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Índice
1 Biografia
2 A escola de Pitágoras
3 Principais descobertas
o 3.1 Números figurados
o 3.2 Números perfeitos
o 3.3 Teorema de Pitágoras
4 Reitor da primeira universidade
5 Importância para o Direito
6 Bibliografia
7 Referências
8 Ligações externas
Biografia
Da vida de Pitágoras quase nada pode ser afirmado com certeza, já que ele foi objeto de
uma série de relatos tardios e fantasiosos, como os referentes a viagens e contatos com
as culturas orientais. Parece certo, contudo, que o filósofo tenha nascido em 580 a.C. na
cidade de Samos.
Acredita-se que Pitágoras tenha sido casado com a física e matemática grega Theano,
que foi sua aluna. Supõe-se que ela e as duas filhas tenham assumido a escola pitagórica
após a morte do marido.
Pitágoras cunhado em moeda.
Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos números. Para eles, o
número, sinônimo de harmonia, constituído da soma de pares e ímpares - os números
pares e ímpares expressando as relações que se encontram em permanente processo de
mutação -, era considerado como a essência das coisas, criando noções opostas
(limitado e ilimitado) e sendo a base da teoria da harmonia das esferas.
A escola de Pitágoras
Segundo o pitagorismo, a essência, que é o princípio fundamental que forma todas as
coisas é o número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância, considerando
o número o elo entre estes elementos. Para esta escola existiam quatro elementos: terra,
água, ar e fogo.
Pitágoras descobriu em que proporções uma corda deve ser dividida para a obtenção das
notas musicais no início, sem altura definida, sendo uma tomada como fundamental
(pensemos numa longa corda presa a duas extremidades que, quando tangida, nos dará o
som mais grave) - e a partir dela, gerar-se-á a quinta e terça através da reverberação
harmônica. Os sons harmônicos. Prendendo-se a metade da corda, depois a terça parte e
depois a quinta parte conseguiremos os intervalos de quinta e terça em relação à
fundamental. A chamada SÉRIE HARMÔNICA. À medida que subdividimos a corda
obtemos sons mais altos e os intervalos serão diferentes. E assim sucessivamente.
Descobriu ainda que frações simples das notas, tocadas juntamente com a nota original,
produzem sons agradáveis. Já as frações mais complicadas, tocadas com a nota original,
produzem sons desagradáveis.
Dentre estes cultos, um teve enorme difusão: o Orfismo (de Orfeu), originário da Trácia,
e que era uma religião essencialmente esotérica. Os seguidores desta doutrina
acreditavam na imortalidade da alma, ou seja, enquanto o corpo se degenerava, a alma
migrava para outro corpo, por várias vezes, a fim de efetivar a purificação. Dioniso
guiaria este ciclo de reencarnações, podendo ajudar o homem a libertar-se dele.
Pitágoras seguia uma doutrina diferente. Teria chegado à concepção de que todas as
coisas são números e o processo de libertação da alma seria resultante de um esforço
basicamente intelectual. A purificação resultaria de um trabalho intelectual, que
descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma como uma unidade
harmônica. Os números não seriam, neste caso, os símbolos, mas os valores das
grandezas, ou seja, o mundo não seria composto dos números 0, 1, 2, etc., mas dos
valores que eles exprimem. Assim, portanto, uma coisa manifestaria externamente a
estrutura numérica, sendo esta coisa o que é por causa deste valor.
Principais descobertas
Além de grandes místicos, os pitagóricos eram grandes matemáticos. Eles descobriram
propriedades interessantes e curiosas sobre os números.
Números figurados
α
αα
ααα
αααα
A tétrada, que os pitagóricos desenhavam com um α em cima, dois abaixo deste, depois
três e por fim quatro na base, era um dos símbolos principais do seu conhecimento
avançado das realidades teóricas. Representação toda perfeita em si de qualquer um dos
lados que se observe.
Números perfeitos
A soma dos divisores de determinado número com exceção dele mesmo, é o próprio
número. Exemplos:
Teorema de Pitágoras
O primeiro número irracional a ser descoberto foi a raiz quadrada do número 2, que
surgiu exatamente da aplicação do teorema de Pitágoras em um triângulo de catetos
valendo 1:
Pitágoras,
pormenor d'A escola de Atenas de Raffaello Sanzio (1509).
Existem, no entanto, indícios de que o chamado Teorema de Pitágoras (c²= a²+b²) já era
conhecido dos babilônios em 1600 a.C. com escopo empírico. Estes usavam sistemas de
notação sexagesimal na medida do tempo (1h=60min) e na medida dos ângulos (60º,
120º, 180º, 240º, 360º).
Pitágoras percorreu por 30 anos o Egito, Babilônia, Síria, Fenícia e talvez a Índia e a
Pérsia, onde acumulou ecléticos conhecimentos: astronomia, matemática, ciência,
filosofia, misticismo e religião. Ele foi contemporâneo de Tales de Mileto, Buda,
Confúcio e Lao-Tsé.
Quando retornou a Samos, indispôs-se com o tirano Polícrates e emigrou para o sul da
Itália, na ilha de Crotona, de dominação grega. Aí fundou a Escola Pitagórica, a quem
se concede a glória de ser a "primeira Universidade do mundo".
A Escola Pitagórica e as atividades se viram desde então envoltas por um véu de
lendas. Foi uma entidade parcialmente secreta com centenas de alunos que compunham
uma irmandade religiosa e intelectual. Entre os conceitos que defendiam, destacam-se:
Ao biografar Pitágoras, Jâmblico (c. 300 d.C.) registra que o mestre vivia repetindo aos
discípulos: “todas as coisas se assemelham aos números”.
A Escola Pitagórica ensejou forte influência na poderosa verba de Euclides, Arquimedes
e Platão, na antiga era cristã, na Idade Média, na Renascença e até em nossos dias com o
Neopitagorismo.
Pensamentos de Pitágoras
Bibliografia
SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da
Ciência Grega. 2ª Ed., Porto Alegre: Edipucrs, 2003