGEIROS no Brasil e no mundo.
2.9
OUTRAS SITUAÇÕES
DE RISCO
Marcha à ré
DIREÇÃO DEFENSIVA 41
Reação, Frenagem, Distância de Segurança e Parada
Distância de Reação
É a distância percorrida pelo veículo
desde o instante em que o perigo é visto Ao se considerar uma velocidade de 40 km/h,
até o momento em que o motorista toma tem-se:
a atitude de parar (pisar no freio).
1 quilômetro = 1.000 metros
Em condições normais, o tempo médio 1 hora = 60 minutos = 3.600 segundos
de reação do motorista é de ¾ de ¾ de segundo = 0,75 segundos
segundos a 1 segundo, considerando-se
Portanto, um veículo que se desloca a
que o tempo de reação é variável de 40 Km/h = 40.000 metros/3.600 segundos,
pessoa para pessoa. ou seja, estará se deslocando a uma
velocidade de 11,11 metros/segundo.
Para que se possa entender de maneira
mais clara a distância de reação e o que Se o tempo de reação de uma pessoa
isso representa em espaço percorrido normal é de 0,75 de segundo, tem-se:
num determinado tempo real, eis um
11,11 m/s x 0,75 segundos = 8,33 metros
exemplo ao lado:
Desta forma conclui-se que, em uma
velocidade de 40 km/h, o veículo percorrerá
Distância de Frenagem uma distância de 8,33 metros antes de
começar a parar.
DIREÇÃO DEFENSIVA 43
força de atrito do pneu com o solo; a O sistema de
roda para de girar e não freia, apenas se freios chamado
arrasta no asfalto, valendo-se de um ABS (sigla para
espaço maior até a parada total do
Anti-lock
veículo.
Braking System)
Um bom conjunto de freios deve monitora a
imobilizar o veículo no menor espaço velocidade das
possível e reduzir a possibilidade de rodas e interfere no
acarretar o travamento das rodas. circuito de modo que, por mais força
O condutor deve manter o veículo em que seja aplicada no pedal, as rodas
linha reta, não virar a direção e aliviar um recebem um limite de pressão,
pouco o pé sobre o pedal do freio, não evitando que as rodas sejam
retirando totalmente, nem “bombeando” bloqueadas durante a frenagem e o
e em seguida frear novamente. descontrole do veículo.
Pontos Cegos
3.1
ACIDENTES EVITÁVEIS
E ACIDENTES
NÃO EVITÁVEIS
Acidentes são acontecimentos imprevistos,
com consequências indesejáveis. Acidente
de trânsito é todo evento danoso que
envolva o veículo, a via, o homem e/ou
animais e ocorre em virtude de um fator ou
uma combinação de fatores que lhe dão
causa. A Direção Defensiva ajuda a prever
esses fatores e ensina técnicas para controlá-
los, com o intuito de evitar acidentes.
DIREÇÃO DEFENSIVA 47
Quando tratamos das Condições diretamente afetada por alterações em
Adversas do Veículo, vimos a seu estado físico e mental.
importância das manutenções
preventivas e corretivas, assim como Conforme já estudado, as
da verificação periódica. principais condições adversas
do condutor são: estresse,
Carga e passageiros também podem se
sono, fadiga, deficiências físicas,
transformar em condições adversas,
uso de álcool, drogas ou
comprometendo a segurança do
condutor e dos demais usuários da via. medicamentos que alteram a
percepção, estado de tensão
O condutor, no entanto, é o elemento emocional, pressa, impaciência
que mais causa acidentes, ao ter sua e distração.
capacidade de dirigir com segurança
IMPRUDÊNCIA
IMPERÍCIA
NEGLIGÊNCIA
3.3.1
Revisão Mental
Para evitar acidentes, é importante que o
condutor utilize o “método básico de
prevenção de acidentes”, o qual consiste
em três ações ligadas entre si:
DIREÇÃO DEFENSIVA 49
Antes de iniciar seu trajeto, o condutor 3.3.2
deve realizar uma breve inspeção e se Posição do Condutor
certificar de que está tudo bem com ele, no Veículo - Como
com o veículo e com os passageiros
(abordamos a Inspeção Periódica
evitar desgaste físico
quando tratamos de Condições relacionado à maneira
Adversas do Veículo no capítulo de sentar e dirigir
anterior); ajustar corretamente o banco e
A posição correta e confortável ao dirigir
os espelhos e colocar o cinto de
evita desgaste físico e contribui para
segurança (certificar-se de que todos os
evitar situações de perigo.
ocupantes façam o mesmo).
O condutor deve:
3.3.3
Segurança Veicular
Uso Correto dos Retrovisores
Quanto mais o condutor enxerga o que O ajuste dos espelhos retrovisores laterais
acontece à sua volta enquanto dirige, deve ser realizado com maior cautela,
maior a possibilidade de evitar situações sendo aconselhável utilizar a maior parte
de perigo. do espelho para refletir a imagem lateral
traseira do veículo ou o mínimo possível
Normalmente os veículos possuem três da lataria, reduzindo a possibilidade de
espelhos retrovisores: o espelho central, “pontos cegos” ou sem alcance visual.
que garante visibilidade traseira durante
a condução e os laterais, que têm como Caso não consiga eliminar esses “pontos
função auxiliar o condutor a enxergar fora cegos”, deve movimentar a cabeça ou o
de sua visão periférica. corpo para encontrar outros ângulos de
visão pelos espelhos externos, ou através
O ajuste do espelho central deve ser feito da visão lateral, antes de iniciar uma
somente após a regulagem do banco do manobra, além de dedicar também uma
motorista e sua imagem deve garantir a atenção especial aos ruídos dos motores
visibilidade da maior parte do vidro dos outros veículos, somente realizando a
traseiro, não devendo o motorista colocar manobra caso esteja seguro de que não
bagagens ou objetos que impeçam sua irá causar acidente.
visão através do retrovisor interno.
DIREÇÃO DEFENSIVA 51
Cinto de Segurança
Como utilizar corretamente
O cinto de segurança é um dispositivo o cinto de segurança:
que garante a segurança em caso de
acidentes, além de fazer parte dos Ÿ Ajustar firmemente ao corpo,
equipamentos obrigatórios. O cinto de sem deixar folgas;
segurança existe para limitar a
movimentação dos ocupantes de um Ÿ A faixa inferior deverá ficar abaixo
veículo, em casos de acidentes ou em do abdome e a faixa transversal
uma freada brusca. Nestes casos, ele deve vir sobre o ombro,
impede que as pessoas se choquem com atravessando o peito, sem tocar
as partes internas do veículo ou sejam o pescoço;
lançadas para fora dele, reduzindo a
gravidade das possíveis lesões. Ÿ Não utilizar presilhas, pois elas
anulam os efeitos do cinto de
Para que isso ocorra, os cintos de
segurança.
segurança devem estar em boas
condições de conservação e todos os
ocupantes devem utilizá-los, inclusive os
passageiros dos bancos traseiros, (até
mesmo gestantes e crianças). O transporte de crianças com até dez
anos de idade somente pode ser
Deve-se sempre realizar uma inspeção realizado no banco traseiro do veículo,
nos cintos de segurança, verificando se acomodadas em dispositivo de retenção
não possuem cortes (para não se afixado ao cinto de segurança do veículo,
romperem em uma emergência), se não adequado à sua estatura, peso e idade.
existem dobras que impeçam sua perfeita
elasticidade, se o travamento está Em caso de veículo que não possua
funcionando perfeitamente e se os cintos banco traseiro, o transporte de crianças
dos bancos traseiros estão disponíveis menores de 10 anos poderá ser
para utilização dos ocupantes. realizado, excepcionalmente, no banco
Encosto de cabeça
DIREÇÃO DEFENSIVA 53
Airbags
DIREÇÃO DEFENSIVA 55
O capacete deverá contar com viseira, ou No período noturno, é obrigatório o uso
na ausência desta, deverá ser utilizado de viseira no padrão cristal. É proibida a
óculos de proteção, em boas condições aposição de película na viseira do
de uso. É proibido o uso de óculos de capacete e nos óculos de proteção.
sol, óculos corretivos ou de segurança do
trabalho (EPI) de forma singular, em Quando da fiscalização, as autoridades
substituição ao óculos de proteção. de trânsito ou seus agentes observam:
Botas Colete
3.4
TIPOS DE ACIDENTES
São vários os tipos de acidentes envolvendo
veículos. Os principais são capotamento,
atropelamento e colisão.
DIREÇÃO DEFENSIVA 57
Capotamento é quando um veículo em movimento gira em
qualquer sentido, ficando com as rodas para cima, mesmo que
momentaneamente. Em caso de capotamento, deve-se
sinalizar o local do acidente e, se houver vítima, prestar
socorro.
3.4.1
Colisões com o Veículo
da Frente
Ocorrem quando o condutor colide com
o veículo que está imediatamente à sua
frente, no mesmo sentido de direção.
DIREÇÃO DEFENSIVA 59
3.4.3
Colisões com o Veículos em Sentido Contrário
A colisão entre dois veículos frente a controlá-lo e podendo causar um
frente é um dos piores tipos de acidente, acidente.
pois o impacto sofrido é proporcional à
soma das velocidades dos veículos Revise os procedimentos a serem
envolvidos.
adotados em ultrapassagens e
Este tipo de colisão pode ocorrer em curvas que estudamos em
retas, curvas ou cruzamentos. Condições Adversas da Via, caso
não se recorde.
A ultrapassagem em locais de pouca
visibilidade, sem as devidas precauções
de segurança, faz com que o condutor Boa parte dos acidentes de trânsito
não disponha de tempo suficiente para ocorre em cruzamentos sinalizados,
desviar ou evitar a colisão quando se causados principalmente por desrespeito
depara com outro veículo em sentido à sinalização, falta de visibilidade,
contrário. Para evitar este tipo de desconhecimento das vias preferenciais,
colisão, o condutor deve efetuar manobras inesperadas de veículos e
ultrapassagens somente nos locais trânsito de pedestres e ciclistas.
permitidos, tendo visibilidade total e
tempo suficiente para efetuar a manobra Dentro do perímetro urbano, o maior
em segurança. número de acidentes e os mais graves
ocorrem em cruzamentos sinalizados,
Em curvas, este tipo de colisão ocorre principalmente com semáforos.
devido a vários fatores (velocidade, tipo
de pavimento, ângulo de convergência Nos cruzamentos, as colisões podem
da curva, condições do veículo, ocorrer em situações de manobras de
condições climáticas e a falha do conversão à direita ou à esquerda,
condutor). Qualquer um destes fatores quando o condutor não observa a
pode provocar a saída de um veículo da travessia de pedestres, a indicação
sua mão de direção, empurrando-o para semafórica ou a preferência de
a contramão ou para o acostamento. passagem no local. Deve-se sempre
obedecer à legislação, respeitar a
Nas curvas, deve-se sempre reduzir a preferência daqueles que estiverem
velocidade e manter-se atento. O transitando por via preferencial, tomar
condutor deve sempre frear antes da cuidado com os procedimentos de
curva e nunca durante ela, pois estará convergência e dar a preferência para
desestabilizando o peso de seu veículo pedestres e veículos não motorizados.
ao frear na curva, tornando-se difícil
3.4.4
Colisões Misteriosas
São chamadas de colisões misteriosas os acidentes que envolvem apenas um veículo e o
motorista não sabe exatamente a razão que deu origem ao acidente.
3.4.5
Acidentes Envolvendo
Motocicletas
O motociclista está sujeito a direitos e
deveres como qualquer outro condutor.
Infelizmente, muitos desses condutores
colocam a sua segurança em grande risco,
pois acidentes envolvendo motociclistas
normalmente acarretam consequências
trágicas, devido a sua fragilidade e falta de
proteção.
DIREÇÃO DEFENSIVA 61
4 UNIDADE DE ESTUDO 4
CUIDADOS COM OS
DEMAIS USUÁRIOS DA VIA
4.1
RESPONSABILIDADE DO
CONDUTOR DE VEÍCULO
DE MAIOR PORTE EM
RELAÇÃO AOS DE MENOR
PORTE E DE AMBOS
PELOS PEDESTRES
De acordo com o Código de Trânsito
Brasileiro, os usuários das vias devem evitar
qualquer ato que constitua perigo para o
trânsito.
DIREÇÃO DEFENSIVA 63
segurança e fluidez, observadas as Art. 68. É assegurada ao pedestre a
características da via, do veículo, das utilização dos passeios ou passagens
apropriadas das vias urbanas e dos
condições meteorológicas e da acostamentos das vias rurais, para
movimentação de pedestres e ciclistas. circulação, podendo a autoridade
competente permitir a utilização de
O condutor não poderá parte da calçada para outros fins,
desde que não seja prejudicial ao
ultrapassar veículos em vias com
fluxo de pedestre.
duplo sentido de direção e pista
§ 1º O ciclista desmontado,
única, nos trechos em curvas e empurrado a bicicleta, equipara-se ao
em aclives sem visibilidade pedestre em direitos e deveres.
suficiente, nas passagens de § 2º Nas áreas urbanas, quando não
nível, nas pontes e viadutos e houver passeios ou quando não for
nas travessias de pedestres, possível a utilização destes, a
circulação de pedestres na pista de
exceto quando houver rolamento será feita com prioridade
sinalização permitindo a sobre os veículos, pelos bordos da
ultrapassagem. pista, em fila única, exceto em locais
proibidos pela sinalização e nas
Alguns direitos dos pedestres, situações em que a segurança ficar
comprometida.
previstos no Código de Trânsito
Brasileiro: § 3º Nas vias rurais, quando não
houver acostamento ou quando não
for possível a utilização dele, a
circulação de pedestre, na pista de
rolamento, será feita com prioridade
sobre os veículos, pelos bordos da
pista, em fila única, em sentido
contrário ao deslocamento de
veículos, exceto em locais proibidos
pela sinalização e nas situações em
que a segurança ficar comprometida.
DIREÇÃO DEFENSIVA 65
4.3
VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS
Bicicletas e outros veículos não O ciclista desmontado empurrando a
motorizados são vulneráveis e dispõem bicicleta equipara-se ao pedestre em
de preferência sobre os veículos direitos e deveres.
automotores.
DIREÇÃO DEFENSIVA 67
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Beber e Dirigir: manual de segurança viária para profissionais de trânsito e saúde. Genebra, Global Road
Safety Partnership, 2007.
Brasil, Código de Trânsito Brasileiro. Código de Trânsito Brasileiro: instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997 - 1ª edição - Brasília: DENATRAN, 2016 204 p.
Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988.
Brasil. Departamento Nacional de Trânsito. Denatran responde: motociclitsa v.1 / Organização e Texto de
Juciara Rodrigues; Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito, Conselho Nacional de
Trânsito. – Brasília: Ministério das Cidades, 2009. 40 p. (Série Denatran Responde; 1)
Brasil. Departamento Nacional de Trânsito. Direção defensiva: trânsito seguro é um direito de todos;
Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito, Conselho Nacional de Trânsito. – Brasília:
Ministério das Cidades, 2005. 62 p. Disponível em: <http://vias-
seguras.com/documentacao/arquivos/denatran_manual_de_ direcao_defensiva_maio_2005>.Brasília, D.F.:
OPAS, 2012. 208 p.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8 ed. Ver. Atual.
Curitiba: Positivo, 2010. 960 p.
GOMES, Ordeli Savedra. Código de trânsito brasileiro comentado e legislação complementar. 4ª edição.
Curitiba: Juruá, 2009. 906 p.
MACEDO, Leandro Machado. Legislação de Trânsito Descomplicada. 2ª ed. Florianópolis: Conceito Editorial,
2009. 630 p.
MACEDO, Leandro Machado. Resumo de legislação de trânsito. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2013. 304 p.
RIZZARDO, Arnaldo. Comentários ao código de trânsito brasileiro. 7. Ed. Ver., atual. E ampl. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2008. 749 p.
Seguranca de pedestres: Manual de segurança viária para gestores e profissionais da área. Brasilia, DF :
OPAS, 2013. 136 p.
Segurança no transporte:crianças e gestantes /Ilustração e projeto gráfico de Luiz Carlos Rufo.– São Paulo :
ABRAMET ; Rio de Janeiro : SBP, 2001. 26 p.
Segurança viária / Antonio Clóvis Pinto "Coca" Ferraz...[et al.]. -- São Carlos, SP : Suprema. Disponível em:
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4532013.pdf
SITES:
www.denatran.gov.br
www.portaldotransito.com.br
http://www.perkons.com.br
http://www.onsv.org.br/
http://www.and.org.br
http://michelin.com.br
www.abraciclo.com.br
DIREÇÃO DEFENSIVA 69
ANOTAÇÕES
ANOTAÇÕES
www.ibreptran.com.br