Você está na página 1de 30

Fundamentos

‡ Circuito Elétrico
„ Conjunto de corpos, componentes ou meios no qual é possível que
haja corrente elétrica
‡ Sistema Elétrico
„ Conjunto de circuitos inter-relacionados, constituído para uma
determinada finalidade
„ Formado por componentes elétricos que podem conduzir corrente.
‡ Instalação Elétrica
„ Sistema elétrico físico, ou seja, conjunto de componentes elétricos
associados e coordenados entre si, composto para um fim específico
„ Pode conter componentes elétricos que não conduzem corrente
(condutos; caixas; estrutura de suporte; etc.)

Instalações Elétricas 10
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Norma NBR 5410


‡ NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão), sendo que sua
última edição é de 2004
‡ Publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
„ Órgão responsável pela normalização técnica no país
‡ Baseada na norma internacional IEC 60364 (Electric Installations of
Buildings) – IEC (International Engineering Consortium)
‡ Instalações Elétricas de Baixa Tensão
„ Instalações elétricas cuja tensão nominal é igual ou inferior a 1.000 V (CA)
ou 1.500 V (CC)
‡ Instalações Elétricas de Alta Tensão
„ Instalações elétricas cuja tensão nominal é maior que 1.000 V (CA) ou
maior que 1.500 V (CC)
‡ Instalações Elétricas de Extra Baixa Tensão
„ Instalações elétricas cuja tensão nominal é inferior a 50 V (CA) ou inferior a
120 V (CC)

Instalações Elétricas 11
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

1
Norma NBR 5410
‡ Fixa as condições que a instalações devem atender a fim de:
„ Garantir seu funcionamento adequado
„ Garantir a segurança de pessoas e animais domésticos
„ Conservação dos bens
‡ Aplica-se a instalações novas e a reformas em instalações existentes
‡ Aborda todos os tipos de instalações baixa tensão como:
„ Edificações residenciais e comerciais em geral; estabelecimentos
institucionais e de uso público; estabelecimentos industriais;
estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros; edificações pré-
fabricadas; reboques de acampamentos (trailers); locais de acampamento
(campings); marinas e locais análogos; canteiros de obras; feiras;
exposições; outras instalações temporárias

Instalações Elétricas 12
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Norma NBR 5410


‡ Norma não se aplica a instalações:
„ De distribuição de energia elétrica (redes) e iluminação pública
„ De tração elétrica, de veículos automotores; embarcações e
aeronaves
„ Em minas
„ Instalações específicas para proteção contra descargas atmosféricas
‡ A NBR 5410 é complementada por outras duas normas:
„ NBR 13570:1996 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de
Público: Requisitos Específicos
‡ Instalações elétricas em locais como cinemas; teatros; danceterias;
escolas; lojas; restaurantes; estádios; ginásios; circos e outros locais
com capacidade mínima de pessoas especificadas
„ NBR 13534:1995 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde: Requisitos para Segurança
‡ Aplica-se a locais como hospitais; ambulatórios; unidades sanitárias;
clinicas médicas, veterinárias e odontológicas

Instalações Elétricas 13
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

2
Componentes das Instalações
‡ Componente
„ Refere-se a um equipamento, linha elétrica ou qualquer outro
elemento necessário ao funcionamento da instalação
„ Parte integrante de um equipamento, uma linha elétrica ou
qualquer outro componente
„ Exemplo: Condutor; Eletrodutos; Motor; etc.
‡ Equipamento elétrico
„ Unidade funcional que exerce uma ou mais funções elétricas
relacionadas com: geração; transmissão; distribuição ou utilização
de energia elétrica
„ Exemplo: Máquinas; Transformadores; Dispositivos Elétricos;
Aparelhos de Medição, proteção e controle
‡ Equipamento de Utilização
„ Equipamento elétrico destinado a converter energia elétrica em
outra forma de energia (mecânica; térmica; luminosa; sonora; etc.)

Instalações Elétricas 14
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Componentes das Instalações


‡ Equipamentos de utilização podem ser classificados em:
„ Equipamentos Não Industriais (Aparelhos Eletrodomésticos e
Aparelho Eletroprofissional)
‡ Aparelho Eletrodoméstico - Destinado à utilização residencial ou
análoga
ƒ Aspirador de pó; Liquidificador; Lavadora de Roupa; Chuveiro Elétrico
‡ Aparelho Eletroprofissional – Destinado à utilização em
estabelecimentos comerciais ou análoga
ƒ Copiadora; Microcomputador; Fax; etc.
„ Equipamentos Industriais (Tornos; Compressores; Prensas; Fornos)
„ Aparelho de Iluminação – Conjunto constituído por uma ou mais
lâmpadas, luminárias e acessórios
‡ Linha Elétrica
„ Conjunto constituído por um ou mais condutores, com elementos de
fixação, suporte e proteção mecânica.

Instalações Elétricas 15
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

3
Componentes das Instalações
‡ Dispositivo Elétrico
„ Equipamento integrante de um circuito elétrico cujo objetivo é
desempenhar funções de manobra; comando; proteção ou controle
„ Exemplo: Disjuntores; Chaves; Seccionadores; fusíveis; relés.
„ Manobra
‡ Mudança na configuração elétrica de um circuito, feita manual ou
automaticamente
„ Comando
‡ Ação destinada a efetuar a manobra, que pode ser de desligamento,
ligação ou variação da alimentação de energia elétrica de toda ou parte
de uma instalação
„ Proteção
‡ Ação automática provocada por dispositivos sensíveis a determinadas
condições anormais que ocorrem em um circuito, a fim de evitar danos
às pessoas ou animais
„ Controle
‡ Ação de estabelecer o funcionamento de equipamentos elétricos sob
determinadas condições de operação
Instalações Elétricas 16
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Componentes das Instalações


‡ Carga Elétrica - Definições
„ Grandeza elétrica que caracteriza as solicitações impostas a um
equipamento elétrico
„ Equipamento elétrico que absorve potência ativa
„ Potência (ou corrente) transferida por um equipamento elétrico
„ Potência Instalada
‡ Em relação a carga um circuito elétrico pode funcionar
„ Em carga – Quando o circuito ou o equipamento está transferido ou
absorvendo energia elétrica
„ A vazio – Quando o circuito ou equipamento não está transferindo
energia, porém existem condições de funcionamento

Instalações Elétricas 17
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

4
Cargas Elétricas
‡ Cargas Lineares
„ Constituídas pelos equipamentos elétricos cuja forma de onda de
tensão e corrente de entrada permanecem senoidais em qualquer
ponto da operação
„ Exemplos: Motores de indução; iluminação incandescente; cargas
de aquecimento
‡ Cargas Não-Lineares
„ Constituídas basicamente por equipamentos eletrônicos, cujas
tensão e corrente elétrica são distorcidas contendo harmônicas
„ Exemplos: Equipamentos de telecomunicações e comunicações de
dados; Equipamentos de processamento de dados; sistemas de
automação predial; etc.

Instalações Elétricas 18
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Faltas Elétricas e SobreCarga


‡ Falta Elétrica
„ Contato ou arco acidental entre partes com diferentes potenciais
elétricos (Falta Direta)
„ Contato entre estas partes e a terra (Falta para terra)
„ Causadas por falha no isolamento entre as partes ou quando a
impedância entre elas é desprezível
‡ Curto-Circuito
„ Caminho condutor acidental ou intencional entre dois ou mais pontos
de um circuito através de uma impedância baixa ou desprezível
„ Quando acidental e sobre potenciais diferentes tem-se uma falta direta
‡ Sobrecarga
„ Parte da carga existente em um circuito ou equipamento que excede a
plena carga
‡ Sobretensão
„ Tensão cujo valor excede o maior valor nominal do sistema ou
equipamento elétrico
Instalações Elétricas 19
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

5
Correntes Não Nominais
‡ Sobrecorrente
„ Corrente que excede o valor nominal de condutores elétricos, ou
seja, excede sua capacidade de condução de corrente
„ Corrente de Falta (Devido à Falta) ou Corrente de Sobrecarga
(Devido Sobrecarga)
‡ Corrente de Curto-Circuito
„ Caso particular da corrente de falta
„ Ocorre devido a uma falta direta entre condutores energizados que
apresentam uma diferença de potencial em funcionamento normal
‡ Corrente de Fuga
„ Corrente muito pequena que percorre um caminho diferente do
previsto.
„ Na ausência de falta flui através do dielétrico (isolante) dos
condutores

Instalações Elétricas 20
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Correntes Não Nominais


‡ Corrente Diferencial-Residual (IDR)
„ Soma dos valores instantâneos das correntes que percorrem todos os
condutores vivos do circuito considerado em um dado ponto.
„ No circuito abaixo, segundo a primeira lei de Kirchhoff temos que:
‡ I1 +I2 +I3 +IN = 0
„ Caso a corrente diferencial-residual diferente de zero, temos:
‡ I1 +I2 +I3 +IN = IDR
„ Em caso de corrente de fuga ou de falta para a terra a correntes IDR será
diferente de 0

L1
I1
L2
I1
IDR L3
I1
I1 LN

Instalações Elétricas 21
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

6
Choque Elétrico
‡ Perturbação de natureza e efeitos diversos que se
manifestam no organismo humano ou animal quando
percorrido por uma corrente elétrica
‡ Dependendo da intensidade e de sua duração pode causar:
contrações musculares; parada respiratória; queimaduras e
fibrilação ventricular podendo levar até a morte
‡ Fibrilação ventricular – Fibras musculares do ventrículo
vibram desordenadamente estagnando o sangue dentro do
coração. Não há irrigação sanguínea a pressão arterial vai a
zero; ocorre um desmaio e morte aparente
‡ Desfibrilador – Carga elétrica devidamente aplicada, pode
reverter o processo de fibrilação

Instalações Elétricas 22
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Choque Elétrico
‡ O choque pode ser devido a:
„ Contatos Diretos
„ Contatos Indiretos
‡ Contatos Diretos
„ Pessoas ou animais tocam diretamente a parte viva (condutores
energizados) de uma instalação elétrica
„ Pode ocorrer de forma inadvertida ou devido a uma fissura do
material isolante do fio
‡ Contatos Indiretos
„ Contato de pessoas ou animais com massas que ficaram sob tensão
devido a uma falha de isolamento
„ Exemplo: Pessoa encosta a mão na carcaça energizada de um
equipamento

Instalações Elétricas 23
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

7
Esquema de Condutores
‡ Corresponde ao número de condutores vivos (energizados) em uma
instalação elétrica
‡ É definido em função da natureza dos equipamentos de utilização
alimentados e nas redes de BT leva-se em conta as prescrições das
concessionárias de energia
‡ O esquema de condutores pode ser Monofásico; Bifásico ou Trifásico

Monofásico a dois condutores


Monofásico a três condutores
Corrente Alternada
Bifásico a três condutores
Trifásico a três condutores
Trifásico a quatro condutores
Dois condutores
Corrente Contínua
Três condutores

Instalações Elétricas 24
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Esquema de Condutores
Monofásico a 2 Condutores Monofásico a 3 Condutores

F F

N
F
F

Instalações Elétricas 25
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

8
Esquema de Condutores
Bifásico a 3 Condutores Trifásico a 3 Condutores
F F

N
F
N
F
N
F

F
Trifásico a 4 Condutores

Instalações Elétricas 26
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Tensões Elétricas
‡ Segundo a norma IEC 38, os sistemas elétricos são caracterizados por
três valores de tensão eficaz
„ Tensão Nominal – Tensão de operação do sistema elétrico
„ Tensão Máxima – Maior valor em condições normais de operação
„ Tensão Mínima – Menor valor em condições normais de operação
‡ Os valores máximos e mínimos excluem condições transitórias e
anormais
‡ Equipamentos ligados em Baixa Tensão (BT) devem ser caracterizados
tanto pela tensão nominal quanto pela tensão de isolamento
‡ As tensões superiores a 230/400 V destinam-se exclusivamente a
instalações industriais e comerciais de porte
‡ As tensões nominais de equipamentos de utilização monofásicos não
devem exceder 240 V
‡ Recomenda-se que a variação da tensão nos terminais seja de no
máximo +/- 10%

Instalações Elétricas 27
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

9
Tensões Elétricas
‡ Tensões nominais de sistemas de baixa tensão no Brasil
Sistemas Trifásicos a três ou quatro Sistemas Monofásicos a dois UO – Tensão entre Fase e Neutro
condutores carregados (V) ou três condutores
UO/U carregados (V) U – Tensão entre Fases
115/230 110/220
120/208 115/230
127/220 127/254
220/380 220/440
254/440 120/240

‡ Tensões nominais de equipamentos de utilização


Trifásicos (V) Monofásicos(V)

220 110
380 115
440 120
127
220

Instalações Elétricas 28
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Tensões Elétricas
U = 3 * U0 TRIÂNGULO
ESTRELA IL
IL IL = I0 F
F Uo UL
Io
Io Uo

UL

N F
Sendo: N
U0 – Tensão de Fase F
U – Tensão de Linha
F I L = 3 * I0
IL – Corrente de Linha
U = U0
I0 – Corrente de Fase
Instalações Elétricas 29
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

10
Instalação de Baixa Tensão
‡ Entrada de Serviço
„ Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de derivação da rede da concessionária e o quadro de medição ou proteção
inclusive
‡ Ponto de Entrega
„ Ponto até onde a concessionária de fornecer energia elétrica. Sua instalação,
operação e manutenção é de responsabilidade de concessionária
‡ Entrada Consumidora
„ Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de entrega e o quadro de medição ou proteção inclusive
‡ Ramal de Ligação
„ Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de derivação e o ponto de entrega
‡ Ramal de Entrada
„ Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de entrega e o quadro de proteção e medição
‡ Subestação
„ Instalação elétrica destinada à manobra, transformação e/ou outra forma de
conversão de energia elétrica
Instalações Elétricas 30
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Instalação de Baixa Tensão


‡ Unidade Consumidora
„ Instalação elétrica pertencente a um único consumidor
‡ Origem
„ Ponto de alimentação da instalação. A norma NBR5410 aplica-se a partir
deste ponto.
‡ Circuito
„ Conjunto de componentes da instalação alimentados a partir da mesma
origem e protegidos pelo mesmo dispositivo de proteção
„ Circuito de Distribuição – Alimenta um ou mais quadros de distribuição
„ Circuito Terminal – Circuito que está ligado diretamente a equipamentos de
utilização
‡ Quadro de Distribuição
„ Equipamento Elétrico que recebe energia elétrica de uma ou mais fontes de
alimentação e a distribui
„ Quadro Terminal – Somente alimenta circuitos terminais

Instalações Elétricas 31
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

11
Instalação de Baixa Tensão
‡ Componentes da Entrada de Serviço

Ponto de Ponto de Quadro


Derivação Entrega Origem
Proteção Medição

Ramal de Ligação Ramal de Entrada

Entrada Consumidora

Entrada de Serviço

Instalações Elétricas 32
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Instalação de Baixa Tensão


‡ Tomada de Corrente
„ Dispositivo Elétrico com contatos ligados permanentemente a uma fonte de
energia elétrica e que alimenta um equipamento através da conexão de um
plugue.
„ Tomadas de Uso Específico
‡ São utilizadas para a ligação de equipamentos fixos e bem definidos
„ Tomadas de Uso Geral
‡ São utilizadas para a ligação de quaisquer equipamentos móveis, portáteis e
estacionários
‡ Aparelhos de Iluminação
„ Aparelhos Incandescentes – Utilizam lâmpadas incandescentes e halôgenas
„ Aparelhos de Descarga – Utilizam lâmpadas a descarga que podem ser
fluorescentes, de vapor de mercúrio, de vapor de sódio e de multivapores
metálicos

Instalações Elétricas 33
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

12
Instalação de Baixa Tensão
‡ A alimentação da instalação pode ser feita:
„ Diretamente por uma rede de distribuição de energia elétrica de BT, por meio
de um ramal de ligação - caso típico de prédios residenciais, comerciais ou
industriais de pequeno porte
„ A partir da rede de AT, através de uma subestação ou de um transformador
exclusivo – instalações residenciais de uso coletivo (apartamentos) e
comerciais de grande porte
„ A partir da rede de AT, por meio de uma subestação de propriedade do
consumidor – prédios industriais e comerciais de grande porte
„ Por fonte autônoma – instalações de segurança ou situadas fora de zonas
servidas por concessionárias

Instalações Elétricas 34
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Instalação de Baixa Tensão


‡ Exemplos
QUADRO
TERMINAL
QUADRO DE
25A 4mm²
DISTRIBUIÇÃO 1

100A 35mm² 15A AR CONDICIONADO


2,5mm²
QDC3 2
Sintenax
Caixa Medição 5x120mm² ILUMINAÇÃO
100A 35mm² 2º PAV. 20A
Ponto Entrega M 200A Origem QDC2
3 2,5mm²

Ø110mm² 1º PAV. TOMADAS USO GERAL


100A 35mm²
Ramal Entrada CIRCUITO DISTRIBUIÇÃO QDC1
Medidor Proteção
Geral PAV. TÉRREO

ESQUEMA UNIFILAR - QDG

Instalações Elétricas 35
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

13
Circuitos
‡ Uma instalação deve ser dividida em circuitos a fim de:
„ Limitar as conseqüências da falta, que provocará apenas o seccionamento do
circuito atingido.
„ Facilitar as inspeções, os ensaios e a manutenção
„ Evitar os perigos que possam resultar da falha em um circuito único
‡ Um circuito deve possuir um (ou dois) dispositivo(s) de proteção a fim de
proteger o mesmo contra correntes de sobrecarga e de curto-circuito
‡ Os condutores em um mesmo circuito devem possuir a mesma secção
nominal ao longo do mesmo
‡ No caso de não possuir a mesma secção nominal o dispositivo de
proteção deve levar em conta a secção do menor condutor existente no
circuito
‡ Segundo a NBR5410, os circuitos terminais devem ser individualizados
segundo a sua função. Desta forma deve haver circuitos independentes
para iluminação; tomadas de corrente e motores.
‡ A norma ainda recomenda circuitos individuais para equipamentos de
corrente nominal superior a 10A (Ex.: Chuveiros; Torneiras Elétricas; etc.)

Instalações Elétricas 36
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Características Nomimais
‡ Os equipamentos de utilização são caracterizados por valores nominais,
para condições de funcionamento estabelecidas
‡ Corrente Nominal (IN)
„ Corrente estabelecida pelo fabricante do equipamento de utilização. Medida
em Ampéres (A)
‡ Tensão Nominal (UN)
„ Tensão atribuída a um equipamento por seu fabricante. Medida em Volts (V)
‡ Potência Nominal (PN OU SN)
„ Potência de entrada atribuída pelo fabricante quando o equipamento
funciona sob tensão e frequência nominais, na temperatura normal e com
carga normal ou na condição adequada de dissipação de calor
„ PN – Potência Nominal Ativa (W)
„ SN – Potência Nominal Aparente (VA)
‡ Frequência Nominal (f)
„ Frequência atribuída pelo fabricante e em relação à qual são referidas as
outras grandezas nominais do equipamento. Geralmente 50 ou 60 Hz

Instalações Elétricas 37
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

14
Características Nomimais
‡ Rendimento (η)
„ Razão entre a potência de saída, designada por P’N e a potência nominal de entrada PN
P'N
η=
PN
„ Em equipamentos do tipo motor, a potência nominal indicada na placa é a potência
mecânica útil no eixo do rotor (kW ou cv), ou seja a potência de saída no seu eixo.
„ Fator de Conversão: 1 cv ≈ 736 W
‡ Fator de potência nominal (cosΦ)
„ Definido como a razão entre a potência nominal ativa (PN ) e a potência nominal
aparente (SN)

„ O valor representa o co-seno do ângulo formando entre a potência aparente e a


potência Nominal P
cos φ = N
SN

Instalações Elétricas 38
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Características Nomimais
‡ Equipamento Genérico de Utilização

‡ Temos as seguintes expressões


PN = t ⋅ I N ⋅ U N ⋅ cos φ N
SN = t ⋅ U N ⋅ I N
P' N = t ⋅ η ⋅ I N ⋅ U N ⋅ cos φ N
„ Equipamentos monofásicos: t = 1 e UN representa a tensão de fase (F –
N)
„ Equipamentos trifásicos: t = √3 e UN representa a tensão de linha (F – F)
e PN e SN as potências trifásicas totais.

Instalações Elétricas 39
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

15
Potências Nominais
‡ A tabela mostra a potência nominal de alguns equipamentos de utilização
POTÊNCIA POTÊNCIA
TIPO TIPO
(W) (W)

Aquecedor Água (até 80 L) 1500 Fogão (valor por boca) 1500

Aquecedor Água (de 100 L a 150 L) 2500 Forno (Embutir) 4500

Aquecedor Água (de 200 L a 400 L) 4000 Forno Micro-ondas 750

Aquecedor de Água por Passagem 6000 Freezer Horizontal 500

Aquecedor de Ambiente 1000 Freezer Vertical 300

Aspirador de Pó 600 Geladeira 250

Batedeira 100 Grill 1200

Cafeteira - Uso doméstico 600 Liquidificador 200

Cafeteira - Uso Comercial 1200 Máquina de Costura 100

Chuveiro (127 V) 4400 Máquina de Lavar Louças 1500

Chuveiro (220 V) 6000 Máquina de Lavar Roupas 1000

Aparelho de SOM 100 Máquina de Secar Roupas 3500

Ebulidor 1000 Rádio Gravador 50

Enceradeira 300 Secador de Cabelos 1000

Espremedor de Frutas 200 Televisor a Cores 300

Exaustor 150 Torneira Elétrica 2500

Ferro de Passar Roupa Automático 1000 Torradeira 800

Ferro de Passar Roupa Simples 500 Ventilador 100

Instalações Elétricas 40
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Potências Nominais
‡ A tabela mostra a potência nominal para aparelhos de Ar Condicionado
AR CONDICIONADO

CAPACIDADE POTÊNCIA NOMINAL


BTU/h Kcal/h W VA

8500 2125 1300 1550

10000 2500 1400 1650

12000 3000 1600 1900

14000 3500 1900 2100

18000 4500 2600 2860

21000 5250 2800 3080

30000 7500 3600 4000

Instalações Elétricas 41
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

16
Circuitos com Carga Distribuída
‡ Circuitos que possuem não uma, mas várias cargas alimentadas a partir de
uma mesma origem
„ Cargas do Mesmo Tipo – Neste caso todas as cargas apresentam o mesmo fator de
potência (cosΦ)
„ Temos as seguintes expressões
m m
SA = ∑ S N QA = ∑ Q N
m
PA = ∑ P ' N
1 1
1
PA SA
IB = IB =
t ⋅ U N ⋅ cos φ N t ⋅ UN
„ Neste caso temos:
‡ PA – Potência ativa de Alimentação (W)
‡ QA – Potência de Alimentação Reativa (VAr)
‡ SA – Potência de Alimentação Aparente (VA)
‡ IB – Corrente de Projeto
„ Equipamentos monofásicos: t = 1 e UN representa a tensão de fase (F –
N)
„ Equipamentos trifásicos: t = √3 e UN representa a tensão de linha (F – F)
e PN e SN as potências trifásicas totais.

Instalações Elétricas 42
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Circuitos com Carga Distribuída


„ Cargas de diferentes tipos – Neste caso as cargas apresentam diferentes fatores de
potência (cosΦ)
„ Temos as seguintes expressões
m m
PA = ∑ P ' N QA = ∑ Q N SA = PA2 + Q 2A
1 1
SA PA
PA IB = cos φ =
IB = SA
t ⋅ U N ⋅ cos φ t ⋅ UN
„ Neste caso temos:
‡ PA – Potência ativa de Alimentação (W)
‡ QA – Potência de Alimentação Reativa (VAr)
‡ SA – Potência de Alimentação Aparente (VA)
‡ IB – Corrente de Projeto
„ Equipamentos monofásicos: t = 1 e UN representa a tensão de Fase (F – N)
„ Equipamentos trifásicos: t = √3 e UN representa a tensão de linha (F – F) e
PN e SN as potências trifásicas totais.

Instalações Elétricas 43
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

17
Luminotécnica
‡ Radiação
„ Emissão ou transporte de energia sob a forma de ondas eletromagnéticas
„ Para cada tipo de onda a velocidade de propagação (c) é igual ao produto
do comprimento de onda (λ) pela freqüência (f)
„ No vácuo a velocidade de propagação é 3 x 108 m/s
c = λ⋅ f
‡ Fluxo Radiante
„ Potência Emitida, transferida ou recebida em forma de radiação.
‡ Luz
„ Radiação Vísivel; Radiação Eletromagnética capaz de produzir uma sensação
visual
‡ Espectro Visível
„ O olho humano é sensível a somente aos comprimentos de ondas situados
entre 380 até 780 nm (10-9 m)
„ Comprimentos logo abaixo do comprimento de onda 380 se encontra o infra-
vermelho e logo acima de 780 nm se encontra o ultravioleta

Instalações Elétricas 44
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica
‡ Espectro Visível
„ Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Violeta

Instalações Elétricas 45
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

18
Luminotécnica
‡ Tipos de Lâmpadas
„ Lâmpadas Incandescentes
‡ Convencionais
‡ Halôgenas
„ Lâmpadas de Descarga
‡ Fluorescentes
‡ Fluorescentes Compactas
‡ Vapor de Mercúrio
‡ Vapor Metálico
‡ Luz Mista
‡ Vapor de Sódio
„ Lâmpadas de Indução

Instalações Elétricas 46
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica
‡ Características da Lâmpadas
„ Tensão
„ Potência(Watts)
„ Fluxo Luminoso
„ Vida Média
„ Eficiência Energética ou Eficiência Luminosa
„ Temperatura da Cor (K)
„ IRC (Índice de Reprodução de Cores)

Instalações Elétricas 47
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

19
Lâmpadas - Características
‡ Tensão
„ Tensão (Volts) para a qual a lâmpada tem todas as suas características
projetadas como fluxo luminoso, corrente, potência e vida média.
‡ Potência(Watts)
„ Potência Nominal da lâmpada para uso nos cálculos do projeto
‡ Fator de Potência
„ Lâmpadas incandescente possuem fator de potência igual a 1
„ Nas lâmpadas de descarga o fator de potência depende do reator e outros
equipamentos auxiliares como capacitores.
‡ Fluxo Luminoso
„ Quantidade de luz emitida por uma fonte medida em lúmens (lm)
„ Fornecido pelo fabricante
‡ Vida Média
„ Tempo (horas) no qual 50% das lâmpadas ensaiadas se mantém acesas.
„ Esta vida não é necessariamente a vida em serviço
„ Flutuações de tensão e outras influências ambientais podem resultar em um
encurtamento da vida média.

Instalações Elétricas 48
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Lâmpadas - Características
‡ Eficiência Energética ou Eficiência Luminosa (lm/W)
„ Indica a quantidade de lúmens produzidos por watt absorvido.
„ Valor importante para comprar diferentes lâmpadas

Fonte: OSRAM
Instalações Elétricas 49
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

20
Lâmpadas - Características
‡ Temperatura da Cor (K)
„ Permite classificar a sensação de tonalidade de cor de diversas
lâmpadas
„ Assim como um corpo metálico que, em seu aquecimento, passa
desde o vermelho até o branco, quanto mais claro o branco
(semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior é a Temperatura de Cor
(aproximadamente 6500K).
„ A luz amarelada, como de uma lâmpada incandescente, está em
torno de 2700 K.
„ É importante destacar que a cor da luz em nada interfere na
Eficiência Energética da lâmpada, não sendo válida a impressão de
que quanto mais clara, mais potente é a lâmpada.
„ As expressão “Luz Quente” não indica que a lâmpada apresenta uma
maior temperatura de cor, mas sim que possui uma tonalidade mais
amarelada
„ Influencia as aplicações para a lâmpada

Instalações Elétricas 50
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Lâmpadas - Características
‡ Temperatura da Cor (K)
„ Luz Quente
‡ Quando mais baixa for a temperatura da cor, mais “quente” será a luz
‡ Normalmente utilizada em ambientes como salas de estar, quartos ou
locais onde se deseja tornar o ambiente mais aconchegante
„ Luz Fria
‡ Quanto mais alta for a temperatura da cor, mais “fria” será a luz
‡ Normalmente utilizada em escritórios, cozinhas ou locais em que se
deseja estimular ou realizar alguma atividade

Fonte: OSRAM

Instalações Elétricas 51
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

21
Lâmpadas - Características
‡ IRC (Índice de Reprodução de Cores)
„ É uma escala qualitativa que indica as variações de cor dos objetos
iluminados sob diferentes fontes de luz
„ Para criar o índice foi estabelecido um padrão a partir do
aquecimento de um metal sólido até que o mesmo irradie luz.
„ Este metal aquecido foi utilizado para se estabelecer os níveis de
reprodução de cor.
„ A função do índice é como dar uma nota (de 1 a 100) para o
desempenho de outras fontes de luz em relação a este padrão.
„ Quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto iluminado
em relação ao padrão (sob a radiação do metal sólido) menor é seu
IRC.

Instalações Elétricas 52
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Lâmpadas - Características
‡ IRC (Índice de Reprodução de Cores)
„ A mesma cena iluminada, sendo que a foto à esquerda possui um
IRC igual a 100
„ Na foto da direita a mesma cena utilizando uma lâmpada
fluorescente FO32/31 de 3000 K (OSRAM) que apresenta um IRC
igual a 85

Fonte: OSRAM

Instalações Elétricas 53
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

22
Lâmpadas - Características
‡ IRC (Índice de Reprodução de Cores)
„ Comparação do IRC e Temperatura da cor entre várias lâmpadas

Fonte: OSRAM

Instalações Elétricas 54
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica
‡ Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
„ Luminária
„ Soquete
„ Transformador
„ Reator
„ Reator para corrente contínua
„ Starter
„ Ignitor
„ Capacitor
„ Dimmer

Instalações Elétricas 55
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

23
Luminotécnica
‡ Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
„ Luminária
‡ abriga a lâmpada e direciona a luz
„ Soquete
‡ Tem como função garantir fixação mecânica e a conexão elétrica
da lâmpada.
„ Transformador
‡ Equipamento auxiliar cuja função é converter a tensão de rede
(tensão primária) para outro valor de tensão (tensão secundária).
‡ Um único transformador poderá alimentar mais de uma lâmpada,
desde que a somatória das potências de todas as lâmpadas a ele
conectadas, não ultrapasse a potência máxima do mesmo.

Instalações Elétricas 56
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica
‡ Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
„ Reator
‡ Equipamento auxiliar ligado entre a rede e as lâmpadas de
descarga, cuja função é estabilizar a corrente através da mesma.
Cada tipo de lâmpada requer um reator específico.
„ Reator para corrente contínua
‡ Oscilador eletrônico alimentado por uma fonte de corrente
contínua, cuja função é fornecer as características necessárias
para perfeito funcionamento das lâmpadas.
„ Os reatores se classificam em:
‡ Eletromagnéticos
ƒ Reatores de alto fator de potência (compensados)
ƒ Reatores de baixo fator de potência
ƒ Reatores de partida rápida
ƒ Reatores de partida convencional (com starter)
‡ Eletrônicos

Instalações Elétricas 57
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

24
Luminotécnica - Reatores
‡ Reatores de Partida Rápida (Eletromagnéticos)
„ Não necessitam de starters,
„ Possibilitam um acendimento praticamente instantâneo, e mantém as
lâmpadas livre de cintilamento
„ Porém consomem uma potência final maior e ainda utilizam uma
parcela desta potência para manter o filamento da lâmpada
aquecido, mesmo quando desligada.
„ Atualmente existem no mercado lâmpadas que desligam os
filamentos após a partida permitindo o mesmo consumo que reatores
de partida convencional.
„ O esforço de melhoria da qualidade dos reatores levou ao
desenvolvimento de tecnologias para reatores de partida eletrônica.
„ São iguais aos convencionais exceto pelo dispositivo de partida.

Instalações Elétricas 58
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica - Reatores
‡ Reatores Eletrônicos
„ Possuem vida útil de até 50% maior que os reatores convencionais,
por operarem em altas freqüências;
„ Evitam o efeito estroboscópico e flicker em monitores de vídeo;
„ Não produz ruído, pois sua freqüência está acima da faixa de audição
humana;
„ Reduz o aquecimento do ambiente, pois possuem menos perdas;
„ Alto fator de potência - 0,95;
„ Possibilidade de dimmerização;
„ Economia de até 30% de energia consumida.
„ Distorção harmônica de 5%, nos de boa qualidade

Instalações Elétricas 59
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

25
Luminotécnica
‡ Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
„ Starter
‡ Sua função é pré-aquecer os eletrodos das lâmpadas fluorescentes,
bem como fornecer em conjunto com reator eletromagnético
convencional, um pulso de tensão necessário para o acendimento da
mesma.
‡ Reatores eletrônicos e partida rápida não utilizam starter.
„ Ignitor
‡ Dispositivo eletrônico cuja função é fornecer à lâmpada um pulso de
tensão necessário para acendimento da mesma.
„ Capacitor
‡ Acessório que tem como função corrigir o fator de potência de um
sistema que utiliza reator magnético.
‡ Para cada reator, existe também um capacitor específico
„ Dimmer
‡ Tem como função variar a intensidade da luz de acordo com a
necessidade.
Instalações Elétricas 60
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica
‡ Fluxo Luminoso ( φ )
„ Fluxo Luminoso é a radiação total da fonte luminosa
„ O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma
fonte, medida em lúmens (lm), na tensão nominal de
funcionamento.
‡ Intensidade Luminosa (I)
„ Equivale ao fluxo luminoso irradiado na direção de um
determinado ponto ou seja em uma determinada direção
„ Medida em candelas (cd)
‡ Iluminância ou Iluminamento (E)
„ Indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide
sobre uma superfície situada à uma certa distância desta
fonte, ou seja, indica a quantidade de luz dentro de um
ambiente
„ Expresso em lux (lx) ou cd/m2
„ Pode ser medida com o auxílio de um luxímetro

Instalações Elétricas 61
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

26
Luminotécnica
‡ Iluminância Média (Em)
„ Como a iluminância média varia ponto a ponto normalmente utiliza-se o seu
valor médio relacionado ao plano de trabalho
„ A altura do plano de trabalho é de 0.75m a 1m
„ A NBR 5413, indica vários níveis de iluminância média para diferentes tipos
de ambiente e utilização
Atividade Iluminâncias (lx)

ϕ ⋅η ⋅ d
Em =
Mínimo para o ambiente de trabalho 150

Tarefas visuais simples e variadas 250 a 500


s Observações contínuas de detalhes médios e finos
(trabalho normal) 500 a 1000

Tarefas visuais contínuas e precisas (trabalho fino,


por exemplo, desenho) 1000 a 2000

Trabalho muito fino (por exemplo, conserto de


relógios) Acima 2000
‡ Luminária
„ Aparelho que distribui, direciona, filtra ou converte a luz emitida por uma ou
mais lâmpadas
„ Contém todos os dispositivos necessários para fixar e proteger as lâmpadas
e liga-lás ao circuito de alimentação
Instalações Elétricas 62
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica
‡ Fator de Depreciação (d)
„ Definido como a razão entre iluminamento médio no plano de trabalho após
um certo período de uso e o iluminamento médio obtido nas mesmas
condições com a instalação nova
„ Pode ser calculado conforme a tabela Tipo de Ambiente
Período de Manutenção (h)

2500 5000 7500


ao lado: Limpo 0.95 0.91 0.88

Normal 0.91 0.85 0.80

Sujo 0.80 0.66 0.57

‡ Reflectâncias
„ Indicam a capacidade que uma superfície possui de refletir a luz
„ Nos cálculos de iluminamento é considerada a reflectâncias de Teto, Parede e
do Piso Índice Reflexão Significado
„ A capacidade de reflexão está ligada 1 10% Superfície escura

à cor da superfície 3 30% Superfície média

5 50% Superfície clara

7 70% Superfície branca

Instalações Elétricas 63
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

27
Luminotécnica
‡ Fator de Utilização (η)
„ Parte do fluxo luminoso emitido por uma lâmpada é absorvido pela luminária e
não contribui para a iluminação do ambiente
„ O fator de utilização é a razão entre o fluxo útil, aquele efetivamente incide
sobre o plano de trabalho, e o fluxo total emitido
„ O fator de utilização pode variar conforme:
‡ Distribuição de luz da luminária
‡ O Rendimento da luminária
‡ A capacidade de reflexão (reflectâncias) do teto, paredes e plano de trabalho ou
piso
‡ O Índice do Local
„ O fator de utilização deve ser fornecido pelo fabricante da luminária
‡ Índice do Local (K)
„ Valor calculado conforme as dimensões do ambiente sendo: l ⋅b
‡ l Æ Comprimento do Local K =
‡ b Æ Largura do Local h(l + b)
‡ h Æ Altura de montagem da Luminária (distância da luminária ao plano de trabalho)

Instalações Elétricas 64
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Luminotécnica
‡ Fator de Utilização (η)
‡ Exemplo de tabela fornecida pelo fabricante
REFLECTÂNCIAS
K
751 731 711 551 531 511 331 311

0.60 0.33 0.26 0.21 0.3 0.24 0.19 0.21 0.17

0.80 0.41 0.33 0.28 0.37 0.3 0.25 0.27 0.23

1.00 0.47 0.4 0.34 0.43 0.36 0.31 0.32 0.28

1.25 0.53 0.46 0.4 0.48 0.42 0.36 0.37 0.33

1.50 0.58 0.51 0.45 0.52 0.46 0.41 0.41 0.37

2.00 0.65 0.58 0.53 0.59 0.53 0.48 0.48 0.44

2.50 0.7 0.64 0.59 0.63 0.58 0.54 0.52 0.49

3.00 0.73 0.68 0.63 0.66 0.62 0.58 0.56 0.52

4.00 0.78 0.73 0.69 0.7 0.67 0.63 0.6 0.57

5.00 0.81 0.77 0.73 0.73 0.7 0.67 0.63 0.61

Instalações Elétricas 65
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

28
Cálculo de Iluminamento
‡ Método dos Lumens
1. Escolha do tipo de lâmpada e luminária adequado ao local
2. Obtenção do fluxo luminoso da luminária (φ) fornecido pelo
fabricante
3. Escolha do nível de iluminamento médio (Em) conforme previsto pela
NBR 5413 l ⋅b
4. Cálculo do Índice do Local (K) a partir da expressão: K =
h (l + b )

5. Determinação das reflectâncias do Teto, Parede e Piso


6. A partir de dados do fabricante da luminária, determina-se o fator de
utilização (η) utilizando os valores de K e das reflectâncias obtidas
anteriormente
7. Determinação do fator de depreciação
8. Cálculo do fluxo luminoso total Em ⋅ S
Sendo S a área do ambiente
ϕT =
‡
η⋅d
Instalações Elétricas 66
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

Cálculo de Iluminamento
‡ Método dos Lumens
9. Determinação do número de luminárias (N) a partir da seguinte
expressão: ϕ
N = T
ϕ
10. Distribuição das luminárias sendo que:
‡ O espaçamento entre as mesmas, em ambas as direções, deve ser igual
a 1 ou 1.5 vezes o valor da distância da luminária ao plano de trabalho
‡ Em relação à parede a distância deve ser a metade do espaçamento

Instalações Elétricas 67
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

29
Cálculo de Iluminamento
‡ Método dos Lumens – Distribuição das Luminárias

d/2 d d d d/2
c/2

c/2

Instalações Elétricas 68
Flávio de Oliveira Silva, M.Sc.

30

Você também pode gostar