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Escola pitagórica

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A escola pitagórica tem seu nome derivado do nome de seu fundador e principal
representante: Pitágoras de Samos.
O período pré-socrático é um marco temporal na história da filosofia para se referir
àqueles filósofos que ou nasceram antes de Sócrates ou que eram contemporâneos a
ele, mas mantinham seus pensamentos baseados nos mestres antigos e seguindo suas
preocupações filosóficas. Em sua maioria, não viviam no continente grego e sim em
centros afastados. Compreende a escola jônica, pitagórica, eleática e pluralista.
A escola pitagórica tem seu nome derivado do nome de seu fundador e principal
representante: Pitágoras de Samos. Ele defendia que todas as coisas são números e o
princípio fundamental de tudo seria a estrutura numérica. Ou seja, o mundo surgiu
quando precisou haver uma limitação para o ápeiron e essa limitação eram formas
numéricas sobre o espaço. Os pitagóricos faziam um amálgama de concepções, como
era comum na época. Desse modo, embora racionais e matemáticos, os pitagóricos
também baseavam suas doutrinas em concepções místicas.

Pitágoras e o Orfismo:
Encontramos na Grécia Antiga duas expressões religiosas: a religião pública, aquela que
conhecemos pelos poemas de Homero, e a religião dos mistérios, praticada em círculos
restritos por aqueles que não consideravam suficiente a religião pública. Esses cultos
populares eram estimulados pelos tiranos como forma de enfraquecer o poder da
aristocracia no imaginário do povo: os aristocratas se afirmavam como descendentes
dos deuses e era isso que os sustentava no poder.

Dentre os “mistérios”, aquele que mais importa para o nascimento da filosofia grega é
o Orfismo, nome derivado de seu fundador, o poeta trácio Orfeu. O Orfismo inaugura
uma concepção da existência humana distante do naturalismo: enquanto a religião
pública considerava o homem mortal, o Orfismo opõe corpo e alma, sendo que o corpo
seria mortal, mas não a alma. Uma noção importante deriva dessa oposição: a
metempsicose, ou seja, a transmigração da alma em vários corpos até se purificar e
retornar à pátria celeste.

É justamente essa noção, que encontra eco no pensamento de Pitágoras, que alguns
pensadores vão entender como indício de que Pitágoras fora influenciado pelo
pensamento egípcio. Além disso, algumas lendas a respeito dele asseguram que ele era
um deus que se encarnou para contribuir para a humanidade. Há sobre ele diversos
relatos de viagens – inclusive para o Egito, viagens que John Burnet (2003, p. 91)
considera apócrifas – e feitos que o tornaram célebre e uma figura quase lendária.

Um dos relatos, por exemplo, descreve o encontro de Pitágoras com um homem que
açoitava um cachorro. Na circunstância, Pitágoras teria reconhecido no latido do
cachorro a voz de um amigo – ora, isso para ele era prova de que as almas reencarnam
em outros corpos animais, motivo pelo qual ele não recomendava que seus discípulos
comessem carne. Outra restrição alimentar que Pitágoras impunha aos seus discípulos
era a respeito de feijões: em razão da semelhança entre o feijão aberto e a forma de um
feto, Pitágoras acreditava que se o grão fosse colocado em um buraco, em quarenta
dias ele se tornaria uma figura humana.

Outras regras que Pitágoras impunha aos seus discípulos foram coletadas por
Aristóteles e entre elas incluíam a proibição de comer galos brancos, não partir o pão,
não pegar migalhas caídas da mesa e colocar o sal sobre a mesa (apud Kahn, 2007, p.
27).

Vida e obra
Nós falamos aqui em discípulos – e isso tem uma razão: Pitágoras fundou uma
comunidade de caráter mítico-filosófico em Crotona. Em comum com os ensinamentos
do orfismo, Pitágoras ensinava que todos os seres eram semelhantes entre si porque
compartilhavam a mesma origem divina. A presença do divino em tudo é expressa pelo
pitagórico Filolau como “harmonia”. Diferente, porém, das ideias do orfismo está o
papel do esforço humano para se libertar do processo de reencarnações. Se para os
órficos o homem poderia se libertar do ciclo de reencarnações por meio da ajuda do
deus Dioniso, para Pitágoras, essa libertação ocorreria por meio da atividade do
pensamento.

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Pouco se pode saber a respeito da vida de Pitágoras e das ideias por ele desenvolvidas,
porque nem ele nem seus discípulos deixaram obras escritas. Mesmo que se possa
questionar que as teorias a ele atribuídas foram realmente pensadas por ele, nas fontes
antigas, como Diógenes Laércio, Porfírio e Jâmblico, Pitágoras é representado como o
fundador da Matemática, da Música, da Astronomia e da Filosofia. Há aqueles que,
como Heráclito, o consideravam fraudulento.

Acredita-se que o conteúdo aprendido em sua escola era protegido por um voto de
silêncio e podia ser transmitido apenas a membros, que eram escolhidos depois de uma
etapa inicial em que ouviam silenciosamente Pitágoras, escondido atrás de uma cortina.
O que o mestre pretendia com isso era saber se o candidato a discípulo era capaz de
escutá-lo em silêncio, pois era esse o primeiro passo para a compreensão (cf.
STRATHERN, 1998, p. 41). Outros autores, no entanto, contestam que havia imposição
de segredo aos membros da Escola Pitagórica e defendem que Pitágoras apenas tinha
preferência pela transmissão oral de ensinamentos que eram mais sobre modos de vida
do que teóricos.
A tradição pitagórica estendeu-se por aproximadamente dez séculos, com muitas
ramificações e desdobramentos, como os neopitagóricos. A maior contribuição dos
pitagóricos foi a tese de que todas as coisas são números que se relaciona à teoria da
harmonia. Vejamos:
O número é o elemento básico da realidade, pois há uma proporção em todo o cosmo.
O mundo teria surgido a partir da imposição de formas numéricas sobre o espaço que
conferiram limites ao princípio fundamental (a arché). O universo era um conjunto de
dez corpos celestes que orbitavam ao redor de um fogo no centro. E o número de
corpos celestes era “dez” por conta da tetractys: os quatro primeiros algarismos
totalizam dez quando dispostos em forma triangular.
A harmonia musical, por corresponder aos acordes desenvolvidos com base em
proporções aritméticas, fez com que Pitágoras supusesse que essa mesma harmonia era
encontrada na natureza. Associada à astronomia, essa teoria fez com que Pitágoras
pensasse que o universo também era organizado por relações matemáticas. Essa sua
teoria ficou conhecida como teoria da harmonia das esferas.
A concepção aritmética de Pitágoras e dos primeiros pitagóricos, como Archytas e
Filolau, era além da noção de quantidade. Cada número correspondia a uma noção da
realidade: o número 1 correspondia à inteligência; o dois, à opinião; o três, ao todo; o
quatro, à justiça; o cinco, ao casamento e o sete, à pontualidade. As principais
contribuições da escola pitagórica são encontradas nos campos da matemática, da
música e da astronomia.

BURNET, John. Early greek philosophy. 1 ed. KESSINGER PUB, 2003, p. 91


KAHN, C. H. Pitágoras e os pitagóricos: uma breve história. São Paulo: Edições Loyola.
2007. p. 09-56.
STRATHERN, P. Pitágoras e seu Teorema em 90 minutos. Trad.: Marcus Penchel. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar. 1998. 82 p
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Escola de Mileto ou milésia foi uma escola de pensamento fundada no século século VI a.C. As
idéias associadas a ela são exemplificadas por três filósofos da cidade jônia de Mileto, na costa
do Mar Egeu da Anatólia: Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes.[1] Convém distingui-la
da Escola Jônica, que inclui estes e outros jônios como Heráclito (de Éfeso), ou Diógenes de
Apolônia (que viveu em Creta).[1]
Esses pensadores introduziram novas opiniões contrárias ao ponto de vista que prevalecia sobre a
forma como o mundo foi organizado, em que os fenômenos naturais eram explicados unicamente
como a vontade de deuses antropomorfizados. Os Milesianos apresentaram uma visão da natureza
em termos de entidades metodologicamente observáveis, e como tal foi uma das primeiras filosofias
verdadeiramente científicas[2] defendendo a teoria do hilozoísmo que afirma que matéria e vida são
inseparáveis.[3][4]
Anaximandro, denominou a energia vital como apeiron ("ilimitado"), uma substância indestrutível da
qual a matéria deriva. Anaximenes, o terceiro membro da Escola de Mileto, acreditava que a
substância básica da existência era o ar, a que ele denominou de "criador", o ar era onipresente e
essencial ao crescimento de todos os objetos naturais.[3] Tales considerava a água como a origem
de todas as coisas e embora os três filósofos discordassem quanto a substância primordial que
constituía a essência do universo, todos concordavam a respeito da existência de um princípio
único para essa natureza primordial.[5]
O que foi a Escola de Mileto e quais seus principais filósofos?
Resposta:

O que foi
A Escola de Mileto foi uma corrente da filosofia grega, que nasceu na Grécia Antiga no século VI
a.C. Possui esse nome, pois os três principais representantes (fundadores) eram de Mileto (cidade-
estado grega que ficava na Ásia Menor, atual Turquia).

Essa escola filosófica fez parte do período Pré-Socrático da filosofia grega antiga.

Principais características e ideias filosóficas da Escola de Mileto:


- O principal foco de reflexão dos filósofos dessa escola foi a natureza, suas características, origens
e composição.

- Os filósofos dessa escola não concordavam com a explicação mitológica, tradicional na Grécia
Antiga, de que tudo da natureza havia sido criado pelos deuses gregos.

- Usaram a observação, importante critério científico, para tirar suas conclusões.

- Eram seguidores do hilozoísmo, teoria que afirmava a existência de um principio ativo que anima
(da vida) a toda realidade. Ou seja, acreditavam na ligação entre matéria e a vida.

- Todas as coisas da natureza têm como origem um elemento básico, produtor de todas as coisas.
De acordo com o filósofo Tales de Mileto, por exemplo, tudo no mundo derivava da água.

- Para o filósofo Anaximandro, tudo na natureza derivava da matéria.


- Já para o filósofo Anaxímenes, o ar era o gerador de todas as coisas.

Principais filósofos da Escola de Mileto:


- Tales de Mileto (624 a.C.-548 a.C.): matemático, filósofo e astrônomo grego.

- Anaxímenes (588 a.C.-524 a.C.): matemático, astrônomo e filósofo grego.

- Anaximandro (610 a.C.-545 a.C.): astrônomo, geógrafo, matemático e filósofo grego.

Anaxímenes: um dos principais representantes da Escola de Mileto na filosofia da Grécia


Antiga.

Ggggggg

Escola de Mileto, a primeira escola de filosofia da história


Os filósofos da Anatólia inspiraram e guiaram as pesquisas e teorias de Galileu, Newton, Einstein e outros
cientistas e desempenharam um papel importante no destino de toda a humanidade.

12.05.2021 ~ 29.05.2021

No passado, eles descreveram o átomo como "a menor e indivisível partícula de algo". Bem,
quando você acha que eles pensaram nisso? Ao contrário da crença popular, o átomo não é
uma das descobertas da era moderna em que vivemos, e essa definição não pertence à era
moderna. Hoje, o átomo não é mais descrito dessa forma. Foram os antigos filósofos que o
definiram como indivisível! A ideia de buscar a essência de tudo começa com Tales, que entrou
para a história como o primeiro dos sete sábios da antiguidade e da filosofia. Tales é de Mileto.
O nome da atual província turca de Aydın era Mileto naquele período. Antes de Tales, os jônios
acreditavam que tudo era planejado e governado pelos deuses. Tales tentou chegar às
verdades por meio de observações, em vez de explicar os fenômenos naturais com deuses em
forma humana. Talvez Tales tenha dado o primeiro passo na formação do pensamento
científico ... Ele se perguntava qual é a matéria essencial e a base de tudo, não se contentava
com explicações mitológicas. Ele conduziu pesquisas sobre o efeito da água na natureza. Ao
final de suas observações e explicações racionais, ele levantou uma opinião a partir de tudo na
natureza. Como Tales não escreveu suas ideias, obtemos informações sobre ele com
Aristóteles, considerado uma das fontes mais confiáveis da filosofia antiga. Aristóteles afirma
que Tales fez a proposição de que “a água é a essência de tudo, tudo começa com a água”
como resultado dessas pesquisas. Hoje sabemos que essa ideia não é verdade. Mas a busca de
Thales por aquele “primeiro”, aquela “essência” o teria feito lembrar como o pai da filosofia, e
aqueles que o seguiram examinariam o assunto mais profundamente, levando-o aos átomos.

Os filósofos depois de Tales, Anaximandro e Anaxímenes também são de Mileto. Na verdade,


esses pensadores são os primeiros representantes da primeira escola de filosofia conhecida na
história ... E como você pode imaginar, essa primeira escola de filosofia da história está
estabelecida em Mileto, no oeste da Anatólia; Esta escola é considerada o primeiro centro da
filosofia grega antiga. Tales, Anaximandro e Anaxímenes são os filósofos que formaram a
tradição de pensamento da “Escola de Mileto”, também conhecida como “Escola Jónica”.

Mesmo que não estejam interessados em filosofia, podem conhecer Tales por meio dos
teoremas matemáticos que levam seu nome. Depois de examinar a água, Thales explica que a
água não está morta, mas uma substância vivificante que pode chegar a qualquer lugar ao
entrar em qualquer forma. Ao observar a água, ele também examina o clima e o céu. Estuda
como encontrar a direção olhando para as estrelas, o efeito gravitacional do ímã e desenvolvia
teorias sobre círculos e ângulos. Além de filósofo, Tales de Mileto era matemático, astrônomo e
o "primeiro engenheiro hidráulico".

O segundo filósofo da Escola de Mileto depois de Tales foi Anaximandro, também de Mileto.
Embora não saibamos muito sobre sua vida, temos informações sobre suas obras. Porque
Anaximandro, ao contrário de Tales, é o filósofo que iniciou a tradição de escrever
pensamentos. Anaximandro, como filósofo e pesquisador da natureza, expressou suas
opiniões a partir de observações. Em outras palavras, ele permaneceu fiel à face visível da
natureza ao invés dos elementos invisíveis e imaginários. Ele também adotou a ideia de que a
vida começou na água, dizendo que todas as terras foram submersas uma vez e que as terras
aumentaram à medida que a água baixou com o tempo. Ele argumentou que a vida que
começou na água continuou na terra. Ele encontrou o relógio de sol e investigou a causa dos
terremotos com eclipses lunares e solares. Anaximandro tem outra característica: foi a primeira
pessoa que tentou fazer um modelo do universo com o mapa-múndi. Segundo ele, o mundo
tem a forma de um cilindro maior do que sua largura e é o centro do universo.
Anaxímenes, o último filósofo da Escola de Mileto ... Ele também é de Mileto. Afirma que o
universo foi formado pela entrada de ar de diferentes maneiras. Ele é o primeiro filósofo que
levantou a ideia sobre o conceito de matéria. Também foi Anaxímenes quem primeiro lidou
com o ar, a água, a terra e o fogo, que mais tarde foram aceitos como quatro elementos
básicos.

Heráclito de Éfeso, nascido e criado em uma cidade não muito longe de Mileto, é outro filósofo
jônico. Nos tempos antigos, ele era chamado de "Heráclito Negro" porque escrevia com um
estilo implícito e crítico. Isso sugere que o universo está em um estado de fluxo constante.
Heráclito passa a ser aquele que levantou essa ideia com a frase que usamos hoje: “Ninguém
se banha duas vezes no mesmo rio”.

Obviamente, os filósofos de Mileto não se limitam a eles. Depois da Escola Jônica, Leucipo e
Demócrito de Mileto também realizaram vários estudos sobre o primeiro assunto que constitui
a essência de tudo. Eles propuseram que os quatro elementos considerados fundamentais,
que são ar, água, terra e fogo, podem ser divididos em pequenas unidades. Eles argumentam
que a matéria é composta de partículas que são muito pequenas e indivisíveis para serem
vistas a olho nu. Eles chamam essas partículas de "átomo", que significa "indivisível". Dessa
forma, Leucipo e Demócrito se tornaram os pioneiros da corrente conhecida como "atomismo".
De acordo com os atomistas, tudo no universo era feito de pequenos átomos que não podiam
ser percebidos pelos sentidos e não podiam ser mais divididos. Os átomos eram infinitos em
número e estavam em movimento no espaço. O atomismo proporcionou o acréscimo de uma
nova disciplina à ciência há cerca de 2.500 anos, ou seja, os fundamentos da física hoje.

No final do século 19 e meados do século 20, foi mostrado que o átomo não é a menor
partícula, mas consiste em elétrons, prótons e nêutrons chamados de partículas subatômicas.
O mundo da física agora tinha uma nova questão: "Essas partículas subatômicas também
podem se dividir?" ...

Os físicos começaram a investigá-lo com grande curiosidade e entusiasmo. Depois de um


tempo, os estudos valeram a pena e descobriram que aqueles minúsculos prótons e nêutrons
na estrutura do átomo também não eram indivisíveis. Hoje, quando falamos em átomos,
mencionamos "quarks e léptons" e agora surge uma nova questão que excita os físicos: "Os
quarks e léptons podem se desintegrar ou há partículas menores do que eles?"

A aventura científica do homem começou nestas terras há 600 anos, quando ele quis encontrar
e explicar a estrutura da matéria. Tales, o primeiro filósofo da antiguidade, que também
cresceu nessas terras, tentou explicar os fenômenos naturais com o conhecimento
observacional, opondo-se a mitos. Com essa abordagem, o pensamento adquiriu um caráter
racional e científico, e a perspectiva mitológica foi abandonada. Essa nova perspectiva,
diametralmente oposta à outra, abriu caminho para novas teorias para a compreensão
humana do universo.
Os filósofos da Anatólia tentaram explicar o universo observando a natureza na escola de
Mileto, no oeste da Anatólia. É por isso que Aydın, com seu nome atual Mileto, é referido como
um centro científico. A pergunta "O que constitui a matéria e é possível separar a matéria em
sua menor parte?" tornou-se uma aventura e abriu o caminho para a ciência positiva. Filósofos
no processo que começou com Tales e continuou com Leucipo foram considerados os
pioneiros da ciência baseada em evidências. Os filósofos da Anatólia inspiraram e guiaram as
pesquisas e as teorias de Galileu, Newton, Einstein e outros cientistas desempenharam um
papel importante no destino de toda a humanidade.

Por Neslihan Değirmencioğlu

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Bioética
FILOSOFIA
A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve as problematizações
éticas, o Direito e a Biologia enquanto ciência que estuda a vida.

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A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e


a Biologia, fundamentando os princípios éticos que regem a vida quando essa
é colocada em risco pela Medicina ou pelas ciências. A palavra Bioética é
uma junção dos radicais “bio”, que advém do grego bios e significa vida no
sentido animal e fisiológico do termo (ou seja, bio é a vida pulsante dos
animais, aquela que nos mantém vivos enquanto corpos), e ethos, que diz
respeito à conduta moral.
Trata-se de um ramo de estudo interdisciplinar que utiliza o conceito de
vida da Biologia, o Direito e os campos da investigação ética para
problematizar questões relacionadas à conduta dos seres humanos em
relação a outros seres humanos e a outras formas de vida.
Origem
A Bioética surgiu na segunda metade do século XX, devido ao grande
desenvolvimento da Medicina e das ciências, que avançaram cada vez mais
para a modificação da vida humana e a promoção do conforto humano, bem
como para a utilização de cobaias vivas (humanas e não humanas). A fim de
evitar horrores, como os que foram vividos dentro dos campos de
concentração nazistas e de técnicas médicas que ferissem os princípios vitais
das pessoas, surgiu a Bioética como meio de problematizar o que está oculto
na pesquisa científica ou na técnica médica quando elas envolvem a vida.
Autores
Hoje, alguns autores são referências para os estudos de Bioética no mundo.
Entre eles, estão o filósofo Tom L. Beauchamp, professor da Georgetown
University, e o filósofo e teólogo James F. Childress, professor de Ética da
Universidade de Virgínia. Juntos, esses dois destacados estudiosos da
Bioética escreveram o livro Princípios de Ética Biomédica, que contém a
formulação dos princípios bioéticos básicos, inspirados em grandes sistemas
éticos de filósofos considerados cânones do conhecimento ocidental,
como Kant e Mill.
Outro autor de igual importância é Peter Singer, filósofo australiano e
professor da Universidade de Princeton desde 1999. Dentre suas obras,
podemos destacar Ética prática, que problematiza questões referentes à Ética
enquanto área de estudo capaz de interferir na vida cotidiana das pessoas,
analisando questões polêmicas, como o aborto e a eutanásia; e Libertação
animal, que funda a teoria dos direitos dos animais.
Leia também: Direitos Humanos: o que são, artigos e como surgiram
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Importância
A importância social da Bioética centra-se, justamente, no fato de que ela
procura evitar que a vida seja afetada ou que alguns tipos de vida sejam
considerados inferiores a outros. A Bioética discute, por exemplo,
a utilização de células-tronco embrionárias em suas mais diversas
problemáticas, passando pela necessidade de abortar-se uma gestação para
retirar tais células e pelos benefícios que os tratamentos obtidos por esse
recurso podem promover para as pessoas.
Também é tratado por estudiosos de Bioética o respeito aos limites que
devemos ter ao lidar com animais, seja para o cuidado ou a alimentação, seja
para a utilização comercial deles, pois são seres vivos dotados de sentidos e
capazes de sofrer.

Princípios da Bioética
Em Princípios de Ética Biomédica, Beauchamps e Childress estabelecem
quatro princípios básicos que devem nortear o trabalho bioético tanto para as
ciências que utilizam cobaias quanto para as técnicas biomédicas e médicas
que lidam diretamente com a vida. Esses princípios estão ligados a teorias
éticas conhecidas e ganham um novo contorno em suas formulações voltadas
para a vida animal.
1. Princípio da não maleficência: consiste na proibição, por princípio, de
causar qualquer dano intencional ao paciente (ou à cobaia de testes
científicos). A sua mais antiga formulação pode ser encontrada no
Juramento de Hipócrates, e, no século XX, ele foi estabelecido como
princípio bioético pelos estudiosos Dan Clouser e Bernanrd Gert.
2. Princípio da beneficência: pode ter seu gérmen encontrado no
juramento hipocrático, em que se é afirmado que o médico deve visar ao
benefício do paciente. Beauchamp e Childress vão além, estabelecendo
que tanto médicos quanto cientistas que utilizem cobaias devem basear-
se no princípio da utilidade (o utilitarismo de Mill e Bentham), visando a
provocar o maior benefício para o maior número possível de pessoas.
3. Princípio da autonomia: tem suas raízes na filosofia de Immanuel Kant
e busca romper a relação paternal entre médico e paciente e impedir
qualquer tipo de obrigação de cobaias para com a ciência. Trata-se do
respeito à autonomia do indivíduo, pois esse é o responsável por si, e é
ele que decide se quer ser tratado ou se quer participar de um estudo
científico.
4. Princípio da justiça: baseado na teoria da justiça, de John Rawls, esse
princípio visa a criar um mecanismo regulador da relação entre paciente
e médico, a qual não deve ficar submetida mais apenas à autoridade
médica. Tal autoridade, que é conferida ao profissional devido ao seu
conhecimento e pelo juramento de conduta ética e profissional, deve
submeter-se à justiça, que agirá em caso de conflito de interesses ou de
dano ao paciente.
Leia também: Valores morais e sua importância para a sociedade
Temas da Bioética
A Bioética trata de temas muito delicados, muitas vezes considerados tabus.
Há uma dificuldade de estabelecimento de proposições únicas e últimas, pois
existem, ao menos, três grandes áreas do conhecimento que envolvem a
Bioética e porque, enquanto ciência, ela não pode se submeter à moral
religiosa, que pode ser um obstáculo forte em questões relativas à vida,
principalmente a humana.
Listamos abaixo alguns temas tratados pela Bioética, expondo uma breve
discussão que pode aparecer sobre eles:

→ Médico e paciente x cientista e cobaia


É o principal ponto tocado pelos estudos de Beauchamp e Childress, que
formulam a solução principalista (que se baseia em uma ética de princípios)
para os problemas decorrentes.

→ Eutanásia e suicídio assistido


A tradução literal de eutanásia é “boa morte”. Eutanásia é o ato de encerrar a
vida de alguém que, incapacitado, está em situação de penúria e não pode
decidir por si mesmo. Quando um animal de estimação tem uma doença
crônica progressiva ou ficou gravemente sequelado por algum mal, os
veterinários podem dar a eles a eutanásia para encerrar o seu sofrimento.
O suicídio assistido é um tipo de eutanásia, mas aplicado por humanos que
decidem tirar a própria vida de maneira digna e assistida por pessoas que
garantirão o não sofrimento do paciente. Peter Singer baseia-se no respeito
à dignidade humana e no direito à escolha, que, para Beauchamp e
Childress, podem ser representados pelo princípio da autonomia, para afirmar
a necessidade de serem respeitadas as escolhas individuais de cada sujeito e a
necessidade de olhar-se para a dignidade de uma vida que não vale a pena ser
vivida.
→ Aborto
Singer defende o aborto de fetos com até três meses de gestação, período em
que a Medicina afirma não haver ainda atividade cerebral e, portanto, há a
ausência completa de sentidos. O aborto, antes dos três meses, seria apenas
a interrupção do crescimento celular dentro de um corpo. Para discutir
sobre isso, Singer parte das noções de consciência e de senciência (sentidos
básicos e noção da presença no mundo pela dor e pelo sofrimento).
→ Utilização de células-tronco
Partindo da utilidade e da beneficência, a utilização de células-tronco
embrionárias é eticamente viável quando visa ao tratamento e à melhoria da
vida comum. A parte polêmica desse tema é a necessidade de efetuar-se
abortos para conseguir a extração de células de embriões. A eticidade do
aborto, nesses casos, baseia-se nos mesmos princípios discutidos no tópico
anterior.

→ Direitos dos animais


Singer escreveu o livro Libertação animal, que, entre outras coisas, discute
os direitos dos animais. Os animais são providos de níveis de senciência e,
por isso, sofrem, sentem dor, medo, fome etc. Isso é suficiente para notar que
os animais não podem ser indiscriminadamente utilizados pela indústria,
tirando a dignidade de suas vidas. Singer problematiza a alimentação humana
que utiliza os animais como produtos e, mais profundamente, introduz ao
debate a utilização dos animais para testes científicos, farmacêuticos e de
cosméticos.

Por Francisco Porfírio


Professor de Filosofia

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O empirismo é uma corrente filosófica, referente à teoria do


conhecimento, que tem suas origens na filosofia aristotélica. O
termo empirismo advém da palavra grega empeiria, que significa
experiência. Na Modernidade, quando a possibilidade do
conhecimento tornou-se central para a produção filosófica, a
corrente empirista foi impulsionada por filósofos como Thomas
Hobbes, John Locke e David Hume.
Estes se opunham aos racionalistas, que defendiam que
o conhecimento é puramente racional e não depende da
experiência. Os racionalistas eram, consequentemente,
inatistas, pois defendiam a existência do conhecimento inato no
ser humano, ou seja, que o conhecimento já está inserido no
intelecto humano.
Basicamente, o empirismo defende que todo o conhecimento
advém da experiência prática que temos cotidianamente, ou
seja, que as nossas estruturas cognitivas somente aprendem por
meio da vivência e das apreensões de nossos sentidos.
Veja também: Afinal, o que é filosofia da ciência?
Características do empirismo
O filósofo
inglês John Locke foi um dos principais representantes do
empirismo britânico.
O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é
formada com base na experiência prática, de modo que, quanto
mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais
amplo e profundo torna-se o nosso conhecimento. Aristóteles já
defendia que o conhecimento advém da experiência,
contrariando as teses platônicas, que eram essencialmente
inatistas.
John Locke, um dos principais empiristas da Modernidade,
afirmou que o ser humano é uma tábula rasa. A tábula era um
instrumento romano de escrita, feito com cera. As pessoas
escreviam na cera com uma espécie de estilete e, quando
queriam apagar, bastava raspar ou derreter esse material.
Quando a tábula estava sem inscrições, era chamada de tábula
rasa. Esta pode ser comparada a uma folha em branco. Isso
significa que o ser humano nasce sem nenhum conhecimento e é
preenchido de acordo com as vivências que ele adquire. O
empirismo moderno foi defendido por filósofos como Thomas
Hobbes, Francis Bacon, John Locke e David Hume, o que pode
classificá-lo como, essencialmente, britânico.
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Hobbes retomou a teoria do conhecimento aristotélica
para enumerar o conhecimento como o despertar de vários
graus, a saber: a sensação, a percepção, a imaginação, a
memória e a experiência. A sensação é o primeiro despertar do
conhecimento, que fornece dados para a percepção. A
percepção, por sua vez, ativa a imaginação (somente
imaginamos aquilo que podemos, de algum modo, conhecer na
prática). Tudo isso fornece dados que podem ativar a memória, e
o acúmulo de memória constitui o conjunto de saberes
denominado experiência.
Bacon é o primeiro grande teórico do método filosófico e
científico da indução. O método indutivo afirma que o
conhecimento rigoroso é obtido pela repetição de experiências e
pode ser controlado por meio da observação metódica do ser
humano.
Locke formula uma espécie de empirismo crítico. A
epistemologia de John Locke admite que há apenas uma
categoria inata no ser humano: a capacidade de depreender
conhecimento com base nas experiências. Segundo Locke, as
estruturas cartesianas erram, desde o início, ao separar o ser
humano em duas categorias distintas: corpo e alma. Segundo o
filósofo, o ser humano é composto por corpo e alma
simultaneamente, sem separações. E isso faz com que a alma
impulsione o corpo a conhecer, pois não há qualquer tipo de
conhecimento racional inato.
Para Hume, as ideias não são inatas, mas derivam das
sensações e das percepções que o ser humano adquire. As
sensações e percepções são fruto de um conjunto de vivências
que adquirimos por meio dos sentidos. O que determina o grau e
a capacidade de conhecimento humano são o nível e a
intensidade das experiências adquiridas pelos sentidos.

Para
Thomas Hobbes, o conhecimento é formado por diferentes graus.
Empirismo e racionalismo
O racionalismo moderno remonta às ideias de Platão,
na Antiguidade. Assim como esse pensador, filósofos como René
Descartes e Baruch de Spinoza defenderam a existência de uma
racionalidade universal, que é inata ao ser humano enquanto ser
racional. Para Descartes, a razão é a característica mais bem
distribuída entre os seres humanos. O que acontece é que
algumas pessoas não fazem uso dela.
Para os empiristas, essa ideia é falsa. Segundo a teoria
racionalista, o conhecimento é feito de ideias que já estão
inseridas na intelectualidade humana. Para os empiristas, as
ideias somente podem ser obtidas via obtenção de intuições que
advêm dos sentidos do corpo e da experiência.
A teoria empirista admite que existem ideias simples e ideias
compostas. As ideias simples são formadas com base na
experiência imediata que conhece objetos corriqueiros do
mundo, como homem e cavalo. Já as ideias complexas são
junções de duas ou mais ideias simples, perfazendo elementos
compostos que não existem na realidade, mas podem ser
imaginados, como o centauro, que é uma junção das ideias de
homem e de cavalo.
Leia também: Mito da caverna: alegoria platônica que explica a
hierarquia dos conhecimentos
Empirismo e Iluminismo
A teoria empirista continua em debate durante
o Iluminismo europeu. Gottfried Wilhelm Leibniz é um
racionalista alemão que influencia, sobretudo, a produção
filosófica do também iluminista Immanuel Kant. Este coloca um
ponto final no embate entre empiristas e racionalistas, afirmando
que o conhecimento humano advém, duplamente, das
experiências práticas e das ideias racionais.
Kant encerra a querela
entre racionalistas e empiristas.
Para Kant, a estrutura cognitiva humana depende, duplamente,
de um conhecimento abstrato racional que compreende os
conceitos puros e universais, denominado conhecimento a
priori, junto à experiência prática, que é
denominada conhecimento a posteriori. Essa dupla ação do
conhecimento requer uma estrutura complexa que somente os
seres humanos conseguem obter e classifica o nosso
conhecimento como fruto da dupla estrutura cognitiva.
Filósofos empiristas
 Thomas Hobbes: para quem o conhecimento é advindo da
experiência, que é constituída pelo conjunto dos graus do
conhecimento, ou seja: sensação, percepção, imaginação e
memória.
 John Locke: para quem o ser humano é como uma tábula
rasa (folha em branco) e obtém conhecimento a partir do
momento em que vai vivendo e, consequentemente (segundo
a metáfora da tábula rasa), sendo rabiscado (ou marcado por
essas experiências).
 Francis Bacon: para quem o método filosófico e científico
deve partir do método indutivo, que surge com base na
observação da repetição de eventos.
 David Hume: para quem o conhecimento empírico é fruto do
conjunto de experiências práticas que adquirimos com as
vivências, e estas são uma espécie de baliza pra determinar
o modo como o ser humano entende o mundo e o que sabe
dele.
Publicado por: Francisco Porfírio
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Racionalismo

Juliana Bezerra

Professora de História

O Racionalismo é uma corrente filosófica que atribui particular confiança


à razão humana, ao passo que acredita que é dela que se obtém os
conhecimentos.
Saber de onde vinha o conhecimento era uma preocupação da Filosofia. A tentativa
de responder a essa questão resulta no aparecimento de pelo menos duas
correntes filosóficas:

 Racionalismo, que do latim ratio significa "razão";


 Empirismo, que do grego empeiria significa “experiência”.
A doutrina do racionalismo alega que tudo o que existe tem uma causa inteligível,
ainda que essa causa não possa ser provada empiricamente. Ou seja, somente o
pensamento por meio da razão é capaz de atingir a verdade absoluta.
O Racionalismo baseia-se no princípio de que a razão é a principal fonte de
conhecimentos e que essa é inata aos humanos.
Assim, o raciocínio lógico seria construído através da dedução de ideias, tal como
os conhecimentos de Matemática, por exemplo.

Racionalismo Cartesiano
O Racionalismo Cartesiano ou Racionalismo de Descartes é uma referência que se
faz ao pensamento de Descartes - um dos principais pensadores desta corrente.

René Descartes (1596-1650), de quem é célebre a frase: “Penso, logo existo”, lançou
as bases do racionalismo. Para esse filósofo e matemático francês, havia três
conjuntos de ideias:

 Adventícias, representadas pelas ideias que abrolham por meio de informações obtidas pelos nossos
sentidos;
 Factícias, ideias que têm origem na nossa imaginação;
 Inatas, que não dependem da experiência e estão na nossa mente ao nascermos.
Veja também: René Descartes

Racionalismo e Empirismo
Ao contrário do Racionalismo, que é basicamente razão, a corrente filosófica
Empirismo prega que o ponto de partida para os conhecimentos é a própria
experiência.

Para os defensores do Racionalismo, o Empirismo é duvidoso. Especialmente pelo


fato de que a experiência de cada um decorre da percepção sensorial, a qual é,
muitas vezes, sujeita a erros.

Veja também: Empirismo

Apriorismo Kantiano
E há, ainda, o apriorismo kantiano, de Kant (1724-1804). Para esse filósofo alemão,
empirismo e racionalismo caminham de mãos dadas.

Veja também: A Ética de Kant e o Imperativo Categórico

Racionalismo e Renascimento
O pensamento racionalista marcou a mudança de mentalidade propiciada pelo
Renascimento.

O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que teve origem


no século XV, na Itália. Teve inicio com o declínio do sistema feudal e de outras
características medievais.
Quanto ao Racionalismo Cristão, esse trata-se de uma doutrina que surgiu no
Brasil a partir do movimento espírita, em 1910 e que foi difundida pelo mundo.
Interessou? O Toda Matéria tem outros textos que irão te ajudar:

 O que é Sociologia?
 A Fenomenologia de Edmund Husserl

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