ESCOLA ESTADUAL IRACEMA DE ALMEIDA

ESCOLA PITAGÓRICA

Trabalho apresentado às disciplinas de Filosofia; Sociologia;

Humanidades e Ciências Sociais; Pesquisa e Intervenção, como
avaliação parcial do primeiro bimestre.
Por Ana Clara Honorato, Ana Victória Malzac, Danielle Tertulino,
Lucas Petri e Giovanna de Aquino

Ouro Branco, 24/03/2023

INTRODUÇÃO

O período pré-socrático foi de muita importância na história da filosofia, e nela se aprendia e

ensinava sobre filósofos que virem antes ou depois de Sócrates. E alguns de seus alunos não
viviam na Grécia, mas sim eu centros afastados. Pitágoras um grande filósofo, embora ele não
se considerava o tal, foi o criador da escola Pitagórica, e lá ele também ensinava. Nessa
escola, apenas aqueles que entediam a matemática podiam entrar, embora a escola tenha tido
um início glorioso, seu fim foi bem trágico. Os alunos da escola pitagórica mais conhecidos
como pitagóricos, viviam sob muita disciplina, regidos por regras e ensinamentos, eles eram
testados tanto pelo seu caráter moral quanto pelos seus instintos, pelo fato de que no caso da
história pitagórica eles faziam esses testes porque acreditavam que “Os nossos instintos de
prazer nos tiravam do caminho da virtude”(Feedobem, 2022). Na escola eles estudavam como
controlar o temperamento humano, pois desde sempre os seres humanos tende a ter atitudes e
características distintas, e isso de fato sempre interessou aos humanos, e muito os pitagóricos.
DESENVOLVIMENTO

A escola pitagórica foi a primeira universidade do mundo, fundada por Pitágoras, os

pensadores dessa escola manifestavam pensamentos tanto místico/religiosos quanto racionais,
com grande influência até mesmo nos dias de hoje. Teve seu ponto de partida no sul da Itália,
mas logo foi se difundindo bastante, foi uma escola filosófica grega muito influenciada por
religiões orientais, se aproximando também de filosofias dogmáticas autoritárias. A escola
também era conhecida pelo seu grande número de discípulas e mestras mulheres.
Os pitagóricos acreditavam que todos os acontecimentos naturais poderiam ser resumidos a
números e relações numéricas. Se baseavam em observações na astronomia, na música e na
matemática. Todos os membros seguiam estritamente as regras fundamentais, não comiam
alimentos de origem animal e acreditavam na metempsicose (em que a alma humana poderia
encarnar em animais ou vegetais) e tinham absoluta fé em Pitágoras. Não era permitido o
registro de princípios/doutrinas secretas e acredita-se que nenhum membro jamais violou essa
regra. O símbolo da escola, que era um pentagrama, costumava ser visto como um símbolo de
magia e bruxaria, mas cada ponto da estrela representava uma coisa. A escola era
extremamente rígida com seus alunos, e alguns eram forçados a assistir as aulas em silêncio e
um tempo depois de um tempo começarem a fazer perguntas e se expressarem, e todas as
descobertas feitas na escola eram atribuídas ao mestre, a álgebra e a aritmética foram mais
aprofundadas e uma teoria musical com base na matemática foi formada. Pitágoras acreditava
que seus estudos matemáticos eram uma forma de purificação de alma e mente. As atividades
hoje são envoltas de mitos e lendas, sendo por séculos considerada uma “irmandade
intelectual e espiritualista” (Venturi, Jacir. 2019). Sua crença na imortalidade da alma envolvia
o pensamento de que o aperfeiçoamento e a pureza da alma ocorreriam depois de muitas
reencarnações. Os pitagóricos faziam práticas de purificação e elevação moral através da
devoção à lealdade, à obediência e aos segredos da escola, além do combate à preguiça e à
cólera. A palavra matemática tem sua origem com os pitagóricos (mathematikós, em grego)
que era a concepção de pensamentos em bases exatas e precisas numericamente e que “a
matemática é o alfabeto com qual os deuses escreveram o universo”. Uma das lendas conta
que se instalou uma enorme intriga entre os pitagóricos sobre a irracionalidade da raiz
quadrada de 2, e como explicar um triângulo retângulo em que ambos catetos são iguais a 1, e
o resultado seja um número “impossível”? Acreditavam que os números eram de certa forma
místicos e, mesmo assim, um discípulo de nome Hipasus de Metapontum propôs uma solução
em que seria um número fora do espectro dos racionais. Então ele foi atirado ao mar, pois
estavam a bordo de um navio no momento da discussão. As descobertas atreladas aos
pitagóricos vão de estudos de poliedros e polígonos regulares, proporções e números decimais
até teorias de que a terra é esférica e viam também a diferença entre as estrelas e os planetas,
que orbitavam ao redor da terra o que na época eram teorias inovadoras, mesmo que
imprecisas hoje em dia.
Pitágoras tinha uma relação com o orfismo também, na Grécia antiga dois tipos de expressões
religiosas, a religião pública e a religião dos mistérios, que era praticada somente em círculos
restritos para aqueles que não se satisfaziam com a religião pública. Um dos mistérios mais
importantes para o nascimento da filosofia na Grécia é o Orfismo, uma concepção que
considera a alma e o corpo como distintas entre si, com o corpo sendo imortal e a alma
imortal. Alguns pensadores dizem que esse eco no pensamento de Pitágoras teria sido
influência egípcia. E algumas lendas ainda dizem que ele seria um deus que se encarnou para
contribuir para a humanidade. Pouco se sabe sobre avida de Pitágoras e suas ideias, pois ele e
seus discípulos não deixaram nenhuma obra escrita. Todo conhecimento que se tem sobre ele
é ainda envolto de lendas e relatos de outros escritores. Uma importantíssima descoberta da
escola pitagórica foi a existência dos números irracionais, que foi também o suposto motivo
de sua ruína. Essa descoberta foi um grande baque, considerando a quebra da teoria que tudo
poderia ser expresso/explicado por números, e os membros então decidiram manter isso em
segredo. Mas Hipaso divulgou essa descoberta para pessoas de fora e dizem que após isso os
pitagóricos enlouqueceram e caíram em depressão profunda e ódio. E então o centro foi
destruído por um grupo político oponente e diversos membros foram assassinados.
O pitagorismo foi extremamente influente, influenciou o platonismo, o cristianismo e também
foi invocado por outras sociedades secretas através dos tempos.