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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO – CRCRJ

EUGENIZE BEZERRA LIMA

LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS

RIO DE JANEIRO - RJ
25/02/2023
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Unidade 1 – ABERTURA DA EMPRESA


1.1. A importância do contador neste processo
1.2. Idade mínima para ser titular de empresa
1.3. Requisitos e impedimentos pessoais
1.4. Documentos e providências necessárias

Unidade 2 - FORMAS DE ATUAÇÃO


2.1. Autônomo
2.2. Empresas Unipessoais
2.3. Sociedades

Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO


3.1. Procedimentos
3.2. Decisão de natureza jurídica
3.3. Consulta Prévia de Local
3.4. Consulta de nome e marca
3.5. Certificado do Corpo de Bombeiros
3.6. Inscrição Estadual
3.7. Solicitação do CNPJ
3.8. Arquivamento do Contrato Social – Protocolo Web
3.9. Alvará de Licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda
3.10. Licença Sanitária
3.11. Licença Ambiental
3.12. Utilizando o Redesim
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UNIDADE I – ABERTURA DA EMPRESA

1.1 - A Importância Do Contador na Abertura e Legalização Das Empresas


A legalização de empresas é um processo burocrático necessário e que precisa ser
bem conduzido por profissional competente. O profissional contábil é um dos, e muitas
vezes o único, responsável pela formação, educação e disciplina de um bom empresário.
Geralmente o empreendedor tem foco apenas na parte material que compreende a
implantação do seu empreendimento. O processo de implantação envolve diversas
dimensões. Trata - se de um organismo vivo que desde a sua criação irá impactar a
sociedade com sua existência e atuação.
Ao decidir pela abertura de uma empresa, seja ela de que porte for, o passo
seguinte de um empreendedor deverá ser a procura de um profissional contábil de
confiança, sério e capacitado. A ele caberá identificar todas as necessidades e indicar o
plano correto da empresa, isto é, a modalidade em que a empresa irá se enquadrar e quais
serão os passos para sua legalização. O conhecimento da legislação e das técnicas
contábeis em conjunto com a experiência vivida no dia a dia, são ingredientes
fundamentais para a prudente legalização de um empreendimento que é dinâmico, desde
a sua abertura.
A sincronia de procedimentos, observando-se métodos, prazos e consequências, é
de extrema importância para a obtenção de sucesso em um trabalho de legalização. Se
algo sair errado poderá ocorrer dispêndio de tempo, dinheiro, multas, e outros prejuízos até
mais graves. Dentre as diversas aptidões de um profissional contábil, esta é apenas mais
uma: sua atuação no processo de legalização de empresas

1.2 - Idade Mínima para ser Titular de Empresa


Pode ser titular de empresa a pessoa natural, desde que não haja impedimento legal:
1 - Maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre administração
de sua pessoa e bens;
2 - Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado:

1.3 - Requisitos e impedimentos pessoais


1.3.1 Capacidade para ser sócio (pessoa física)
Pode ser sócio de sociedade limitada, desde que não haja impedimento legal:
a) maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre administração de
sua pessoa e bens;
b) menor emancipado:
• por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver dezesseis
anos completos.
A outorga constará de instrumento público, que deverá ser inscrito no Registro Civil das
Pessoas Naturais e arquivado na Junta Comercial.
• por sentença do juiz que, também, deverá ser inscrita no Registro Civil das Pessoas
Naturais;
• pelo casamento;
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• pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão


da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal);
• pela colação de grau em curso de ensino superior; e
• pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
c) desde que assistidos, como segue, uma vez que são relativamente incapazes para a
prática de atos jurídicos:
por seus pais ou por tutor:
- maior de 16 anos e menor de 18 anos;
- Ébrios habituais e os viciados em tóxico (a lei deixa de fazer menção aos que, por
deficiência mental, tenham discernimento reduzido);
- Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade (foi
excluída a menção aos excepcionais, sem desenvolvimento mental completo);
- Os pródigos.
• de acordo com a legislação especial (art.4°, parágrafo único do Código Civil), o índio;
d) desde que representados, como segue, uma vez que são absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida civil:
• por seus pais ou por tutor:
- o menor de 16 anos;
e) pessoa jurídica nacional ou estrangeira
f) O Fundo de Investimento em Participações - FIP, desde que devidamente representado
por seu administrador

A emancipação é possível a partir dos 16 anos, por meio de instrumento público


(Escritura Pública de Emancipação elaborada em Cartório de Notas) ou sentença judicial.
Se o menor for emancipado é possível concluir que ele pode realizar todos os atos de
comércio, sujeitando-se à norma falimentar (Lei 11.101, de 2015), praticando, em tese,
condutas amoldadas aos crimes falimentares, entretanto, não poderá ser
responsabilizado criminalmente por seus atos, mas sofrerá as regras do Estatuto da
Criança e do Adolescente, caracterizando-se um ato infracional falimentar.
A assistência dos pais ocorre entre maiores de 16 anos e menores de 18 anos
(considerados relativamente incapazes – chamados de menores púberes), desde que não
sejam emancipados. Nesse caso, o menor poderá participar apenas como sócio
quotista, assistido pelos pais. O menor assina o contrato juntamente com seus pais, que
também devem ser qualificados no preâmbulo do contrato.
A representação ocorre para menores de 16 anos (considerados incapazes –
chamados menores impúberes) que poderão participar como sócios quotistas
representados pelos pais ou tutor. Nesse caso, o menor não assina o contrato, mas
somente os pais, devidamente qualificados no preâmbulo do contrato.

Art. 974, § 3º, do CC


a) o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
b) o capital social deve ser totalmente integralizado; e,
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c) o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser
representado legalmente.
Na abertura da sociedade, o capital deve ser expresso em moeda corrente,
podendo compreender qualquer outra espécie de bens, suscetíveis de avaliação
pecuniária. Em se tratando de participação de sócio menor de 18 anos, não emancipado, o
capital social deverá estar totalmente integralizado.
Poderão ser utilizados para integralização de capital quaisquer bens, desde que
suscetíveis de avaliação em dinheiro. No caso de imóvel, ou direitos a ele relativo, o
contrato social por instrumento público ou particular deverá conter à sua titulação, bem
como o número de sua matrícula no Registro Imobiliário. No caso de sócio menor, a
integralização de capital social com bens imóveis dependerá de autorização judicial.
O sócio menor terá todos os direitos de um sócio, exceto o direito ao pró-labore, já
que não exercerá nenhuma atividade laboral que a justifique, mas terá direito a distribuição
de lucros, competindo aos pais representar ou assistir os menores, até que os mesmos
completem a maioridade ou sejam emancipados.
Fonte: Auditec http://audtecgestao.com.br/capa.asp?infoid=5727

Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado


A prova da emancipação do menor de 18 anos e maior de 16 anos, anteriormente
averbada no registro civil, deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado,
simultaneamente, com o contrato.

A Lei 13146 que instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabeleceu novos
instrumentos legais, que visam, no seu conjunto, proporcionar igualdade, acessibilidade, o
respeito pela dignidade e autonomia individual, o que inclui a liberdade de fazer suas
próprias escolhas.
Inovações da Lei 13.146/2015:
A Lei 13146 que instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabeleceu novos
instrumentos legais, que visam, no seu conjunto, proporcionar igualdade, acessibilidade, o
respeito pela dignidade e autonomia individual, o que inclui a liberdade de fazer suas
próprias escolhas.
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade
legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a
lei.
§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão
apoiada.
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§ 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva


extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o
menor tempo possível.
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza
patrimonial e negocial.
Processo de “tomada de decisão apoiada”, ou seja, “o processo pelo qual a pessoa com
deficiência elege pelo menos duas pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e
que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da
vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa
exercer sua capacidade” (artigo 1.783A do Código Civil, introduzido pelo EPD).
Art 1783A CC
§ 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os
apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e
os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito à
vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar.
§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido
por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o
requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.

Imigrantes
A Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017) alterou o termo utilizado para descrever os
cidadãos que vem de outros países. Os estrangeiros, enquanto estiverem em território
brasileiro, trabalhando ou residindo, são denominados como imigrantes. Além disso, o visto
permanente deixou de existir e o temporário passou abranger os cidadãos que têm
intenção de morar e trabalhar no Brasil com diversas finalidades, incluindo o exercício da
atividade empresarial.
De acordo com a IN DREI 81:
Art. 11. O arquivamento de ato de empresário individual, sociedade empresária e
cooperativa do qual conste participação de imigrante no Brasil será instruído
obrigatoriamente com a fotocópia do documento de identidade, emitido por autoridade
brasileira, com a comprovação da condição de residente, admitindo-se, ainda, o RNE*
(Registro Nacional de Estrangeiros) válido para esse fim. (Redação dada pela Instrução
Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022)
§ 1º Os portugueses no Brasil, nos termos do Tratado de Amizade, Cooperação e
Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, promulgado
pelo Decreto nº 3.927, de 19 de setembro de 2001, gozarão dos mesmos direitos e estarão
sujeitos aos mesmos deveres dos brasileiros e deles será exigido documento de identidade
de modelo igual ao do brasileiro, com a menção da nacionalidade do portador e referência
ao Tratado.
§ 2º Não expedido o documento de identidade do imigrante, este poderá apresentar o
documento comprobatório de sua solicitação à autoridade competente, acompanhado de
documento de viagem válido ou de outro documento de identificação estabelecido em ato
do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
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§ 3º Será admitida a apresentação da fotocópia de identidade do imigrante com prazo de


validade vencida, se houver ato normativo expedido pelo Ministério da Justiça e Segurança
Pública que prorrogue o prazo de validade do referido documento, cabendo ao interessado
comprovar a existência do ato normativo que contemple o seu caso concreto. (Incluído
pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022)
Art. 17. Para os fins desta Instrução Normativa, ao refugiado, bem como ao solicitante de
reconhecimento da condição de refugiado, nos termos da Lei nº 9.474, de 22 de julho de
1997, aplica-se o regramento previsto para os imigrantes, mediante apresentação do
protocolo de solicitação de refúgio ou Documento Provisório de Registro Nacional
Migratório, nos termos do Decreto nº 9.277, de 5 de fevereiro de 2018.

Restrições e impedimentos ao estrangeiro


Para o arquivamento de atos que conste participação de estrangeiros residentes e
domiciliados no Brasil, pessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, residentes e
domiciliadas no exterior e pessoas jurídicas com sede no exterior, é necessário observar a
tabela de restrições constante dos manuais de registro. São exemplo deatividades com
restrições: empresa de navegação e cabotagem, empresa jornalística e empresa de
radiodifusão sonora e de sons e imagens, empresa de mineração e energia elétrica, etc.

1.3.2. Impedimentos para ser sócio


Não podem ser sócios de sociedade limitada a pessoa impedida por norma constitucional
ou por lei especial (vide Instrução Normativa DNRC nº 76, de 28/12/1998), observando-se,
ainda, que:
• português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade,
comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode participar de sociedade
limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e
imagens;
• os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação
obrigatória, não podem ser sócios entre si, ou com terceiros;
• pessoa jurídica brasileira:
- em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, exceto partido
político e sociedade cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros e desde
que essa participação se efetue através de capital sem direito a voto e não exceda a 30%
do capital social;

1.3.3 - Impedimentos para ser administrador


Não pode ser administrador de sociedade limitada a pessoa:
a) Os incapazes e relativamente capazes
b) Pessoa Jurídica
c) Condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos
públicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato;
contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de
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defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade,


enquanto perdurarem os efeitos da condenação;
d) Impedidos por norma constitucional ou por lei especial:
Brasileiro naturalizado há menos de 10 anos:
Em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens;
Imigrante:
- Em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e
imagens;
- Em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de
Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com assentimento
prévio do órgão competente;
- Português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade,
comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode ser administrador de
sociedade limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e
de sons e imagens;
e) Funcionários públicos federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual
e municipal, observar as respectivas legislações.
f) Chefes do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal;
g) Magistrados;
h) Membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva;
i) Falidos, enquanto não forem legalmente reabilitados;
j) Leiloeiros;
k) O cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado;
l) Os membros do Ministério Público da União, que compreende:
Ministério Público Federal;
Ministério Público do Trabalho;
Ministério Público Militar;
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

Art. 972 do Código Civil


Funcionários Públicos, membros da magistratura e do Ministério Público, não podem ser
empresários individuais, nem diretores ou controladores de sociedades empresariais,
podem ser cotistas ou acionistas; Militares da ativa, constitui crime militar, e outros...

1.4. - Documentos e providências necessárias


1.4.1 – Principais pontos de observação
Sempre que for tomada a decisão por empreender um negócio, alguns cuidados e
precauções devem ser tomadas no que diz respeito à viabilidade para sua legalização. É
importante lembrar que cada estado ou município pode ter particularidades que devem ser
observadas. Vejamos alguns exemplos destes cuidados:
 Verificar sempre se os nomes constantes nos documentos de identificação dos futuros
titulares ou sócios conferem com os registros de CPF.
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 Verificar na Prefeitura, ou na Regional da Prefeitura se há exigência de que o IPTU do


imóvel, que será a sede da empresa, esteja regularizado para que seja emitido o Alvará.
 No caso de serem instaladas cadeiras na calçada, será necessário verificar o que
determina a legislação local sobre o licenciamneto das mesmas (no município do Rio de
Janeiro o requerimento é feito no portal da prefeitura “Carioca Digital”.
 Se a atividade envolver prestação de serviços cuja profissão seja regulamentada,
verificar as exigências e formalidades do Conselho Regional quanto à elaboração do
Contrato Social, formação societária e responsabilidades técnicas.
De acordo com a IN DREI 81,
§ 1º A constituição, alteração ou extinção de empresário individual, sociedade empresária
e cooperativa sujeitos a controle de órgão de fiscalização de exercício profissional não
depende de aprovação prévia desse órgão para arquivamento do respectivo ato na Junta
Comercial. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de
2022)
 Sempre que ocorrer nomeação de Responsável Técnico, em qualquer instrumento
submetido à Junta Comercial para registro, o nomeado deve manifestar expressamente a
sua concordância, devendo sua firma ser devidamente reconhecida.
 Atividades sujeitas a aprovação de órgãos e entidades governamentais - algumas
atividades dependem de aprovação prévia para seu funcionamento, contudo, não são
passíveis de exigências quando da análise do registro pelas Juntas Comerciais, conforme
parágrafo único do art. 35 da Lei nº 8.934, de 1994, devendo, portanto, ser observada a
respectiva legislação. São exemplos destas atividades: operadoras de planos de sáude,
seguradoras, sociedades de crédito, bancos, vigilância patrimonial, escolta armada, entre
outras.
 Observar também na Prefeitura, ou na Regional da Prefeitura o funcionamento do
licenciamento para instalação de letreiros. Existem dois tipos de letreiros:
Letreiros do tipo indicativo - são aqueles que visam apenas veicular a mensagem
indicativa do estabelecimento.
Letreiros do tipo publicitário - são aqueles que veiculam mensagem além da indicação
do estabelecimento, publicidade ou atividade de terceiros.
No município do Rio de Janeiro

Processo Simplificado (Decreto Rio Nº 40712 de 8/10/15) somente para letreiros


indicativos.
Art. 1º Ficam simplificados, nos termos previstos neste Decreto, os procedimentos para
exibição de letreiros indicativos instalados:
I — No plano da fachada da edificação;
II — Perpendiculares à fachada da edificação;
III — sob marquise, desde que não afixado nesta;
IV — Diretamente no solo ou piso situado no interior de propriedade particular, somente
em imóveis localizados na Zona de Preservação Paisagística e Ambiental 1 (ZPPA-1) e na
Zona de Preservação Paisagística e Ambiental 2 (ZPPA-2).
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I — ZPPA-1: Caju, Gamboa, Saúde, Santo Cristo, Centro, Botafogo, Catete, Cosme Velho,
Flamengo, Glória, Humaitá, Laranjeiras, Urca, Copacabana, Leme, Gávea, Ipanema,
Jardim Botânico, Lagoa, Leblon, São Conrado e Vidigal;
II — ZPPA-2: Catumbi, Estácio, Cidade Nova, Rio Comprido Tijuca, Praça da Bandeira,
Alto da Boa Vista, Vila Isabel, Andaraí, Grajaú, Maracanã e Santa Teresa.

Processo não simplificado


Quando a publicidade for instalada em cobertura ou telhado possuir área superior a 20 m2,
ou vier a ser instalado (em local diferente de piso ou solo) nas ZPPA, será necessário a
apresentação de projeto em três vias assinadas pelo requerente, preferencialmente em
formato A4 ou A3, contendo título e mencionando todas as características dos anúncios,
tais como: pronto de instalação, tipo de material, iluminação, número de faces com as
respectivas mensagens, endereço da instalação, planta de fachada, corte e situação com
todas as cotas indispensáveis à análise fiscal, assinatura e número de inscrição no CREA
do profissional responsável pela segurança do engenho. Exceto para as propagandas
veiculadas nas áreas de preservação paisagística (decretos 35.507, de 27 de abril de
2012, e do Dec. nº 36.108, de 9 de agosto de 2012)

1.4.2 - Autenticação de cópias de documentos


1.4.2.1 – Reconhecimento de firma e autenticações
A Lei 13.726 de 08/10/2018 instituiu a Racionalização de atos e procedimentos
administrativos dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e
instituiu o Selo de Desburocratização e Simplificação.

INSTRUÇÃO NORMATIVA DREI Nº 81, DE 10 DE JUNHO DE 2020.


Art. 28. Os atos apresentados a arquivamento são dispensados de:
I - Reconhecimento de firma; e (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2
de junho de 2021)
II - Autenticação de cópia de documento pelo cartório, que deverá, quando o ato exigir o
original, ser realizada pelo: (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de
junho de 2021)
a) servidor da Junta Comercial, mediante a comparação entre o original e a cópia; ou
b) pelo advogado, contador ou técnico em contabilidade da parte interessada, mediante o
modelo de declaração constante do anexo VII.
§ 1º Considera-se advogado, contador ou técnico em contabilidade da parte interessada o
profissional que assinar o requerimento do ato levado a registro.
§ 2º A declaração de autenticidade de que trata a alínea "b" do inciso II do caput deste
artigo poderá ser feita:
I - Em documento separado, com a devida especificação e quantidade de folhas do(s)
documento(s) declarado(s) autêntico(s); ou
II - Na(s) própria(s) folha(s) do(s) documento(s). § 3º Juntamente com a declaração de
autenticidade deve ser apresentada cópia simples da carteira profissional ou certidão de
regularidade, emitida através do respectivo Conselho.
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Art. 29. A dispensa de que trata o artigo anterior somente não será cabível quando a Junta
Comercial apresentar justificativa plausível, devidamente fundamentada.

1.4.2.2 - Procurações
De acordo com a IN DREI 81:
Art. 12. A pessoa física, brasileira ou estrangeira, residente no exterior, que seja
Empresário individual, administrador ou sócio de sociedade empresária, associado de
cooperativa deverá instruir o ato empresarial a ser arquivado ou arquivar em processo
autônomo, procuração outorgada ao seu representante no Brasil, observada a legislação
que rege o respectivo tipo societário. Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº
112, de 20 de janeiro de 2022)
§ 1º A pessoa jurídica com sede no exterior que seja sócia de sociedade empresária ou
associada decooperativa também se sujeita à regra do caput, e nesse caso deverá
apresentar prova de sua constituição e de sua existência legal. Redação dada pela
Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022)
§ 2º O estrangeiro domiciliado no exterior e de passagem pelo Brasil poderá firmar a
procuração prevista no caput deste artigo, por instrumento particular ou público,
ficando, na segunda hipótese, dispensada a apresentação de seu documento de
identidade perante a Junta Comercial.
§ 3º A procuração a que se refere o caput deste artigo presume-se por prazo
indeterminado quando não seja indicada sua validade.
Art. 14. A Junta Comercial, para o arquivamento de ato com a participação de
estrangeiro, pessoa física ou jurídica, deverá verificar se a atividade empresarial não se
inclui nas restrições e impedimentos constantes de tabela própria nos Manuais de
Registro, anexos a esta Instrução.
OBS: Reconhecimento de firma - A procuração lavrada por instrumento particular deve ser
apresentada com a assinatura reconhecida por Tabelião (grifo nosso).

1.4.2.3 - Documentos vindos do Exterior


De acordo com a IN DREI 81:
Art. 15. Os documentos oriundos do exterior, inclusive procurações, deverão ser
autenticados por autoridade consular brasileira, no país de origem, e quando não redigidos
na língua portuguesa, ser acompanhados de tradução efetuada por tradutor público
matriculado em qualquer Junta Comercial, exceto o documento de identidade.
§ 1º Os documentos lavrados em notário francês, dispensa o visto da autoridade consular,
nos termos dos arts. 28 a 30 do Decreto nº 91.207, de 29 de abril de 1985, mas não
dispensa a respectiva tradução por tradutor público matriculado em qualquer Junta
Comercial.
§ 2º A legalização consular de que trata o caput deste artigo fica dispensada no caso dos
documentos públicos oriundos dos países signatários da Convenção sobre a Eliminação
da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, celebrada em Haia,
em 5 de outubro de 1961, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 148, de 6 de julho de 2015
e promulgada pelo Decreto nº 8.660, 29 de janeiro de 2016.
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§ 3º A dispensa a que se refere o parágrafo anterior fica condicionada à comprovação de


que o documento foi objeto do apostilamento de que trata a referida Convenção, conforme
Resolução CNJ nº 228, de 22 de junho de 2016.
Art. 16. Os cidadãos dos países dos Estados Partes do Mercosul, dos Associados e
Estados que posteriormente venham a aderir e internalizar o Acordo sobre Residência para
Nacionais dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul – Mercosul e Associados, que
comprovadamente obtiverem a residência temporária de dois anos, com amparo no
referido acordo, poderão exercer a atividade empresarial na condição de empresários,
sócios ou administradores de sociedades empresárias ou cooperativas brasileiras,
podendo esses atos serem devidamente arquivados na Junta Comercial, consoante a
legislação vigente, observadas as regras internacionais decorrentes dos Acordos e
Protocolos firmados no âmbito do Mercosul.

1.4.2.4 - Abertura de filiais de empresas estrangeiras IN DREI 77 15/04/2019 (alterada


pela IN DREI 88 de 23 de dezembro de 2022)
Art. 1º A sociedade empresária estrangeira que desejar estabelecer filial, sucursal, agência
ou estabelecimento no Brasil deverá solicitar autorização de funcionamento ao Governo
Federal.
§ 1º Os processos referentes aos pedidos de autorização governamental de que trata esta
Instrução Normativa serão examinados e decididos pelo Departamento Nacional de
Registro Empresarial e Integração da Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial
de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, ressalvados
os casos em que a legislação específica atribui competência à outrosórgãos do Poder
Executivo.
§ 2º A solicitação de que trata o § 1º deverá ser formalizada através do Portal "gov.br" e
ser instruída com os seguintes documentos:
I - ato de deliberação sobre o funcionamento de filial, sucursal, agência ou estabelecimento
no Brasil;
II - inteiro teor do contrato ou estatuto;
III - lista de sócios ou acionistas, bem como relação dos membros de todos os órgãos da
administração, com os nomes, profissões, domicílios e número de cotas ou de ações, salvo
quando, em decorrência da legislação aplicável no país de origem, for impossível cumprir
tal exigência;
IV - prova de achar-se a sociedade constituída conforme a lei do seu país;
V - ato de deliberação sobre a nomeação do representante no Brasil, acompanhado da
procuração que lhe dá poderes para aceitar as condições em que é dada a autorização e
plenos poderes para tratarde quaisquer questões e resolvê-las definitivamente, podendo
ser demandado e receber citação pela sociedade;
VI - declaração do representante no Brasil de que aceita as condições em que for dada a
autorização para funcionamento pelo Governo Federal;
VII - último balanço; e
VIII - guia de recolhimento do preço do serviço.
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Empresários estrangeiros precisam solicitar autorização do governo federal para abertura


de filiais no Brasil antes do registro na junta comercial. Por meio de um representante legal,
o pedido pode ser feito no Portal GovBr, após preenchimento de cadastro, criação de uma
conta e envio da documentação necessária.
Os documentos digitalizados podem ser enviados para análise da equipe do Drei via
Internet. Na ausência de algum documento, o interessado será informado, via portal e e-
mail, e terá o prazo de 60 dias para atender às exigências.
Em caso de aprovação, tanto a autorização quanto os documentos que devem ser
apresentados à junta comercial são disponibilizados ao usuário no Portal “gov.br”.
Além do processo de instalação e funcionamento, a filial autorizada a funcionar no Brasil
poderá, via internet, solicitar autorização para realizar alterações, cancelamento ou mesmo
dar início à nacionalização da filial.

Roteiro para solicitar autorização:


Solicitação de autorização → A sociedade empresária estrangeira gera no Portal de
Serviços o processo de autorização dirigido ao Ministro e faz upload da documentação
necessária, conforme o caso.
Análise → O DREI/SGD analisa a documentação e se manifesta pelo Portal de Serviços.
Caso seja verificada ausência de alguma formalidade legal, o processo será posto em
exigência. A sociedade é notificada via Portal de Serviços e terá o prazo de até 60 dias
para apresentar a documentação pendente.
Cumprimento de exigência → A empresa insere no Portal de Serviços a documentação
em cumprimento à exigência.
Análise e deferimento do pleito → O DREI/SGD analisa a nova documentação e se
manifesta pelo Portal de Serviços. (O processo é encaminhando internamente e decidido
pelo Ministro, que autorizará o pleito, se for o caso, por meio de Portaria publicada no
D.O.U.)
Autenticação da documentação → A documentação será autenticada no próprio Portal
de Serviços.
Receber autorização → Será inserido no Portal de Serviços a portaria publicada no
D.O.U. com a informação de qual documentação deverá ser apresentada na Junta
Comercial.

1.4.3 Outras Informações Indispensáveis


1.4.3.1 – Contrato Social
O contrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras para o
funcionamento, liquidação da Sociedade, e necessita ser registrado no órgão competente.
Ainda que não exista mágica capaz de garantir o sucesso de uma sociedade, um
contrato maduramente discutido e que detalhe os reais objetivos e limites dos sócios é a
base de uma sociedade que resiste às turbulências naturais das relações societárias.
O contrato social é um documento onde constam as regras e as condições sob as
quais a empresa funcionará e onde estão estabelecidos os direitos e as obrigações para
14

cada um dos proprietários que compõem a sociedade (somente nos casos de sociedades
com mais de uma pessoa).
O Contrato Social é o instrumento jurídico de maior relevância dentro da empresa na
medida em que, na observância da lei, tem o condão de adquirir, resguardar, transferir,
conservar e/ou modificar direitos entre os sócios. Em outras palavras, o contrato social é a
ferramenta hábil a proteger a empresa das relações existentes entre ela, seus sócios e
terceiros.
O fundamental, em qualquer caso de sociedade, é fugir dos contratos padrão e
buscar uma consultoria capaz de identificar as necessidades particulares de cada tipo de
sócio. “Um bom contrato social deve harmonizar os interesses de diferentes parceiros,
traduzindo-os em um único e equilibrado interesse.
A participação societária deve ter um início, um meio e um fim e, esse fim será
menos traumático quanto mais detalhadamente ele estiver contratualmente previsto. “Os
sócios devem estar conscientizados, desde o início, de que a retirada não é o fim do
mundo, mas um evento natural e às vezes inevitável ante os desdobramentos possíveis da
vida societária. O sócio sábio é o que negocia cautelosa e previamente as cláusulas que
ditam o até quando seu comprometimento é exigível e o como se dará sua despedida”.

De acordo com a IN DREI 112 de 20 de janeiro de 2022


"Art. 9º-B. Os sistemas ou módulos integradores utilizados pelas Juntas Comerciais
deverão permitir o arquivamento de instrumentos ou atos elaborados de forma exclusiva
pelas partes, desde que observadas as disposições legais, prevalecendo, assim, a
autonomia privada delas.
Parágrafo único. O uso de instrumentos padronizados deve ser uma opção das partes,
para obtenção do registro automático, nos moldes do Capítulo IV desta Instrução
Normativa." (NR)

Partes de um Contrato Social


Preâmbulo - qualificação dos sócios
Capítulo 1: Sede, Prazo de duração e Denominação
Capítulo 2: Objeto Social
Capítulo 3: Capital Social
Capítulo 4: Administração da Empresa e declaração dos administradores
Capítulo 5: Exercício Social, Distribuição de Lucros e Demonstrações Financeiros
Capítulo 6: Cessão ou transferências das cotas e Cessão do Direito de Preferência
Capítulo 7: Falecimento, interdição, falência, insolvência e exclusão de sócio
Capítulo 8: Exclusão de sócio
Capítulo 9: Liquidação da sociedade
Capítulo 10: Assembleia Geral dos Sócios para deliberações sociais
Capítulo 11: Disposições Gerais

Obs:
15

Em razão da vedação prevista no Artigo 977 da Lei nº 10.406, de 10.01.2002, é necessário


que conste o regime de bens do casamento, na qualificação de pessoas físicas casadas
que sejam sócias cotistas de sociedades empresárias limitadas. No caso do regime de
separação de bens, deverá constar a espécie da separação (isto é, separação de bens
convencional, ou separação obrigatória, esta última também chamada separação legal).

1.4.3.2 – Composição do Nome Empresarial


Não copiar nomes ou marcas já existentes e não confundir nome empresarial com
nome fantasia. O nome empresarial, que constará no Contrato Social, deverá observar as
regras de formação próprias de cada tipo. Já o nome fantasia (nome comercial ou de
fachada) é aquele pelo qual a empresa se torna conhecida do público. Nome empresarial é
aquele sob o qual o empresário individual, as sociedades empresárias, as cooperativas
exercem suas atividades e se obrigam nos atos a elas pertinentes. O nome empresarial
compreende a firma e a denominação. Equipara-se ao nome empresarial a denominação
das sociedades simples, associações e fundações (Art. 1.155 Código Civil)
A firma é constituída pelo nome do titular, completo ou abreviado, aditando-lhe, se
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. (Art.1.156 CC).
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no
mesmo registro.
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos,
deverá acrescentar designação que o distinga.

De acordo com a IN DREI 81


Art. 18. O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e
identificará, quando assim exigir a lei, o tipo jurídico adotado.
§ 1º O nome empresarial compreende a firma e a denominação.
§ 2º A firma é composta pelo nome civil, de forma completa ou abreviada.
§ 3º A denominação é formada por quaisquer palavras da língua nacional ou estrangeira,
sendo facultada a indicação do objeto. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº
55, de 2 de junho de 2021)
Art. 18-A. O empresário individual, a sociedade empresária e a cooperativa podem optar
por utilizar o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ como
nome empresarial, seguido da partícula identificadora do tipo societário ou jurídico, quando
exigida por lei. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de
2022)
§ 1º Para os fins da utilização do número do CNPJ como nome empresarial, deve ser
levado em conta apenas o número raiz, ou seja, os oito primeiros dígitos do CNPJ.
(Incluído pela Instrução NormativaDREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022)
§ 2º Quando existir legislação específica sobre a formação do nome empresarial de
determinado segmento econômico, que seja incompatível com as disposições do caput
deste artigo, não será possível o uso do número do CNPJ como nome empresarial.
(Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20de janeiro de 2022)
16

§ 3º Não poderá ser utilizado o CNPJ como nome empresarial para as empresas públicas,
sociedades de economia mista, consórcios, grupos de sociedade e empresas simples de
crédito. (Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022)
Art. 19. A expressão “grupo” é de uso exclusivo dos grupos de sociedades organizados,
mediante convenção, na forma da Lei das Sociedades Anônimas.
Parágrafo único. Após o arquivamento da convenção do grupo, a sociedade controladora,
ou de comando, e as filiadas deverão acrescentar aos seus nomes a designação do grupo.
Art. 22. É vedado o registro do nome empresarial:
I - idêntico a outro já registrado na mesma Junta Comercial; (Redação dada pela Instrução
Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021)
II - que contiver palavras ou expressões que sejam atentatórias à moral e aos bons
costumes;
III - que incluam ou reproduzam, em sua composição, siglas ou denominações de órgãos
ou entidades da administração pública direta ou indireta ou de organismos internacionais,
exceto quando for razoável presumir-se que, pelos demais termos contidos no nome, não
causará confusão ou dúvida;
IV - com palavras ou expressões que denotem atividade não prevista no objeto; ou
V - que traga designação de porte ao seu final.
Parágrafo único. Além dos requisitos legais previstos no caput deste artigo, nenhum outro
será objeto de análise para efeitos de registro, sendo o seu cumprimento de inteira
responsabilidade do empresário.
Art. 26. No caso de transferência de sede de empresário individual, sociedade empresária
ou cooperativa com sede em outra unidade federativa, havendo identidade entre nomes
empresariais, a Junta Comercial não procederá ao arquivamento do ato, salvo se o
interessado arquivar na Junta Comercial da unidade federativa de destino,
concomitantemente, ato de modificação de seu nome empresarial. (Redação dada pela
Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022)

Sociedade Limitada
A sociedade limitada (de um ou mais sócios) pode usar firma ou denominação, integradas
pela palavra final “limitada” ou a sua abreviatura.
A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos
administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
Exemplo: Bar e Restaurante Estrada Amarela Ltda.
Sociedade Anônima
A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas
expressões “sociedade anônima” /SA ou “companhia” /Cia.
Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja
concorrido para o bom êxito da formação da empresa.
Empresário
O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-
lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
Exemplo: José Carlos da Silva Filho Mercearia.
17

Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no


mesmo registro.
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá
acrescentar designação que o distinga.
Terminações indispensáveis
Sociedade Limitada – LTDA
Eireli – EIRELI
Sociedade Anônima – Sociedade Anônima “S/A” ou Companhia “Cia”
MEI – CPF ao lado do nome
Cooperativa – Cooperativa
As Empresas Simples de Crédito – constituídas sob qualquer natureza juríca, ao lado da
firma ou denominação deverá constar “Empresa Simples de Crédito”
As Sociedades de Propósito Específco – ao lado do nome, SPE
a) se adotar o tipo Sociedade Limitada, a sigla SPE, deverá vir antes da expressão LTDA.;
b) se adotar o tipo Sociedade Anônima, a sigla SPE deverá vir antes da expressão S/A;
c) se adotar o tipo Empresa Individual de Responsabilidade Ltda. – EIRELI, a sigla SPE,
deverá vir antes da expressão EIRELI

1.4.3.3 - Registro Digital


De acordo com a IN DREI 81:
Art. 32. As Juntas Comerciais poderão adotar exclusivamente o Registro Digital ou em
coexistência com os métodos tradicionais.
Art. 33. O Registro Digital deverá obedecer as normas atinentes ao Registro Público de
Empresas quanto à publicidade do registro, publicação dos atos, proibições de
arquivamento, autenticação, exame das formalidades, processo decisório e processo
revisional, bem como seus respectivos prazos.
§ 1º No exame das formalidades devem ser verificados os requisitos referentes às
assinaturas eletrônicas utilizadas, especialmente no que diz respeito a sua validade.
(Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021)
Art. 36. Os documentos que instruírem obrigatoriamente os pedidos de arquivamento
eletrônico nas Juntas Comerciais deverão observar o seguinte:
I – os atos constitutivos, modificativos, extintivos ou outros documentos sujeitos à decisão
singular ou colegiada, assim como procurações, protocolos, laudos de avaliação, balanços,
documento de interesse, declarações, ou outros atos empresariais produzidos por meio
eletrônico, deverão ser assinados eletronicamente pelos seus signatários, com qualquer
certificado digital emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira – ICP-Brasil ou utilizar qualquer outro meio de comprovação da autoria e
integridade de documentos em forma eletrônica, nos termos do § 2º do art. 10 da Medida
Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, e da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de
2020. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021)
18

Art. 40. A Junta Comercial autenticará os atos submetidos ao registro digital, mediante a
utilização de chancela digital ao final do documento que permita comprovar e certificar a
autenticidade e que contenha, no mínimo:
I - identificação da Junta Comercial;
II - protocolo de registro ou protocolo REDESIM;
III - número do arquivamento e a respectiva data;
IV - nome empresarial;
V - CNPJ da sede, quando disponível;
VI - data dos efeitos do registro;
VII - assinatura do Secretário Geral, nos termos do art. 28, V, do Decreto nº 1.800, de
1996; e
VIII - sequência alfa numérica e hash.
Art. 41. Após o registro, a Junta Comercial disponibilizará o ato arquivado ao interessado.
§ 1º O documento ficará à disposição do interessado no meio eletrônico indicado pela
Junta Comercial por trinta dias.
§ 2º A Junta Comercial disponibilizará pela internet meio de verificação da autenticidade
do documento arquivado independentemente de autenticação de usuário e sem a
necessidade dopagamento de taxas.
Art. 42. Os documentos eletrônicos certificados digitalmente por uma Junta Comercial têm
fé pública perante as demais, inclusive na hipótese do § 1º do art. 38.

Registro automático
De acordo com a IN DREI 81:
Art. 43. O arquivamento de ato constitutivo, alteração e extinção de empresário individual,
sociedade limitada, exceto empresas públicas, bem como constituição de cooperativa será
deferido de forma automática quando: (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº
112, de 20 de janeiro de 2022)
I - tenham sido concluídas as consultas prévias da viabilidade de nome empresarial e de
localização, quando for o caso;
II - o instrumento contiver apenas as cláusulas padronizadas, conforme anexos II, IV e VI
desta Instrução Normativa; e (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20
de janeiro de 2022)
III - apresente, de forma física ou digital, os documentos obrigatórios para instrução do
pedido de arquivamento, conforme anexos II, IV e VI desta Instrução Normativa. (Redação
dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022)
§ 1º O disposto no caput não se aplica para:
I - casos decorrentes de transformação, fusão, cisão ou conversão; e
II - integralização de capital com quotas de outra sociedade.
§ 2º Além das cláusulas obrigatórias que devem constar do instrumento, as partes poderão
adotar cláusulas opcionais padronizadas, também constantes dos anexos II, IV e VI desta
Instrução Normativa (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de
janeiro de 2022)
19

Observações:
A inscrição do nome da empresa (firma ou denominação social) no respectivo órgão de
registro (Junta Comercial ou Cartório), assegura o seu uso exclusivo nos limites do
respectivo Estado. Entretanto, caso o empreendedor pretenda estender a exclusividade
para todo o território nacional, deverá registrar o nome da empresa no Instituto Nacional de
Propriedade Industrial – INPI.

Unidade 2 – FORMAS DE ATUAÇÃO


Dependendo da existência ou não do aspecto “econômico da atividade”, se uma
pessoa desejar atuar individualmente (sem a participação de um ou mais sócios) em algum
segmento profissional, poderá enquadrar-se como EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO,
conforme a situação, ou, caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas para juntos,
explorarem alguma atividade, deverão constituir uma sociedade que poderá ser
SOCIEDADE EMPRESÁRIA ou SOCIEDADE SIMPLES.

2.1. Autônomo
Trabalhador autônomo é qualquer pessoa física que, mesmo sem ter um
estabelecimento e sem ter vínculo de emprego com a pessoa que lhe contrata, preste
serviço ou execute qualquer atividade de natureza urbana ou rural. Considera-se
autônomo aquele que atua, por conta própria (sem sócios) como profissional liberal
(advogado, dentista, médico, engenheiro, arquiteto, contabilista etc.), que, na verdade,
vendem serviços de natureza intelectual, mesmo que contem com o auxílio de
empregados. Como não se trata de atividade formal de empresa, não faremos outros
comentários.
Regularização do Autônomo
 Registro da Prefeitura como contribuinte do ISS. (CCM – Cadastro de Contribuinte
Mobiliário) – No município do Rio, os contribuintes não estabelecidos estão isentos do
pagamento de ISS (Lei nº 6.310, de 28 de dezembro de 2017).
 Cadastro no INSS como contribuinte individual (ou nº do PIS)
 Se estiver estabelecido, Alvará de funcionamento do local.
 NF (opcional)

No município do Rio, os contribuintes não estabelecidos isentos do pagamento de ISS (Lei


nº 6.310, de 28 de dezembro de 2017) deverão declarar, no verso do recibo do
pagamento: "O ISS não incide sobre os serviços prestados pelo profissional autônomo não
estabelecido, por falta de previsão legal, tendo em vista que o art. 2º da Lei nº 3.720, de 5
de março de 2004, com a alteração promovida pela Lei nº 6.310, de 28 de dezembro de
2017, instituiu a base de cálculo do ISS exclusivamente para os profissionais autônomos
estabelecidos."

As empresas unipessoais, de profissões regulamentadas, ou não, podem ser


estabelecidas sob uma das modalidades abaixo:
20

2.2. Empresas Unipessoais


2.2.1. Empresário Individual
Conceito
De acordo com o Código Civil, temos:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
O empresário individual é a pessoa física que exerce profissionalmente atividade
econômica organizada. O empresário individual (anteriormente chamado de firma
individual) é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa
física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário
individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas.

Requisitos e impedimentos pessoais para ser empresário individual


Não é qualquer um que pode ser Empresário Individual. É importante verificar se o
empreendedor se enquadra em alguma das situações a seguir, as quais impedem a sua
inscrição na Junta Comercial como Empresário.

Alerta importante: Estar incurso em algum impedimento e se inscrever como Empresário


gera responsabilidade penal. As conseqüências do exercício pelo impedido: está sujeito a
conseqüências de caráter administrativo ou penal. O impedido não poderá alegar a
proibição do exercício da atividade, ou seja, ele responde pessoalmente pelas obrigações
assumidas. Em regra, os impedidos não podem ser empresários individuais,
administradores ou gerentes, mas podem ser sócios.
Pacto antenupcial, reconciliação e separação devem ser averbados no registro de
empresa. O empresário não precisa da outorga conjugal para alienar ou gravar bens
imóveis da empresa.

Não podem ser empresários individuais:


I - o menor de dezesseis anos e as pessoas relativamente incapazes, salvo quando autorizados
judicialmente para continuação da empresa (art. 974 do Código Civil);
II - os impedidos de ser empresário (art. 972 do Código Civil), tais como:
a) os membros do Poder Legislativo, como Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores,
se a empresa “gozar de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela
exercer função remunerada” (art. 54, II, “a” e art. 29, IX, da CF);
b) os Magistrados (art. 36, inciso I, Lei Complementar nº 35, de 14 de março 1979);
c) os membros do Ministério Público (art. 36, inciso I, Lei Complementar nº 35, de 1979);
d) os empresários falidos, enquanto não forem reabilitados (arts. 102, 181 da Lei nº 11.101, de 9 de
fevereiro de 2005);
21

e) as pessoas condenadas a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos;
ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a
economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência,
contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da
condenação (art. 1.011, § 1º, do Código Civil);
f) os leiloeiros cujo objeto exceda a leiloaria (art. 36, letra “a” 2º, do Decreto nº 21.981, de 19 de
outubro de 1932 c/c art. 53 da Instrução Normativa DREI nº 72, de 19 de dezembro de 2019);
g) os cônsules, nos seus distritos, salvo os não remunerados (art. 22, parágrafo único, do Decreto nº
24.239, de 22 de dezembro 1934; art. 48 do Decreto nº 24.113, de 12 de abril de 1934, e art. 42 do
Decreto nº 3.259, de 11 de abril de 1899);
h) os médicos, em atividade, para o exercício simultâneo da farmácia (Decreto nº 20.931, de 11 de
janeiro de 1932, art. 16, alínea “g” combinado com os arts. 68 e 69 do Código de Ética Médica); os
farmacêuticos, para o exercício simultâneo da medicina;
i) os servidores públicos civis da ativa, federais, inclusive Ministros de Estado e ocupantes de cargos
públicos comissionados em geral (art. 117, inciso X, Lei nº 8.112/90 e art. 5º da Portaria Normativa
MPOG nº 6, de 2018). Em relação aos servidores estaduais e municipais observar a legislação
respectiva;
j) os servidores militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares (art. 29 da Lei nº
6.880, de 9 de dezembro de 1980); e
k) os imigrantes, para o exercício das seguintes atividades: 34
1. pesquisa ou lavra de recursos minerais ou de aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica
(art. 176, § 1º, da CF);
2. atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; (art. 222, § 1º, da CF e art. 2º
da Lei nº 10.610, de 20 de dezembro 2002); e
3. serem proprietários ou armadores de embarcação nacional, inclusive nos serviços de navegação
fluvial e lacustre, exceto embarcação de pesca (art. 178 da CF e arts. 1º e 2º do Decreto-Lei nº 2.784,
de 20 de novembro de 1940).

Abertura, Registro e Legalização


Para abertura, registro e legalização do empresário individual, é necessário registro na
Junta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social,
inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do
Estado (inscrição estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de
funcionamento e autorização de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio
ambiente e outros, conforme a natureza da atividade).
Empresa Individual – Registro na Junta Comercial -
O Empresário poderá se enquadrar como Microempresa (ME) ou Empresa de
Pequeno Porte (EPP), desde que atenda aos requisitos da Lei Complementar 123, de 14
de dezembro de 2006. O enquadramento será efetuado mediante declaração para essa
finalidade, cujo arquivamento deve ser requerido em processo próprio.

Instrumento de inscrição de empresário individual


22

Deverá ser apresentado o instrumento padronizado, assinado pelo empresário ou seu


procurador ou certidão de inteiro teor do instrumento, quando revestir a forma pública.
(Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021). O corpo do
instrumento de inscrição deverá contemplar cláusulas obrigatórias e poderá conter
cláusulas facultativas.

Nome Empresarial (Firma)


O empresário individual somente poderá adotar firma individual como nome empresarial, a
qual terá como núcleo o seu próprio nome civil, aditando, se quiser ou quando já existir
nome empresarial idêntico ou semelhante, designação mais precisa de sua pessoa ou de
sua atividade.

O nome civil deverá figurar de forma completa ou abreviada. Não constituem sobrenome e
não podem ser abreviados: FILHO, JÚNIOR, NETO, SOBRINHO etc., que indicam uma
ordem ou relação de parentesco. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de
2 de junho de 2021)
O empresário individual pode optar por utilizar o número de inscrição no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ) como nome empresarial. (Incluído pela Instrução Normativa
DREI nº 55, de 2 de junho de 2021)

Observações:
I. Não pode ser excluído qualquer dos componentes/partículas do nome (ex.: e, de, do, da,
etc.). (Incluído pala Instrução Normativa DREI 112 de 20 de janeiro de 2022)
II. Quando se tratar de Empresa Simples de Crédito (ESC), de que trata a Lei
Complementar nº 167, de 24 de abril de 2019:
a) deverá conter a expressão "Empresa Simples de Crédito" ao final da firma, observados
os demais critérios de formação do nome; e
b) não poderá constar a palavra "banco" ou outra expressão identificadora de instituição
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Descrição do Objeto
O objeto não poderá ser ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável, ou contrário
aos bons costumes, à ordem pública ou à moral.
Deverá indicar as atividades a serem desenvolvidas pelo empresário, podendo ser descrito
por meio de códigos integrantes da estrutura da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE). (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho
de 2021)

OBS: É vedada a inscrição na Junta Comercial de empresário cujo objeto inclua a


atividade de advocacia.
23

Representação do empresário (procurador)


O empresário poderá ser representado por procurador com poderes específicos para a
prática do ato. Quando o empresário for representado, deverá ser indicada a condição e
qualificação do procurador em seguida à qualificação do empresário.

Assinatura do Empresário
O empresário individual, ou seu representante, deverá assinar o instrumento de inscrição.
No caso de incapaz autorizado judicialmente a continuar a empresa, assinatura de seu
assistente ou representante. A assinatura será lançada com a indicação do nome do
signatário, por extenso, de forma legível, podendo ser substituído por assinatura eletrônica
ou outro meio equivalente que comprove a sua autenticidade.

Assinatura da Firma pelo empresário (ou pelo representante/assistente)


Nos termos do art. 968, II, do Código Civil deve constar a firma (nome empresarial), com a
respectiva assinatura autógrafa, poderá ser substituída pela assinatura autenticada com
certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o
disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei Complementar nº 123, de 2006. A assinatura
autógrafa poderá ser diversa da assinatura pessoal do empresário individual. Se não
informada, será considerada coincidente com a assinatura pessoal do empresário.

2.2.2 Microempreendedor Individual – MEI

Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se
legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é
necessário faturar no máximo até R$ 81.000,00 por ano e não ter participação em outra
empresa como sócio ou titular. Se a atividade for de transportador autônomo de cargas
(MEI caminhoneiro) o valor anual do faturamento será de R$ 256.100,00. O MEI também
pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o


trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado. Entre as
vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a
emissão de notas fiscais.

Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos
federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo
mensal conforme tabela abaixo:

Empresas de comércio e indústria (INSS + ICMS): R$ 67,00


Empresas de serviços (INSS + ISS): R$ 71,00
Empresas de comércio e serviços (INSS + ISS + ICMS): R$ 72,00
MEI Caminhoneiro: entre R$ 159,40 e R$ 164,40. (INSS + ISS + ICMS)
24

Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.


Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como
auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
Os atos de inscrição, alteração e extinção do MEI são efetuados por meio do Portal
do Empreendedor e recebido pelas Juntas Comerciais por meio de arquivos eletrônicos.
Após o cadastramento do Microempreendedor Individual, o CNPJ e o número de
inscrição na Junta Comercial são obtidos imediatamente, não sendo necessário
encaminhar nenhum documento (e nem sua cópia anexada) à Junta Comercial. O
documento tem validade de Autorização de Funcionamento da Prefeitura.
Os novos CNPJs criados para os microempreendedores Individuais (MEI) mnão
trazem mais o CPF do titular, A mudança segue as diretrizes da Lei de Proteção de Dados
(LGPD). Microempreendedores individuais formalizados antes de 12/12/2022 que
desejarem retirar o CPF do nome empresarial podem fazer a solicitação de alteração do
MEI no Portal do Empreendedor.
O servidor público em atividade não se enquadra como MEI. Mas, se o servidor
público for aposentado, exceto por invalidez, poderá ser MEI. O pensionista se não for
servidor público em atividade e não tiver aposentadoria por invalidez, poderá ser MEI, não
há impedimento. Quem mantém vínculo empregatício com empresa pode ser MEI

2.3 - Sociedades
De acordo com o Código Civil, temos:
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha,
entre si, dos resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios
determinados.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por
objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e,
simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade
por ações; e, simples, a cooperativa.
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e
na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

As sociedades podem ser não persoficadas e personificadas. Entre as não personificadas


encontram-se;
 Sociedade em Comum
 Sociedade em Conta de Participação

As sociedades personaficadas são:


a) Sociedade Simples
b) Sociedade em Nome Coletivo
25

c) Sociedade em Comandita Simples


d) Sociedade Limitada
e) Sociedade Anônima
f) Sociedade em Comamdita por Ações
g)Sociedade Cooperativa

Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de


Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro
Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele
registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.

2.3.1 Sociedades Não Personificadas


2.3.1.1 Sociedade em Comum
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por
ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no
que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem
provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são
titulares em comum.
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos
sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o
terceiro que o conheça ou deva conhecer.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais,
excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela
sociedade.

2.3.1.2 Sociedade em Conta de Participação


Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é
exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e
exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e,
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.

Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer


formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de
seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o
sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob
pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
26

Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo,


patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
§ 1º A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.

Uma SCP é um acordo formado entre uma pessoa jurídica e uma ou mais pessoas, físicas
ou jurídicas, com objetivo de produzir um resultado comum específico. Para isso, um
membro fornece recursos a outro para realizar o empreendimento ou projeto. Depois, os
lucros são divididos, conforme o contrato. Muito utilizado em Startups e pequenos
negócios.

Sócio Ostensivo é a pessoa jurídica, que se obriga perante terceiros, ou seja, toda a
atividade econômica deverá ser exercida única e exclusivamente por ele, sob sua própria e
exclusiva responsabilidade.

Sócio Participante ou Investidor, pode ser definida como uma espécie de sócio oculto,
também chamado de anjo, que responde apenas com o que foi especificamente acordado
no contrato social perante o sócio ostensivo, participando assim, somente, dos resultados
do negócio firmado. Tem a principal função de fornecer capital para a empresa e fiscalizar
a utilização do dinheiro.

Por meio da Instrução Normativa RFB 2119 de 06 de dezembro de 2022, a Receita


Federal institui uma norma que obriga o sócio ostensivo de uma SCP a cadastrar a sua
sociedade em um CNPJ específico.

A SCP é diferente da SPE Sociedade de Propósito Específico que corresponde a um


modelo de organização empresarial pelo qual se constitui uma nova empresa com um
objetivo específico. A SPE, desse modo, tem em geral atividade restrita e prazo de
existência determinado. É uma modalidade de organização mais indicada para grandes
projetos e empreendimentos, em que o final do projeto é conhecido. A responsabilidade é
dividida entre todas as partes. A SPE não constitui um novo tipo societário na ordem
jurídica brasileira. Ela se organiza, sempre, sob uma das formas previstas pela legislação,
isto é, pode ser uma sociedade limitada, uma companhia fechada ou aberta.

2.3.2 Sociedade Personificadas

2.3.2.1 Sociedade Simples


Lembrando que o Parágrafo único do Art. 966 do Código Civil assim determina: ¨Não se
considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa, e, que o Art. 982 do mesmo código, ensina:
“Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as
demais.
27

É regida pelos arts 997 a 1038 do Código Civil. O capital será expresso em moeda
corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação
pecuniária. O respectivo Registro, deve ocorrer por meio do RCPJ Registro Civil de
Pessoas Jurídicas. A sociedade de natureza simples poderá optar por outros tipos
societários, como sociedade limitada, Sociedade em Comandita simples; Sociedade em
nome coletivo.
Uma sociedade simples é classificada como pura quando não adota outro tipo societário
empresária. Neste caso, os sócios são responsáveis pelo financiamento e atuam
diretamente na atividade da associação.
Existe a possibilidade de agregar sócios de capital e sócios de serviços. Os sócios de
capital (também chamados de sócios patrimoniais) integralizam sua parte no capital social
de forma pecuniária. Os sócios de serviço integralizam sua parte no capital social através
da continuidade de seu trabalho, não podendo ceder suas cotas a terceiros antes do
totalmente pagas suas cotas.

Sociedade Cooperativa
Ainda que o Parágrafo único do Art. 982 ensine: “Independentemente de seu objeto,
considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa”, o registro das
cooperativas ocorre sempre na Junta comercial, em virtude de haver sido expressamente
definido na Lei especial que as rege (Lei 5.764/71)..
Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo,
ressalvada a legislação especial.
Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:
I - variabilidade ou dispensa do capital social;
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da
sociedade, sem limitação de número máximo;
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que
por herança;
V - quorum para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios
presentes à reunião, e não no capital social representado;
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade,
e qualquer que seja o valor de sua participação;
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo
sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução
da sociedade.

2.3.2.2 Sociedades Empresárias


Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e,
simples, as demais.
28

Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a


sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados
nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um
desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias.
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de
empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de
sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no
Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita,
ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o
pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a
transformação.

Dispõe o artigo 983 do Código Civil que a sociedade empresária deve revestir-se de um
dos seguintes tipos societários:
1) em nome coletivo;
2) em comandita simples;
3) em comandita por ações;
4) limitada; e,
5) sociedade anônima.

2.3.2.2.1 Sociedade em Nome Coletivo


Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo,
respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.

Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso


da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes.
Tipo societário pouquíssimo utilizado em função da responsabilidade ilimitada

2.3.2.2.2 Sociedade em Comandita Simples


Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os
comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.

Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.

Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe
fiscalizar as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter
o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio
comanditado.
29

Tipo societário pouquíssimo utilizado. Empresa de capital fechado (não negociável em


Bolsa). Nome: firma ou razão social (devem figurar apenas os sócios comanditados, sob
pena de responsabilidade solidária e ilimitada).

2.3.2.2.3 - Sociedade em Comandita por Ações


Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-
se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes
deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação.
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como
diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Também em processo de extinção, Somente acionistas podem ser diretores ou gerentes
(sócios comanditados, nomeados no estatuto e destituídos por 2/3 do capital),
respondendo ilimitadamente pelas obrigações da empresa, enquanto os sócios
comanditários (demais acionistas não gerentes ou diretores) possuem responsabilidade
limitada ao capital social. Assim como as S/As, pode ser empresa de capital aberto (ações
em Bolsa de Valores). Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social,
acrescidas da expressão “Comandita por Ações” ou “C/A”.

2.3.2.2.4 - Sociedade Limitada


Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que
couber, as disposições sobre o contrato social. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da
sociedade simples.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade
limitada pelas normas da sociedade anônima.
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou
diversas a cada sócio.
§ 1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente
todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
§ 2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no
contrato social ou em ato separado.
Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá da aprovação de, no
mínimo, 2/3 (dois terços) dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e da
aprovação de titulares de quotas correspondentes a mais da metade do capital social, após
a integralização. (Redação dada pela Lei nº 14.451, de 2022)

2.3.2.2.5 - Sociedade Anônima


30

Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-


se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou
adquirir.
Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos
omissos, as disposições deste Código.
Espécie mais utilizada que as anteriores, principalmente nos casos de grandes empresas,
possui várias espécies de títulos (ações, partes beneficiárias, debêntures e bônus de
subscrição), é regulamentada por diversos órgãos (Assembleias Gerais e Especiais,
Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal). Nome: denominação ou nome
fantasia (não utiliza firma ou razão social), acrescidos da expressão “S/A” ou antecedido da
expressão “Companhia” ou “Cia”.

Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO


3.1- Procedimentos
Para o empresário legalizar o seu negócio há todo um trâmite legal pelo qual ele
deve passar nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal). Na sequência,
relacionamos os procedimento prévios à esta legalização, depois é claro, dos cuidados e
precauções sobre os quais já falamos em itens anteriores. O primeiro passo após a
escolha do local onde funcionará empresa é decidir sobre a natureza jurídica da empresa.

3.2 - Decisão de Natureza Jurídica


A legislação brasileira contempla várias naturezas jurídicas, conforme visto no
capítulo 2. É importante avaliar cada uma das possibilidades, seus pontos fortes e fracos.

3.3 - Consulta Prévia de Local


Finalidade
A consulta comercial tem como finalidade a aprovação, por parte da Prefeitura
Municipal, do local de funcionamento da empresa. Para tanto, verifica-se a conformidade,
em termos legais, das atividades a serem desenvolvidas com a área (bairro, rua, avenida)
onde a empresa será instalada.
É necessário solicitar “Consulta Prévia” à Prefeitura Municipal para saber se é
possível exercer as atividades desejadas no local em que se pretende implantar a empresa
(conformidade com o Código de Posturas Municipais), bem como para obter a descrição
oficial do endereço pretendido para a empresa.

Órgão responsável
Prefeitura Municipal
Secretaria Municipal de Urbanismo

Atualmente inúmeras prefeituras já disponibilizam o Alvará de forma eletrônica e logo após


a finalização do registro na Junta Comercial.
31

3.4 - Consulta de nome e marca


Finalidade
Verificar se existe alguma empresa registrada com o nome pretendido e a marca que
será utilizada.
Órgão responsável
Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples)
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)
Para a busca de nome e marca:
Busca colidência de nome empresarial (www.jucerja.rj.gov.br) ou
Pedido de Viabilidade - Formulário próprio (Junta Comercial) preenchido com três opções
de nome, pode-se fazer a consulta no site (www.jucerja.rj.gov.br)
Finalidade:
Consultar a Junta Comercial sobre a disponibilidade do nome empresarial assim como
verificar os dados dos futuros sócios e enviar ao Corpo de Bombeiros os dados para
classificação do Certificado. De posse do protocolo, consultar o andamento do processo e
quando for deferido, imprimir, assinar e incluí-lo no conjunto de documentos a serem
entregues à JUCERJA para registro do contrato.
Para verificação da marca no INPI, pode-se fazer a consulta pela internet no
Site https://www.gov.br/inpi/pt-br
Marcas
Busca
Marca

3.5 – Certificado do Corpo de Bombeiros


O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) simplificou a
concessão dos documentos necessários para a regularização das edificações para
abertura de empresas por meio do sistema de autodeclaração online para aquisição do
certificado de aprovação expedido pelo Corpo de Bombeiros Militar. Com base nessas
informações será possível saber, ainda na viabilidade, se o seu negócio poderá ser
beneficiado pelo procedimento simplificado ou não.
Integrada à Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de
Empresas e Negócios (REGIN), a corporação adequou as normas vigentes de acordo com
Decreto nº 45.456, de 19 de novembro de 2015. O objetivo é agilizar o processo de
legalização de estabelecimentos comerciais de baixo risco.
O empreendedor precisa ter seu negócio classificado como de baixo risco – o que é feito
na primeira etapa de inscrição. A partir daí, preenche um cadastro online em que obedece
a critérios definidos relacionados com medidas de prevenção contra incêndio e pânico. O
processo possibilita ao empreendedor obter o documento do Corpo de Bombeiros, via auto
declaração pela internet, sem precisar ir a uma sede física. Durante a tramitação, o
empresário recebe informações referentes às medidas preventivas necessárias para tornar
o seu espaço seguro
No sistema simplificado, os imóveis comerciais enquadrados no perfil de baixo risco
não precisam passar por vistoria prévia para iniciarem seu funcionamento. Os empresários
32

se comprometem a seguir as recomendações de segurança e realizam autodeclarações


por meio de formulários eletrônicos.
Assim que a empresa for registrada na JUCERJA, os dados serão enviados
automaticamente para os Bombeiros. Você só precisará acessar o Portal Web dos
Bombeiros e informar o número do seu processo na JUCERJA e o CNPJ concedido.
Somente com estas informações, você poderá emitir o DAEM e dar continuidade ao
processo, gerando via web, respectivamente, o Termo de Responsabilidade, Verificação
das Exigências e a geração CERTIFICADO DE APROVAÇÃO SIMPLIFICADO.
Posteriormente, o Corpo de Bombeiros pode realizar vistorias do seu espaço
seguro.

Critérios para enquadramento no processo simplificado:

 Área total construída menor que 900m²;


 Até dois pavimentos (mezanino ou jirau);
 Não exercer reunião de público, como atividade desenvolvida principal, secundária ou
temporária: tais como: casas noturnas; boates; casas de festa; casas de espetáculo;
restaurantes com música e espaço destinado a dança; lonas culturais; centros de
convenções; teatros; cinemas; centros de exposição; circos e auditórios, templos
religiosos, estádios de futebol; ginásios esportivos; arenas e congêneres;
 Não possuir sprinklers (exceto salas comerciais que não tenham realizado alterações ou
compartimentações);
 Não utilizar materiais perigosos, como inflamáveis ou combustíveis;
 Não comercializar gás inflamável;
 Utilizar dois botijões de 13 quilos (deverão estar no pavimento térreo, no exterior e fora da
projeção da edificação);
 Utilizar dois cilindros P-45 quilos (deverão estar no pavimento térreo, no exterior e fora da
projeção da edificação);
 Não pode ser posto de abastecimento de líquido inflamável ou combustível;
 Não pode ser ponto de venda de GLP ou depósito de GLP.

No modelo tradicional de regularização, os estabelecimentos passam por uma vistoria


prévia do Corpo de Bombeiros.
No modelo presencial de regularização poderá ser exigido um projeto contra incêndio e
pânico que deverá ser assinado por engenheiro autônomo ou empresa de projetos
credenciados ao CBMERJ.

No link abaixo consta a relação de todas as empresas e engenheiros autônomos


credenciados, com endereço, telefone, e mail e data de validade do registro.
Site: https://www.cbmerj.rj.gov.br/
Para o cidadão
Regularização de edificações
Empresas e profissionais cadastrados
33

3.6 – Inscrição Estadual


A Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, indústria e
serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão incluídos os serviços
de comunicação e energia.

Finalidade
Obter a inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)

Órgão responsável
Receita Estadual;

Documentação necessária
Exigida somente em casos específicos, de acordo com a atividade da empresa.

De acordo com a Resolução SEFAZ 720/14, alterada pelas Resluções SEFAZ 157/17 e
230/21:

Art. 20. A solicitação de inscrição estadual no CAD-ICMS dar-se-á por meio do REGIN
(Registro Integrado) e da REDESIM - Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da
Legalização de Empresas e Negócios, observado o seguinte:
I - para a pessoa jurídica com registro na JUCERJA ou em demais órgãos também
conveniados ao REGIN, a inscrição deverá ser solicitada por meio de:
a) requerimento eletrônico no momento da constituição da empresa ou de novo
estabelecimento, disponível na página do órgão de registro na Internet; ou
b) requerimento eletrônico de legalização do estabelecimento, quando esse já estiver
inscrito no órgão de registro, disponível na página do referido órgão na Internet;
II - nos demais casos, a inscrição deverá ser solicitada antes do início das atividades
mediante o preenchimento dos formulários exclusivos da SEFAZ-RJ disponíveis na página
da JUCERJA.
§ 1º O pedido de inscrição dos estabelecimentos previstos no inciso VI-A do caput do art.
7º deverá ser apresentado em até sessenta dias a contar da data:
I - da assinatura do contrato, no caso do bloco de exploração de que trata o inciso III do §
1º do art. 7º;
II - da aprovação do Plano de Desenvolvimento pela ANP, no caso do campo de produção
de que trata o inciso IV do § 1º do art. 7º ou da instalação compartilhada sem unitização de
que trata a alínea “a” do inciso VI do § 1º do art. 7º; ou
III - do ato da ANP que aprovar o acordo ou compromisso de individualização da produção,
no caso de jazida unitizada de que trata o inciso V do § 1º do art. 7º ou da instalação
compartilhada com unitização de que trata a alínea “b” do inciso VI do § 1º do art. 7º.
§ 2º O disposto nos incisos II e III do § 1º aplica-se também no caso inscrição relativa a
consórcio de que trata o § 4º no art. 16.
34

Art. 23. O processo de concessão de inscrição, em função das características do


contribuinte, poderá ser:
I - simplificado, ficando o requerente dispensado do comparecimento a uma repartição
fiscal e de apresentação de documentação; ou
II - presencial, ficando o requerente, ou o seu representante devidamente habilitado,
obrigado ao comparecimento à repartição fiscal competente para apresentação, no prazo
de 30 (trinta) dias, contado da data de transmissão do requerimento eletrônico à SEFAZ,
dos documentos previstos nos artigos 24 a 30 deste Anexo, conforme o caso, observado o
disposto no § 3º deste artigo.
§ 1º O processo simplificado previsto no inciso I do caput deste artigo não prejudica a
eventual exigência de comparecimento do requerente à repartição fiscal quando o fato se
mostrar indispensável para a análise do pedido.

PROCESSO SIMPLIFICADO
Será aplicado aos pedidos que atendam às condições abaixo especificadas
I –Ser um pedido de inscrição obrigatória para estabelecimento de pessoa jurídica ou
empresário individual;
II – Estabelecimento cujos atos legais estejam disponíveis nos órgãos de registro
integrados (REGIN);
III – A empresa não exercer atividade vinculada à área de petróleo, combustíveis,
lubrificantes e aditivos em geral, envolvendo a extração, industrialização, comercialização
e transporte desses produtos, além de outras atividades que venham a ter tratamento
diferenciado por ato da SEFAZ;
IV – O estabelecimento requerente estar localizado nesta unidade da federação.

O requerente só poderá solicitar a concessão da inscrição pela JUCERJA no momento


da apresentação do pedido de registro do ato de constituição da empresa ou de abertura
de filial ou de transferência de estabelecimento de outra unidade da federação.

PROCESSO PRESENCIAL
Para os casos em que seja exigido o comparecimento a uma repartição fiscal,
deverá ser apresentado na Inspetoria identificada na Viabilidade, os documentos
determinados pela legislação.
Art. 23 § 3º No caso do inciso IV do § 2º deste artigo, a documentação a que se refere o
inciso II do caput deste artigo poderá ser encaminhada por via postal para a repartição
fiscal informada quando da transmissão do requerimento eletrônico.
Nos casos de pedido de inscrição estadual na modalidade presencial, o requerente deverá
efetuar o recolhimento da Taxa de Serviços Estaduais – TSE, e entregar os documentos
exigidos.
A relação completa dos documentos e das atividades com fiscalização diferenciada
poderá ser obtida na Resolução SEFAZ nº 720/14 com as devidas alterações introduzidas
pela Resolução SEFAZ 157 de 2017 e 230/2021.
O pedido de inscrição para pessoa física, é isento de taxa.
35

Art. 23 § 2º O processo presencial previsto no inciso II do caput será aplicado aos


seguintes casos:
I - estabelecimento que exerça atividades sujeitas a controle diferenciado pela fiscalização,
previstas no art. 5º deste Anexo;
II - leiloeiro público;
III - produtor rural pessoa física;
IV - contribuinte externo, se exercer pelo menos uma atividade econômica prevista no
artigo 5º;
V - estabelecimento de entidade da Administração Pública;
VI - estabelecimento cujos atos legais não estejam disponíveis nos órgãos de registro
integrados (REGIN);
VI - Estabelecimento cujos atos legais não estejam disponíveis nos órgãos de registro
integrados (REGIN);
VII - inscrição especial,

3.7 - Solicitação do CNPJ


Finalidade
Incluir a empresa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ)

Órgão responsável
Receita Federal

Documentação necessária
a) FCPJ (Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica), que deverá ser preenchida por meio do
Aplicativo de Coletor Nacional diretamente no sítio da Secretaria da Receita Federal do
Brasil (RFB), A FCPJ deverá ser acompanhada do QSA, no caso de sociedades;
b) Quadro de Sócios e Administradores (QSA);
c) Ficha Especifica, de interesse do órgão convenente;
d) Ficha de Beneficiários Finais - para os CNPJ de Natureza Jurídica 321-2 ou do grupo
200 (exceto 201-1, 219-4 e 227-5), quando estes informarem a existência/inexistência de
beneficiários finais;

Observações:
1. O pedido de viabilidade deverá estar finalizado para ser utilizado no DBE;
2. Viabilidades não serão aceitas pelo Coleta Nacional após 90 dias de sua solicitação;
3. Quando o evento for de viabilidade obrigatória, somente será possível prosseguir no
Coleta Nacional da Receita Federal informando uma viabilidade válida (Finalizada);
3.1 Eventos de viabilidade obrigatória: Inscrição de Primeiro Estabelecimento (Matriz);
Inscrição dos demais estabelecimentos (Filial); Alteração de Natureza Jurídica; Alteração
de Nome Empresarial; Alteração da Atividade Econômica; Alteração de Endereço;
Transformação etc
36

4. As informações da viabilidade serão replicadas no DBE da Receita Federal, impedindo a


edição pelo usuário

3.8 - Arquivamento do contrato social/Requerimento de Empresário


Finalidade
 Registrar o contrato social.
Órgão responsável
 Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples), OAB para empresas
jurídicas.
Documentação necessária
Cópia da Identidade
Instrumento de Inscrição de Empresário Individual ou Contrato de Sociedade Ltda,
declaração de veracidade.

3.9 - Protocolo WEB

O protocolo via web da JUCERJA conta com os principais atos e eventos.

O objetivo é facilitar o registro de forma segura e proporcionar mais comodidade para os


nossos usuários. Nele é possível, inicialmente, abrir, alterar e encerrar empresas. e
também desenquadrar, reenquadrar e enquadrar as empresas como ME e EPP além de
proteção de nome empresarial e transformação.

Todos os tipos jurídicos são contemplados pelo protocolo via web, e para que isso seja
possível, o usuário deverá possuir certificado digital válido de pessoa física ou jurídica.

O protocolo web permite o cadastro de processos de empresas Brasileiras, com sócios


brasileiros ou estrangeiros, ambos com CPF e certificado digital válido emitido no Brasil.

Abertura de Empresa
Abertura de empresas e filiais de todos os tipos jurídicos.
O usuário proprietário do e-CPF deverá fazer parte do quadro societário da empresa ou ser
cadastrado como contador, ou ainda possuir e-CNPJ do escritório de contabilidade
associado na ficha de cadastro.
Enquadramento de Empresa
Opção de enquadrar e reenquadrar a empresa como ME ou EPP e desenquadrar
empresas.
O enquadramento e reenquadramento poderão ocorrer em processos exclusivos ou
vinculados aos processos de abertura ou alteração. De acordo com a Lei Complementar
123 de 2006, Microempresa, ou ME, é a pessoa jurídica que obtenha um faturamento bruto
anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Podendo de
acordo com a atividade desenvolvida se beneficiar do Simples Nacional como Regime de
37

Tributação para pagamento de impostos. Empresa de pequeno porte, ou EPP, é a pessoa


jurídica que obtém o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil
reais) (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016). Também de acordo com a
atividade exercida pode optar pelo Simples Nacional para pagamento de impostos.
Lei 147/14

Protocolo com e sem assinatura digital


A Junta faz a pesquisa de CPFs roubados e impedidos, para verificar se o CPF dos sócios
ou titular possui impedimento por crime falimentar, responde por pena que o impeça de
participar de atos societários, ou se o CPF foi roubado ou furtado.

3.9 - Alvará de licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda


Finalidade
 Licenciamento para desenvolver as atividades no local pretendido. Liberação da
inscrição municipal (ISS). As empresas e os profissionais autônomos, que
praticarem atividades de prestação de serviços de qualquer natureza, estarão
obrigados a se cadastrar no Município.
Órgão responsável
 Prefeitura Municipal
 Secretaria Municipal da Fazenda

No município do Rio de Janeiro:


De acorto com o Decreto 41827/16:
Art. 5. A localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais, prestadores de
serviços, industriais, agrícolas, pecuários e extrativistas, bem como de sociedades,
instituições e associações de qualquer natureza, pertencentes a quaisquer pessoas físicas
e jurídicas, no Município do Rio de Janeiro, estão sujeitos a licenciamento prévio na
Secretaria Municipal de Fazenda, observado o disposto neste Decreto, na legislação
relativa ao uso e ocupação do solo e na Lei nº 691/84 (Código Tributário do Município do
Rio de Janeiro).

§ 1º Considera-se estabelecimento, para os efeitos deste Decreto, qualquer local onde


pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades.

§ 2º A obrigação imposta neste artigo se aplica também ao exercício de atividades:


I - no interior de residências, inclusive como simples ponto de referência;
II - em locais ocupados por estabelecimentos já licenciados, mesmo em caso de pretensão
de licenciamento de atividade idêntica;
38

III - por período determinado


§ 4º Para os fins deste Decreto, entende-se como licenciamento de simples ponto de
referência a concessão de alvará em imóvel residencial condicionada à proibição de
exercício da atividade, circulação de mercadorias, atendimento, armazenagem e exibição
de publicidade no local.

Ou seja, precisam fazer o alvará:


 Estabelecimentos comerciais/atacadistas/varejistas;
 Estabelecimentos industriais;
 Estabelecimentos agrícolas;
 Estabelecimentos prestadores de serviços;
 Profissionais liberais e profissionais autônomos, localizados em unidades não
residenciais ou na própria residência;
 Pessoas físicas ou jurídicas no exercício de atividades por tempo determinado;
 Microempreendedores individuais.
Não necessitam de Alvará
De acordo com o Decreto 41827/2016, artigo 5º, parágrafo 3º, os estabelecimentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como suas autarquias e
fundações, as sedes dos partidos políticos, as missões diplomáticas, os organismos
internacionais reconhecidos pelo governo brasileiro, as associações de moradores e os
templos religiosos estão excluídos da obrigação de obter Alvará de Licença para
Estabelecimento. Assim, para acessar o REGIN e arquivar os atos constitutivos dessas
entidades no RCPJ, sejam de constituição ou de alteração de local, o interessado deverá
abrir a solicitação nesta página acionando o botão “abrir solicitação” à esquerda.

Anexo I Dec. 41827/2016 - Usos e atividades sujeitos a apresentação prévia de


Certificado do Corpo de
1) Armazenagem potencialmente perigosa, nociva ou incômoda
2) Asilo, casa de repouso e estabelecimentos congêneres
3) Assistência médica com internação
4) Casa de festas
5) Casas de diversões
6) Clínica veterinária com internação
7) Clube
8) Comércio de produtos inflamáveis
9) Distribuidora de gás
10) Ensino até terceiro grau, exceto curso livre
11) Hospedagem
39

12) Indústria potencialmente perigosa, nociva ou incômoda


13) Parque de diversões
14) Posto de serviço e revenda de combustíveis e lubrificantes
15) Restaurante e estabelecimentos congêneres com área igual ou superior a 200 m²
(duzentos metros quadrados)
16) Supermercado e estabelecimentos congêneres com área igual ou superior a 500 m²
(quinhentos metros quadrados)

Anexo VIII Dec. 41827/2016 - Critérios de enquadramento como atividade


potencialmente poluidora, passível de licenciamento ambiental para instalação e/ou
1. Possuir armazenagem subterrânea de substância combustível e/ou inflamável; e/ou
2. Possuir armazenagem aérea de líquido combustível com capacidade total maior do que
cinco (5) mil litros; e/ou
3. Realizar operações de tingimento e/ou alvejamento; e/ou
4. Possuir caldeira ou vasos de pressão categorias I, II e/ou III (conforme classificação da
NR-13 do MTE); e/ou
5. Utilizar amônia como fluido refrigerante; e/ou
6. Possuir armazenagem de produtos perigosos (substâncias tóxicas e/ou inflamáveis) em
quantidade maior ou igual ao mínimo tabelado nos Anexos D e E do Manual para
Realização de Avaliação de Risco de Acidente de Origem Tecnológica da Secretaria de
Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro - SMAC; e/ou
7. Gerar resíduos perigosos (conforme a classificação da ABNT NBR 10.004), exceto
resíduos de serviço de saúde; e/ou
8. Gerar resíduos de serviço de saúde quimioterápicos;
9. Gerar resíduos de serviço de saúde, exceto quimioterápicos, dos grupos A, B e E
(conforme a classificação da Resolução CONAMA 358/2005) em volume total de resíduos
maior do que vinte (20) litros/dia ou cento e vinte (120) litros/semana; e/ou
10. Possuir gerador de energia elétrica com potência total máxima maior do que um mil
(1.000) KVA ou armazenagem de combustível aéreo maior do que um mil (1.000) litros;
e/ou
11. Possuir subestação de energia elétrica com potência total maior do que quinhentos
(500) KVA; e/ou
12. Emitir material particulado proveniente de cortes de madeira e/ou
britamento/beneficiamento de pedras e/ou ensacamento de produtos e/ou lixamento e/ou
jateamento, entre outros; e/ou
13. Emitir compostos orgânicos voláteis (VOC); e/ou
14. Gerar efluentes líquidos de processo produtivo, serviço que não seja esgoto sanitário;
e/ou
15. Gerar esgoto sanitário com carga orgânica maior do que vinte e cinco (25) Kg DBO/dia.

Para as unidades residenciais multifamiliares (apartamentos e casas de vila) o


funcionamento é restrito sendo vedado o atendimento no local, o estoque de mercadorias e
a colocação de publicidade.
40

De acordo com o Decreto Municipal nº 40.710/2015, estão dispensados de requerer alvará


os MEIs estabelecidos em residência (como ponto de referência), observadas as restrições
aplicáveis, assim como os MEIs estabelecidos em áreas reconhecidas como favelas (neste
caso, tanto em imóveis residenciais, quanto em imóveis comerciais).

Alvará Simplificado:
É uma forma imediata de concessão do Alvará de Licença para Estabelecimento (ALE)
sem comparecimento do interessado na Inspetoria Regional de Licenciamento e
Fiscalização (IRLF). O procedimento é formalizado via internet por meio do preenchimento
da Consulta Prévia de Local e do Requerimento Eletrônico de Alvará.
O Documento de Arrecadação Municipal (DARM) da taxa de licença para estabelecimento
(TLE) também será disponibilizado via internet. Após todas as etapas cumpridas o Alvará
poderá ser impresso na residência ou escritório do requerente sem a necessidade de
comparecimento na IRLF.

Licenciamento Presencial
Se a atividade for considerada de risco elevado, se o imóvel pretendido não estiver
legalizado na Secretaria de Urbanismo, e ainda nos casos de empresas não registradas
em órgão conveniado ao REGIN, o procedimento eletrônico limitar-se-á à apresentação da
consulta prévia de local pela internet. As etapas intermediárias do licenciamento, como a
apresentação e conferência de documentos, e a emissão do DARM para pagamento da
TLE deverão ser realizadas em uma das 19 IRLFs

3.10 - Licença Sanitária


De acordo com o Art. 2 da Resolução SES 2191 de 02/12/2020 :
IX - Grau de risco: nível de perigo potencial de ocorrência de danos à integridade física e à
saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio em decorrência de exercício de
atividade econômica;

XII - Licenciamento sanitário: etapa do processo de registro e legalização, eletrônica ou


presencial, o qual atesta que o estabelecimento possui condições operativas, físico-
estruturais e sanitárias, concedendo o direito ao estabelecimento de desenvolver atividade
econômica de interesse à saúde.

XIII - Licença sanitária: documento emitido pelo órgão de vigilância sanitária do Sistema
Único de Saúde que habilita a operação de atividade(s) específica(s) sujeita(s) à vigilância
sanitária.

Finalidade
 Comprovar que a empresa está em condições para funcionar dentro dos padrões de
higiene e saúde exigidos pela legislação
41

Órgão responsável
Ainda de acordo com o da Resolução SES 2191 de 02/12/2020
Art. 3º Para efeito de licenciamento sanitário e pós-mercado, de a cordo com a RDC
ANVISA nº 153/2017 e a RDC ANVISA nº 418/2020 (art.5º), adota-se as determinações
abaixo e a seguinte classificação do grau de risco das atividades e ocupações econômicas:

I - nível de risco I - baixo risco, "baixo risco A", risco leve, irrelevante ou inexistente:
conforme o art. 2º da Resolução CGSIM nº 51 DE 11.06.2019, a classificação de
atividades cujo efeito específico e exclusivo é dispensar a necessidade de licença sanitária
e quaisquer ato público de liberação da atividade econômica para plena e contínua
operação e funcionamento do estabelecimento, estando somente sujeitas às ações pós-
mercado.

II - nível de risco II - médio risco, "baixo risco B" ou risco moderado: a classificação de
atividades cujo grau de risco não seja considerado alto e que não se enquadrem no
conceito de nível de risco I, baixo risco, "baixo risco A", risco leve, irrelevante ou
inexistente, disposto no inciso I deste artigo, cujo efeito é permitir, automaticamente após o
ato do registro a emissão de licenças, alvarás e similares para início da operação do
estabelecimento, sem prévia inspeção sanitária ou análise documental pelo órgão
responsável pelo licenciamento sanitário, mediante o fornecimento de dados e declarações
do responsável legal e/ou responsável técnico;

III - nível de risco III - alto risco: aquelas assim definidas por outras resoluções do CGSIM e
pelos respectivos entes competentes, em atendimento aos requisitos de segurança
sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção contra incêndios, cujo efeito é a
prévia inspeção sanitária e análise documental pelo órgão responsável pelo licenciamento
sanitário antes do início das atividades.

§ 1º Os estabelecimentos com atividades de baixo risco, "baixo risco A", risco leve,
irrelevante ou inexistente nos termos do art. 3º, inciso I, desta Resolução estão
dispensadas de licença sanitária e não comportam vistoria prévia para o exercício contínuo
e regular da atividade, estando tão somente sujeitas à fiscalização posterior e demais
ações de pós-mercado.

§ 2º Os estabelecimentos com atividades de médio risco, "baixo risco B" ou risco


moderado, nos termos do art. 3º, inciso II, desta Resolução, deverá ter a licença sanitária
emitida logo após o registro da empresa e a vistoria realizada somente após o início das
atividades.

§ 3º Os estabelecimentos com atividades de alto risco, nos termos do art. 3º, inciso III,
desta Resolução exigirão vistoria prévia para início das operações do estabelecimento.
42

§ 4º As atividades econômicas exercidas pelos Microempreendedores Individuais - MEI,


estão previstas no Anexo XI, da Resolução CGSN nº 140, de 2018, e conforme disposto no
parágrafo 1º do Art. 15 e art. 16 da Resolução CGSIM nº 48 , de 11 de outubro de 2018,
estão dispensadas de alvarás e licença sanitária.

§ 5º O Microempreendedor Individual - MEI está somente sujeito às ações pós-mercado,


incluindo inspeções de ofício e a coleta de seus produtos para monitoramento de
qualidade.

§ 6º O MEI manifestará sua concordância com o conteúdo do Termo de Ciência e


Responsabilidade com Efeito de Dispensa de Alvará e Licença de Funcionamento a partir
do ato de inscrição ou alteração, emitido eletronicamente, que permitirá o exercício de
suas atividades.

De acordo com a atividade exercida pela empresa e seu respectivo grau de risco, a licença
da Vigilância Sanitária poderá ser obtida na esfera estadual ou na esfera municipal.

ESTABELECIMENTOS DE COMPETÊNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL

1- Clínica de Terapia Renal Substitutiva, exceto município do Rio de Janeiro;


2 - Unidade Móvel de Terapia Renal Substitutiva, exceto município do Rio de Janeiro;
3 - Hospitais e Clínicas com Internação, exceto município do Rio de Janeiro (Municipais e
Federal) e município de Macaé;
4- Serviços intra-hospitalares de (exceto município do Rio de Janeiro - Municipais e
Federal, e município de Macaé):
4.1- Laboratórios de Análises Clínicas, Pesquisa e Anatomia Patológica, Posto de Coleta
de Laboratório de Análises Clínicas;
4.2- Serviço de Radiodiagnóstico Médico, Serviço de Imagem, Radiodiagnóstico
Odontológico;
4.3 - Unidade Odontológica Hospitalar;
4.4 - Farmácias Privativas de Unidades Hospitalares ou Congêneres;
5- Hemocentros, Núcleo de Hemoterapia, Unidade de Coleta e Transfusão, Unidade de
Coleta Móvel ou Fixo, Agência Transfusional, Central de Triagem Laboratorial de
Doadores;
6 - Banco de Células, Tecidos e Órgãos, Centros de Tecnologia Celular, Laboratório de
Células Progenitoras Hematopoiéticas e congêneres;
7- Serviço de Radioterapia e Medicina Nuclear;
8 - Empresas Prestadoras de Bens e ou Serviços de Nutrição Enteral e parenteral;
9 - Indústrias de Ótica, Material e Equipamentos Óticos, de Aparelhos e Produtos Usados
em Medicina, Ortopedia, Odontologia, Enfermagem, Educação Física, Embelezamento ou
Correção Estética (Produtos Correlatos);
10 – Empresas e unidades de processamento de material médico hospitalar;
43

11 - Indústrias de Produtos Farmacêuticos, de Insumos Farmacêuticos, de Produtos


Saneantes Domissanitários, de Cosméticos, Perfumes e Produtos de Higiene;
12 – Indústria de Insumos Farmacêuticos Sujeitos a Controle Especial, e Indústria de
Produtos Farmacêuticos Contendo Substâncias Sujeitas a Controle Especial;
13 - Armazéns (depósito) de medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos, de
correlatos, de saneantes domissanitários, de cosméticos, perfumes e produtos de higiene,
exclusivos de empresas fabricantes;

De acordo com o Art. 1º da Resolução Estadual SES 1822 de 19/03/2019


§ 1º No momento de constituição de novas empresas através do órgão competente
JUCERJA - Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, estas serão notificadas
automaticamente sobre a necessidade de atendimento às exigências documentais
pertinentes para o Licenciamento Inicial de cada atividade sujeita às ações da Vigilância
Sanitária Estadual, com base nesta legislação sanitária, apresentando toda a
documentação constante do anexo I desta resolução.

Licenciamentoi Municipal
DECRETO RIO Nº 45585 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018
A maioria dos estabelecimentos e atividades exercidas na cidade precisa se licenciar, em
um novo modelo totalmente on-line com acesso pelo Carioca Digital. Lá o contribuinte
encontra o Sistema de Informação da Vigilância Sanitária e em cinco minutos preenche o
requerimento para se regularizar.

A Licença Sanitária Simplificada pode ser concedida via WEB, através do Portal Carioca
Digital. Nele, o requerente deverá informar primeiramente o número da Inscrição Municipal
e o CNPJ/CPF. Serão exibidas, então, todas as atividades licenciadas no Alvará, para que
o requerente selecione para qual(is) atividades(s) deseja obter o licenciamento sanitário
simplificado. A partir das atividades selecionadas, será apresentado o Roteiro de Auto-
Inspeção pertinente. O requerente responderá às perguntas apresentadas, lembrando que
é possível salvar o roteiro como rascunho. Após o preenchimento, o sistema irá gerar um
número de protocolo e o roteiro ficará aguardando a avaliação pela Vigilância Sanitária.

Será possível que o requerente consulte a qualquer momento, através deste Portal, o
andamento da sua solicitação, informando o número do protocolo ou inscrição municipal ou
CNPJ/CPF.

A Vigilância Sanitária irá avaliar o roteiro preenchido e, em caso de deferimento, o


requerente poderá imprimir a licença através deste Portal.
As modalidades de Licenciamento Sanitário são as seguintes:
1) Licença Sanitária de Funcionamento (LSF): concedida a estabelecimentos regulados
pela vigilância sanitária ou de interesse da vigilância de zoonoses, devendo ser
anualmente revalidada até 30 de abril, abrangendo:
44

● O comércio de alimentos
● As indústrias de alimentos regulados pela ANVISA
● O comércio farmacêutico
● Os serviços assistenciais de saúde, incluídas as ambulâncias
● A empresas transportadoras e seus veículos e os autônomos transportadores de
alimentos e produtos farmacêuticos.
● As creches, os orfanatos, as pré-escolas, escolas, os estabelecimentos de ensino e
congêneres.
● Os circos e parques de diversão com funcionamento permanente, parques aquáticos,
parques temáticos e congêneres.
● As casas de shows e espetáculos, os serviços de diversão, as casas de festa, as salas
de apresentação, os teatros, os cinemas e congêneres.
● Os clubes, as piscinas, saunas, termas e congêneres
● Os serviços de captação, abastecimento, transporte e distribuição de água.
● Os serviços de coleta, remoção, gerenciamento e transporte de resíduos especiais, os
serviços de imunização e controle de pragas urbanas e vetores e congêneres.
● Os hotéis, motéis, as hospedarias, os alojamentos, albergues e congêneres .
● Os shoppings centers, centros comerciais, condomínios comerciais ou mistos e
congêneres.
● Os estádios, as arenas, quadras e os ginásios poliesportivos.
● As estações rodoviárias, metroviárias, aquaviárias e ferroviárias.
● Os serviços de lavanderia, lavanderia industrial e hospitalar.
● Ambulantes, feirantes e demais atividade não localizadas.

2) Licença Sanitária de Atividades Relacionadas (LSAR): concedida a estabelecimentos


relacionados com a vigilância sanitária, devendo ser anualmente revalidada até 30 de abril,
abrangendo todas as pessoas jurídicas que exerçam as seguintes atividades:
● Indústria.
● Comércio.
● Prestação de serviços.

3) Licença Sanitária de Atividades Transitórias – LSAT: concedida com prazo máximo de


cento e oitenta dias, em razão de:
● Pessoa física ou jurídica, para cada atividade sujeita à vigilância sanitária exercida em
eventos realizados em área pública ou privada.
● Organizador do evento.
● Ambulantes, veículos e demais atividades não localizadas exercidas em eventos em área
pública.
● Pessoa jurídica responsável por obras de construção, reforma, acréscimo, demolição,
instalação, modificação, montagem ou desmontagem de edificações, estruturas,
equipamentos e instalações executadas por pessoas jurídicas.
45

● Pessoa jurídica responsável pela produção de alimentos ou de fornecimento de refeições


destinados à alimentação coletiva de trabalhadores, em cozinhas ou refeitórios instalados
em canteiros de obra e pessoa jurídica que presta serviços de saúde em eventos.

4) Registro de Estabelecimento de Produção Agropecuária (REPA): concedido por adesão


voluntária, devendo ser anualmente revalidado até 30 de abril, abrangendo os
estabelecimentos que realizem o comércio municipal:
● De produtos de origem animal, comestíveis ou não e que necessite de certificação
sanitária e registro dos produtos que comercializa.
● De produtos de origem vegetal, comestíveis ou não, e que necessite de certificação
sanitária e registro dos produtos que comercializa.

5) Autorização Sanitária Provisória (ASP): concedida à título precário e em caráter


improrrogável até trinta de abril de cada exercício, para estabelecimentos regulados pela
vigilância sanitária, mas com pendências relativas à obtenção de Alvará ou autorização
junto à SMF e possuidores das seguintes características:
● Mobiliário ou equipamento fixo localizado em área pública (quiosques), destinado à
preparação ou comercialização de refeições rápidas, lanches ou bebidas para o consumo
imediato
● Veículo especial, tracionado ou rebocado, destinado à preparação ou comercialização de
refeições rápidas, lanches ou bebidas para o consumo imediato, tais como caminhão ou
bicicleta de comida (food truck e food bike).
● Veículos não tracionados e equipamentos estacionados ou fixados em área pública,
destinados à preparação ou comercialização de refeições rápidas, lanches ou bebidas para
o consumo imediato.
● Atividades exercidas no interior de residências, como retaguarda para o armazenamento,
a produção, o pré-preparo e a conservação de alimentos.

Estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária devem solicitar o licenciamento sanitário


exclusivamente on line no Site .
 O licenciamento sanitário, assim como sua revalidação, deverá ser impresso e
mantido no estabelecimento, exposto de forma visível ao público e disponível para consulta
das autoridades sanitárias.
 A documentação exigida para o funcionamento do estabelecimento deverá
permanecer disponível de forma ordenada e permanente, para fins de verificação
fiscalizatória.

Estão sujeitos à inspeção antes da concessão da LSF inicial:


I - os hospitais e as clínicas com internação de natureza privada;
II - As farmácias com manipulação;
III - os estabelecimentos de comércio varejista e atacadista, transporte e distribuição de
medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos de interesse à saúde;
IV - As clínicas de terapia renal substitutiva;
46

V - Os serviços de radioterapia e radioisótopos de natureza privada


Quando do requerimento da licença inicial e considerando o risco associado às atividades
previstas anteriormente será emitido, previamente à concessão da LSF, protocolo
numerado atestando que o estabelecimento encontra-se em processo para a obtenção do
licenciamento, por meio do status AGUARDANDO INSPEÇÃO PARA LICENCIAMENTO
SANITÁRIO INICIAL.
O status mencionado autoriza o funcionamento provisório do estabelecimento, observados
todos os dispositivos técnicos relativos ao seu funcionamento e demais condicionantes
destinadas à proteção e à defesa da saúde pública.

Licenciamento Sanitário Municipal Simplificado (LSS)

É um procedimento simplificado via internet de concessão de licença pela Vigilância


Sanitária aos estabelecimentos que exerçam atividades consideradas de baixo risco.
Todo o processo de licenciamento sanitário poderá ser realizado de forma eletrônica,
desde o requerimento inicial até a emissão da licença, incluída a impressão da guia para
pagamento da Taxa de Inspeção Sanitária-TIS, sem necessidade de comparecimento à
Vigilância Sanitária – VISA. Foi abolida, também, a necessidade de inspeção prévia.

A Licença Sanitária Simplificada pode ser concedida via WEB, através do Portal Carioca
Digital. Nele, o requerente deverá informar primeiramente o número da Inscrição Municipal
e o CNPJ/CPF. Serão exibidas, então, todas as atividades licenciadas no Alvará, para que
o requerente selecione para qual(is) atividades(s) deseja obter o licenciamento sanitário
simplificado. A partir das atividades selecionadas, será apresentado o Roteiro de Auto-
Inspeção pertinente. O requerente responderá às perguntas apresentadas, lembrando que
é possível salvar o roteiro como rascunho. Após o preenchimento, o sistema irá gerar um
número de protocolo e o roteiro ficará aguardando a avaliação pela Vigilância Sanitária.

Será possível que o requerente consulte a qualquer momento, através deste Portal, o
andamento da sua solicitação, informando o número do protocolo ou inscrição municipal ou
CNPJ/CPF.

A Vigilância Sanitária irá avaliar o roteiro preenchido e, em caso de deferimento, o


requerente poderá imprimir a licença através deste Portal.

Taxa de Inspeção Sanitária - TIS

Para emissão da Licença Sanitária Simplificada não é necessário o prévio pagamento da


Taxa de Inspeção Sanitária-TIS. Porém, o requerente terá quinze dias, a partir da emissão
do Alvará, para impressão e recolhimento da guia inicial no site da Secretaria Municipal de
Fazenda, sem incidência de juros e multa. Para isso bastará informar, no momento do
cadastro para o Licenciamento Sanitário Simplificado, a metragem do estabelecimento,
47

utilizando como referência o carnê do IPTU ou qualquer outro documento oficial. A


conferência dos dados informados será feita na primeira vistoria pela Vigilância Sanitária. A
TIS é paga anualmente, sendo encaminhada via correio ou retirada pela internet no site da
Secretaria Municipal de Fazenda.
O não recolhimento da TIS implica em inscrição na Dívida Ativa Municipal.

3.11 - Licença Ambiental


O licenciamento ambiental é uma exigência legal a que estão sujeitos todos os
empreendimentos ou atividades que empregam recursos naturais ou que possam causar
algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente. É um procedimento
administrativo pelo qual é autorizada a localização, instalação, ampliação e operação
destes empreendimentos e/ou atividades.

O Licenciamento ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional de Meio


Ambiente. O objetivo do licenciamento é a compatibilizar o desenvolvimento econômico-
social com um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para isso, a construção,
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de
recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental.

De acordo com o grau de risco e complexidade, a licença ambiental poderá ser de


competência da União - IBAMA, do Estado - INEA ou ainda do Município – Prefeitura
Munucipal.

O licenciamento ambiental é inexigível para as atividades listadas no Anexo I


da RESOLUÇÃO INEA Nº 217 DE 05 DE MAIO DE 2021.

Art. 3 do Decreto 8437 de 22/04/2015. Sem prejuízo das disposições contidas no art.
7 º, caput , inciso XIV, alíneas “a” a “g”, da Lei Complementar nº 140, de 2011 , serão
licenciados pelo órgão ambiental federal competente os seguintes empreendimentos ou
atividades:
I - rodovias federais:
a) implantação;
b) pavimentação e ampliação de capacidade com extensão igual ou superior a
duzentos quilômetros;
c) regularização ambiental de rodovias pavimentadas, podendo ser contemplada a
autorização para as atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração,
ampliação de capacidade e melhoramento; e
d) atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração e
melhoramento em rodovias federais regularizadas;
II - ferrovias federais:
a) implantação;
b) ampliação de capacidade; e
48

c) regularização ambiental de ferrovias federais;


III - hidrovias federais:
a) implantação; e
b) ampliação de capacidade cujo somatório dos trechos de intervenções seja igual ou
superior a duzentos quilômetros de extensão;
IV - portos organizados, exceto as instalações portuárias que movimentem carga em
volume inferior a 450.000 TEU /ano ou a 15.000.000 ton/ano;
V - terminais de uso privado e instalações portuárias que movimentem carga em
volume superior a 450.000 TEU /ano ou a 15.000.000 ton/ano;
VI - exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos
nas seguintes hipóteses:
a) exploração e avaliação de jazidas, compreendendo as atividades de aquisição
sísmica, coleta de dados de fundo (piston core), perfuração de poços e teste de longa
duração quando realizadas no ambiente marinho e em zona de transição terra-mar
(offshore);
b) produção, compreendendo as atividades de perfuração de poços, implantação de
sistemas de produção e escoamento, quando realizada no ambiente marinho e em zona de
transição terra-mar (offshore ); e
c) produção, quando realizada a partir de recurso não convencional de petróleo e gás
natural, em ambiente marinho e em zona de transição terra-mar (offshore) ou terrestre
(onshore), compreendendo as atividades de perfuração de poços, fraturamento hidráulico
e implantação de sistemas de produção e escoamento; e
VII - sistemas de geração e transmissão de energia elétrica, quais sejam:
a) usinas hidrelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos
megawatt;
b) usinas termelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos
megawatt; e
c) usinas eólicas, no caso de empreendimentos e atividades offshore e zona de
transição terra-mar.

§ 1 º O disposto nas alíneas “a” e “b” do inciso I do caput , em qualquer extensão,


não se aplica nos casos de contornos e acessos rodoviários, anéis viários e travessias
urbanas.

§ 2 º O disposto no inciso II do caput não se aplica nos casos de implantação e


ampliação de pátios ferroviários, melhoramentos de ferrovias, implantação e ampliação de
estruturas de apoio de ferrovias, ramais e contornos ferroviários.

§ 3 º A competência para o licenciamento será da União quando caracterizadas


situações que comprometam a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético,
reconhecidas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE, ou a necessidade
de sistemas de transmissão de energia elétrica associados a empreendimentos
estratégicos, indicada pelo Conselho Nacional de Política Energética - CNPE.
49

O licenciamento ambiental federal ordinário de atividades e de empreendimentos


compreende as seguintes etapas:
abertura de processo;
triagem e enquadramento;
definição de escopo;
elaboração do estudo ambiental;
requerimento de licença;
análise técnica;
decisão;
pagamento;
acompanhamento.

INEA
A Lei federal 6.938/81 atribuiu aos ESTADOS a competência de licenciar as atividades
localizadas em seus limites regionais. Assim, no Rio de Janeiro, o órgão responsável pelo
licenciamento é o INEA. No entanto, os órgãos estaduais, de acordo com a Resolução
CONAMA 237/97, podem delegar esta competência, em casos de atividades com impactos
ambientais locais, aos municípios.
O § 2º Resolução CONEMA Nº 92 de 24/06/2021, determina que: Poderá o INEA delegar
aos municípios, excepcionalmente, o controle ambiental envolvendo as hipóteses previstas
no § 1º deste artigo, bem como os empreendimentos e as atividades não listados no Anexo
I, nos termos do art. 5º da Lei Complementar nº 140/2011.
Procedimento para licenciar o empreendimento no INEA
Para obter o licenciamento ambiental do INEA:
O Portal do Licenciamento substituiu o aplicativo Inea Licenciamento e é o único meio para
fazer o enquadramento do empreendimento ou atividade e dar entrada no processo de
licenciamento ambiental no Inea.

Site: http://portallicenciamento.inea.rj.gov.br/requerente/login
Criar login e senha
Preencher o requerimento de solicitação
Lá você poderá, além de preencher a solicitação, consultar se o(os) CNAE(s) da empresa
está(ão) sujeito(s) ao licenciamento estadual, obter a declaração de inexibilidade e
encontrar a legislação e os documentos necessários para o licenciamento de atividades
específicas.

PREFEITURAS
No município do Rio de Janeiro
Desde 25 de agosto de 2021, as atividades licenciadas ambientalmente pelos municípios
do Estado do Rio de Janeiro são definidas de acordo com a Resolução Conema 92/2021,
que dispõe sobre as atividades que causam ou possam causar impacto ambiental local.
50

Em 20/06/2022, foi publicada a Resolução Conema 95, que alterou a Resolução 92,
adotando a Norma Operacional INEA 46 (NOP-Inea-46), que trata do enquadramento de
empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento ambiental, como norma de
referência para estabelecer a classe de impacto ambiental, conforme seu novo Anexo I

A resolução CONEMA 92 de 24 de junho de 2021 atribui aos municípios a competência


para licenciar atividades constantes em seu anexo I. De acordo com a Resolução:

§ 1º do Art 1. O ente municipal não será considerado originariamente competente para


promover o licenciamento e demais instrumentos de controle ambiental de
empreendimentos ou atividades:
I – Localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais municípios;
II – Localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação do Estado ou da União,
exceto em Áreas de Proteção Ambiental – APA;
III – sujeitos à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de
Impacto Ambiental – EIA/Rima; ou
IV – Localizados no mesmo complexo ou unidade e diretamente ligados ao essencial
desenvolvimento de empreendimento ou atividade listados abaixo ou sujeitos à elaboração
de EIA/Rima ou Relatório Ambiental Simplificado – RAS cuja competência para
licenciamento compete a outro ente federativo:
a) complexos portuários, aeroportuários e terminais de minério, petróleo e produtos
químicos;
b) aterros sanitários e industriais; e
c) complexos ou unidades petroquímicas, cloroquímicas e siderúrgicas.

O licenciamento Ambiental será fornecido pelos Municípios do Estado do Rio de


Janeiro em casos específicos e determinados nos quais o impacto ambiental seja local e o
empreendimento classificado como insignificante, baixo e médio potencial poluidor.
Para os empreendimentos de Classe 1, ou seja, aqueles com potencial poluidor
insignificante e com porte mínimo ou pequeno, a licença ambiental é inexigível.
Para concessão da Licença Ambiental deverá ser comprovada pelo empreendedor a
conformidade do empreendimento ou atividade à legislação municipal de uso e ocupação
do solo, mediante certidão ou declaração expedida pelo município.

No município do Rio de Janeiro –


DECRETO Nº 40722 DE 8 DE OUTUBRO DE 2015
Licenciamento Ambiental Municipal Simplificado (LMS) – Rio de Janeiro
Procedimento criado para atender as atividades de pequeno porte sujeitas a Licenciamento
Ambiental que apresentem baixo potencial de impacto e cujas medidas de controle são de
simples implementação. (Resolução SMAC nº 461/09)

O Requerimento é feito através do site da Prefeitura do Rio


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É necessário contar com um profissional legalmente habilitado junto aos Conselhos


Regionais (CREA, CRQ e CRBIO) que preencha o Formulário de Caracterização Ambiental
(FCA), e recolha a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou documento similar do
Conselho Regional de sua profissão.
O requerimento preenchido pela internet, juntamente com o Formulário de
Caracterização Ambiental (FCA) e o Termo de Responsabilidade Ambiental (TRA) formarão
um processo na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), devendo o responsável
técnico comparecer à Coordenadoria Geral de Controle Ambiental para a assinatura do
FCA. No caso do profissional ser do sistema CREA, tal assinatura será dispensada, visto
que a autoria do trabalho será comprovada pela ART.
O requerente receberá, através do endereço eletrônico fornecido no momento do
requerimento da licença ambiental, aviso sobre a necessidade de esclarecimentos ou
informando o deferimento da Licença requerida, que deverá ser retirada na Coordenadoria
Geral de Controle Ambiental. O responsável legal pela atividade, no momento da retirada
da Licença, assinará o Termo de Responsabilidade Ambiental.

A licença deve ser solicitada logo após a emissão do Alvará.

3.12 – Utilizando o Redesim


A Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e
Negócios - Redesim foi criada pelo Governo Federal por meio da Lei Nº 11.598, de 3 de
dezembro de 2007.

A Redesim é uma rede de sistemas informatizados necessários para registrar e legalizar


empresas e negócios, tanto no âmbito da União como dos Estados e Municípios. Tem
como objetivo permitir a padronização dos procedimentos, o aumento da transparência e a
redução dos custos e dos prazos de abertura de empresas.

Todo esse processo informatizado, linear e único é composto pelos sistemas das
instituições que dele participam com comunicação automática. Entre os parceiros,
encontram-se os órgãos de registro (Juntas Comerciais, Cartórios de Registro Civil de
Pessoas Jurídicas e OAB), as administrações tributárias no âmbito federal, estadual e
municipal e os órgãos licenciadores, em especial o Corpo de Bombeiros, a Vigilância
Sanitária e o Meio Ambiente.

Você pode criar sua conta gov.br através do aplicativo gov.br ou pela internet, clicando em
"Entrar com gov.br". Na tela inicial, digite seu CPF e clique em "Continuar". Caso não
possua uma conta gov.br, será direcionado para criar uma.
Você será guiado em todos os passos! Para iniciar, se você tiver CNH ou biometria facial
no TSE, você fará o reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br. Se der tudo certo, sua
conta já será Ouro ou Prata, e na telinha você verá a mensagem de sucesso. Caso não
tenha CNH ou biometria no TSE, você poderá criar sua conta por meio de bancos
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credenciados! Assim, sua conta será Prata. Mas, se não for possível criar a conta com
banco credenciado, você responderá um breve questionário on-line e criaremos uma conta
Bronze para você!
PASSO A PASSO – PELO SITE:
1 – Acessar site oficial: https://acesso.gov.br
2 – Após digitar seu CPF, clique em “Continuar”;
3 – Leia, aceite os termos e clique em “Continuar”;
4 – Nesta etapa você deve escolher:
A) baixar o aplicativo e continuar o cadastro via reconhecimento facial
B) continaur sem baixar o aplicativo, clique em selecione a opção “Não tenho celular”
» seguimos a explicação com a opção B, que vai autenticar o cadastro via banco.
5 – Aponte um dos bancos para criar a conta ou clique em “Tentar de outra forma”, caso
você não possua conta em banco ou não queira utilizá-la;
6 – Informe alguns de seus dados, como data de nascimento e nome da mãe, e clique em
“Confirmar”;
7 – Confirme alguns de seus dados;
8 – A plataforma vai enviar um código, que pode ser recebido via e-mail ou celular. Digite-o
no local indicado;
9 – Crie uma senha que atenda os critérios exigidos;

1º Passo: Consulta Prévia de Local


Site: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/
Abra sua pessoa jurídica
Consulta Prévia
Selecione o Estado
Selecione o Município de interesse e o órgão de registro
Inscrição de primeiro estabelecimento

O sistema irá solicitar o número da Consulta Prévia do Município. Caso tenha optado em
solicitá-la diretamente no portal Carioca Digital, insira o seu nùmero e demais dados
solicitados. Caso esteja iniciando o processo na Redesim, acione Clique aqui e você será
encaminhado ao Carioca Digital onde irá preencher os dados.

Solicite sua consulta prévia de endereço através do site Carioca Digital. Após a solicitação,
aguarde a resposta da análise. Após a aprovação da consulta prévia, confirme o Termo de
Aceitação através do menu Alvará de Licenças para Estabelecimento, clique na sua
consulta prévia e acesse a opção “Constituir Empresa”. Leia com atenção e confirme os
Termos de Aceitação. As auto declarações representam o compromisso do interessado em
cumprir a norma legal municipal e a veracidade das informações declaradas em sua
consulta prévia.
Preencha os campos dos passos 1, 2 e 3, inclusive o formulário de enquadramento do
Corpo de Bombeiros, aceite o termo de responsabilidade e finalize. Tão logo a consulta
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esteja diferida, inclua o número da mesma no pedido de viabilidade para continuar


preenchendo os dados.

Receberá a resposta de forma imediata, ou, se a atividade for um pouco mais complexa,
poderá ser enviada para análise do fiscal. Quando for deferida, relacionará todos os
documentos necessários à continuação do processo. Se a Consulta Prévia de Local for
deferida.
Selecione a opção Constituir Empresa e/ou Solicitar Alvará
Preencha as AUTO DECLARAÇÕES e selecione a opção “ENVIAR”. É obrigatório o
preenchimento destas declarações para dar continuidade.
Envie a solicitação

2 º Passo: Busca de Colidência de nome


Site: https://www.jucerja.rj.gov.br
REGIN
Lista de Serviços Regin
Busca de Colidência de Nome Empresarial
Preencher o nome desejado
A resposta é imediata.

3º Passo: Pedido de Viabilidade

Site: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/
Abra sua pessoa jurídica
Consulta Prévia
Selecione o Estado
Selecione o Município de interesse e o órgão de registro
O sistema irá direcioná-lo para o Site da Jucerja
Inscrição de primeiro estabelecimento

Nesta etapa deve-se preencher um formulário eletrônico com as informações


necessárias para abertura de empresa. Tenha em mãos todos os documentos do processo
de legalização para evitar perda de tempo ou informação incorreta de dados.

A Viabilidade irá verificar a disponibilidade do nome empresarial desejado, o


enquadramento no Corpo de Bombeiros (como simplificado ou não) e as possíveis
restrições para obtenção de Inscrição Estadual na SEFAZ RJ.
No pedido de Viabilidade são solicitados:
1 – Reserva do nome escolhido
2 – Inscrição Estadual (Cadastro no ICMS)
3 - Certificado do Corpo de Bombeiros
54

Reserva de Nome Empresarial


Escolha três nomes para a empresa que não podem se repetir, e preencha os
quadros.
Quando o Pedido de Viabilidade for enviado, o nome ficará reservado por
aproximadamente 10 dias úteis. Se, durante este prazo não for dado entrada na Jucerja
para registro do contrato, o prazo da reserva expira. Neste caso é necessário prorrogá-lo.

Site: www.jucerja.rj.gov.br
Regin
Serviços REGIN
Consulta de Reserva de Nome Empresarial
A renovação da reserva estará disponível durante os dois dias anteriores ao seu
vencimento. Ex.: Se o vencimento da reserva selecionada é no dia 12, o botão de
renovação ficará disponível entre os dias 10 e 12.
Inscrição Estadual
Os contribuintes registrados na JUCERJA e nos RCPJ conveniados ao integrador
estadual apresentarão pedido de inscrição exclusivamente por meio dos formulários de
constituição/legalização disponibilizados pelo REGIN, reduzindo significativamente o prazo
para concessão de inscrição estadual. As alterações de dados cadastrais registrados
nesses órgãos ganham também agilidade, passando a ser automaticamente reproduzidas
no CAD-ICMS (Cadastro de Contribuintes do ICMS).
Preencha os demais campos disponibilizados e assinale SIM para o item referente a
pedido de inscrição, se for o caso.

Não há pagamento de taxa para pedido de inscrição estadual quando:


1. a apresentação seguir o rito simplificado;
2. se tratar de leiloeiro público e produtor rural pessoa física;
3. se tratar de entidade da administração pública nos casos de isenção previstos no
Parágrafo Único do art. 106 do Decreto-Lei n.º 5/75.
Para efetuar o pagamento da TSE, utilize o Portal de Pagamentos.
Para consultar os valores das taxas, consulte a Portaria SUAR nº 14/2016

Corpo de Bombeiros
Na 7ª etapa do pedido de viabilidade, ao clicar no botão “PREENCHER”, você será
direcionado para o formulário do Corpo de Bombeiros. Este formulário é importante para
avaliação das medidas de segurança contra incêndio e pânico pelo Corpo de Bombeiros.
Após preencher o formulário, salve o mesmo clicando no botão “salvar formulário”. Tendo
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concluído o preenchimento do formulário, será possível finalizar a viabilidade. Envie e


aguarde a liberação da resposta.

Anote o protocolo para que possa ser realizada a consulta do andamento da solicitação;

OBSERVAÇÕES:
Viabilidades indeferidas ou em processo de análise pela JUCERJA ou pelo Município não
serão aceitas.
No caso de a Viabilidade ser indeferida, o contribuinte deverá realizar novo pedido.
Somente de posse da consulta prévia de local e do pedido de viabilidade deferidos parta
para o próximo passo.

4º Passo: DBE – Documento Básico de Entrada


Site www.redesim.gov.br
Passo 2 – coleta de dados
Crie sua pessoa jurídica
Login e senha
UF
Município
Natureza Jurídica
Protocolo de Viabilidade

O Documento Básico de Entrada – DBE é o documento utilizado para a prática de


qualquer ato perante o CNPJ. Ao iniciar a solicitação do DBE, é necessário informar o
número de protocolo do Pedido de Viabilidade. Os dados serão carregados
automaticamente para o cadastro de solicitação.

5º Passo: Consultar pedido CNPJ – Impressão do DBE – Documento Básico de


Entrada
Site: www.redesim.gov.br
Consulta Prévia
Acompanhar protocolo Redesim
Número do protocolo

Aguarde a validação após o envio, acesse o site para acompanhamento da sua


solicitação via Internet, digite o seu protolocolo e clique em "Consultar".

6º Passo: Guia Bancária


Site www.jucerja.rj.gov.br
Serviços
Guia Bancária
Gerar Boleto
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Para protocolar o pedido será necessário informar o número de um ou mais boletos


pagos, gerados no portal web da JUCERJA. Importante destacar que somente poderão ser
informados números de boletos pagos.
Você também poderá acessar o protocolo Web e preencher as primeiras
informações para registro. O campo para gerar a guia irá aparecer.

7º Passo: Registro na Junta Comercial – Protocolo WEB


Site: www.jucerja.rj.gov.br
Protocolo WEB
Começar o protocolo Web
Usuário e senha
Concordar com o texto
Empresas
Abertura
Escolher o tipo de protocolo com assinatura digital
Proseguir

O sistema irá pedir o número do protocolo Redesim

Após a geração do protocolo, aguarde o resultado do julgamento do mesmo. No processo


com assinatura digital será obrigatório anexar as imagens. Nessa opção, a pessoa que
abrir o protocolo deverá assinar digitalmente as imagens.

8º Passo: Alvará
Site: http://carioca.rio.rj.gov.br/
Login, senha e caracteres
Alvará e Licenças
Alvará de Licença para estabelecimento
Marcar a consulta prévia deferida
Constituir empresa e/ou solicitar Alvará

No município do Rio de Janeiro, quando o documento de constituição da empresa for


registrado pela junta comercial, retorne ao portal Carioca Digital, acesse a CPL deferida,
imprima a guia referente à taxa de Licença de Funcionamento, pague-a e após 2 dias
retorne ao Portal para imprimir seu Alvará, se o processo for simplificado, caso contrário,
dê continuidade ao processo de obtenção do Alvará presencial. Se a empresa estiver
localizada em outro município, inicie o requerimento do Alvará diretamente na Prefeitura
local.
Dar continuidade aos demais documentos como Certificado do Corpo de Bombeiros,
Vigilância Sanitária, Licença Ambiental, etc.
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A consulta às regras de licenciamento deve ser realizada antes da abertura da Pessoa


Jurídica. Desta fora, o empreendedor saberá quais são as exigências dos órgãos
licenciadores para as atividades que ele pretende desenvolver.
Após o registro e a obtenção das inscrições tributárias, o empreendedor deve acessar
novamente o sistema e selecionar o item “Licencie sua Pessoa Jurídica” para prestar
informações mais detalhadas para as licenças específicas do Estado e do Município. A
pessoa jurídica estará apta a operar assim que as licenças relativas às atividades a serem
exercidas estiverem ativas.

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