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Outros Modos de

Praticar Adivinhação

Adivinhação
arte de prever o futuro – existiu, de uma forma ou de outra, em todas
as culturas que a história registra.Hoje, em qualquer cidade, podemos
encontrar praticantes das formas mais populares de adivinhação –
astrologia, tarô, bola de cristal, leitura das mãos, numerologia e
leitura da sorte nas folhas de chá.Na Antiguidade também havia
sistemas bastante populares, como a aritmancia, a consulta ao cristal
(parente da vidência através de bola de cristal) e a quiromancia. E
esses exemplos são apenas uma pequena amostra de centenas de
sistemas divinatórios desenvolvidos ao longo dos séculos.
Muitos métodos de adivinhação tiveram inicio na antiga
Mesopotâmia, há mais de 4.000 anos.Lá as artes divinatórias eram
praticadas pelos sacerdotes, que pesquisavam os movimentos das
estrelas e dos planetas.Alguns adivinhos buscavam indicações de
fatos futuros entrando num transe e procurando orientação no mundo
dos espíritos.Outros buscavam presságios na natureza.Um eclipse,
uma tempestade de granizo, o nascimento de gêmeos ou a maneira
como a fumaça subia no ar – quase qualquer coisa podia ser
interpretada como um sinal de acontecimentos futuros.

::GLOSSÁRIO DA ADIVINHAÇÃO

Criaram-se centenas de sistemas de adivinhação ao longo dos


séculos.Eis alguns:

AEROMANCIA: Neste antigo sistema de adivinhação, em vez de se


tentar prever o tempo, o próprio tempo é que indicava o futuro.Eles
viam presságios nos fenômenos atmosféricos, como trovões, os
relâmpagos, a forma das nuvens, a direção e a força do vento, a
presença de halos no Sol e na Lua.

ALECTRIOMANCIA: Um galo (alektor, em grego) era a chave deste


antigo sistema de adivinhação.As letras do alfabeto eram dispostas
em um grande círculo e punham-se grãos de trigo em cima de cada
letra. A ordem em que o galo comia os grãos soletrava uma
mensagem.Se as palavras não fizessem sentido, o adivinho as
interpretaria.Os grãos eram imediatamente substituídos, tão logo
consumidos, para que todas as letras pudessem aparecer na
mensagem tantas vezes necessário.

ALOMANCIA: No passado, em muitas regiões do mundo, acreditou-se


que o sal tinha propriedades mágicas. Neste sistema de adivinhação,
o praticante jogava um punhado de sal numa superfície e depois
interpretava as formas que surgissem.Pode-se relacionar esse antigo
costume à superstição segundo a qual derramar sal dá azar, ou jogar
sal sobre o ombro, em geral o ombro esquerdo, dá sorte ou afasta o
azar.

APANTOMANCIA: No passado, acreditava-se que encontros acidentais


com bichos eram repletos de significados.Na Europa medieval,
encontrar-se acidentalmente com uma cabra ou uma lebre era sinal
que você teria sorte em pouco tempo, sobretudo se a lebre estivesse
fugindo de cães de caça. Ver um morcego, um corvo ou um burro,
prenúncio de doença. Mas essas interpretações variam conforme as
culturas.Nos Estados Unidos, por exemplo, quando um gato preta
atravessava o caminho de um pessoa é sinal de azar, mas, na
Inglaterra, o sentido pode ser o oposto.

ASTRAGALOMANIA: A adivinhação mediante um lance de dados


remonta ao Egito antigo e muitos sistemas foram transmitidos de
geração em geração, no decorrer dos séculos.(Esse nome trata-se do
grego astragalos, que se refere ao osso de uma junta ou vértebra de
um animal, matéria-prima originalmente usada para fabricar dados.)
Um sistema simples, conforme explicado em um livro medieval,
consistia em jogar três dados. Tirar três seis significava que seus
desejos iam se tornar realidade. Dois seis e um dois indicavam
sucesso, mas com dificuldade. Um seis e dois quatros significavam
que era melhor esquecer o assunto – ou seja, aquilo que você
desejava era uma má idéia que deveria ser posta de lado.

BIBLIOMANCIA: A única coisa necessária é um livro. O adivinho faz


uma pergunta, abre o livro ao acaso e, de olhos fechados, aponta com
o dedo um local qualquer da página. A frase ou parágrafo em que o
dedo tocar é tida como uma resposta – ou, pelo menos, como um
comentário à pergunta. A Bíblia foi o livro escolhido para isso, durante
séculos, mas recentemente os clássicos – Homero, Virgílio e
Shakespeare – tornaram-se mais populares.Mas qualquer livro serve –
até mesmo este!

CEROMANCIA: Este sistema antigo e amplamente praticado consistia


em derreter cera em uma bacia de metal. Então, bem devagar, vertia-
se a cera quente dentro de outra bacia cheia de água fria. Quando a
cera tocava a água, se solidificava em várias formas, interpretadas
pelo vidente. Ao longo dos séculos, criaram-se modelos de
interpretação, que resultaram num sistema que qualquer pessoa
poderia aprender. As mesmas interpretações foram, posteriormente,
aplicadas à leitura das folhas de chá.
GEOMANCIA: Um punhado de terra solta é amontoado na palma da
mão e depois é jogado, de leve, sobre o solo. O vidente interpreta os
desenhos que se formam. Numa versão posterior, chamada
geomancia de papel, o adivinho faz uma pergunta e, de olhos
fechados, bate com a ponde de um lápis numa folha de papel,
deixando marcas aleatórias.Decorrido o tempo que a pessoa julgar
apropriado, passa-se então à interpretação dos desenhos que se
formaram no papel.

HIDROMANCIA: A água era um elemento importante em varias formas


de adivinhação. Num dos métodos,praticado na antiga Grécia,
lançavam-se três pedras, uma de cada vez, dentro de um poço de
água parada. A primeira pedra era redonda; a segunda, triangular, e a
terceira, retangular. O adivinho examinava os desenhos de
ondulações concêntricas e procurava imagens ou reflexos que
pudessem ser interpretados.

MIOMANCIA: Adivinhação baseada na aparência, na cor, e nos sons


dos camundongos.Muitas previsões, desde a guerra até períodos de
fome, se apoiavam na observação direta de camundongos e às vezes
também de ratos, bem como nos sinais reveladores da sua presença,
como pegadas ou marcas de dentes. O historiador grego Heródoto
relatou a derrota de um exército em virtude de uma infestação de
ratos.No entanto isso parece ter sido antes uma questão pratica do
que uma profecia, pois os ratos roeram os sacos de flechas e os aros
dos soldados, deixando-os quase desarmados.

PODOMANCIA: Semelhante à quiromancia, só que é a sola dos pés, e


não a palma das mãos, que é usada para a interpretação.Esse
sistema de adivinhação foi amplamente usado na antiga China.

XILOMANCIA: Os videntes dos tempos bíblicos examinavam e


interpretavam os desenhos formados sobre o solo por galhos, ramos,
brotos e outros pedaços de árvore.No início, só se usavam galhos que
estivessem caídos de forma natural. Num método posterior, os
adivinhos retiravam metade da casca dos galhos e os jogavam sobre
a terra, formando um desenho aleatório. Os galhos que caíssem com
a face descascada para cima seriam interpretados.

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