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Resumo
A matemática e a música sempre caminharam juntos no universo da ciência, e sua
modelagem acompanha problemas em física dentro do escopo da ondulatória. O
objetivo deste trabalho foi modelar matematicamente a relação das ondas sonoras que
representam as notas ou frequências, bem como intervalos musicais. Foram
demonstradas as equações pertinentes e utilizados os softwares Graph e Modellus para
ilustrar as funções modeladas.
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Professor(a) orientador(a) do Curso de Matemática - Bacharelado.
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1. Introdução
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r: razão
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N (Newton): tensão em
d: densidade em
a: mudança da amplitude A
p: mudança do período T
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Estes aspectos podem ser observados nos gráficos 1 a 4, que foram elaborados
com o auxílio do software Graph.
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No caso da música, temos que a frequência da onda corresponde à altura do som ou nota
musical (PETERSON, 2001, pg.1), sendo que quanto maior a frequência (mais
oscilações por segundo), mais aguda é a nota, e quanto menor a frequência (menos
oscilações por segundo), mais grave é a nota (ZANATO, 2017, pg.40). Além disso,
temos que a pressão (frequentemente em dB, no caso de ondas sonoras) é a variável
dependente (eixo y), e o tempo é a variável independente (eixo x). A amplitude A da
onda é uma medida de pressão (dB ou Pa), a frequência f é uma medida de oscilações
em relação ao tempo (Hz) e o comprimento da onda é a distância entre as duas cristas
(PETERSON, 2001, pg.1). O gráfico 5 ilustra a onda mecânica da frequência musical.
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P: pressão (dB), t: tempo (segundos), A: amplitude (60 dB), f: frequência (100 Hz), T: período
(1/f = 0,01 segundos)
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CONTRALTO
BAIXO
Figura 2. Distribuição dos sons de acordo com sua intensidade, em decibéis (dB)
0 20 40 60 80 100 120
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FLAUTA
OBOÉ
VIOLINO
(ZANATO, 2017, pg.43). A princípio, toda fonte de som tem a capacidade de produzir
toda a série harmônica, no entanto, os materiais e o sistema mecânico do instrumento
acabam por amortecer partes do som, o que molda o timbre do instrumento (GOTO,
2009, pg.2307-3). Embora o comprimento de onda e a altura sejam os mesmos (se
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tocada uma determinada nota no mesmo volume, independentemente se for uma flauta,
um violino ou um piano), há uma diferença devido à amplitude relativa de harmônicos
mais altos (PETERSON 2001, pg.6). Essa variação no formato das curvas do som, de
acordo com o timbre do instrumento, pode ser definida pelos coeficientes de Fourier,
cuja imagem é a soma das curvas dos harmônicos que estamos ouvindo
simultaneamente. As Séries de Fourier são periódicas definidas por:
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(ou picos de amplitude) e não são agradáveis ao ouvido humano (dissonâncias). Isso se
dá pela desarmonia na série harmônica entre elas. Uma oitava tem alinhamento perfeito
entre as séries harmônicas (e por isso as percebemos como a mesma nota, com diferença
de altura – MARTINS 2015, pg.25), a quinta tem um bom alinhamento e pouca
proximidade de frequências que criassem dissonâncias, e as terças apresentam distância
suficiente entre as frequências para também soarem como harmônicas. Já outros
intervalos soam mais desarmônicos, como quinta menor, terça menor e segundas
(PETERSON 2001, pg.10). A Figura 4 ilustra o grau de dissonância de acordo com o
intervalo musical.
Quantidade
Oitava
Terça Quarta Quinta Sexta
de
menor justa justa maior
dissonância
Unís
sono Terça maior
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Figura 6. Frequências relativas (em Hz) aos intervalos a partir de la central como nota
fundamental (440Hz)
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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depender do quão harmônicas são suas séries harmônicas individuais, e o timbre dos
instrumentos e registros vocais são compostos pelos valores desta mesma série,
modulados em sua intensidade por características mecânicas e físicas.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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