É notado o uso da matemática desde tempos pré-históricos como meio de
ajuda para as civilizações e com a evolução das civilizações conseqüentemente houve a evolução de conceitos matemáticos, trazendo o que nos é apresentado nos tempos atuais. Descartes a descreve como “A Matemática apresenta invenções tão sutis que poderão servir não só para satisfazer os curiosos como, também para auxiliar as artes e poupar trabalho aos homens”. (Descartes), isso nos mostra a magnitude do seu alcance. Desta forma, aqui será relatado o seu contato com a música, o objetivo é mostrar que algo tão bom como a música tem a presença matemática em sua estrutura.
O grande filósofo Pitágoras fundador da escola Pitagórica nascido na Grécia
na ilha de samos no período de 570ªa.C é reconhecido como grande contribuidor para a sociedade atual, Pitágoras um filósofo voltado para áreas como matemática e música, além de outras, estas duas áreas específicas representava grande importância para ele já que segundo ele “A matemática é o alfabeto com o qual deus escreveu o universo ela seria a essência de todas as coisas” e a música “O melhor meio para purificar a alma a purificação da mente, a cura de doenças, o domínio da raiva e da agressividade do homem” essas duas grandezas juntas traziam harmonia e a harmonia foi algo do interesse de Pitágoras, buscando entender sua estruturas e suas combinações de elementos que produziam uma sensação agradável e de prazer e assim ele criou a teoria matemática da música. Segundo ele, os astros tocavam uma melodia perfeita e divina durante seus movimentos onde os mortais não seriam capazes de ouvir tal canção porque sons contínuos passam despercebidos pelos nossos sentidos.
Então em sua constante busca pelo conhecimento, Pitágoras, ao andar nas
ruas da Grécia passando na frente de uma oficina observou ferreiros em seu trabalho dando marteladas em diferentes objetos e ele observou que cada martelada em determinado objeto possuía um som diferente observando também que essa variação ocorria devido a composição e estrutura do objeto, notou junto a isso que as constantes marteladas por vezes se coincidiam produzindo um som que era agradável a ele. Como grande filósofo que era, procurou investigar por que tal fenômeno acontecia fazendo sua pesquisa através do monocórdio criado pelo próprio.
O monocórdio que derivado do grego significa “um fio” é um instrumento
musical composto por uma caixa de ressonância com uma única corda presa a dois cavaletes móveis, utilizados para estudo e cálculo das relações entre vibrações sonoras, usado também para a afinação da voz ou de outros instrumentos. Através dele, Pitágoras fez toda a sua pesquisa sobre as notas musicais já que o monocórdio produzia um som, uma nota musical que serviria de referência para que pudessem determinar as outras. As ''novas" notas encontradas por ele foram determinadas a partir de proporções numéricas bem definidas sendo considerado a partir disso como o “pai da matemática” e também o “pai da musica”.
“Há diversos temas acerca da relação entre a matemática e a música, em
particular, entre razões matemáticas e intervalos musicais, possíveis de serem explorados em educação matemática.”(Sylla, 1984, p.19). Sendo buscado fazer um ligação entre ambos para acabar com o déficit de contextualização no ensino da matemática o que traz como conseqüência um empobrecimento da aprendizagem, pois, a cada evolução de ano escolar os assuntos abordados em sala se tornam mais distantes do ponto de vista discente, então com a implantação da contextualização que está ligada a modelagem matemática seria possível trazer fundamentos matemáticos para a realidade do aluno. Segundo Bassanezi (1994, p. 01).
Modelagem Matemática é um processo que consiste em traduzir
uma situação ou tema do meio em que vivemos para uma linguagem matemática. Essa linguagem, que denominamos Modelo Matemático, pressupõe um conjunto de símbolos e relações matemáticas que representam o fenômeno em questão.
Com essa valorização da aprendizagem se espera uma melhoria da produção
dos alunos em sala utilizando as razões matemáticas presentes nos intervalos musicais que são observadas no monocórdio. Pergunta diretriz
Como as razões matemáticas e intervalos musicais se relacionam?
Objetivos
Gerais:
O presente artigo tem como objetivo, através do experimento, mostra a
ligação da matemática e a música com o monocórdio e as escalas pitagóricas. Como a harmonia musical apresenta em sua estrutura elementos matemáticos e a aplicação em sala do experimento.
Específicos:
Abordagem do experimento.
Relação da freqüência musical e razões matemáticas.
Escalas pitagóricas.
Descobertas das demais notas através das consonâncias.
Aplicação em sala.
Justificativa:
O interesse no assunto abordado surgiu através da afinidade com as
grandezas estudadas, matemática e música , buscando relatar a sua ligação, como a harmonia musical está ligada a razões matemáticas, mostrando esse contato com o auxílio do monocórdio no estudo das oitavas, quintas e quartas observadas a partir da sua divisão e como essa ligação pode auxiliar na contextualização dos conteúdos expostos em sala.
Revisão da literatura:
Após perceber tal evento ocorrido na oficina, utilizando o monocórdio
Pitágoras começou seu experimento que deu origem a essa relação das razões matemáticas e intervalos musicais sendo o primeiro passo para relacionar as duas grandezas. De início Pitágoras pegou seu monocórdio e o tocou, tocando a corda por completo, observando a partir disso um certo som sendo nomeado como Tônica que é equivalente a fração 1/1 por ser a totalidade da corda. Depois Pitágoras pressionou no ponto de exatamente metade da corda e tocou novamente, porém apenas metade dessa corda, ao ouvir o som produzido por ½ de corda percebeu que era agradável obtendo o que foi denominado como uma oitava do som original. Não satisfeito Pitágoras repetiu o processo de divisão, dessa vez dividindo a corda em três partes iguais repetindo o ato de pressionar no ponto de dois terços dessa corda e o tocando obtendo mais um som agradável sendo uma quinta acima do som original que foi representado pela fração 2/3. Ainda não satisfeito Pitágoras repetiu tal processo, porém agora dividindo a corda em quatros partes iguais pressionando a corda no local de três quartos e tocando a corda tornando a obter uma nota doce de se ouvir sendo uma quarta acima do som da corda inteira, sendo representada por 3/4 de fração. Essas são as três notas perfeitas, as consonâncias de Pitágoras. É importante relatar que se a corda original for dividida em doze parte iguais então o ponto seis é referente à oitava, o ponto oito para a quinta e o ponto nove para quarta, dessa forma tais pontos 12, 9,8 e 6 eram tidos para Pitágoras como os pontos de harmonia .
Metodologia
De início busca-se retratar a relação das duas grandezas com uso do
monocórdia, mostra sua afinidade através das escalas pitagóricas e depois trazer a relação de ambas para dentro de sala para que se possa desperta o interesse, aguçar a curiosidade dos alunos com a presença do próprio monocórdio em sala, mostrando como foi feita essa divisão, como é utilizados os cálculos para obter outras notas outros tons e semitons.