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Para nós designa os livros que não faziam parte do Cânon Hebraico, que não
são inspirados, porém, foram anexados à Septuaginta e à Vulgata Latina.
Estes livros foram escritos durante os dois últimos séculos A.C. e no primeiro
século A.D.
3. Os livros apócrifos ensinam doutrinas que são contrárias ao que Moisés e
outros profetas escreveram. Por essa razão não foram colocados entre os
outros livros do Velho Testamento, nos dias de Esdras.
Por que continua a Igreja Católica a apegar-se a estes escritos não inspirados?
É porque suas doutrinas fictícias confirmam os falsos ensinos da igreja; como
por exemplo as orações pelos mortos, as curas falsas, haver virtude em
queimar o coração de um peixe para espantar os maus espíritos, dar esmolas
para libertar da morte e do pecado, e a salvação pelas obras. Seguem-se
algumas razões pelas quais rejeitamos os apócrifos:
S. Marcos 16: 17. Cristo afirma que Satanás seria expulso em Seu nome.
I S. Pedro 1:18, 19. Somos salvos, não por coisas corruptíveis, como prata e
ouro ou esmolas, mas pelo sangue precioso de Cristo. A doutrina da Igreja
Católica é – “Obras de Satisfação.”
Lucas 16:26. “E, além disso, está posto um grande abismo.” Não há passagem
ou graduação desde o lugar de sofrimento até às delícias do céu.
Isa. 8:20. São rejeitados os livros dos Macabeus por ensinar doutrinas
contrárias às que se acham em outras partes da Bíblia. “À Lei e ao
Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.”
6. O Ensino do Purgatório
Sabedoria 3:1-4. “Mas, as almas dos justos estão na mão de Deus; e o
tormento da morte não as tocará. Aos olhos dos ignorantes pareciam eles
morrer e sua partida foi considerada desgraça. E, sua separação de nós, por
uma extrema perda. Mas, eles estão em paz. E, embora aos olhos dos homens
sofram tormentos, sua esperança está plenamente na imortalidade.”
Jesus não tinha nenhuma relação com o fato de ser dada “a espada para
executar vingança” contra os habitantes de Siquém.
Gên. 34:30. Notemos o que Jacó, o pai de Simeão, disse, conforme se acha
registrado em Gênesis: “Tendes-me turbado, fazendo-nos cheirar mal entre os
moradores desta terra.”
Rom. 12:17. Não tornemos mal por mal. Simeão estava fazendo justamente o
contrário. O livro de Judith deve ser colocado entre os livros não inspirados, e
não deve ter lugar no Cânon.
Salmo 51:5; Rom. 3:23. Essa asserção é outra das doutrinas que os livros das
Escrituras Sagradas não apoiam.
11. Ensinos da Crueldade e do Egoísmo
Eclesiástico 12:6. “Não favoreças aos ímpios; retêm o teu pão e não o dês a
eles.”
Poderá alguém pensar que Deus havia de inspirar a algum homem a escrever
semelhante conselho? Eis, o que está escrito:
Prov. 25:21, 22. “Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se
tiver sede, dá-lhe água para beber, porque assim amontoarás brasas vivas
sobre a sua cabeça, e o Senhor te retribuirá.”
Rom. 12:20. O apóstolo Paulo, que teve de sofrer muito nas mãos de seus
inimigos, citou essas palavras dos provérbios em sua epístola aos Romanos.
Isa. 8:20. “À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra,
nunca verão a alva.” (Transcrito de “O Pregador Adventista” maio-junho de
1950, pp. 16 a 19)
São Jerônimo, que foi o primeiro a usar o termo “apócrifo” rejeitou estes
livros com toda a veemência, porque eles não se achavam na Bíblia Hebraica
dos judeus. Diz ele que estes livros por não se acharem no cânon hebraico
deveriam ser postos entre os apócrifos, e usados somente para edificação da
Igreja e não para confirmar doutrinas. No livro Our Bible and the Ancient
Manuscripts de Frederic Kenyon, páginas 84 e 87 há estas afirmações:
“Ele desejou rejeitar inteiramente os livros apócrifos, porque eles não tinham
lugar na Bíblia Hebraica corrente. Ele realmente consentiu, relutantemente,
em fazer uma rápida tradução do livro de Judite e Tobias, mas os demais ele
os deixou intocáveis. Apesar de tudo isso, eles continuaram a achar lugar na
Bíblia latina; e a Vulgata como adotada finalmente pela Igreja de Roma,
contém estes livros na forma em que eles têm permanecido, antes dos dias de
Jerônimo, na Velha Versão Latina.”
Santo Agostinho que foi contemporâneo de São Jerônimo, pois viveu de 354 a
430 A.D., discordou frontalmente das idéias do autor da Vulgata, quanto aos
livros apócrifos. O bispo de Hipona defendeu um cânon do Velho Testamento
constituído de 44 livros, incluindo entre eles os apócrifos e alguns
pseudepígrafos. Para ele apócrifo não significava “espúrio” ou “falso”, mas
simplesmente livros cujos autores eram desconhecidos.
Em 1562 a Igreja da Inglaterra declarou que os apócrifos podem ser lidos com
proveito, mas não há neles autoridade doutrinária. Apesar da confissão de
Westminster, em 1643, que declarou como matéria de fé que os livros
apócrifos não são de inspiração divina, algumas igrejas protestantes inseriram
em suas Bíblias todos ou alguns destes livros. Só no século passado (1826)
houve uma exclusão definitiva das edições publicadas pela Sociedade Bíblica.
Os reformadores fundamentando-se na autoridade exclusiva da Palavra de
Deus, rejeitaram os apócrifos, desde que a autenticidade destes livros se
baseava na tradição.
“Aqui estão os livros que se acham enumerados pelos antigos entre os escritos
bíblicos, e que não são encontrados no cânon hebraico . . . É verdade que eles
não devem ser desprezados, porque contêm doutrinas úteis e boas. Ao mesmo
tempo, é justo que o que foi dado pelo Espírito Santo, deve ter preeminência
sobre o que veio do homem.”
A igreja católica apega-se a estes livros não inspirados porque eles sancionam
alguns de seus falsos ensinos, como: oração pelos mortos, salvação pelas
obras, a doutrina do purgatório, dar esmolas para libertar as pessoas do pecado
e da morte.
Judite é uma lição de patriotismo, na ação destemida de uma viúva judia, que
se serviu dos artifícios de sua beleza para assassinar o general do exército
inimigo.
“Feliz o marido que tem uma mulher virtuosa, ele dobra o número dos seus
dias. A mulher valorosa é a delícia de seu marido, que desfruta seus dias em
paz. Uma mulher virtuosa é uma boa sorte, que é concedida a quem teme a
Deus: rico ou pobre tem o coração contente e o rosto sempre alegre.”
Dom de Deus é uma mulher calada, e não há nada que valha uma mulher bem
educada.
Graça sobre graça é uma pudica mulher, e não há preço que iguale uma casta
alma.
O sol brilha no alto dos céus, e a beleza de uma mulher virtuosa adorna sua
casa.”
Este relato, que não se coaduna com a sublimidade dos ensinos de Cristo, é
suficiente para provar que este evangelho é espúrio.
“Desde Artaxerxes até os nossos dias, escreveram-se vários livros; mas não os
consideramos dignos de confiança idêntica aos livros que os precederam,
porque se interrompeu a sucessão dos profetas. Esta é a prova do respeito que
temos pelas nossas Escrituras. Ainda que um grande intervalo nos separe do
tempo em que elas foram encerradas, ninguém se atreveu a juntar-lhes ou
tirar-lhes uma única sílaba; desde o dia de seu nascimento, todos os judeus são
compelidos, como por instinto, a considerar as Escrituras como o próprio
ensinamento de Deus, e a ser-lhes fiéis, e, se tal for necessário, dar
alegremente a sua vida por elas.” (Discurso Contra Ápion, capítulo primeiro,
oitavo parágrafo).
Segue-se uma lista dos apócrifos do Novo Testamento apresentada pelo
professor Benedito P. Bittencourt em seu livro O Novo Testamento – Cânon,
Língua, Texto, pág. 45.