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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW

DA FONSECA

ARTHUR DE OLIVEIRA MAGESKI


GABRIEL DA SILVA FERREIRA DE LIMA
GABRIEL PRATA BARBOSA
LUÍS FELIPE KOEHLER DOMINGUES
MARCELLO GRACO BISPO NOGUEIRA

OS PITAGÓRICOS

RIO DE JANEIRO
2019

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E MOTIVAÇÃO.................................................................................................3

2. OS PITAGÓRICOS........................................................................................................................3

3. EPISTEMOLOGIA E MATEMÁTICA.........................................................................................3

4. ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO......................................................................................................4

4.1 MÚSICA....................................................................................................................................4

4.2 COSMOLOGIA.........................................................................................................................5

4.3 MATEMÁTICA.........................................................................................................................6

5. CURIOSIDADES...........................................................................................................................7

5.1 VEGETARIANISMO.................................................................................................................7

5.2 MULHERES DA ESCOLA PITAGÓRICA..................................................................................8

6. RELIGIÃO DOS PITAGÓRICOS.................................................................................................8

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:.........................................................................................10

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1. INTRODUÇÃO E MOTIVAÇÃO

O objetivo deste trabalho é analisar a epistemologia em relação aos Pitagóricos.


O tema geral da proposta de trabalho é a epistemologia, porém nosso grupo decidiu relacioná-
lo a esta escola de pensamento uma vez que nós nos interessamos bastante pelo assunto e
concordamos que a maneira de ver o mundo e o próprio conhecimento feito por eles eram
muito peculiares e únicos, e dignos de maior reconhecimento, além das contribuições que este
grupo teve para diferentes áreas.

2. OS PITAGÓRICOS

Fundada por Pitágoras na cidade de Crotona, sul da Itália, a Escola Pitagórica foi
uma influente corrente da filosofia grega, constituída por alguns dos mais antigos filósofos
pré- socráticos e com participação de mulheres tanto como discípulas quanto mestres. Era
uma escola politeísta e mística que tinha crença na alma como o fator essencial para a
existência dos elementos que compunham o universo. O símbolo utilizado pela escola era o
pentagrama, que, como descobriu Pitágoras, possui algumas propriedades interessantes. Um
pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular; pelas intersecções dos
segmentos desta diagonal, é obtido um novo pentágono regular, que é proporcional ao original
exatamente pela razão áurea.

3. EPISTEMOLOGIA E MATEMÁTICA

A atuação dos pitagóricos não se restringiu apenas à esfera filosófica, eles


foram de grande importância para o desenvolvimento da matemática, com o estudo
sistematizado da aritmética e da geometria, música e astronomia. Inclusive, a própria
palavra “matemática” surgiu com os pitagóricos (mathematikós, em grego), com a
concepção de um sistema de pensamento em bases dedutíveis, e deles advêm o conhecido
aforisma de que “a matemática é o alfabeto com o qual os deuses escreveram o universo”.
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Até então, a geometria e a aritmética tinham um caráter utilitário, intuitivo, focado em
problemas práticos, sendo fruto dos pitagóricos a classificação dos números em pares,
ímpares, primos e racionais. Além disso, é atribuída a eles a criação de um modelo de
definições, axiomas, teoremas e provas, segundo o qual a estrutura intrincada da geometria
é obtida de um pequeno número de afirmações explicitamente feitas e da ação de um
raciocínio dedutivo rigoroso. No entanto, grande discussão instalou-se entre os discípulos
de Pitágoras a respeito da irracionalidade do 'raiz de 2'. Utilizando notação algébrica, os
pitagóricos não aceitavam qualquer solução numérica para x² = 2, pois só admitiam
números racionais. Dada a conotação mística atribuída aos números, comenta-se que,
quando o infeliz Hipaso de Metaponto propôs uma solução para o impasse, os outros
discípulos o expulsaram da Escola e o afogaram no mar;

Os pitagóricos, apesar de serem místicos, introduziram a matemática na ciência


e descreveram os primeiros modelos cosmológicos com base em conceitos matemáticos,
pois acreditavam na ideia de que há uma ordem no cosmo e de que as leis que regem o
universo podem ser expressas por relações matemáticas. Pensa-se que a sua filosofia se
baseava no lema "O número é tudo", isto é o "número era a substância de todas as coisas".
Os pitagóricos acreditavam firmemente que a essência de tudo, quer na geometria, quer nas
questões práticas e teóricas da vida do homem, podia ser explicada em termos de arithmos,
isto é, através das propriedades intrínsecas dos números inteiros ou das suas razões. As
preocupações dos pitagóricos com os números faziam parte do espírito de uma religião, e o
seu modo de vida ascético e o fato de serem vegetarianos tinha origens em crenças
religiosas. Um aspecto importante da vida dos pitagóricos, com regras dietéticas, adoração
de números e reuniões secretas e rituais, era a realização de estudos matemáticos e
filosóficos como uma base moral.

4. ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO

4.1MÚSICA

Pitágoras foi pioneiro no estudo matemático e experimental da música. Ele


mediu objetivamente quantidades físicas, como o comprimento de uma corda (instrumentos

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musicais) e descobriu relações matemáticas quantitativas da música através de razões
aritméticas. O filósofo também tentou explicar sentimentos subjetivos, como o gosto por
harmonia musical.
Para Pitágoras, a música tinha várias finalidades, inclusive pedagógica: o
domínio da raiva e da agressividade do homem, a purificação da mente e a cura de doenças.
Pitágoras também usava a música para criar um ambiente de harmonia e tranquilidade para
passar seus ensinamentos aos seus discípulos.
A música para ele, era composta de harmonia, melodia e ritmo. Era ainda
constituída de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. Assim,
harmonia indica a concordância ou combinação de vários sons simultâneos ou de acordes que
são agradáveis ao ouvido; melodia, o encadeamento sucessivo e harmonioso de sons musicais;
e ritmo, a sucessão regular dos tempos fortes e fracos em uma frase musical, indicando o
valor das notas, de acordo com a intensidade e o tempo.
Pitágoras procurava pela melhor combinação de sons que eram mais agradáveis.
Em outras palavras, ele buscava a harmonia. A harmonia nessa época na Grécia tinha um
outro sentido, como ordem, ordenação, equilíbrio. O povo da Grécia identificava os objetos a
sua volta pela sua beleza e harmonia
Em relação aos sentimentos trazidos pela música pura (instrumental,sem canto),
há duas perguntas principais .A primeira é análoga ao “paradox da ficcção”, ou seja, não é
claro o porquê de termos tais reações quando sabemos que ninguém está sentindo as emoções
expressas. A segunda é uma variante do “paradox da tragédia”, isto é, se certas músicas nos
trazem sentimentos negativos como tristeza, por que procuramos a sua experiência? Para a
primeira pergunta, uma reposta proposta é o fenômeno de “contágio emocional”, no qual, por
exemplo , quando uma pessoa é rodeada por pessoas deprimidas ela tende a ficar deprimida.

4.2COSMOLOGIA

O filósofo Filolau, um dos mais proeminentes da Escola Pitagórica, foi o


precursor de Copérnico em deixar de ver a Terra como o centro do universo e vê-la como
um planeta. Este também acreditava que o universo era composto de coisas limitadas e
ilimitadas que sempre existiram e que o centro do universo era o número 1, remetendo ao
monismo, concepção segundo a qual a realidade é constituída por um princípio único, um
fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis em última instância a essa
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unidade. Além disso, de acordo com Eudemus, aluno de Aristóteles, o primeiro filósofo a
determinar quantitativamente o tamanho dos planetas conhecidos e a distâncias entre eles
foi Anaximandro, professor de Pitágoras. Fontes históricas atribuem aos pitagóricos a
primeira tentativa de esclarecer a ordem dos planetas.
Em relação à astronomia, os Pitagóricos estavam conscientes das relações
numéricas periódicas dos Planetas, da Lua e do Sol. Acreditava-se que as esferas celestes
produzissem um som, por isso foi atribuído um nome a harmonia, que ficou conhecida
como Música das Esferas. Essas e outras ideias como dos sólidos perfeitos foram usadas
por Johannes Kepler para formular a Harmonia dos Mundos. Os Pitagóricos também
acreditavam que a própria Terra estavam em movimento e que as leis da natureza poderiam
ser derivadas da matemática pura. O termo Cosmos foi denominado por Pitágoras para
desenvolver a ideia de um universo com movimentos e eventos ordenados.

4.3MATEMÁTICA

Os pitagóricos seguiam a combinação de teologia e matemática que Pitágoras


tinha criado em seu tempo, portanto misturavam a religião com a razão, assim a busca pelos
saberes sobre o mundo passou a ser caracterizada pelo intelecto e não pelos sentidos, essa
característica foi atribuída a os ensinamentos de Pitágoras.
Para os Pitagóricos, a harmonia e o equilíbrio eram o princípio que determina a
ordem no cosmos. A numerologia pitagórica continha os princípios duais da masculinidade
e feminilidade, o mesmo está relacionado com o princípio chinês Yin-Yang. A
masculinidade e a feminilidade estava relaciona ao estranho quando foram divididos todos
os números ímpares e pares.
Essa perspectiva de dualidade foi estendida no mundo como: luz e trevas;
finitos e infinitos; um e muitos; pares e ímpares; direitos e esquerdos; masculinos e
femininos, descanso e movimento, retos e tortos, bons e maus, quadrado e oblongo. Foi
assim que Aristóteles explicou a perspectiva pitagórica na Metafísica.
Para a escola pitagórica cada numero tinha seu significado e o universo tinha
uma representação dos mesmos em fenômenos ou seres: Número um: número da razão;
Número dois: primeiro par ou número feminino, número da opinião; Número três: número
masculino, número da harmonia; Número quatro: número da justiça ou retribuição; Número
cinco: número do casamento; Número seis: número da criação; Número dez seria o número
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do universo.
A numerologia de Pitágoras determina que o número dez é perfeito e sagrado,
pelo seguinte motivo: quando somado um, dois, três, e quatro resulta nele. Esses números
que somados resultam em dez, foram utilizados como unidades fundamentais de todos os
números e do mundo.
Segundo a matemática pitagórica: um ponto é um gerador de dimensões, pois
dois pontos geram uma linha que faz parte da primeira dimensão; três pontos geram um
triângulo que faz parte da segunda dimensão; e quatro pontos geram um tetraedro que faz
parte da terceira dimensão.
Em algum momento da vida de sua vida Pitágoras descobriu que um triangulo
de catetos 3 e 4 tinha uma hipotenusa de número 5, não se sabe ao certo se ele aprendeu
isso durante sua viagem ao Egito ou descobriu por si mesmo, porem essa descoberta
reforçou sua crença de que o universo era feito de números. Pitágoras verifica que 3 ao
quadrado e 4 ao quadrado é igual a 5 ao quadrado e assim o teorema de Pitágoras surge
dessa descoberta que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

5. CURIOSIDADES

5.1VEGETARIANISMO

O vegetarianismo na Escola Pitagórica era visto como um meio de alcançar o


melhor do ser humano. Seus seguidores acreditavam que todo ser que sente dor e/ou
sofrimento não deveria fazê-lo desnecessariamente. Visto que não era imprescindível para
os humanos desfrutarem de uma dieta saudável, animais não deveriam ser machucados ou
até mortos com o propósito de serem comidos. Ademais, os filósofos acreditavam que a não
ser que um animal constituísse uma ameaça ao humano, matá-lo não era justificável, e fazê-
lo acarretaria no rebaixamento moral do mesmo.

A escola pitagórica se destaca também, como dito anteriormente, por ter uma
forte presença feminina, tanto que apelidaram Pitágoras de “o filósofo feminista”. Dentre as
mulheres mais notável desta escola, temos: Temistocleia, Teano e Melissa.

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5.2MULHERES DA ESCOLA PITAGÓRICA

 Temistocléia
Foi uma filósofa, matemática, alta profetisa do tempo de Apolo em Delfos no
sec. 6 aC. Ela foi citada por Diógenes Laércio no livro A vida dos grandes filósofos, onde
ele diz: “Pitágoras derivou a maior parte de suas doutrinas éticas a partir dos
ensinamentos de Temistocleia, sacerdotisa de Delfos”. Delfos era o centro do mundo grego
na época, lá ficava o Templo de Apolo e por ela ser alta profetisa do Templo de Delfos, ela
era bem mais famosa do que o próprio Pitágoras, este cargo dava-lhe uma autoridade
comparável a de um cardeal da Igreja Católica Apostólica Romana. Ela era mestre de
Pitágoras e, como a citação acima diz, ela foi muito influente na ética de Pitágoras de
Samos.

 Teano
Era uma filósofa, matemática e também uma grande discípula de Pitágoras,
muito se especula sobre seu grau de relacionamento com ele, mas a tese mais aceita é que
ela era a sua esposa. Os que participavam da escola viviam de maneira pública e
publicavam os trabalhos todos sob o nome de Pitágoras. Assim, hoje torna-se difícil
determinar cada trabalho individualmente. Mas historiadores acreditam que foi dela que se
originou o princípio filosófico da doutrina do meio-termo (#), Foi ela que deu
prosseguimento a escola pitagórica, depois da morte do próprio Pitágoras.

6. RELIGIÃO DOS PITAGÓRICOS

A principal ideia da religião fundada por Pitágoras estava relacionada sobre a


transmigração das almas. Para os Pitagóricos a alma era um ser divino e imortal,
aprisionado em um corpo material. Eles acreditavam que o corpo contaminava a alma e, por
isso, existia um processo de purificação para libertá-la, caso contrário, se a alma não fosse
purificada, e houvesse a morte do corpo, ela passaria para outro corpo e possivelmente de
outras espécies de animais. No entanto, a alma sendo purificada, ela retornaria para a
morada dos deuses e perderia a total conexão com o corpo. Os rituais de purificação faziam

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o uso da música para induzir um estado emocional de êxtase, no qual a pessoa alcançava a
purificação. E esses rituais eram tão importantes que antes de praticar qualquer atividade
intelectual pitagórica era necessário primeiro o ritual. A religião pitagórica também
apresentava algumas regras, como não comer um pão inteiro, não andar nas estradas, não
olhar no espelho ao lado de uma luz, não partir o pão, não pegar o que caiu, abster-se do
feijão, não passar por cima de uma barra

As opiniões religiosas e científicas de Pitágoras eram, em sua opinião,


inseparavelmente interconectadas. No entanto, eles são analisados separadamente no século
XXI. Religiosamente, Pitágoras acreditava na metempsicose. Ele acreditava na
transmigração, ou a reencarnação da alma de novo e de novo nos corpos de humanos,
animais ou vegetais até se tornar moral. Suas ideias de reencarnação provavelmente foram
emprestadas do hinduísmo. Ele foi um dos primeiros a propor que os processos de
pensamento e a alma fossem esquartejados no cérebro e não no coração. Ele mesmo alegou
ter vivido quatro vidas que pôde lembrar em detalhes, e ouviu o grito de seu amigo morto
no latido de um cachorro.

De um ponto de vista epistemológico, a questão é se possível construir uma


fundação racional a partir da fé ou até nos dar conhecimento de Deus. Um dos principais
problemas que a epistemologia religiosa sofre é causada pelo evidencialismo, crença de que
o conhecimento demanda observações e evidências adequadas

Em contraposição, a Epistemologia Reformada, escola de pensamento surgida


em 1993 que se debruça sobre a epistemologia das crenças em Deus e foi desenvolvida por
um grupo de filósofos cristãos protestantes, nomeadamente Alvin Plantinga, William
Alston, Nicholas Wolterstorff e Michael C. Rea, é um esforço para mostrar que alguém
pode sustentar uma crença apropriadamente básica em Deus, isto é, sem precisar dar razões
evidenciais para sua crença. m filosofia da religião,

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

COLUNA Quem foi temistocleia? uma aula filosófica, mestra de pitágoras, apagada pela
história. Disponível em: < https://acoluna.co/quem-foi-temistocleia-primeira-filosofa-
mestra- de-pitagoras-apagada-pela-historia/ >. Acesso em: 05 mar. 2019

DICIONÁRIO DE FILOSOFIA. Meio-termo. Disponível em: <


https://sites.google.com/view/sbgdicionariodefilosofia/meio-termo >. Acesso em: 05
mar. 2019

EDUC. Escola pitagórica. Disponível em: <


http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm17/escpita.htm >. Acesso em: 08 mar. 2019

WIKIPEDIA. Escola pitagórica. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/escola_pitag


%c3%b3rica >. Acesso em: 08 mar. 2019

WIKIPEDIA. Melissa (filósofa). Disponível em: <


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/melissa_( fil%c3% b3sofa) >. Acesso em: 07 mar. 2019

WIKIPEDIA. Pitágoras. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/pit


%c3%a1goras >. Acesso em: 05 mar. 2019

WIKIPEDIA. Teano (filósofa). Disponível em: <


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/teano_( fil%c3% b3sofa) >. Acesso em: 05 mar.
2019

WIKIPEDIA. Temistocleia . Disponível em: <


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/temistocleia_5/03/2019 >. Acesso em: 05 mar.
2019

WIKIPEDIA. Temistocleia. Disponível em: <


https://pt.m.wikipedia.org/wiki/temistocleia >. Acesso em: 05 mar. 2019

FILOSOFIA - PHILOHISTORY - PYTHAGORAS. Pitágoras. Disponível em: <


http://www.personal.kent.edu/~rmuhamma/philosophy/philohistory/pythagoras.htm
>. Acesso em: 08 mar. 2019

ENCICLOPÉDIA DE STANFORD DE FILOSOFIA. Pitagorismo . Disponível


em: < https://plato.stanford.edu/entries/pythagoreanism/ >. Acesso em: 08 mar.
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2019

ENCICLOPÉDIA DE STANFORD DE FILOSOFIA. Pitágoras. Disponível


em: < https://plato.stanford.edu/entries/pythagoras/ >. Acesso em: 08 mar.
2019

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