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UNIVSERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ENERGIA


DISCIPLINA: RECURSOS HÍDRICOS E APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO EM CARÁTER
EMERGENCIAL (Resolução 140/2020/CUn, de 24 de julho de 2020)
PROFESSOR: CLÁUDIA WEBER CORSEUIL

ESTUDO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CARURU EM


TUBARÃO – SC.

IGOR BARDINI
MATEUS STRAUB GOMES
RONALDO DA SILVEIRA

Araranguá
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
As bacias hidrográficas são locais que, devido a geometria e relevo do lugar, formam uma
área por onde a agua da chuva escorre para o rio principal e seus afluentes. Entender a
importância das bacias hidrográficas é de grande relevância para gerenciar os recursos
hídricos, estes são recursos muito valiosos que são necessários a vida pois além de suprimir a
sede de todos os animais e permitir sua existência também podem ser usados de forma
indireta como na navegação e geração de energia elétrica.
A bacia do rio Caruru pode ser categorizada como uma sub-bacia que compõe a bacia
do rio Tubarão, este esta localizado na região hidrográfica atlântico sul tendo uma área
próxima de 5640 km2. O estudo da sub-bacia é de importância pois trata-se de uma área
menor e com mais sensibilidade a fatores como impacto de chuvas intensas de curta duração e
da cobertura vegetal na região, assim alterações na qualidade e quantidade de agua podem ser
mais facilmente percebidas. Para entender a importância do rio Caruru precisamos entender a
importância do rio que ele abastece. O rio tubarão passa por 18 municípios e suas águas são
de grande valia pois fornece água para abastecimento público, irrigação, processos industrias,
agropecuária, entre outros.

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2. METODOLOGIA
Para realizar este trabalho foi consultado a mapoteca digital de Santa Catarina, feita
por cooperação técnica entra a Epagri e o IBGE, disponível no site da Epagri do governo de
Santa Catarina. Com a mapoteca digital obtivemos acesso ao mapa digital da região de
Tubarão em escala 1:50.000 que foi utilizado para os fins deste trabalho.
Para a visualização do mapa digital que se encontrava em formato SHP (shapefile) foi
utilizado o programa ArcGIS que consiste em um sistema de informações geográficas
(Geographic Information System – GIS), pertencente a empresa ESRI (Environmental
Systems Research Institute). Dentro dos domínios do ArcGIS encontra-se um aplicativo
utilizado para visualização e operação de mapas digitais chamado de ArcMap que foi
utilizado no para realizar o presente trabalho

2.1. A Bacia do Rio Caruru


A bacia do rio Caruru situa-se dentro do município de Tubarão. Essa cidade está
localizada em Santa Catarina, em latitude de 28°28’00”S e longitude de 49°00’25”W. De
acordo com o site do governo de Tubarão, a cidade possui uma vegetação diversificada típica
da Mata Atlântica. Tem uma precipitação média anual 1943 cm3, caracterizado por um clima
subtropical com temperatura variando entre a máxima de 23,6 °C e mínima de 15,5 °C.

Figura 1: Bacia do Rio Caruru

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A figura 1 exibi a bacia do rio Caruru dentro do ArcMap com a adição da basemap
‘imagery with labels’. O rio Caruru está localizado entre o rio do Pouso e o rio Capivari, seu
exutório se encontra próximo ao km 63 com latitude de 28°27’00”S e longitude de
49°04’38”W.

2.2. Delimitação da Bacia


Através do aplicativo ArcMap foi possível abrir o mapa digital da região de Tubarão,
dentro desse mapa foi selecionado três camadas para auxiliar na delimitação da bacia. As
camadas são: cursos de água, curvas de nível e pontos cotados. Tendo essas camadas do mapa
foi possível localizar o rio de interesse, nesse caso, o rio Caruru. Após a escolha do rio, foi
feita a delimitação da bacia de forma manual.
Para delimitação criou-se primeiro o ponto de saída do rio, ou seja, seu exutório. O rio
Caruru é um afluente do rio Tubarão, assim o exutório do rio Caruru se encontra no ponto em
que há o contato do fluxo do rio Caruru com o rio Tubarão. Após encontrar este local, foi
criado uma camada no ArcMap nomeada ‘Exutorio’ para colocar esse ponto que daria início a
delimitação da bacia.
Para delimitar a bacia, criou-se uma nova camada no ArcMap com o nome de
‘Limite_Bacia’. Tendo como partida o exutório, foi desenhado um polígono em contorno do
rio Caruru, respeitando os limites das curvas de nível e pontos cotados.
Após feito a delimitação da bacia, utilizou-se da ferramenta ‘Clip’ para selecionar os
rios que estavam contidos dentro do polígono da bacia criando uma nova camada com o nome
de ‘Rios_Bacia’. Assim tornou-se possível separar o rio de interesse de todos os outros rios
disponíveis no mapa digital e realizar o cálculo do comprimento de cada segmento do rio bem
como realizar sua hierarquização. Este trata-se de um rio de 5ª ordem.

2.3. Parâmetros Físicos da Bacia


Com a ferramenta ‘Clip’ dentro do ArcMap foi possível selecionar somente os rios
que passavam por dentro do polígono delimitado, como dito anteriormente. Tendo essa nova
camada disponível foi acessado sua tabela de atributos, que contem cada segmento ou trecho
de rio que formam o rio Caruru. Dentro da tabelas de atributos foi criado um novo campo que
nomeamos de ‘comp_km’ que calcula o comprimento de cada segmento do rio em
quilômetros. Com os dados de cada segmento do rio, foi somado o comprimento de todos os
segmentos que formam o rio principal chegando ao valor de: 12,97 km. O rio principal nesse

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caso é considerado todos os segmentos do rio que se ligam e formam juntos o maior
comprimento possível.
Para a área e perímetro da bacia esse processo não foi diferente, após a criação da
camada ‘Limite_Bacia’ foi acessado sua tabela de atributos e criado dois novos campos
chamados de ‘area_km2’ e ‘perim_km’ que calcularia a área dessa bacia em quilômetros
quadrados e seu perímetro em quilômetros. O resultado que obtivemos foi de: 32,27 km 2 para
a área da bacia e 25,03 km para seu perimetro.
Para o cálculo da declividade foi usado a seguinte formula:
Δh
S= ∗100 %
L
Sendo:
S: declividade do rio principal em porcentagem;
Δh: Variação da altitude, em metros, entre o início do rio principal e o exutório;
L: comprimento do rio principal em metros.
Analisando os segmentos que formam o rio principal obtemos os valores de suas
altitudes. No começo do rio principal é de 1697 metros, já a altitude no exutório é de 172
metros, o comprimento do rio principal (L) é de 12,97 km como especificado anteriormente.
Assim a declividade do rio principal é de:
Δh 1697−172
S= ∗100 %= ∗100 %=11,76 %
L 12970

A figura a seguir representa o rio Caruru com sua hierarquização dentro do limite da
bacia.

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Figura 2: Rio Caruru com sua hierarquização

2.4. Hierarquização da Rede Fluvial da Bacia


Para a hierarquização dos rios foi utilizado o método de Strahler, antes de discutir
como os resultados foram obtidos é importante entender como esse método funciona. Essa
hierarquia fluvial foi proposta por Robert E. Horton em 1945 e modificada por Arthur N.
Strahler em 1952, de acordo com essa hierarquia os rios que não possuem afluentes, de
nascente ate a primeira confluência, formam os rios de 1ª ordem. Quando dois rios de
primeira ordem se encontram eles formam um rio de segundo ordem. Quando há o encontra
de dois rios de segunda ordem eles formam um de terceira ordem e assim sucessivamente.
A hierarquização dos segmentos do rio Caruru foi feita manualmente. Dentro da tabela
de atributos da camada ‘Rios_Bacia’ foi criado um novo campo denominado ‘Ordem’. Cada
segmento do rio foi analisado e estabelecido sua ordem neste campo. O rio Caruru é um rio de
possui várias ramificações, cerca de 150 segmentos de rios, que em sua maioria constituem
rios de 1ª ordem. Ao analisar todos os segmentos concluiu-se que o rio Caruru é um rio de 5ª
ordem.

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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.uniara.com.br/legado/revistauniara/pdf/20/RevUniara20_11.pdf
https://www.tubarao.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/22162

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