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Circuito Elétrico
Conjunto de corpos, componentes ou meios no qual é possível que
haja corrente elétrica
Sistema Elétrico
Conjunto de circuitos inter-relacionados, constituído para uma
determinada finalidade
Formado por componentes elétricos que podem conduzir corrente.
Instalação Elétrica
Sistema elétrico físico, ou seja, conjunto de componentes elétricos
associados e coordenados entre si, composto para um fim específico
Pode conter componentes elétricos que não conduzem corrente
(condutos; caixas; estrutura de suporte; etc.)
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Instalações Elétricas 11
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Norma NBR 5410
Fixa as condições que a instalações devem atender a fim de:
Garantir seu funcionamento adequado
Garantir a segurança de pessoas e animais domésticos
Conservação dos bens
Aplica-se a instalações novas e a reformas em instalações existentes
Aborda todos os tipos de instalações baixa tensão como:
Edificações residenciais e comerciais em geral; estabelecimentos
institucionais e de uso público; estabelecimentos industriais;
estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros; edificações pré-
fabricadas; reboques de acampamentos (trailers); locais de acampamento
(campings); marinas e locais análogos; canteiros de obras; feiras;
exposições; outras instalações temporárias
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Componentes das Instalações
Componente
Refere-se a um equipamento, linha elétrica ou qualquer outro
elemento necessário ao funcionamento da instalação
Parte integrante de um equipamento, uma linha elétrica ou
qualquer outro componente
Exemplo: Condutor; Eletrodutos; Motor; etc.
Equipamento elétrico
Unidade funcional que exerce uma ou mais funções elétricas
relacionadas com: geração; transmissão; distribuição ou utilização
de energia elétrica
Exemplo: Máquinas; Transformadores; Dispositivos Elétricos;
Aparelhos de Medição, proteção e controle
Equipamento de Utilização
Equipamento elétrico destinado a converter energia elétrica em
outra forma de energia (mecânica; térmica; luminosa; sonora; etc.)
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Instalações Elétricas 15
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Componentes das Instalações
Dispositivo Elétrico
Equipamento integrante de um circuito elétrico cujo objetivo é
desempenhar funções de manobra; comando; proteção ou controle
Exemplo: Disjuntores; Chaves; Seccionadores; fusíveis; relés.
Manobra
Mudança na configuração elétrica de um circuito, feita manual ou
automaticamente
Comando
Ação destinada a efetuar a manobra, que pode ser de desligamento,
ligação ou variação da alimentação de energia elétrica de toda ou parte
de uma instalação
Proteção
Ação automática provocada por dispositivos sensíveis a determinadas
condições anormais que ocorrem em um circuito, a fim de evitar danos
às pessoas ou animais
Controle
Ação de estabelecer o funcionamento de equipamentos elétricos sob
determinadas condições de operação
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Instalações Elétricas 17
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Cargas Elétricas
Cargas Lineares
Constituídas pelos equipamentos elétricos cuja forma de onda de
tensão e corrente de entrada permanecem senoidais em qualquer
ponto da operação
Exemplos: Motores de indução; iluminação incandescente; cargas
de aquecimento
Cargas Não-Lineares
Constituídas basicamente por equipamentos eletrônicos, cujas
tensão e corrente elétrica são distorcidas contendo harmônicas
Exemplos: Equipamentos de telecomunicações e comunicações de
dados; Equipamentos de processamento de dados; sistemas de
automação predial; etc.
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Correntes Não Nominais
Sobrecorrente
Corrente que excede o valor nominal de condutores elétricos, ou
seja, excede sua capacidade de condução de corrente
Corrente de Falta (Devido à Falta) ou Corrente de Sobrecarga
(Devido Sobrecarga)
Corrente de Curto-Circuito
Caso particular da corrente de falta
Ocorre devido a uma falta direta entre condutores energizados que
apresentam uma diferença de potencial em funcionamento normal
Corrente de Fuga
Corrente muito pequena que percorre um caminho diferente do
previsto.
Na ausência de falta flui através do dielétrico (isolante) dos
condutores
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L1
I1
L2
I1
IDR L3
I1
I1 LN
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Choque Elétrico
Perturbação de natureza e efeitos diversos que se
manifestam no organismo humano ou animal quando
percorrido por uma corrente elétrica
Dependendo da intensidade e de sua duração pode causar:
contrações musculares; parada respiratória; queimaduras e
fibrilação ventricular podendo levar até a morte
Fibrilação ventricular – Fibras musculares do ventrículo
vibram desordenadamente estagnando o sangue dentro do
coração. Não há irrigação sanguínea a pressão arterial vai a
zero; ocorre um desmaio e morte aparente
Desfibrilador – Carga elétrica devidamente aplicada, pode
reverter o processo de fibrilação
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Choque Elétrico
O choque pode ser devido a:
Contatos Diretos
Contatos Indiretos
Contatos Diretos
Pessoas ou animais tocam diretamente a parte viva (condutores
energizados) de uma instalação elétrica
Pode ocorrer de forma inadvertida ou devido a uma fissura do
material isolante do fio
Contatos Indiretos
Contato de pessoas ou animais com massas que ficaram sob tensão
devido a uma falha de isolamento
Exemplo: Pessoa encosta a mão na carcaça energizada de um
equipamento
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Esquema de Condutores
Corresponde ao número de condutores vivos (energizados) em uma
instalação elétrica
É definido em função da natureza dos equipamentos de utilização
alimentados e nas redes de BT leva-se em conta as prescrições das
concessionárias de energia
O esquema de condutores pode ser Monofásico; Bifásico ou Trifásico
Instalações Elétricas 24
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Esquema de Condutores
Monofásico a 2 Condutores Monofásico a 3 Condutores
F F
N
F
F
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Esquema de Condutores
Bifásico a 3 Condutores Trifásico a 3 Condutores
F F
N
F
N
F
N
F
F
Trifásico a 4 Condutores
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Tensões Elétricas
Segundo a norma IEC 38, os sistemas elétricos são caracterizados por
três valores de tensão eficaz
Tensão Nominal – Tensão de operação do sistema elétrico
Tensão Máxima – Maior valor em condições normais de operação
Tensão Mínima – Menor valor em condições normais de operação
Os valores máximos e mínimos excluem condições transitórias e
anormais
Equipamentos ligados em Baixa Tensão (BT) devem ser caracterizados
tanto pela tensão nominal quanto pela tensão de isolamento
As tensões superiores a 230/400 V destinam-se exclusivamente a
instalações industriais e comerciais de porte
As tensões nominais de equipamentos de utilização monofásicos não
devem exceder 240 V
Recomenda-se que a variação da tensão nos terminais seja de no
máximo +/- 10%
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Tensões Elétricas
Tensões nominais de sistemas de baixa tensão no Brasil
Sistemas Trifásicos a três ou quatro Sistemas Monofásicos a dois UO – Tensão entre Fase e Neutro
condutores carregados (V) ou três condutores
UO/U carregados (V) U – Tensão entre Fases
115/230 110/220
120/208 115/230
127/220 127/254
220/380 220/440
254/440 120/240
220 110
380 115
440 120
127
220
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Tensões Elétricas
U = 3 * U0 TRIÂNGULO
ESTRELA IL
IL IL = I0 F
F Uo UL
Io
Io Uo
UL
N F
Sendo: N
U0 – Tensão de Fase F
U – Tensão de Linha
F I L = 3 * I0
IL – Corrente de Linha
U = U0
I0 – Corrente de Fase
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Instalação de Baixa Tensão
Entrada de Serviço
Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de derivação da rede da concessionária e o quadro de medição ou proteção
inclusive
Ponto de Entrega
Ponto até onde a concessionária de fornecer energia elétrica. Sua instalação,
operação e manutenção é de responsabilidade de concessionária
Entrada Consumidora
Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de entrega e o quadro de medição ou proteção inclusive
Ramal de Ligação
Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de derivação e o ponto de entrega
Ramal de Entrada
Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto
de entrega e o quadro de proteção e medição
Subestação
Instalação elétrica destinada à manobra, transformação e/ou outra forma de
conversão de energia elétrica
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Instalação de Baixa Tensão
Componentes da Entrada de Serviço
Entrada Consumidora
Entrada de Serviço
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Instalação de Baixa Tensão
A alimentação da instalação pode ser feita:
Diretamente por uma rede de distribuição de energia elétrica de BT, por meio
de um ramal de ligação - caso típico de prédios residenciais, comerciais ou
industriais de pequeno porte
A partir da rede de AT, através de uma subestação ou de um transformador
exclusivo – instalações residenciais de uso coletivo (apartamentos) e
comerciais de grande porte
A partir da rede de AT, por meio de uma subestação de propriedade do
consumidor – prédios industriais e comerciais de grande porte
Por fonte autônoma – instalações de segurança ou situadas fora de zonas
servidas por concessionárias
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Instalações Elétricas 35
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Circuitos
Uma instalação deve ser dividida em circuitos a fim de:
Limitar as conseqüências da falta, que provocará apenas o seccionamento do
circuito atingido.
Facilitar as inspeções, os ensaios e a manutenção
Evitar os perigos que possam resultar da falha em um circuito único
Um circuito deve possuir um (ou dois) dispositivo(s) de proteção a fim de
proteger o mesmo contra correntes de sobrecarga e de curto-circuito
Os condutores em um mesmo circuito devem possuir a mesma secção
nominal ao longo do mesmo
No caso de não possuir a mesma secção nominal o dispositivo de
proteção deve levar em conta a secção do menor condutor existente no
circuito
Segundo a NBR5410, os circuitos terminais devem ser individualizados
segundo a sua função. Desta forma deve haver circuitos independentes
para iluminação; tomadas de corrente e motores.
A norma ainda recomenda circuitos individuais para equipamentos de
corrente nominal superior a 10A (Ex.: Chuveiros; Torneiras Elétricas; etc.)
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Características Nomimais
Os equipamentos de utilização são caracterizados por valores nominais,
para condições de funcionamento estabelecidas
Corrente Nominal (IN)
Corrente estabelecida pelo fabricante do equipamento de utilização. Medida
em Ampéres (A)
Tensão Nominal (UN)
Tensão atribuída a um equipamento por seu fabricante. Medida em Volts (V)
Potência Nominal (PN OU SN)
Potência de entrada atribuída pelo fabricante quando o equipamento
funciona sob tensão e frequência nominais, na temperatura normal e com
carga normal ou na condição adequada de dissipação de calor
PN – Potência Nominal Ativa (W)
SN – Potência Nominal Aparente (VA)
Frequência Nominal (f)
Frequência atribuída pelo fabricante e em relação à qual são referidas as
outras grandezas nominais do equipamento. Geralmente 50 ou 60 Hz
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Características Nomimais
Rendimento (η)
Razão entre a potência de saída, designada por P’N e a potência nominal de entrada PN
P'N
η=
PN
Em equipamentos do tipo motor, a potência nominal indicada na placa é a potência
mecânica útil no eixo do rotor (kW ou cv), ou seja a potência de saída no seu eixo.
Fator de Conversão: 1 cv ≈ 736 W
Fator de potência nominal (cosΦ)
Definido como a razão entre a potência nominal ativa (PN ) e a potência nominal
aparente (SN)
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Características Nomimais
Equipamento Genérico de Utilização
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Potências Nominais
A tabela mostra a potência nominal de alguns equipamentos de utilização
POTÊNCIA POTÊNCIA
TIPO TIPO
(W) (W)
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Potências Nominais
A tabela mostra a potência nominal para aparelhos de Ar Condicionado
AR CONDICIONADO
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Circuitos com Carga Distribuída
Circuitos que possuem não uma, mas várias cargas alimentadas a partir de
uma mesma origem
Cargas do Mesmo Tipo – Neste caso todas as cargas apresentam o mesmo fator de
potência (cosΦ)
Temos as seguintes expressões
m m
SA = ∑ S N QA = ∑ Q N
m
PA = ∑ P ' N
1 1
1
PA SA
IB = IB =
t ⋅ U N ⋅ cos φ N t ⋅ UN
Neste caso temos:
PA – Potência ativa de Alimentação (W)
QA – Potência de Alimentação Reativa (VAr)
SA – Potência de Alimentação Aparente (VA)
IB – Corrente de Projeto
Equipamentos monofásicos: t = 1 e UN representa a tensão de fase (F –
N)
Equipamentos trifásicos: t = √3 e UN representa a tensão de linha (F – F)
e PN e SN as potências trifásicas totais.
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Luminotécnica
Radiação
Emissão ou transporte de energia sob a forma de ondas eletromagnéticas
Para cada tipo de onda a velocidade de propagação (c) é igual ao produto
do comprimento de onda (λ) pela freqüência (f)
No vácuo a velocidade de propagação é 3 x 108 m/s
c = λ⋅ f
Fluxo Radiante
Potência Emitida, transferida ou recebida em forma de radiação.
Luz
Radiação Vísivel; Radiação Eletromagnética capaz de produzir uma sensação
visual
Espectro Visível
O olho humano é sensível a somente aos comprimentos de ondas situados
entre 380 até 780 nm (10-9 m)
Comprimentos logo abaixo do comprimento de onda 380 se encontra o infra-
vermelho e logo acima de 780 nm se encontra o ultravioleta
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Luminotécnica
Espectro Visível
Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Violeta
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Luminotécnica
Tipos de Lâmpadas
Lâmpadas Incandescentes
Convencionais
Halôgenas
Lâmpadas de Descarga
Fluorescentes
Fluorescentes Compactas
Vapor de Mercúrio
Vapor Metálico
Luz Mista
Vapor de Sódio
Lâmpadas de Indução
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Luminotécnica
Características da Lâmpadas
Tensão
Potência(Watts)
Fluxo Luminoso
Vida Média
Eficiência Energética ou Eficiência Luminosa
Temperatura da Cor (K)
IRC (Índice de Reprodução de Cores)
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Lâmpadas - Características
Tensão
Tensão (Volts) para a qual a lâmpada tem todas as suas características
projetadas como fluxo luminoso, corrente, potência e vida média.
Potência(Watts)
Potência Nominal da lâmpada para uso nos cálculos do projeto
Fator de Potência
Lâmpadas incandescente possuem fator de potência igual a 1
Nas lâmpadas de descarga o fator de potência depende do reator e outros
equipamentos auxiliares como capacitores.
Fluxo Luminoso
Quantidade de luz emitida por uma fonte medida em lúmens (lm)
Fornecido pelo fabricante
Vida Média
Tempo (horas) no qual 50% das lâmpadas ensaiadas se mantém acesas.
Esta vida não é necessariamente a vida em serviço
Flutuações de tensão e outras influências ambientais podem resultar em um
encurtamento da vida média.
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Lâmpadas - Características
Eficiência Energética ou Eficiência Luminosa (lm/W)
Indica a quantidade de lúmens produzidos por watt absorvido.
Valor importante para comprar diferentes lâmpadas
Fonte: OSRAM
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Lâmpadas - Características
Temperatura da Cor (K)
Permite classificar a sensação de tonalidade de cor de diversas
lâmpadas
Assim como um corpo metálico que, em seu aquecimento, passa
desde o vermelho até o branco, quanto mais claro o branco
(semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior é a Temperatura de Cor
(aproximadamente 6500K).
A luz amarelada, como de uma lâmpada incandescente, está em
torno de 2700 K.
É importante destacar que a cor da luz em nada interfere na
Eficiência Energética da lâmpada, não sendo válida a impressão de
que quanto mais clara, mais potente é a lâmpada.
As expressão “Luz Quente” não indica que a lâmpada apresenta uma
maior temperatura de cor, mas sim que possui uma tonalidade mais
amarelada
Influencia as aplicações para a lâmpada
Instalações Elétricas 50
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Lâmpadas - Características
Temperatura da Cor (K)
Luz Quente
Quando mais baixa for a temperatura da cor, mais “quente” será a luz
Normalmente utilizada em ambientes como salas de estar, quartos ou
locais onde se deseja tornar o ambiente mais aconchegante
Luz Fria
Quanto mais alta for a temperatura da cor, mais “fria” será a luz
Normalmente utilizada em escritórios, cozinhas ou locais em que se
deseja estimular ou realizar alguma atividade
Fonte: OSRAM
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Lâmpadas - Características
IRC (Índice de Reprodução de Cores)
É uma escala qualitativa que indica as variações de cor dos objetos
iluminados sob diferentes fontes de luz
Para criar o índice foi estabelecido um padrão a partir do
aquecimento de um metal sólido até que o mesmo irradie luz.
Este metal aquecido foi utilizado para se estabelecer os níveis de
reprodução de cor.
A função do índice é como dar uma nota (de 1 a 100) para o
desempenho de outras fontes de luz em relação a este padrão.
Quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto iluminado
em relação ao padrão (sob a radiação do metal sólido) menor é seu
IRC.
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Lâmpadas - Características
IRC (Índice de Reprodução de Cores)
A mesma cena iluminada, sendo que a foto à esquerda possui um
IRC igual a 100
Na foto da direita a mesma cena utilizando uma lâmpada
fluorescente FO32/31 de 3000 K (OSRAM) que apresenta um IRC
igual a 85
Fonte: OSRAM
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Lâmpadas - Características
IRC (Índice de Reprodução de Cores)
Comparação do IRC e Temperatura da cor entre várias lâmpadas
Fonte: OSRAM
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Luminotécnica
Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
Luminária
Soquete
Transformador
Reator
Reator para corrente contínua
Starter
Ignitor
Capacitor
Dimmer
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Luminotécnica
Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
Luminária
abriga a lâmpada e direciona a luz
Soquete
Tem como função garantir fixação mecânica e a conexão elétrica
da lâmpada.
Transformador
Equipamento auxiliar cuja função é converter a tensão de rede
(tensão primária) para outro valor de tensão (tensão secundária).
Um único transformador poderá alimentar mais de uma lâmpada,
desde que a somatória das potências de todas as lâmpadas a ele
conectadas, não ultrapasse a potência máxima do mesmo.
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Luminotécnica
Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
Reator
Equipamento auxiliar ligado entre a rede e as lâmpadas de
descarga, cuja função é estabilizar a corrente através da mesma.
Cada tipo de lâmpada requer um reator específico.
Reator para corrente contínua
Oscilador eletrônico alimentado por uma fonte de corrente
contínua, cuja função é fornecer as características necessárias
para perfeito funcionamento das lâmpadas.
Os reatores se classificam em:
Eletromagnéticos
Reatores de alto fator de potência (compensados)
Reatores de baixo fator de potência
Reatores de partida rápida
Reatores de partida convencional (com starter)
Eletrônicos
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Luminotécnica - Reatores
Reatores de Partida Rápida (Eletromagnéticos)
Não necessitam de starters,
Possibilitam um acendimento praticamente instantâneo, e mantém as
lâmpadas livre de cintilamento
Porém consomem uma potência final maior e ainda utilizam uma
parcela desta potência para manter o filamento da lâmpada
aquecido, mesmo quando desligada.
Atualmente existem no mercado lâmpadas que desligam os
filamentos após a partida permitindo o mesmo consumo que reatores
de partida convencional.
O esforço de melhoria da qualidade dos reatores levou ao
desenvolvimento de tecnologias para reatores de partida eletrônica.
São iguais aos convencionais exceto pelo dispositivo de partida.
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Luminotécnica - Reatores
Reatores Eletrônicos
Possuem vida útil de até 50% maior que os reatores convencionais,
por operarem em altas freqüências;
Evitam o efeito estroboscópico e flicker em monitores de vídeo;
Não produz ruído, pois sua freqüência está acima da faixa de audição
humana;
Reduz o aquecimento do ambiente, pois possuem menos perdas;
Alto fator de potência - 0,95;
Possibilidade de dimmerização;
Economia de até 30% de energia consumida.
Distorção harmônica de 5%, nos de boa qualidade
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Luminotécnica
Lâmpadas – Equipamentos Auxiliares
Starter
Sua função é pré-aquecer os eletrodos das lâmpadas fluorescentes,
bem como fornecer em conjunto com reator eletromagnético
convencional, um pulso de tensão necessário para o acendimento da
mesma.
Reatores eletrônicos e partida rápida não utilizam starter.
Ignitor
Dispositivo eletrônico cuja função é fornecer à lâmpada um pulso de
tensão necessário para acendimento da mesma.
Capacitor
Acessório que tem como função corrigir o fator de potência de um
sistema que utiliza reator magnético.
Para cada reator, existe também um capacitor específico
Dimmer
Tem como função variar a intensidade da luz de acordo com a
necessidade.
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Luminotécnica
Fluxo Luminoso ( φ )
Fluxo Luminoso é a radiação total da fonte luminosa
O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma
fonte, medida em lúmens (lm), na tensão nominal de
funcionamento.
Intensidade Luminosa (I)
Equivale ao fluxo luminoso irradiado na direção de um
determinado ponto ou seja em uma determinada direção
Medida em candelas (cd)
Iluminância ou Iluminamento (E)
Indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide
sobre uma superfície situada à uma certa distância desta
fonte, ou seja, indica a quantidade de luz dentro de um
ambiente
Expresso em lux (lx) ou cd/m2
Pode ser medida com o auxílio de um luxímetro
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Luminotécnica
Iluminância Média (Em)
Como a iluminância média varia ponto a ponto normalmente utiliza-se o seu
valor médio relacionado ao plano de trabalho
A altura do plano de trabalho é de 0.75m a 1m
A NBR 5413, indica vários níveis de iluminância média para diferentes tipos
de ambiente e utilização
Atividade Iluminâncias (lx)
ϕ ⋅η ⋅ d
Em =
Mínimo para o ambiente de trabalho 150
Luminotécnica
Fator de Depreciação (d)
Definido como a razão entre iluminamento médio no plano de trabalho após
um certo período de uso e o iluminamento médio obtido nas mesmas
condições com a instalação nova
Pode ser calculado conforme a tabela Tipo de Ambiente
Período de Manutenção (h)
Reflectâncias
Indicam a capacidade que uma superfície possui de refletir a luz
Nos cálculos de iluminamento é considerada a reflectâncias de Teto, Parede e
do Piso Índice Reflexão Significado
A capacidade de reflexão está ligada 1 10% Superfície escura
Instalações Elétricas 63
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Luminotécnica
Fator de Utilização (η)
Parte do fluxo luminoso emitido por uma lâmpada é absorvido pela luminária e
não contribui para a iluminação do ambiente
O fator de utilização é a razão entre o fluxo útil, aquele efetivamente incide
sobre o plano de trabalho, e o fluxo total emitido
O fator de utilização pode variar conforme:
Distribuição de luz da luminária
O Rendimento da luminária
A capacidade de reflexão (reflectâncias) do teto, paredes e plano de trabalho ou
piso
O Índice do Local
O fator de utilização deve ser fornecido pelo fabricante da luminária
Índice do Local (K)
Valor calculado conforme as dimensões do ambiente sendo: l ⋅b
l Æ Comprimento do Local K =
b Æ Largura do Local h(l + b)
h Æ Altura de montagem da Luminária (distância da luminária ao plano de trabalho)
Instalações Elétricas 64
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Luminotécnica
Fator de Utilização (η)
Exemplo de tabela fornecida pelo fabricante
REFLECTÂNCIAS
K
751 731 711 551 531 511 331 311
Instalações Elétricas 65
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Cálculo de Iluminamento
Método dos Lumens
1. Escolha do tipo de lâmpada e luminária adequado ao local
2. Obtenção do fluxo luminoso da luminária (φ) fornecido pelo
fabricante
3. Escolha do nível de iluminamento médio (Em) conforme previsto pela
NBR 5413 l ⋅b
4. Cálculo do Índice do Local (K) a partir da expressão: K =
h (l + b )
Cálculo de Iluminamento
Método dos Lumens
9. Determinação do número de luminárias (N) a partir da seguinte
expressão: ϕ
N = T
ϕ
10. Distribuição das luminárias sendo que:
O espaçamento entre as mesmas, em ambas as direções, deve ser igual
a 1 ou 1.5 vezes o valor da distância da luminária ao plano de trabalho
Em relação à parede a distância deve ser a metade do espaçamento
Instalações Elétricas 67
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Cálculo de Iluminamento
Método dos Lumens – Distribuição das Luminárias
d/2 d d d d/2
c/2
c/2
Instalações Elétricas 68
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