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HISTÓRIA DO

AMAPÁ
História do Amapá – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Metodologia.........................................................................................................................................................................5
Suporte...................................................................................................................................................................................6
História do Amapá - Parte I.........................................................................................................................................7
1. Exploração, Conquista, Ocupação e Colonização da Amazônia........................................................7
2. Povos Nativos da Região do Amapá. ..............................................................................................................15
3. Colonização da Região do Amapá....................................................................................................................17
4. Disputas Territoriais e Conflitos Estrangeiros no Amapá................................................................21
5. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX.................................................34
Resumo................................................................................................................................................................................45
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................46
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................50
Questões de Concurso................................................................................................................................................57
Gabarito................................................................................................................................................................................71
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 72

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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos

Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
O Governo do Estado do Amapá, através da sua Secretaria de Estado da Administração,
publicou o EDITAL N. 001/2022 ABERTURA – CFSD/BM/CBMAP para o Curso de Formação de
Soldados Combatentes - CFSD, na graduação de Soldado QPCBM – 2ª Classe. São 1500 vagas
+ cadastro de reserva.
Trata-se de uma excelente oportunidade para que você consiga a tão sonhada aprovação,
a estabilidade empregatícia e toda a gama de vantagens que poderá valer-se na condição de
servidor público do Estado do Amapá. Não é mesmo uma boa notícia?
Nesse sentido, ao elaborar esse material, o objeto primordial é que você alcance plenas
condições de GABARITAR A PROVA DE HISTÓRIA.
Por falar em conteúdo, será valorizada, e muito, a tão rica e significativa História do Ama-
pá. Não é para menos. Registros de povoamento na região remontam pelo menos 2.000 anos.
O Amapá foi motivo de disputas entre espanhóis, portugueses, holandeses e franceses. Tão
importante a ponto de influenciar os destinos do país, os destinos de países europeus. Real-
mente, não é para menos! Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão regionais e ao mesmo
tempo tão expressivos para a história do Brasil.
Além disso, você, meu(minha) querido(a) aluno(a), precisa ter como requisito o conheci-
mento da História da sociedade a qual deverá servir, zelar. Você será membro do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Amapá, Estado da Federação que possui uma população com
características culturais muito específicas. Como poderá intervir em uma sociedade que você
não conhece? Não é apenas uma disciplina cobrada para “encher linguiça”, para testar sua
alfabetização.
Assim, é muito importante que você tenha um grande escopo de conhecimento sobre a
História do Amapá, conhecimento esse que possibilitará que você tenha um alto índice de
acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite a prova e encaminhe com solidez a
sua aprovação em um cargo público.
Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecendo uma boa
interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das eventuais e possíveis dúvidas
que por ventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Me chamo Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Pouco
antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a trabalhar como pro-
fessor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que faço, amo a docência. Foi muito
rápido, quando percebi já atuava em cursinhos preparatórios para concursos públicos, vesti-
bulares e no ensino médio da rede particular no interior de Minas. Passei a ministrar também
aulas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho.

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História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos

Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e recebia um salário ra-
zoável, pelo menos pra quem desejava uma vida pacata no interior. Com isso não criei o inte-
resse por concurso público. Era feliz: trabalhava com o que gostava, mas... os ventos muda-
ram. Em 2013, após perder minha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília, onde
ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Trabalho, IcmBio,
Câmara dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito mal quando
não vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sentia preparado, mas não era a minha
área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 18.000. Três meses de preparação é
muito pouco tempo. Para um concurso deste porte eu já deveria estar me preparando. Tudo é
planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em dezembro fiz as
provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resultado e em julho já estava fa-
zendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e com
estabilidade!!! A estabilidade é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais aquela
pressão de todos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo
se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma guinada radical
e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode perder tempo!
Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem desespero. Esse material foi feito com
muito carinho para que seu tempo seja otimizado, para que você não perca tempo com o que
não tem possibilidade aparecer na prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo
mais, num curto espaço de tempo.
Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a) que o sacrifício vale muito! Não vá se sentir cul-
pado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus amigos. Aquele encontro
fica pra depois, e vai ser muito mais prazeroso porque carregado da alegria pela conquista do
seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso para alcan-
çar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso:
• Aula I: História do Amapá - Parte I
− História do Estado do Amapá Colonização da região do Amapá.
− Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no Amapá.
− Principais atividades econômicas do Amapá: séculos XIX e XX.
• Aula II: História do Amapá - Parte II
− A Cabanagem no Amapá.
− A Criação do Território Federal do Amapá.
− Constituição de 1988 e o Estado do Amapá.

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História do Amapá – Parte I
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− Manifestações populares e sincretismo cultural no Amapá.

Detalhes Concurso CBM/AP


Concurso: Corpo de Bombeiros Militar do Amapá
Banca organizadora: FCC
Cargos: Soldado
Escolaridade: Nível superior
Carreiras: Segurança Pública
Lotação: Amapá
Número de vagas: 1.500 vagas CR
Remuneração: R$ 2.827,00 (durante curso de formação)/ R$ 5.313,18 (após curso
de formação)
Taxa de inscriçãoR$ 100,00
Link do edital: https://blog-static.infra.grancursosonline.com.br/wp-content/uplo-
ads/2022/04/28115244/edital-bombeiros-ap-2022.pdf

Metodologia
A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material além deste para se
preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso foi meticulosamente preparado
para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.
Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de que consiga
enxergar, compreender a História do Amapá como um processo. Variados exemplos, esque-
mas e mapas mentais serão utilizados para que consiga criar links cognitivos. Você, em curto
espaço de tempo, conseguirá ler uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno deta-
lhe, saberá identificar a única alternativa lógica para o Universo da História do Amapá.
Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos em um
RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as aulas incontáveis ve-
zes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que fora estudado como uma cadeia
códigos que se conecta com sua memória, fazendo se lembrar, inclusive, de como o assunto
poderá ser cobrado.
Além disso, as questões de História elaboradas pela FCC serão comentadas para que você
entenda o “jeito” da banca. Uma lista de exercícios com questões sobre o tema também o(a)
ajudará na fixação do conteúdo.
Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá sentido
na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. Não vamos perder
tempo com detalhes menores já que o objetivo não é que você escreva um artigo científico
sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna sobre o Governo de Maurício de Nassau
em Pernambuco”.

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Não se preocupe, ao final do curso você estará muito bem preparado para realizar uma
excelente prova.

Suporte
A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a humanida-
de chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não tenha receio em
perguntar.
Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de aprendizagem
pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à disposição para sanar
quaisquer dúvidas que tiver.

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HISTÓRIA DO AMAPÁ - PARTE I


Querido(a), antes de partirmos para os tópicos do edital, é necessário que você compreen-
da como se deu a colonização da região da Amazônia, bem como, quais os povos que viviam
na região do Amapá quando da chegada dos europeus. Veja:

1. Exploração, Conquista, Ocupação e Colonização da Amazônia


Amado(a), considerada a maior floresta tropical do planeta, a Amazônia possuía mais de
cinco milhões de quilômetros quadrados, porém, em virtude do intenso desmatamento, a área
original tem se reduzido drasticamente. Esse bioma está presente em oito países sul-america-
nos (Brasil, Suriname, Venezuela, Guiana, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia), além do território
da Guiana Francesa.
A história da ocupação da Amazônia está intimamente ligada ao desenvolvimento de ci-
clos econômicos e às disputas territoriais pelo controle dessas atividades.

Apesar da grande potencialidade econômica da Amazônia, enxergada por portugueses e,


posteriormente, pelos governos republicanos brasileiros, foram exatamente as características
geográficas da região que praticamente a mantiveram fora do mapa econômico de Espanha
e Portugal durante séculos. À exceção de um ou outro ciclo econômico, a Amazônia somente
entrou de fato no mapa econômico brasileiro somente no século XX.
A ocupação da Região Norte se iniciou no século XVI com expedições espanholas, portu-
guesas, holandesas e inglesas. Hoje, a Amazônia é motivo de cobiça de variadas nações que
colocam em risco constante às fronteiras dos países da qual ela faz parte.

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É no contexto das Grandes Navegações que a região Norte será colonizada. No século XV,
portugueses e espanhóis partiram para o desbravamento de novos mares, em busca de novas
rotas comerciais e de novas terras.
Em 1488, em busca de um novo caminho para as Índias, região famosa em especiarias
cobiçadas pelos europeus, a expedição portuguesa de Bartolomeu Dias encontrou uma passa-
gem ao sul da África, que fora batizada de Cabo da Boa Esperança.
Mas é a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, a “descoberta” mais signifi-
cativa do período. O genovês convenceu os reis católicos espanhóis (Fernando II de Aragão e
Isabel de Castela) a financiar sua expedição para provar que a terra era redonda, encontrando
um caminho para as índias pelo ocidente. Aportou em 12 de outubro com as caravelas Pinta,
Niña e Santa Maria.
Portugal e Espanha eram as duas grandes potências marítimas. As recentes descobertas
exigiam um acordo pela divisão das terras que poderiam ser descobertas. Assim, o Papa agiu
como mediador em um acordo, determinando a Bula Intercoetera em 1493. Insatisfeito com a
proposta, Portugal exigiu uma nova negociação que culminou no Tratado de Tordesilhas.
O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre
o reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas
e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.

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Tratado de Tordesilhas

Linha imaginária de Tordesilhas sobre as atuais fronteiras políticas.

Note que, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, o território do atual estado do Amapá
pertenceria à Espanha.
Celebrado do Tratado, as descobertas continuaram. Em 1498 a expedição de Vasco da
Gama chegou às Índias e, em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil.
Foi o navegador espanhol Vicente Pinzón que, em janeiro de 1500, primeiro aportou no
litoral do nordeste brasileiro. Depois, navegou pelo litoral norte e navegou pela foz do Rio Ama-
zonas, o qual chamou de Mar Dulce. Foi o primeiro europeu a navegar pelo litoral do Amapá, o
rio Oiapoque e seguir rumo às Guianas e ao Caribe. Portanto, querido(a) aluno(a), os espanhóis
foram os primeiros a chegar ao Brasil. Entretanto, pelo tratado de Tordesilhas, a maioria do
litoral brasileiro, velejado pelos espanhóis, pertencia à Portugal. Entenda: mesmo sendo os
que chegaram primeiro, as terras não poderiam ser colonizadas. A única exceção era a região
Norte. Assim, ainda em 1500, outro espanhol, Diogo de Lepe, primo de Pinzón, também navega
pela costa brasileira.
Outro navegador espanhol de grande importância para nossos estudos foi Francisco
Orellana. Ao participar da expedição de Francisco Pizarro aos Andes, em 1540, acabou se
desencontrando do restante das embarcações e desceu o Rio Amazonas. Foi, portanto, o pri-
meiro europeu a navegar por toda a extensão do Rio Amazonas. Retornando à Espanha, rece-
beu autorização do rei para colonizar e explorar a região. Desse modo, em 1549, navega pela
região, mas se perde e morre.
O contato dos exploradores europeus com os povos nativos foi caracterizado pela subjuga-
ção. Crentes na sua superioridade civilizacional, os colonizadores promoveram a aculturação
e usaram de violência para efetivar o domínio das novas terras e de suas riquezas, inclusive os
escravizando, como veremos mais adiante.

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O insucesso da expedição de Francisco Orellana acabou tirando o entusiasmo dos espa-


nhóis com a região e abrindo espaço para que outras nações realizassem incursões no terri-
tório. Antes, porém, é necessário que entendamos o que levou os portugueses a ocuparem a
região e como foi organizada essa colonização.
Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto, não ocuparam o território de
imediato. Daí a nomenclatura Pré-colonial para nos referirmos aos trinta anos que se segui-
ram. Portanto, entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou a FEITORIAS no litoral: uma
mistura de forte para defesa do território e armazém. Mas por que isso? A resposta fica mais
interessante e compreensível quando feita em partes:

a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?

• Porque não encontraram metais preciosos em expedições;


• Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo;
• Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia bra-
sileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tordesilhas com Portugal.

b) por que a Coroa Portuguesa decidiu explorar a colônia brasileira a partir dos anos de
1530?

• Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América espanhola;


• Porque o comércio com as Índias entrou em crise;
• Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram suas frotas
marítimas e passaram a representar uma grande ameaça ao controle português sobre
a colônia.

Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não havíamos
passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-brasil foi muito
utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para exploração eram dadas pela Coroa e
chamadas de estanco. Para cortar a madeira e levar aos navios, era necessária uma grande
quantidade de mão de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o
nome de escambo: troca de presentes, de artefatos e de animais que não existiam aqui pelo
trabalho dos índios. A escravidão indígena será sim utilizada no início da colonização, mas
logo será substituída pela mão de obra africana pois a Coroa Portuguesa seguirá ao ordena-
mento da Igreja em não escravizar os nativos, considerados “almas puras do paraíso”.
Assim, a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e decidiu povoá-la,
explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras nações tomassem seu
território. O problema é que a Coroa Portuguesa não tinha recursos financeiros para promover

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essa empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando
lotes de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias.
Observe:

Capitanias Hereditárias eram faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha
imaginária do Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias entregues para usu-
fruto do donatário. É importante destacar que o donatário não era dono da terra, ele possuía o
direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes. No campo jurídico, existiam
dois documentos para regulamentar as relações entre a Coroa Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e
repassava esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar.
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da Capitania
entre a Coroa e os donatários.

O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois trans-
feria a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. Entretanto, os donatá-
rios passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financei-
ros, a distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.
Diante dessas dificuldades, a maioria das Capitanias não conseguiu vingar, desenvolver sua

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economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções, em função do sucesso na explo-
ração do açúcar, foram a Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente.

001. (FCC/TJ – AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Uma das estratégias da Coroa Portugue-


sa, para a administração de sua colônia na América, foi a instituição das capitanias hereditá-
rias, cada qual a cargo de um donatário. Eram atribuições do donatário
a) representar o rei, administrar a justiça, distribuir sesmarias.
b) negociar livremente e vender pelo melhor preço a capitania recebida, cobrar impostos, criar
regras locais.
c) defender o território, estabelecer comércio internacional, viabilizar o tráfico indígena para
outras colônias portuguesas.
d) conquistar capitanias vizinhas, fundar vilas, apoiar as missões jesuíticas.
e) arrendar sesmarias, barrar as entradas e bandeiras, erguer igrejas e colégios.

b) Errada, porque o donatário não poderia negociar a capitania recebida.


c) Errada, porque o donatário também não poderia estabelecer comércio internacional a não
ser que exclusivamente com Portugal. Além disso, a colônia portuguesa não realizava o tráfico
de indígenas.
d) Errada, porque o donatário não poderia conquistar capitanias vizinhas já que eram doadas
pela Coroa.
e) Errada, porque o donatário não podia barrar as entradas e bandeiras.
Letra a.

Como vimos, a região da Amazônia pertencia à Espanha. Entretanto, como os espanhóis


se desencantaram com a região, em função do fracasso da expedição de Francisco Orellana,
os portugueses passam a se interessar pela área. Em 1553, Luís Melo da Silva passa pelo lito-
ral Norte, mas sua expedição acaba massacrada por índios na região da Guiana.
Holandeses se instalaram ao longo dos rios para buscar as drogas do sertão e especiarias
para o mercado europeu. Os espanhóis, por sua vez, acabaram explorando o pau-brasil, utili-
zando mão de obra indígena através do escambo. Nascia, assim, o extrativismo madeireiro. Es-
ses fatos contribuíram para a ocupação da região por europeus e a consequente escravização
e aculturação dos povos nativos.
Mas o primeiro ciclo econômico significativo na região Norte se deu em meados do século
XVII, com a criação da Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Portugal re-
solveu ocupar definitivamente a região e expulsar os estrangeiros objetivando o monopólio da
exploração das drogas do sertão e do cultivo de algodão e tabaco.

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Entretanto, é no final do século XIX que ocorreria o grande ciclo econômico na região, o
chamado “ciclo da borracha”. A floresta amazônica era berço natural de seringueiras das quais
era extraído o látex. Foi esse ciclo o responsável perlo primeiro surto de ocupação. Para lá se
dirigiram muitos nordestinos fugindo da seca.
Um dos maiores ícones da opulência do ciclo da borracha é o teatro Amazonas. Principal
cartão postal da cidade de Manaus, está localizado no centro da cidade, no Largo de São Se-
bastião, e foi inaugurado em 31 de dezembro de 1896.

Apesar do sucesso da atividade extrativista, o ciclo da borracha se esgotou no início do


século XX, principalmente por causa da concorrência inglesa. Os ingleses levaram mudas de
seringueiras para suas colônias asiáticas derrubando o preço do látex no mercado interna-
cional com essa nova fonte de matéria prima. No período entre as duas guerras mundiais, de
1918 a 1939, a demanda pela borracha chegou a ser reaquecida pela necessidade da indústria
automobilística norte americana, mas logo se esgotou.
Como herança do ciclo da borracha podemos destacar a construção das ferrovias Madei-
ra-Mamoré e Belém-Bragança, o aumento do povoamento da região por nordestinos e imi-
grantes europeus e o crescimento das capitais Manaus (AM) e Belém (PA).
O Estado do Amazonas passou a ser colonizado a partir de 1669, quando foi fundado o
Forte de São José da Barra do Rio Negro, na área onde hoje fica Manaus, pelo capitão portu-
guês Francisco da Mota Falcão. A fortificação serviu como base para o povoamento da bacia
amazônica, ainda que de maneira incipiente. Tal construção permitia a subida dos rios Negro
e Branco, no atual estado de Roraima, de onde se chegava ao Orinoco. Também começou a

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ocupação dos rios Solimões e Madeira. Os primeiros colonos enfrentaram hostilidade dos
nativos, como as tribos dos torás e manaós (daí a origem do nome de Manaus) do cacique
Ajuricaba, que atacavam os povoamentos dos colonos e destruíam casas e instalações.
O Estado do Maranhão virou “Grão-Pará e Maranhão” em 1737 e sua sede foi transferida
de São Luís para Belém do Pará. O Tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa
sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada
a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará.
A Região Norte do Brasil entrou no mapa das políticas públicas apenas na segunda me-
tade do século XX, a começar pela construção da rodovia Belém-Brasília, cuja conclusão se
deu em 1958.
Interessados na potencialidade do extrativismo mineral na Região Norte, os governos mili-
tares pós 1964 desenvolveram projetos desenvolvimentistas. Vamos a eles:
Os militares promoveram a expansão das fronteiras agrícolas com a doação de terras para
colonos e incentivos financeiros. Assim, em 1967, foi criada a SUDAM (Superintendência para
o Desenvolvimento da Amazônia) e a SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Ma-
naus). Aqui merece destaque a importância econômica da Zona Franca de Manaus, um polo
industrial que ofereceu incentivos fiscais para atrair multinacionais do ramo eletrônico. Tam-
bém foram criados o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o BASA
(Banco da Amazônia).
Ainda no governo dos militares, na década de 1970, foi criado o Projeto RADAM (Reconhe-
cimento da Amazônia) em que se realizaram estudos sobre as potencialidades econômicas de
exploração dos recursos naturais da região.
Outras obras de infraestrutura de grande importância também foram realizadas durante o
governo dos militares como rodovias (Transamazônica, Cuiabá-Santarém, Porto Velho-Ma-
naus), empreendimentos agropecuários e minerais (Projeto Jarí e Projeto Carajás). Como con-
sequência, também forma necessários empreendimentos de geração e transmissão de ener-
gia, que buscaram o aproveitamento das águas dos rios presentes na região. Exemplo disso
fora as construções de grandes usinas hidrelétricas, como Tucuruí e Balbina, que se estendeu
até o início da década de 1980.
Detalhe importante é que esses investimentos ocasionaram grande impacto ambiental,
aumentando o desmatamento, migração de espécies de animais e comprometimento das po-
pulações locais em função das áreas alagadas pelos reservatórios. Recentemente, os deba-
tes em relação à construção da Usina de Belo Monte no estado do Pará remontam a essa
realidade.
Nas últimas décadas a expansão da fronteira agropecuária e o extrativismo ilegal de
madeira e minério têm provocado graves impactos ambientais. Entretanto, inúmeros movi-

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mentos ambientalistas, nacionais e internacionais, tem conseguido impedir uma degradação


ainda maior.
Para fiscalizar as fronteiras da Amazônia Brasileira, o extrativismo ilegal, a disputa por
terras e o tráfico de drogas, foram criados os projetos Calha Norte e SIVAM. O Projeto Calha
Norte foi posto em prática em 1985, com a instalação de bases militares do Exército e da Ae-
ronáutica ao longo da calha norte dos rios Amazonas e Solimões, nas áreas fronteiriças com a
Colômbia, a Venezuela, a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa. O projeto SIVAM (Sistema
de Vigilância da Amazônia), por sua vez, foi instituído em 1998 e implantado efetivamente em
2002, com o objetivo de instalação de recursos tecnológicos e de sensoriamento remoto, utili-
zando radares e satélites.

002. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/ 2018) As po-


líticas do regime militar para a Região Amazônica, em nome da integração nacional e moder-
nização econômica da região, tiveram forte impacto no então Território do Amapá, e foram
marcadas pelas seguintes medidas:
a) Repressão política a grileiros, reforma agrária e criação da Zona Franca da Foz do Amazonas.
b) Incentivos fiscais, política de distribuição de lotes de terra e abertura de estradas.
c) Construção de conjuntos habitacionais, criação de zonas industriais e construção de quar-
téis na Calha Norte.
d) Intervenção federal, militarização da atividade mineradora e programa de desmatamento
controlado.
e) Estatização da pesca da Lagosta, criação de zonas de preservação ambiental e introdução
da mineração

Meu(minha) caro(a), os governos militares buscaram a integração econômica da Amazônia


através de incentivos fiscais (Zona Franca de Manaus), da distribuição de terras e da constru-
ção de rodovias como a Transamazônica e a Belém-Brasília.
Letra b.

2. Povos Nativos da Região do Amapá


Os primeiros povos que ocuparam a região do atual estado do Amapá foram grupos indí-
genas dos troncos aruaque e caribe, entre os quais destacam-se os Guaiampis, Palicures, Tu-
cuju. Vestígios da ocupação humana pré-colonial podem ser vistos nos sítios arqueológicos de
cerâmicas maracá-cunani e no Parque Arqueológico do Solstício, a “Stonehenge do Amapá”,
em Calçoene, que data de pelo menos 2000 anos.

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Monumento construído por povos milenares em Calçoene, a 374 quilômetros de Macapá.


Os primeiros sítios arqueológicos do Amapá foram estudados inicialmente por pessoas
sem preparo cientifico adequado. É atribuído ao D. S. Ferreira Penna a localização oficial do
primeiro sitio arqueológico no Amapá. Lá, encontrou diversas urnas funerárias. Também foram
encontradas urnas com a forma cilíndrica, representando figuras humanas sentadas num ban-
co, com braços e pernas bem destacadas. Nestas urnas havia sempre a caracterização do sexo.
Cunani é uma vila pertencente ao município de Calçoene e possui grande importância,
tanto para a pré-história, como para a história, pois a vila chegou mesmo a ser República Inde-
pendente por duas vezes. Em uma expedição coordenada por Emilio Goeldi, nos Montes Curu,
descobriu-se dois túmulos que tinham a forma de um cano longo, em cuja ponta estavam de-
positados vasos funerários. Chapas de pedras serviam como laje de cobertura. A decoração
característica foi obtida por desenhos virgulares gregos, e linhas pintadas em vermelho sobre
o fundo branco.
A seguir, de maneira objetiva, uma lista das características socioculturais desses povos
antes da chegada dos europeus:
• ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. É importante destacar que pintura ru-
pestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas não pode ser classificada
como algum tipo de escrita;
• sociedades tribais;
• propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada;
• Coivara: faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados.

Os índios do Amapá são os únicos do país que têm o privilégio de possuir todas as suas
reservas demarcadas, sem invasões de garimpeiros, madeireiros e agricultores. Os primeiros
contatos entre com os europeus foram registrados em 1500, com a chegada do navegador
espanhol Vicente Pinzón. Hoje o Estado do Amapá abriga várias etnias em 49 aldeias: Galibi,
Karipuna, Palicur, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana, Apalaí e Waiãpi.

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003. (FCC/SEPLAG/PM – MG/PROFESSOR/HISTÓRIA/2012) Com as Grandes Navegações


os europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram suas atividades
econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nesse processo de expansão,
o contato dos europeus com os povos distantes caracterizou-se pelo
a) intercâmbio esporádico, dificultado pelas diferenças linguísticas e hábitos culturais
divergentes.
b) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos desenvolvidos
e com enormes riquezas industriais.
c) convívio pacífico, incentivado pelos ideais religiosos cristãos, que fundamentavam a evan-
gelização e a prática da tolerância.
d) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendices e lendas
que marcavam o imaginário europeu.

Meu(minha) caro(a), o estranhamento diante das diferenças culturais e a crença na superiori-


dade do europeu cristão, levaram os índios a serem subjugados, tanto para atividade escrava-
gista, quanto na aculturação nas missões jesuítas, como veremos mais adiante.
Letra d.

3. Colonização da Região do Amapá


Meu(minha) querido(a), colonização do território do atual Estado do Amapá aconteceu de
maneira muito diferente do que aconteceu no litoral leste brasileiro, principalmente no que tan-
ge às disputas entre as potências marítimas europeias do período.
Como vimos, em função do sucesso na exploração do açúcar, se destacaram as capitanias
de Pernambuco de São Vicente. Guarde bem esse assunto pois o retomaremos mais adiante
quando tratarmos da criação da capitania de Cabo Verde, atual Amapá.
A região do Amapá pertencia à Espanha. Assim, os primeiros colonizadores europeus che-
garam à costa amapaense em 1499, com quatro caravelas lideradas pelo espanhol Vicente
Yañez Pinzón. A região ficou sob o domínio espanhol a partir do Tratado de Tordesilhas, assi-
nado em 1494 entre Portugal e Espanha.
Entretanto, você também se recorda, como os espanhóis se desencantaram com a região
do Amapá, em função do fracasso da expedição de Francisco Orellana, os portugueses pas-
sam a se interessar pela área. Em 1553, Luís Melo da Silva passa pelo litoral do Amapá, mas
sua expedição acaba massacrada por índios na região da Guiana.

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Entradas e Bandeiras

Meu(a) querido(a), a ocupação do território do atual Estado do Amapá também recebeu a


contribuição de expedições de bandeirantes. Veja:
• entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saiam do litoral em
direção ao interior do Brasil.
• descidas foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado na Amazônia um sis-
tema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para estas
aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedições fluviais, subindo o Tocantins.
• bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente
paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente rumo às regiões centro-oeste e sul do
Brasil. Em seguida, as principais bandeiras em Goiás.

Missões Jesuítas

Outro fator importante na colonização portuguesa foi a chegada dos Jesuítas. Realizaram
expedições no Pará, criando na Amazônia um sistema bem estruturado de “aldeias” de acultu-
ração indígena. Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedi-
ções fluviais pelo Amazonas e Oiapoque.
Ignácio de Loyola (1491-1556) criou a Companhia de Jesus – irmandade que objetivava
expandir e fortalecer o catolicismo e combater o protestantismo. Autodenominavam-se Solda-
dos de Cristo. A ordem jesuíta foi muito importante para a reação católica contra as Reformas
Protestantes, realizando grandes obras missionárias, não só nas Américas, como também no
Oriente. Várias aldeias jesuítas foram criadas na região sertaneja, onde também ensinavam
os membros da elite colonial que, posteriormente, eram encaminhados à Europa para cursar
Direito, Medicina ou Engenharia.
A significância da presença jesuíta na região pode ser exemplificada. Os missionários je-
suítas, na região do atual Estado do Amapá, convenceram a Coroa Espanhola a expedir uma
Carta-Régia que libertasse os índios da escravidão imposta por colonos.
Outro exemplo se deu em 1639, quando o jesuíta espanhol Cristobal de Acuña encontrou
um forte e uma missão portuguesa, na região pertencente à Espanha, com vários índios ca-
tequizados.

Mão de Obra Escrava

Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos Portugueses e nem foram eles os res-
ponsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos de tribos inimigas
capturavam negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral africano. Mas, antes de seguir-

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mos, preciso atentá-lo (a) para uma característica fundamental das economias europeias que
influenciou consideravelmente o Tráfico de Escravos. Estamos falando do Mercantilismo.
O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante o Capita-
lismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de mercadorias e o lucro
era, não em dinheiro, mas em espécie.
Se não inventaram a escravidão, por outro lado, os portugueses a intensificaram criando
um negócio lucrativo. Os Portugueses realizavam o chamado comércio triangular: Trocavam o
açúcar brasileiro ou produtos manufaturados por escravos africanos, traziam os escravos nos
navios negreiros e trocavam por mais do açúcar brasileiro. Trocavam manufaturados europeus
por escravos e pelo açúcar etc.

Entre os povos africanos que foram trazidos podemos citar os:


• Bantos: mais ao sul do país, na mineração.
• Sudaneses: mais altos e fortes, foram usados nas lavouras de cana-de-açúcar do nor-
deste brasileiro.

Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus fez com
que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a miscige-
nação básica da nossa cultura:
• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos - na época colonial, quase sempre
branco e negra -, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio;
• Mameluco: mestiço de branco e índio.

No Amapá, de início, não existiu uma atividade agrícola que desse interesse dos coloniza-
dores portugueses, como a produção de cana de açúcar no Nordeste, além de não encontra-
rem ouro. Assim, a atividade econômica foi voltada para exploração de produtos da Amazônia,
as chamadas “drogas do sertão”: frutas, raízes, sementes, temperos, urucum, canela, cravo,
óleo de copaíba e de tartaruga.

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Como essas atividades eram praticadas, em sua maioria, por índios, a presença de negros
para mão de obra na região não era em grande quantidade. Os primeiros negros chegaram no
Amapá em 1749. Fugidos de Belém, fundaram quilombos às margens do Rio Anauerapucu,
nas terras tucujus. Foram descobertos por acaso por colonos caçadores de índios. Entretan-
to, oficialmente, foram trazidos em 1751 a mando de Mendonça Furtado, então governador
do estado do Grão Pará e Maranhão, para trabalhar para colonos portugueses dos Açores
em Macapá.
Com a fundação da Nova Mazagão, em 7 de junho de 1770, chegaram 103 negros, a maio-
ria vinda da Guiné Portuguesa, para trabalhar na construção da Fortaleza de São José do
Macapá. Muitos destes escravos fugiram formando quilombos como Maruanum, Igarapé do
Lago e Ambé.
Ao longo do século XIX, diante de movimentos abolicionistas que ocorriam no Brasil, surgi-
ram várias entidades que se organizaram no Amapá pelo fim da escravidão negra. Foram elas
a Sociedade Ypiranga, a União Redentora.

A Fortaleza de São José foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan)
em 22 de março de 1950. Nas décadas de 1950 e 1960, suas instalações viraram estalagem
para famílias imigrantes que chegavam em Macapá e, em outro momento, uma cadeia pública
para os presos sob vigilância da Guarda Territorial.

004. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/EDUCADOR SOCIAL/2018) O significado do


nome “Macapá” remete
a) à língua tupi e aos indígenas nativos da região, homenageados em alguns espaços muse-
ográficos da cidade, a exemplo das casas dos índios Palikur e Waiãpi que se encontram no
Museu Sacaca.
b) à língua geral e à forma como os missionários franceses batizaram a capital, criando uma
língua híbrida que ainda é perceptível nos nome dos principais bairros da cidade.
c) às características da flora da região e à presença de povos indígenas, principalmente os
Tucujus, homenageados no emblema presente na bandeira do Amapá.
d) à língua castelhana, uma vez que foram os espanhóis os primeiros a batizarem a cidade e a
exterminarem os Karipunas, o maior grupo indígena local, de forma a não haver, na atualidade,
descendentes das populações originárias, na região.
e) à deturpação da língua indígena pelos portugueses, que criaram palavras a partir do que
julgavam escutar mas valorizavam os povos nativos, cuja cultura passou a ser preservada em
museus, como o centenário Museu do Índio, em Macapá.

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O nome da cidade é uma alusão à macapaba, que significa “terra de bacabas”, uma palmeira
típica da Amazônia.
Letra a.

4. Disputas Territoriais e Conflitos Estrangeiros no Amapá


Como vimos, até 1530, Portugal e Espanha reinaram absolutos pelos mares. A tecnologia
de navegação que levaram séculos para desenvolver, foi copiada em trinta anos por ingleses,
franceses e holandeses. Essas novas potências marítimas não reconheciam o Tratado de Tor-
desilhas e passaram a tentar colonizar a costa brasileira. Exemplos disso foram:
• as Invasões Holandesas na região nordeste (Salvador em 1624 e Recife em 1630).
• as Invasões Francesas. Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da França
Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial.

Além disso, ingleses e holandeses passaram a frequentar o norte da costa amazônica.


Ocuparam a região das Guianas e, a partir de 1600, adentraram a bacia amazônica, construin-
do feitorias e fortificações. Fizeram o mesmo na região do Cabo Norte e nas ilhas paraen-
ses. Ali comercializavam mercadorias como tabaco, peixe-boi, madeira, urucum entre outras
especiarias.
A região parecia dominada por holandeses, apesar da presença de portugueses e ingleses,
mas um novo fator contribuiria para a ação dos portugueses pelo seu controle: União Ibérica,
1580 a 1640. Em 1580 D. Sebastião, rei de Portugal, faleceu sem deixar herdeiros. Felipe II,
Rei da Espanha e parente mais próximo do morto, unificou as coroas Portuguesa e Espanhola
sob sua batuta. O controle espanhol sobre Portugal implicava em controle espanhol também
sobre as colônias portuguesas. Por outro lado, os portugueses na colônia brasileira também
entendiam que, se a região do Amapá pertencia à Espanha, necessariamente deveriam con-
trolá-la. Isso incentivou os portugueses a ocuparem de vez a região do Amapá e combater as
ocupações estrangeiras.
Em 1616, diante da ameaça constante de invasões à Colônia portuguesa na América, orga-
nizaram uma foça militar luso-brasileira para expulsar os estrangeiros e tomar posse da região.
Derrotaram os franceses em São Luís e foram para o delta do Rio Amazonas. Ali, enfrentaram
batalhas sangrentas. Novamente vitoriosos, fundaram o Forte Presépio, que deu origem à ci-
dade de Belém, no mesmo ano. Caro(a) aluno(a), estrategicamente falando, quem controlava
os mares e rios, controlava o transporte, essencialmente fluvial, e seu comércio. Por isso a
fundação sua fundação foi tão importante.
Com a fundação de Belém do Pará, a vila serviu de ponto de apoio e partida para várias
entradas para exploração da Amazônia nas regiões dos atuais Estados do Pará, Amazonas e

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Amapá. Nesse sentido, Bento Maciel Parente foi um dos mais importantes exploradores. Ve-
terano de guerras na Paraíba e no Rio Grande do Norte, foi Capitão-Mor da Capitania do Grão-
-Pará. Guarde bem o nome de Bento Maciel, pois foi muito importante na criação da Capitania
Cabo Norte em 1637, como veremos mais adiante.
Bento Maciel foi responsável pela fundação dos fortes de Mariocai e Santo Antônio de
Gurupá, ao longo do rio Xingu. Também expulsou holandeses que haviam montado fortes na
região. Entretanto, abandonou as entradas quando se dirigiu para lutar na Insurreição Pernam-
bucana, que expulsou os holandeses de Pernambuco.
O Aviso de 4 de novembro de 1621 do Conselho da Regência de Portugal, recomendava
medidas urgentes para povoar e fortificar a região costeira, desde o Brasil até São Tomé da
Guyana e a foz do rio Drago, na Venezuela. Nesse sentido, outros dois importantes sertanistas
foram Francisco de Azevedo, primeiro a liderar entradas aos sertões de Turi e Gurupi, e Luís
Aranha de Vasconcelos, que viajou por grande parte do atual território do Amapá entre os anos
de 1622 e 1624.
Os holandeses foram expulsos e recuaram para as Guianas. Os ingleses abandonaram
temporariamente a região e os franceses foram para Caiena. A violência do conflito também
atingiu populações indígenas. Milhares de Tupinambás foram massacrados pelos portugueses.

Criação da Capitania Cabo Norte, 1637

Em 1627 o novo Governador do Maranhão, Francisco Coelho de Carvalho, envia o chefe


militar da região, Bento Maciel Parente, á Portugal para relatar sua atuação na colônia. Lá, con-
vence a Coroa da necessidade de colonizar definitivamente o delta do Rio Amazonas.
Apesar da relativa demora em atender ao pedido, em 1637, a Coroa Portuguesa criou a
Capitania Cabo Norte que aglutinava os territórios do atual estado do Amapá até os limites do
Rio Parú. No entanto, Bento Maciel Parente não conseguiu colonizar a região, por falta de recur-
sos e por estar envolvido na Insurreição Pernambucana. Assim, a Coroa Portuguesa acabou
reanexando-a à Capitania do Grão-Pará.

O Tratado de Ultrecht, 1713

No final do século XVII, questionando “onde estaria o testamento de Adão que dividia o
mundo entre espanhóis e portugueses”, os franceses partiram de Caiena (Guiana) realizando
novas expedições na Capitania Cabo Norte.
Para combater as incursões francesas, os portugueses fundaram missões jesuíticas na
região. Além disso, fundaram o Forte de Santo Antônio do Macapá em 1688.
Entretanto, em 1697, o Marquês de Ferroles liderou os franceses numa invasão que tomou
o Forte de Santo Antônio do Macapá chegando até às margens do Rio Parú. A reação portu-
guesa foi rápida, expulsando os franceses e conseguindo impor o Tratado de 4 de março de

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1700. Por esse Tratado Provisório, confirmado em 1701, ficava estabelecida uma trégua em
que a região entre os Rios Oiapoque e Amazonas seria neutra. Assim, os portugueses tiveram
que desativar os fortes de Araguari, Cumaú e Macapá. Mas franceses e portugueses não tar-
dariam em se enfrentar numa nova guerra na Europa, colocando o Tratado de 1700 em desuso.
As disputas somente chegam ao fim em 1713, com a assinatura do Primeiro Tratado de
Utrecht, através a intermediação da Coroa Inglesa. Isso fez com que os franceses recuas-
sem e aceitassem o Rio Oiapoque como limite entre a Colônia Portuguesa e a Colônia France-
sa (Guiana).

Limites acordados pelo Tratado de Ultrecht

Mesmo após a assinatura do Tratado de Ultrecht, os franceses continuaram a fazer in-


cursões na Capitania Cabo Norte. Para combatê-las, os portugueses organizaram expedições
guarda-costas, principalmente entre 1722 e 1728. Também reativaram o Forte de Santo Antô-
nio do Macapá.

005. (FCC/SEAD - AP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2018) As principais conquistas portu-


guesas obtidas pelo Tratado de Utrecht (1713) em relação às pretensões francesas na Ama-
zônia foram:
a) o reconhecimento do Rio Oiapoque como fronteira entre as possessões francesas e portu-
guesas e a posse das duas margens na Foz do Rio Amazonas.
b) a cessão de Caiena para o livre comércio empreendido por súditos portugueses e a posse
da Fortaleza da Ilha do Diabo.

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c) a posse da margem sul do Rio Amazonas e a devolução de São Luís, antiga França Equino-
cial, aos portugueses.
d) o domínio da Ilha do Marajó e o direito à navegação do Rio Amazonas, controlado pelos
jesuítas franceses.
e) a definição do Rio Caciporé como fronteira entre as possessões francesas e portuguesas, e
a conquista de Belém aos franceses.

Pelo Tratado de Utrecht ficaram definidas as fronteiras entre a colônia portuguesa e a colônia
francesa, tendo o rio Oiapoque como fronteira.
Letra a.

Medidas Tomadas pelo Marquês de Pombal

Querido(a), o Período Pombalino corresponde à ocasião em que o Marques de Pombal foi


primeiro-ministro em Portugal, de 1750 a 1777, durante o reinado de Dom José I.
Podemos listar, de maneira objetiva, as principais ações de Pombal que tiveram impactos
na Colônia:
• Criação do Estado do Grão-Pará e Maranhão;
• Criou a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral de Pernambuco
e Paraíba;
• Expulsão dos jesuítas do Brasil, tirando-os do controle do sistema educacional e das
missões jesuítas, além de tomar posse de propriedades da Igreja Católica no Brasil;
• Em 1759, decretou o fim das Capitanias Hereditárias e a devolução das mesmas ao con-
trole da Coroa Portuguesa;
• Implantou o cultivo de algodão no Maranhão.

Preocupado com a estratégia de defesa da região do Amazonas, Pombal negociou o Trata-


do de Madri, em 1750, com a Espanha. Através dele, definiu-se as fronteiras entre as colônias
das duas Coroas, sobrepondo o já desrespeitado Tratado de Tordesilhas. Também ficou defi-
nido o princípio do Uti possidetis, segundo o qual, quem possui de fato, quem ocupa de fato a
região, deve ter o direito de possuí-la.

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Limites acordados pelo Tratado de Madri de 1750

Caro(a) aluno(a), novamente preciso chamar sua atenção para a importância estratégica
de controle das rotas fluviais. Preocupado com essa questão, o Marquês de Pombal delegou a
responsabilidade a seu irmão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, indicado governador do
Estado do Grão-Pará e Maranhão entre 1751 e 1759.
Francisco Xavier tratou de trazer colonos para impulsionar as plantações e promover a
extração de riquezas. Centenas de colonos vindos da Ilha dos Açores chegaram a Macapá
dando origem ao povoado nos arredores do forte. Em 1770, cerca de 360 famílias açorianas
fundaram no Amapá a vila de Nova Mazagão. Listei questões da banca sobre isso ao final. Não
deixe de fazê-los.
Rapidamente os colonos açorianos entraram em conflito com os jesuítas, pois pretendiam
utilizar a mão de obra indígena como escrava. Esse foi um dos motivos de o Marquês de Pom-
bal expulsar os jesuítas do Brasil. Como a questão ainda não fora solucionada, em 1757, Pom-
bal cria uma legislação sobre os indígenas, o “Diretório dos Índios”. Assim, a Coroa Portuguesa
buscava regulamentar a inserção do índio na sociedade colonial.
Em 1758 Macapá é elevada à categoria de Vila, realizando exportação de milho, arroz, me-
lancia, banana e frangos para Belém.

006. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM /2018) As motiva-


ções que orientaram a fundação da Vila de São José de Macapá estão relacionadas

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a) às reformas pombalinas, que, dentre outros objetivos, visavam modernizar e tornar mais
eficaz a administração colonial portuguesa, garantindo seu território e um maior proveito da
exploração colonial.
b) ao acirramento do controle do território por causa da mineração no Brasil, no século XVI,
uma vez que bandeirantes descobriram jazidas de ouro não apenas no Sudeste, mas também
na região Norte, motivando a cobiça daquele território por franceses e holandeses.
c) ao projeto das capitanias hereditárias com o propósito de ocupar e colonizar todo o território
nacional, inclusive o Amapá, região sob a responsabilidade de um donatário designado pela
Coroa, que se incumbiu de fundar uma vila.
d) ao apogeu da exploração do látex na região Norte, visto que a fundação da capital coincide
com um período de prosperidade do Pará, em virtude das demandas por borracha no mercado
internacional.
e) à expulsão dos jesuítas no Brasil, uma vez que a nomeação de um Intendente português,
Coriolano Jucá, para administrar a cidade, tinha como função substituir o poder antes exercido
pela Igreja.

Pombal buscava um melhor aproveitamento econômico da colônia além da garantia de contro-


le do território, por isso mesmo incentivou a imigração de açorianos.
Letra a.

Pombal promoveu o povoamento do ponto mais ao norte da Colônia. Toda a área ao longo
do curso e da foz do Rio Amazonas foram ocupadas por fortalezas militares. Em 1764, orde-
nou a construção da Fortaleza de São José do Macapá, localizado a esquerda do rio Amazo-
nas, próxima a antiga Província dos Tucujus, atual cidade de Macapá. Levou quase vinte anos
para ser construída e foi inaugurada no dia 19 de março de 1782.
Entretanto, por priorizar a administração do Grão-Pará, Pombal deixou as terras do Cabo
Norte em segundo plano. Se aproveitando disso, os franceses expandiram as terras da Guiana
Francesa ocupando a região entre o Rio Oiapoque e a região de Calçoene, no século XIX.

007. (FCC/AL-AP/AUXILIAR LEGISLATIVO/AUXILIAR OPERACIONAL/2020) Atenção: A


questão refere-se à História do Amapá.
A Fortaleza de São José do Macapá teve um importante papel
a) na defesa do Amapá de ataques piratas que ocorriam com frequência em toda a região, por
acesso fluvial, no século XVII.
b) na estruturação da defesa da região amazônica, conforme projeto concebido por Marquês
de Pombal.

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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
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c) na garantia da segurança dos primeiros habitantes de Macapá, que moravam nas dependên-
cias da fortaleza para se protegerem dos ataques indígenas.
d) no estabelecimento da missão que deu origem à cidade, uma vez que foi construída por
solicitação da Companhia de Jesus ao rei Dom João VI.
e) nos primeiros conflitos entre Brasil e França, no século XVI, envolvendo questões de fronteira.

Construída entre 1764 e 1782, com as pedras do Rio Pedreira, por negros escravizados e indí-
genas, a Fortaleza de São José de Macapá atendia a uma estratégia de defesa do Rio Amazo-
nas contra ataques estrangeiros.
Letra b.

Tomada de Caiena

Meu(minha) caro(a), em 1808, a Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte de


aproximadamente 1500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas, es-
coltada pela marinha britânica.
Acontece que, na Europa, a França de Napoleão Bonaparte havia imposto um Bloqueio
Continental à Inglaterra, de modo que, nenhum país da Europa Continental poderia comercia-
lizar com a Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido exército francês. Como D. João,
príncipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência, Napoleão invadiu Lisboa. Isso
teve impactos profundos na colônia.
Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o fim do
Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal), o aumento de
tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro e a Tomada de Caiena.
Uma das primeiras medidas tomadas no Brasil pelo príncipe regente D. João foi invadir
Caiena, capital da Guiana Francesa, como resposta militar à França. Como vimos, o território
onde hoje se encontra a Guiana Francesa já pertenceu a espanhóis e a holandeses antes que
se tornasse uma colônia da França, o que só aconteceu em 1667 por meio do Tratado de Breda.
Pelo Tratado de Utrecht (1713), Portugal e França determinaram os limites entre suas co-
lônias no norte da América do Sul, ficando definido o Pará, que incluía também o território do
atual Estado do Amapá, e o Maranhão como posse de Portugal, e a Guiana, controlada pelos
franceses.
Além do sentimento de desforra por parte de D. João para com Napoleão, também havia
a preocupação de que a França usasse a Guiana Francesa como local estratégico para as pre-
tensões napoleônicas na América do Sul. Aproveitou-se então da aliança diplomática com a
Inglaterra para impor o controle militar da Colônia Francesa.
Para tanto, já em 1808, enviou o tenente Valério José Gonçalves e o aspirante Florentino
José da Costa, oficiais do Forte de São José do Macapá, para, disfarçados, espionarem as

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atividades de defesa em Caiena. Com as informações colhidas, D. João recebeu da Inglaterra


o navio de guerra HMS Confiance, comandado pelo experiente capitão James Lucas Yeo. O
comando da operação ficou por conta do governado da Capitania do Grão-Pará, José Narciso
Magalhães.
Em 6 de janeiro de 1809, as forças anglo-portuguesas tomaram o Fort Diamant. No dia
seguinte o Fort Dégrad des Cannes. Um dia depois foi a vez de tomar o Fort Trió. Em uma se-
mana, a ilha de Caiena foi dominada e, em seguida, a Guiana.
A Guiana voltaria ao controle francês somente após o Congresso de Viena. Em conferên-
cias realizadas entre setembro de 1814 e junho de 1816, as nações europeias determinam a
restauração das monarquias e das fronteiras imperiais à configuração anterior à Revolução
Francesa de 1789. Assim, Portugal restaura sua monarquia e desocupa a Guiana Francesa.
Apesar de a questão ter sido aparentemente resolvida, os franceses continuaram contes-
tando os limites geográficos estabelecidos, reivindicando áreas entre o rio Oiapoque e o Rio
Araguari. A solução viria somente em 1900, como veremos a seguir. Antes, mais uma questão
de concurso para analisarmos.

008. (DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA/MINISTÉRIO DA DEFESA/ MARINHA DO BRA-


SIL O OFICIAL SEGUNDA CLASSE/2017) Após chegada da Família Real ao Brasil, a 7 de
março de 1808, D. João iniciou movimentos de política externa, o que permitiu elevar significa-
tivamente o papel da Marinha. Quais foram as duas ações iniciais de política externa empre-
endidas por D. João?
a) A expulsão dos franceses do Rio de Janeiro e a criação do Arsenal de Marinha.
b) A conquista de Caiena e a ocupação da banda Oriental.
c) A assinatura do Tratado de Trégua entre Portugal e Holanda e a formação da primeira
Força Naval.
d) A declaração de guerra á França e a adesão à causa da Independência.
e) A abertura dos portos ao comércio estrangeiro e a criação da Esquadra brasileira.

Vamos lá!
a) Errada, pois os Franceses foram expulsos do Rio de Janeiro ainda no século XVI.
c) Errada, não tem relação alguma com as ações do Período Joanino elencado no texto.
d) Errada em afirmar que D. João era adepto da causa da independência.
e) Errada, porque não havia esquadra brasileira, D. João contratou corsários e teve auxílio da
Inglaterra.
Letra b.

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Província do Oyapóckia (Oiapóquia ou Oyapókia)

Em 1853, Candido Mendes de Almeida e outros deputados apresentaram à Assembleia Ge-


ral Legislativa do Brasil um projeto de lei que propunha a criação da província de “Oyapóckia”,
na fronteira do extremo norte do Brasil onde a capital seria Macapá. O projeto argumentava
uma divisão na região amazônica para prover a segurança das fronteiras, que eram extensas e
abandonadas. Este projeto inicialmente foi rejeitado.
Contudo, o projeto encontrou ressonância na população de Macapá: moradores deste lu-
gar fizeram uma representação, solicitando àquela Câmara a aprovação da proposta. Em 1873,
Cândido Mendes retorna com o projeto, modificando o nome da província para Pinsônia, em
homenagem ao navegador Vincente Pinzón. A nova representação veio assinada por 387 ma-
capaenses rebatendo argumentos utilizados pelos opositores paraenses de que na região se-
ria inabitável pelo fato de oferecer riscos à saúde. Porém não obtiveram êxito.
Os macapaenses destacavam que Macapá não possuía pântanos e era cortada por dois
igarapés (um que passava ao sul, ao lado da Fortaleza de São José, e outro ao norte, chamado
“das mulheres”). Acusaram os “homens da capital da Província” (os belenenses) de fazerem
uma campanha contra a criação de Oyapóckia: tanto demonstravam desprezo, quanto difun-
diam mentiras acerca da (falta de) qualidade de vida em Macapá.
No final do século XIX, a área entre os rios Oiapoque e Araguari era economicamente dinâ-
mica. A economia local era aquecida pela exploração da balata, do pau-rosa, da borracha, da
pesca da gurijuba e da pecuária. A partir de 1893, a extração de ouro nos vales dos rios Cas-
siporé, Amapá Grande e Calçoene intensificou-se. A descoberta de grandes jazidas auríferas
acirrou a histórica disputa entre franceses e brasileiros pelo domínio deste território.
Além das vilas de Espírito Santo do Amapá e Calçoene, destacavam-se os povoados de
Cunani, Cassiporé e Uaçá. No entanto, era na zona de extração de ouro que se adensava uma
população de faiscadores. Segundo o historiador Arthur Cezar Ferreira Reis, já em maio de
1894, cerca de 6.000 pessoas habitavam o vale do rio Calçoene.
Com a Questão do Amapá, em 6 de dezembro de 1899 o Barão do Rio Branco entrega uma
segunda memória ao conselho federal suíço, em resposta aos argumentos franceses. Como
anexo, apresentou o trabalho de Joaquim Caetano da Silva o livro “Oiapóquia e o Amazonas”,
de 1861, em que se louvara e que constituía valioso subsídio ao estudo da matéria. Em 1901,
após a vitória da sentença arbitrária da Suíça, toda região de litígio foi anexada ao Pará.

009. (FCC/AL-AP/ANALISTA LEGISLATIVO/ADMINISTRADOR/2020) Antes da criação do


Território Federal do Amapá, houve tentativas de criação de uma província separada do Grão
Pará, com sede administrativa em Macapá, tal como a proposta de

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a) associação do Amapá à Guiana Francesa e ao Suriname, numa confederação governada


pelos brasileiros a partir da capital amapaense e em regime republicano.
b) fusão do Amapá com Roraima e o norte do Pará, de modo a criar um estado compatível, em
área, aos tamanhos com que ficariam o Pará e o Amazonas.
c) fundação de uma província desvinculada da Região Norte, idealizada pelo Barão do Rio
Branco, cuja administração se daria tal como a estabelecida no Acre.
d) criação da Província de Oiapókya, pelo deputado Cândido Mendes, porém rejeitada pela As-
sembleia Geral do Império do Brasil.
e) vinculação do Amapá ao Maranhão, considerando as rotas comerciais marítimas existentes
e as afinidades políticas entre as elites das duas localidades, na época do Império.

Em 1853, Candido Mendes de Almeida e outros deputados apresentaram à Assembleia Geral


Legislativa do Brasil um projeto de lei que propunha a criação da província de “Oyapóckia”,
na fronteira do extremo norte do Brasil onde a capital seria Macapá. O projeto argumentava
uma divisão na região amazônica para prover a segurança das fronteiras, que eram extensas e
abandonadas. Este projeto inicialmente foi rejeitado.
Letra d.

República do Cunami

Em 1885 os franceses habitantes da região do Contestado, sob a orientação de Jules


Grós, fundaram a República do Cunami, abrangendo imensa área do território brasileiro ao sul
do Oiapoque.
Chegaram a aprovar escudo, bandeira e designar autoridades diplomáticas. Mais uma vez
não vingou esta pretensão. Mas poderíamos perguntar: por que este povoado tão pequeno e
isolado despertou a cobiça de aventureiros como Jules Grós e Adolphe Brezet, chegando eles
a transformar essa região por duas vezes, em república independente? A resposta pode ser
compreendida sabendo que a República do Cunami não constituiu um fato isolado. A própria
cobiça francesa por toda região do Contestado se verificou ali, culminando com vários confli-
tos armados ocorridos entre brasileiros e franceses. A saga de Jules Grós e seus aventureiros
provocaram, assim, o aparecimento da República em 1885, que foi logo abafada pelo próprio
governo francês, por causa da situação ridícula que causou à França e pela reação das autori-
dades nacionais.
Mesmo assim, houve uma segunda tentativa, provocada por outro francês de nome Adolph
Brezet, em 1902, mas foi sufocada, desta vez, pelo governo brasileiro. Portanto, na primeira
tentativa foi extinta pelo governo francês e na segunda pelo governo brasileiro.

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010. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ASSISTENTE SOCIAL/EDITAL N. 04/2018) Con-


sidere as afirmações abaixo sobre a chamada “República de Cunami”.
I – Foi a primeira denominação colonial do Amapá, que remetia à presença abundante, na-
quela região, do peixe cunami, hoje mais conhecido como tucunaré.
II – Tratou-se de uma tentativa de oficialização de um suposto “estado livre” por iniciativa
do comerciante francês Jules Gros, com duração de poucos anos.
III – Foi uma iniciativa não oficial e controversa, extinta pelo próprio governo francês, mas
houve uma tentativa de retomada do projeto, anos depois, pelo comerciante Adolph
Brezet, com apoio de alguns empreendedores brasileiros.
IV – Resultou de um projeto expansionista do governo francês que pretendia incorporar par-
te do Amapá ao território da Guiana Francesa, transferindo a capital desta para a “Vila
de Cunami”, na atual Macapá, onde se instalaria um governo democrático e republicano.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e III.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) I e IV.

I – Errada. Em 1637, sob o nome de capitania da Costa do Cabo Norte, o território foi cedido ao
bispo português Bento Manuel Parente.
IV – Errada. A afirmativa fala de um projeto expansionista francês, contudo, foi por iniciativa de
dois aventureiros franceses, o que gerou constrangimento por parte do governo francês.
A República do Cunani (o termo cunani vem do tupi: era como os índios chamavam o tucunaré,
um peixe da região amazônica) foi uma efêmera república surgida no atual Amapá, fronteiriço
ao território francês da Guiana. Por duas vezes houve a tentativa de estabelecer uma república
independente na região - uma por Jules Gros, em 1885, e a outra por Adolph Brezet em 1902.
Letra c.

A “Questão do Amapá”

A descoberta de ouro na região do rio Calçoene, em 1895, reacendeu o interesse francês.


O Tratado de Utrecht de 1713, do qual você há de se recordar, foi assinado entre França e Por-
tugal, estabelecendo o rio Vicente Pinzón ou Oiapoque como fronteira entre a Guiana Francesa

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e o Amapá, na época pertencente ao território do Estado do Grão-Pará e Maranhão. O governo


francês questionou os limites, alegando que o rio Vicente Pinzón não era o Oiapoque, e sim o
rio Araguari, mais ao sul.
Fato é que o problema em relação à fronteira entre o território do Brasil e a Guiana Francesa
se arrastava por séculos. Enfatizo: a França não reconhecia o rio Oiapoque como limite entre
a Guiana e o Amapá, reivindicando para si parte do território no Amapá, ao sul do rio. O Brasil,
como “herdeiro do Império Português”, alegava que tinha direito sobre as terras ao sul do rio.
Esta disputa territorial ficou conhecida como “Questão do Amapá”.
Os ânimos se exaltaram na região quando o paraense Francisco Xavier da Veiga Cabral, o
Cabralzinho, assassinou o tenente Lunier, comandante de um destacamento francês no Ama-
pá. Cabralzinho se tornou “herói do Amapá”. A partir de então, ocorreram vários conflitos entre
brasileiros e franceses, levando os governos de Brasil e França a submeterem a questão à
arbitragem do governo Suíço.
A situação se agravou a partir de 1895, quando tropas francesas invadiram o território bra-
sileiro até ao rio Araguari, apropriando-se de aproximadamente 260 mil km².
A questão necessitou de uma arbitragem internacional na Suíça. O Brasil enviou o Barão de
Rio Branco para resolver o problema, já que ele também havia liderado a comitiva que venceu
uma questão territorial com a Argentina. A equipe brasileira foi bem preparada, enquanto a
França enviou diplomatas com pouco conhecimento, já que estava mais interessada na colo-
nização da África. Desta maneira, no dia 1 de dezembro de 1900, o tribunal na Suíça expediu o
Laudo Suíço com decisão favorável ao Brasil.

011. (FCC/FCRIA-AP/EDUCADOR SOCIAL/ARTE EDUCADOR/2018) Em 1900, reuniram-se


em Berna, na Suíça, as delegações brasileiras e francesas para finalmente estabelecer a sobe-
rania entre o rio Araguari e o rio Oiapoque. Do lado brasileiro, a estrela de José Maria da Silva
Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Do lado francês, o então promissor geógrafo Vidal de
la Blache, que confeccionou alguns mapas para a ocasião (...).
(Adaptado de: CAVLAK, Iuri. Introdução à História da Guiana Francesa. Rio de Janeiro: Editora da Unifap/Autogra-
fia, 2017, p. 48)

A reunião a que o texto se refere definiu


a) as fronteiras entre o Amapá, a Guiana Francesa e o Suriname, que ainda não tinham sido es-
tabelecidas devido à ausência de mapas e o desinteresse colonial português por essa região.
b) os limites territoriais do Amapá, principalmente no trecho que envolve os rios mencionados,
uma vez que a França contestava o pertencimento dessa faixa territorial à Guiana Francesa.
c) os contornos de todo o Território Federal do Amapá, criado nessa ocasião, logo após a vitó-
ria histórica obtida pelo Barão do Rio Branco nas negociações diplomáticas.

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d) as fronteiras do Amapá em toda sua extensão, uma vez que tanto ao norte quanto ao sul
havia disputas históricas envolvendo Espanha, França e Portugal, finalmente resolvidas pela
arbitragem suíça.
e) os limites fronteiriços do maior estado da região norte do Brasil em relação à Guiana France-
sa, uma vez que nesse período o Amapá ainda pertencia ao Estado do Grão Pará e Maranhão.

O governo francês questionava os limites, alegando que o rio Vicente Pinzón não era o Oiapo-
que, e sim o rio Araguari, mais ao sul.
Letra b.

O Interesse Nazista pela Amazônia

Entre 1935 e 1937, o biólogo e geógrafo alemão Otto Schulz-Kamphenkel liderou uma expe-
dição do Belém do Pará, passando pelas margens do Rio Jari, até à fronteira da Guiana France-
sa. Em um relatório de 1940, elaborado para os nazistas, recomendou a tomada das Guianas
como de fundamental importância para as pretensões de Hitler na América do Sul.
Havia, inclusive, um plano dos alemães de, após vencerem a Segunda Guerra, dominar toda
a América do Sul através de ações de colônias da Argentina e do sul do Brasil. A “Operação
Guiana” objetivava colonizar as Guianas Francesa, Holandesa e Inglesa, além da tomada da foz
do Rio Amazonas.

A Guerra da Lagosta

Entre 1961 e 1963, ocorreu uma das maiores crises diplomáticas entre Brasil e França.
Mais do que a possibilidade de um conflito armado, recebeu essa nomenclatura jocosa pela
imprensa do período, em função dos eventos cômicos relacionados à questão.
A Marinha do Brasil expulsou um navio francês que estaria pescando lagostas clandesti-
namente na costa de Pernambuco. A crise tomou proporção perigosa quando os dois países
mobilizaram suas forças armadas, deslocando recursos militares para regiões próximas ao
incidente. Além disso, a França mobilizou tropas e navios para a fronteira entre a Guiana Fran-
cesa e o Amapá.
A parte cômica fica pelas discussões na imprensa francesa sobre o direito de pesca ou
não: A lagosta nada ou anda? Caso nadasse, poderia se dizer que estava em águas internacio-
nais; caso andasse, estaria em território brasileiro, já que se admitia, à época, que o fundo do
mar pertencia ao Brasil. A discussão se alongou com o Brasil alegando que a lagosta era um
recurso pertencente à plataforma continental, devido a sua “natureza sedentária”. Já os fran-
ceses argumentavam o contrário: ela nadava e, portanto, pertencia às águas internacionais.

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Querido(a) aluno(a), somente expliquei a Guerra da Lagosta, e por alto, em função de ela ter
aparecido em questões da banca como distração, para tirar o foco do candidato da alternativa
correta. Ela não possui nenhuma relação com História do Amapá, a não ser pela presença pró-
xima das forças armadas francesas. O incidente terminou com a França retirando seus navios
pesqueiros e sem que fosse dado nenhum tiro.

5. Principais Atividades Econômicas do Amapá: Séculos XIX e XX


Querido(a), desde a colonização europeia a região Norte é uma área de vazio demográfico.
Algo compreensível já que seus aspectos naturais dificultaram a sua ocupação mais intensiva.
Durante o século XIX, a economia na região do futuro estado do Amapá foi baseada no
ciclo do ouro e na produção de borracha, que havia atingido altos preços internacionais, o
que acabou promovendo um atrativo populacional. A descoberta de riquezas, no entanto, fez
crescer as disputas territoriais que, como vimos, levou à invasão dos franceses em maio de
1895. Vejamos:

Ciclo do Ouro

Em 1894, os brasileiros Germano e Firmino Ribeiro, naturais de Curuça, no Pará, encontram


ouro no leito do rio Calçoene. Na Guiana Francesa também se encontrou o metal. Essas des-
cobertas, como você deve se recordar, provocaram a “Questão do Amapá”, solucionada com
arbitragem suíça.
Podemos afirmar que a atual cidade de Calçoene teve origem no movimento de garimpei-
ros e faiscadores de ouro. Entre 1893 e 1898 foram extraídas aproximadamente 10 toneladas
de ouro das minas de Calçoene. Em 1901 sua população chegou a 1.600 habitantes.

012. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR/2018) As principais ativida-


des econômicas que marcaram o século XIX na região do Amapá foram a
a) mineração da prata e a extração de manganês.
b) fabricação da borracha e a plantação de arroz.
c) pesca marítima e o cultivo da soja.
d) criação de búfalos e a cultura da lagosta.
e) exploração de ouro e a extração do látex.

Querido(a), o próximo assunto é justamente sobre a extração do látex. Listei esta questão
nesse momento para que enfatize o modo como a FCC “enxerga” o tópico do edital “Principais
atividades econômicas do Amapá nos séculos XIX e XX”.
Letra e.

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Ciclo da Borracha

A partir da segunda metade do século XIX, a borracha passou a ser um produto de des-
taque na economia da Amazônia e do Brasil. O ciclo da borracha é o primeiro grande ciclo
econômico da Amazônia, que teve o seu auge entre 1879 e 1912. Contudo, a borracha já era
utilizada pelos indígenas nas Américas desde o início da colonização europeia. Eles usavam o
látex da seringueira como impermeabilizante e, a partir desse produto endurecido, fabricavam
utensílios domésticos, seringas, botas, sapatos, chapéus, jaquetas, bolas etc.
No século XIX, os Estados Unidos já estavam fabricando sapatos de borracha a partir do
látex endurecido importado da Amazônia. E, para a nossa surpresa, no Estado do Pará, por
volta de 1840, também havia uma indústria forte de sapatos de borracha, com uma qualidade
superior à dos Estados Unidos.
A boa notícia é que a demanda mundial pela borracha cresceu enormemente e continuou a
aumentar na segunda metade do século 19. Segundo o historiador Roberto Santos havia 5.300
seringueiros em 1850; em 1912, mais de 190 mil trabalhavam nos seringais.
Desde o início do ciclo da borracha, empresas estrangeiras instalaram-se em Belém e Ma-
naus para controlar o seu comércio. Esse monopólio formava uma pirâmide, com milhares de
seringueiros abastecendo centenas de negociantes que, por sua vez, vendiam a uns poucos e
poderosos estabelecimentos de Manaus, Belém e Iquitos.
No final do século XIX, o sul do Amapá também se beneficia da atividade extrativista. O
fluxo de pessoas e mercadorias se intensificaram pelos rios, possibilitando novos negócios e
o surgimento de uma economia subsidiária da atividade extrativista do látex.
Durante os primeiros anos do século 20, as exportações anuais de borracha na Amazônia
alcançaram em média 34 mil toneladas. Em 1909, uma produção de 42 mil toneladas atingiu
24,6 milhões de libras.
Contudo, este ciclo de grandes riquezas começou a ruir a partir de 1876, quando um co-
merciante inglês chamado Henry Wickham contrabandeou 70 mil sementes de seringueira da
região de Santarém e as enviou para o diretor do Royal Botanic Garden de Londres.
Plantações de seringais foram estabelecidas no Sudeste Asiático e, depois de três décadas
e meia de tentativas, as plantações na Malásia começaram a produzir látex de melhor qualida-
de, em quantidades maiores e por um preço mais acessível. Consequentemente, a produção
de borracha na Amazônia sofreu uma redução drástica. Por exemplo, em 1923, a produção
da Ásia atingiu 370 mil toneladas por ano, enquanto a da Amazônia despencou para 18 mil
toneladas por ano.
Dessa forma, o Brasil perdeu o mercado mundial para os plantios de seringueira de larga
escala no Sudeste Asiático, marcando o fim do ciclo do “ouro branco” na Amazônia.
Muitas famílias foram embora da Amazônia por causa da quebra do monopólio da borra-
cha. Aquelas que foram obrigadas a ficar não possuíam fonte de renda para manter o mesmo

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padrão de vida adquirido com os lucros do grande ciclo. Assim, Belém e Manaus entraram em
colapso econômico e social no início do século 20: os palacetes foram abandonados, os serin-
gueiros estavam à deriva, o governo já não conseguia pagar mais os funcionários públicos e a
classe média haviam perdido empregos e estava empobrecida.
Nesse período, depois de 1920, a população do Norte do Brasil ficou quase completamente
estagnada. Em 1920, a região possuía 312 mil habitantes; e, em 1940, esse número foi redu-
zido para 236 mil. Em 1950, a região conseguiu restabelecer sua população para 349 mil habi-
tantes. Contudo, voltou a crescer de forma significativa somente a partir da década de 1960.
Após a crise da borracha houve na região um retorno ao extrativismo de outros produtos
da floresta e à agricultura de subsistência. Amazônia deixou de ser atrativa para os aventurei-
ros e permaneceu meio século sem incursões estrangeiras em busca de produtos lucrativos.
Os povos indígenas haviam sofrido uma redução drástica e finalmente deixaram de ser es-
cravizados.
A população agora era composta principalmente por indivíduos miscigenados (índios,
brancos e negros), conhecidos como caboclos ou ribeirinhos. Eles viviam dos recursos da
fauna e flora (pesca e coleta de produtos florestais), explorando-os de forma sustentável, ou
seja, sem afetar a capacidade da natureza de produzir novos recursos para gerações futuras.
A região do Amapá sofreu uma queda na quantidade de imigrantes, com algumas exce-
ções, como a imigração japonesa que ocorreu na década de 1930.
Também havia pequenos fazendeiros que derrubavam e queimavam a mata para criar
gado. Quanto aos recursos, além da borracha, os outros produtos florestais também deixaram
de ter importância econômica para a região, pois passaram a ser cultivados em outros lugares.
Por exemplo, o café prosperou no planalto de São Paulo, onde o clima é mais temperado; o
arroz, o algodão e o açúcar eram mais lucrativos no Nordeste do Brasil, nos Estados Unidos e
no Caribe; e o cacau do oeste da África superou o da Amazônia.

013. (FCC/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2020)


Atenção: A questão refere-se à História do Amapá.
A exploração da borracha fez parte da história econômica da Região Norte em dois importan-
tes momentos ou “ciclos”, favorecidos, respectivamente, pela
a) conclusão da ferrovia Madeira-Mamoré no final do século XIX e pelos planos econômicos de
desenvolvimento do Norte e do Nordeste, executados pelo governo João Goulart.
b) aquisição do Acre, antes pertencente à Bolívia, no início do século XX, e pela alta na deman-
da internacional por borracha durante a II Guerra Mundial.
c) escassez do produto no mercado, durante a I Guerra Mundial, e pela criação de uma grande
estatal para a exploração do látex, ao fim do governo militar brasileiro.

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História do Amapá – Parte I
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d) liberação das manufaturas no Brasil, no começo do século XIX e a consequente necessi-


dade de abastecer o mercado interno, e pelo fracasso da política do café com leite nos anos
1920, que favoreceu a expansão dos seringais.
e) ela criação da indústria automobilística no Brasil, a exemplo da Fordlândia, nos anos 1930,
e pela posição vantajosa do Brasil na comercialização com o bloco socialista, durante a
Guerra Fria.

O Acre foi adquirido junto à Bolívia pelo Tratado de Petrópolis (17 de novembro de 1903), re-
solvendo uma contenda entre os dois países pela posse da região. Tratado estabeleceu ane-
xação do território do Acre ao Brasil, meidante indenização de 2 milhões de libras esterlinas
à Bolívia; Indenização, paga pelo governo brasileiro ao Bolivian Syndicate, no valor de 110 mil
libras esterlinas. Esta indenização era relativa à finalização do contrato de arrendamento que
esta empresa tinha com o governo boliviano, para explorar recursos na região; O Brasil ce-
deu à Bolívia algumas faixas de terras na região da foz do rio Abunã (na fronteira norte entre
Brasil e Bolívia), e na região de fronteira no estado do Mato Grosso; O Brasil deveria construir
uma ferrovia, para que os bolivianos pudessem fazer o escoamento de sua produção pelo rio
Amazonas. Após quase sete anos de construção, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ficou
pronta em 1912;
Letra b.

Em um curto período, entre os anos de 1942 e 1945, houve um segundo ciclo da borracha.
No contexto da Segunda Guerra Mundial, em 1941, o governo de Getúlio Vargas realizou um
acordo com os Estados Unidos para a exploração do látex.
No ano de 1942 a Malásia foi invadida pelos japoneses, que tomaram o controle sobre
todas as plantações de seringueira. Em resposta, o Departamento de Guerra estadunidense
repassou 100 milhões de dólares ao Brasil como pagamento a artigos fundamentais para a
defesa nacional, incluindo a borracha.
O SEMTA - Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - foi criado
em 1943, para o alistamento compulsório. Muitos nordestinos que sofriam com a seca partici-
param do momento histórico que ficou conhecido como “Batalha da Borracha”, onde mais de
100 mil “Soldados da Borracha” foram mobilizados.
Conforme se pode observar no gráfico abaixo, a exportação da borracha tem no período
1890-1910 seu momento áureo. O ano de pico da série foi em 1912, com quantidade exportada
acima de 42 mil toneladas de borracha. A partir daí o que se observa são quedas na quantidade
exportada que só viria a apresentar elevações (menos intensas) na segunda metade da déca-
da de 1920 e durante a II Guerra Mundial.

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014. (FGV/PGE – RO/ANALISTA DE PROCURADORIA/2015) Em função da participação do


Brasil na II Guerra Mundial (1939/1945), ocorreu uma segunda corrente migratória para a região
amazônica a fim de aumentar a oferta de mão de obra para a exploração da borracha. Estima-
-se o número de seringueiros que chegaram a região em 34.000 pessoas só no ano de 1942.
Em relação a tal processo de migração, é correto afirmar que:
a) a presença de população do sul do país foi a característica principal nesse processo;
b) a presença de retirantes nordestinos foi a tônica desse processo;
c) a presença da população sem-terra da região centro-oeste foi majoritária nesse processo;
d) a presença da população açoriana de Santa Catarina foi a mais importante nesse processo;
e) a presença exclusiva da população paulista foi fundamental para o desenvolvimento des-
se processo.

Os nordestinos foram os principais imigrantes para a extração de látex como matéria-prima


para os aliados durante a Segunda Guerra Mundial.
Letra b.

Contudo, ao término da guerra, a produção de borracha sintética entrou em cena. A borra-


cha natural da Amazônia não foi páreo para o novo modo de produção. A exploração foi enfra-
quecendo, até que no início dos anos 60 chegou ao fim.
Com a queda de 97% das áreas produtoras asiáticas nas mãos dos japoneses, os Estados
Unidos, através de acordos com o governo brasileiro, desencadearam

Uma operação em larga escala na Amazônia: a Batalha da Borracha. A operação provocou indícios
e possibilidades de um retorno aos velhos tempos. Foram anos de euforia econômica, o dinheiro

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voltava a circular em Manaus e Belém, fazendo surgir até uma tímida especulação imobiliária, muito
proveitosa, já que era bom negócio alugar casa para funcionários de diversos organismos que lida-
vam com a produção da hévea. Ao mesmo tempo que o país atravessava um duro racionamento
motivado pela Segunda Guerra Mundial, na Amazônia, novos empregos e bons salários começa-
vam a ser oferecidos por diversos escritórios ligados aos investimentos públicos da campanha da
borracha. Se bem que os gêneros alimentícios escasseassem e um pequeno, mas ativo, mercado
negro estivesse em franca atividade, havia uma distribuição controlada pelos norte-americanos,
impedindo que faltassem no mercado artigos de primeira necessidade. Quando a guerra acabou,
ainda que os planos de assistência médica e higiene tivessem contribuído para melhorar as condi-
ções de vida da população interiorana, o preço pago em vidas humanas para a Batalha da Borracha
foi incalculável. Segundo uma comissão de inquérito do Congresso Constituinte, cerca de 20 mil
trabalhadores morreram nos seringais, configurando um número de baixas maior do que as sofridas
pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália durante a guerra. A campanha da borracha não
era, na verdade, um plano de valorização regional de longo prazo, embora assim se apresentasse,
mas consequência do esforço de manter a demanda de borracha e de outras matérias-primas da
selva em nível satisfatório às exigências do mercado internacional dominado pelos Estados Unidos.
(SOUZA, 2019)

Depois de 1946, os seringais foram novamente abandonados para que outros investimen-
tos federais tivessem prosseguimento, como a Usina de Volta Redonda e a Companhia Hidrelé-
trica do São Francisco, para somente citar dois exemplos.

015. (UFAM/PSC/3ª ETAPA/2014) A Segunda Guerra Mundial levou os governos de Getulio


Vargas e de Franklin D. Roosevelt à celebração dos Acordos de Washington; formalidade que
resultou na chamada Batalha da Borracha (1942-1945) durante a qual “os nordestinos recruta-
dos para trabalhar nos seringais foram chamados de soldados da borracha, mas jamais rece-
beram soldo nem medalhas” (NEVES, Marcos Vinícius. In: História Viva, n.o 8, 2004).
Assinale a alternativa correta:
a) O governo brasileiro comprometia-se em fornecer aos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra
e França) um mínimo de 100.000 toneladas de borracha silvestre anuais, tal volume deveria
substituir a produção do sudeste asiático, região que estava sob o domínio dos nazi-facistas
japoneses.
b) Com o advento dos Acordos de Washington a Amazônia voltou protagonizar no cenário
mundial, era mais uma oportunidade para o desenvolvimento social e econômico da região,
pois foi nesse período de esplendor cosmopolita que as cidades de Belém e Manaus viveram
a chamada Belle Époque.
c) Os soldados da borracha, também conhecidos por arigós, chegaram a Amazônia em três
grandes levas migratórias administradas pelas seguintes órgãos governamentais: DNI (Depar-
tamento Nacional de Imigração); RDC (Rubber Development Corporation), SEMTA (Serviço Es-

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pecial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia) e a CAETA (Comissão Administrati-


va de Encaminhamento de Trabalhadores para a Amazônia).
d) O número de imigrantes nordestinos que foram deslocados para a Amazônia durante a
Batalha da Borracha é controverso, alguns contam 60.000 ou 100.000 trabalhadores, enquan-
to que Samuel Benchimol no seu livro Romanceiro da Batalha da Borracha estima que pelo
menos 500.000 “soldados da borracha”, recrutados no Nordeste foram encaminhados para
a Amazônia.
e) O novo fluxo migratório aumentou o número de habitantes da Amazônia, assim como os
resultados da Batalha da Borracha foram satisfatórios, pois o volume da produção de borracha
em 1945, superando as exportações desse produto registrado no ano de 1912, algo em torno
de 43.000 toneladas.

a) Errada. O sudeste asiático, produtor de borracha, estava sob domínio japonês.


b) Errada. A Belle Époque ocorreu na virada do século XIX para o XX e perdurou até o início da
Primeira Guerra.
c) Certa. Ainda que você nunca tenha ouvido ou lido sobre o DNI, o RDC, o SEMTA ou o CAETA,
por eliminação, essa é a única alternativa que trata de instituições do Estado utilizadas para
encaminhamento de mão de obra para a exploração da borracha. Nesse sentido, lembre-se de
que os Estado foi fundamental para desenvolver a ideia de uma guerra travada na Amazônia
pelos “soldados da borracha”.
d) Errada. O número de “soldados da borracha” é estimado em 100.000
e) Errada. Ainda que tenha ocorrido um aumento da produção durante a Segunda Guerra
Mundial (20.000 toneladas em 1945), não conseguiu alcançar as 42.000 toneladas exporta-
das em 1912.
Letra c.

Outras Tentativas de Colonização

Algumas tentativas de colonização da Amazônia no século 20 ocorreram principalmen-


te no período do Estado Novo de Getúlio Vargas (1943). Uma delas foi a japonesa, com as
plantações de juta – uma fibra têxtil de origem asiática –, na várzea do rio Amazonas, e de
pimenta-do-reino na região de Tomé-Açu (Pará) a partir da década de 1940. A juta, usada para
a fabricação de sacos, ganhou destaque na economia do Baixo Amazonas, especialmente em
Santarém e Parintins, até meados da década de 1970. Já a pimenta-do-reino, apesar de ter
perdido importância econômica, ainda é cultivada na região bragantina do Pará.
O período também marca a tentativa do empreendedor norte-americano Henry Ford, pai da
indústria automobilística, de estabelecer na Amazônia plantios de seringueira para competir
com os existentes na Malásia, na época, colônia britânica. Em 1927, Ford adquiriu extensas

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florestas próximo da foz do rio Tapajós a fim de assegurar uma fonte de matéria-prima (látex)
para a fabricação de pneus.
Assim, a empresa de Ford construiu duas cidades na selva. Primeiro, Fordlândia, em 1927,
depois Belterra em 1936. Em 1929, o número de trabalhadores alcançava em torno de 1.000
pessoas, vindas das aldeias de nativos da região, do Maranhão e Ceará, dos remanescentes da
construção da ferrovia Madeira-Mamoré, do canal do Panamá e de pequenos países do Caribe
como a Jamaica, Barbados e Santa Lúcia.
Fordlândia e Belterra possuíam uma infraestrutura próxima do padrão norte-americano da
época, o qual incluía escolas, hospitais, sistema de abastecimento de água e energia, esta-
ção de rádio e telefonia. Entretanto, todo esse esforço foi em vão, pois sem experiência em
silvicultura tropical, os gerentes da empresa plantaram as seringueiras muito próximas umas
das outras, propiciando o ataque do fungo mal-das-folhas (Microcyclus uley) que dizimou as
plantações.
Além disso, os trabalhadores de Fordlândia, submetidos ao estilo de vida e trabalho rígido
norte-americano, revoltaram-se em 1930. Nessa rebelião, destruíram o prédio do escritório,
da usina de força, serraria, garagem, estação de rádio e recepção. Eles também cortaram as
luzes, atearam fogo nas oficinas, queimaram arquivos, saquearam depósitos e quebraram ca-
minhões, tratores e carros. Os gerentes tiveram de fugir. No dia seguinte, o conflito teve de ser
apaziguado pelo exército.

Projetos de Extração

Em 1950, iniciou-se a construção da rodovia Belém-Brasília, como parte do ambicioso pro-


jeto integração nacional de Juscelino Kubitscheck. Já na década de 1960, a estratégia do Re-
gime Militar (1964-1985) se baseava em políticas desenvolvimentistas e nacionalistas. Nesse
sentido, como veremos na nossa próxima aula, os militares criaram bancos de fomento e su-
perintendências de segurança que promoveram um atrativo populacional, principalmente para
exploração de madeira e minérios.

Manganês

Embora tenha sido encontrada uma grande reserva de manganês na Serra do Navio em
1945, sua exploração se iniciou em 1957, com a concessão da atividade à Indústria e Comércio
de Minérios S.A. (ICOMI), subsidiária da norte-americana BethIehem Steel.
Principal riqueza do estado do Amapá, o manganês revolucionou a economia local. Com as
maiores reservas do país, extrai 80% da produção total de manganês do país na década de 60.
Suas jazidas foram arrendadas por 50 anos pela Icomi, que paga royalties de 4 a 5% do valor do
minério extraído ao governo local, sendo as encomendas asseguradas por um contrato com o
Defense Materials Procurement Agency, órgão governamental norte-americano.

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A renda dos royalties do manganês foi usada na construção da Usina de Paredão, objeti-
vando produzir energia para atrair indústrias. Também foi construída, pela Icomi, uma estrada
de ferro com capacidade para 700 mil toneladas de minério e 200 mil toneladas de outros tipos
de mercadorias, bem como como um porto com capacidade para receber navios de até 45 mil
toneladas.
Além do manganês, o Amapá possui uma grande reserva de recursos naturais sendo explo-
radas e muitas com potencialidades para o futuro. Entre elas, incluímos o ouro dos garimpos
dos rios Calçoene, Cassiporé, Igarapé de Leona e Gaivota.
Na região de Santa Maria podem ser encontrados diamantes e a hematita é explorada em
uma jazida de 9,6 toneladas pela empresa Hanna Company. Também são extraídos o caulim e
o granito.

016. (FCC/AL – AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ASSISTENTE DE OPERAÇÕES TÉCNICAS/


2020) A mineração, atividade econômica marcante na história do Amapá, teve um período
próspero durante
a) os anos finais do século XX, quando houve a instalação de grandes multinacionais minera-
doras para a extração do minério de ferro.
b) a fase colonial, quando jazidas de ouro foram descobertas e exploradas por bandeirantes
paulistas.
c) a IV República (1945-1964), quando foram descobertas jazidas de manganês na região da
Serra do Navio.
d) o Segundo Império, quando a exploração da borracha atraiu trabalhadores de outros setores,
caso dos garimpeiros.
e) o Regime Militar, quando foi criada a empresa estatal ICOMI (Indústria e Comércio de Miné-
rios de Ferro e Manganês) para a exploração mineradora no Amapá.

A descoberta de jazidas de manganês em 1945 e o início da sua exploração em 1957 gerou


royalties e investimentos no setor de infraestrutura.
Letra c.

Outras Atividades

Na década de 1970, o empresário norte americano Daniel Ludwig implantou o Projeto Jari,
na divisa com o Pará e às margens do rio Jari. Objetivava explorar madeira, cultivar arroz e pro-
duzir celulose. Apesar do grande investimento, o projeto fracassa e, em 1982, é assumido pelo
Grupo Caemi e pelo Banco do Brasil.

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Em termos de extrativismo vegetal, são exploradas a castanha-do-pará, o palmito e a ma-


deira. A produção agrícola, antes limitada ao cultivo de arroz e mandioca, tem na soja o princi-
pal produto. Na pecuária predominam as criações de búfalo e o gado bovino.

017. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/PROFESSOR/ANOS INICIAIS/ 2018) Em repor-


tagem de janeiro de 2018 no Diário do Amapá lê-se o seguinte:
O setor do agronegócio vive um momento de franca expansão no Amapá, tendo registrado um
forte aumento no volume de produção no ano passado, levando um produto, em especial, ao
patamar de terceira maior riqueza exportada para países como China, Espanha, Israel e México.
(Disponível em: https://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/entrevista/Adaptado)

O produto em expansão no estado é


a) a banana.
b) o milho.
c) o feijão.
d) a soja.
e) a mandioca.

O cultivo de soja vem se destacando nas últimas décadas.


Letra d.

O setor industrial dedica-se ao processamento das principais riquezas do estado, ou seja,


a extração mineral, a madeira e também a pesca. Esta última, a atividade econômica de maior
potencialidade para ser explorada. A exploração dos recursos pesqueiras do Estado é caracte-
rizada como artesanal. A pesca industrial concentra-se basicamente na captura do camarão-
-rosa. O desenvolvimento da atividade pesqueira depende fortemente da iniciativa e do inves-
timento governamental.
A pecuária se limita a produção para a região norte, destacando o rebanho bubalinos (búfa-
los) como sendo mais numeroso que o de bovinos e a área destinada à atividade é muito maior
que a destinada à agricultura.
A produção de energia elétrica no Amapá supera o seu consumo doméstico. Entre junho
de 1993 e julho de 1994, foram produzidos 451 milhões de kwh de energia, para um consumo
local de 220 milhões de kwh.
Querido(a) aluno(a), chegamos ao final da primeira parte de nossa aula. Na sequência, estu-
de o resumo e os mapas mentais. Faça todos os exercícios, pois são eles que proporcionam a
memorização do conteúdo e a assimilação da forma como a FCC lhe cobrará o conhecimento.

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Ah, não se esqueça de avaliar a aula! Seu feedback é muito importante para que continue
produzindo materiais que atendam suas expectativas e necessidades.
Nos reencontraremos na próxima aula. Continue focado.
Abraços,
Professor Daniel

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RESUMO
Colonização da Amazônia
• Desinteresse espanhol: fracasso da excursão de Francisco Orellana.
• Portugal: ocupar e proteger a região de invasores (franceses, holandeses, ingleses)
• Capitanias Hereditárias

Colonização do Amapá
• Entradas, bandeiras, descidas, missões jesuítas
• Escravidão africana: mercantilismo, pouco utilizada no Amapá
• Capitania Cabo Norte (1637): Bento Maciel Parente
• Tratado de Ultrecht (1713): Franceses recuaram e aceitaram o Rio Oiapoque como limite
entre a Colônia Portuguesa e a Colônia Francesa (Guiana).

Medidas Tomadas pelo Marquês de Pombal


• expulsão dos jesuítas,
• fim das capitanias hereditárias,
• Tratado de Madri: Fronteiras entre colônias portuguesas e espanholas.
• 1758: Macapá é elevada à categoria de Vila
• Fortaleza de São José do Macapá construída entre 1764 e em 1782
• Vila Nova Mazagão (7 de junho de 1770): colonos açorianos

Tomada de Caiena (1808): D. João, príncipe regente, ordenou a invasão à Guiana Francesa,
já que a França havia invadido Portugal.
Província do Oyapóckia (Oiapóquia ou Oyapókia): Em 1853, deputado Candido Mendes de
Almeida, apresentou projeto de criação de uma nova província que teria sua capital em Ma-
capá. Foi rejeitada pela Assembleia Legislativa do Império.
República Cunami: Por duas vezes houve a tentativa de estabelecer uma república inde-
pendente na região - uma por Jules Gros, em 1885, e a outra por Adolph Brezet em 1902. Na
primeira tentativa foi extinta pelo governo francês e na segunda pelo governo brasileiro.

Questão do Amapá
• França não reconhecia o rio Oiapoque como limite entre a Guiana e o Amapá.
• Atuação diplomática do Barão do Rio Branco.
• Laudo Suíço (01/12/1900): Decisão favorável ao Brasil

Principais Atividades Econômicas do Amapá


• Séculos XIX: Ciclo do Outro e Ciclo da Borracha
• Século XX: Manganês na Serra do Navio (1957)

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MAPA MENTAL

TRATADOS DE LIMITES
relacionados ao Amapá.

Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu


a divisão do globo terrestre em dois
Tratado de Tordesilhas - 1494 hemisférios por um meridiano localizado
370 léguas a Oeste das ilhas de Cabo Verde.

Firmado entre Portugal e a França para


estabelecer os limites entre os dois países
na costa norte do Brasil. Estas disposições
Primeiro Tratado de Utrecht
serviram, quase dois séculos após, para
- 1713
defender a posição brasileira na questão do
Amapá.

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TRATADOS DE LIMITES
relacionados ao Amapá.

Também entre Portugal e a Espanha,


estabeleceu os limites entre as colônias
dos dois, na América do Sul, respeitando a
ocupação realmente exercida nos territórios
e abandonando inteiramente a “linha de
Tratado de Madri - 1750
Tordesilhas”. (A Colônia de Sacramento
passaria para o domínio da Espanha). Com
esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil
próximo ao de que dispõe hoje.

Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em


linhas gerais os limites estabelecidos pelo
Tratado de Santo Ildefonso
Tratado de Madri, embora com prejuízo para
- 1777
Portugal no extremo sul do Brasil.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (FCC/TJ – AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) Uma das estratégias da Coroa Portugue-
sa, para a administração de sua colônia na América, foi a instituição das capitanias hereditá-
rias, cada qual a cargo de um donatário. Eram atribuições do donatário
a) representar o rei, administrar a justiça, distribuir sesmarias.
b) negociar livremente e vender pelo melhor preço a capitania recebida, cobrar impostos, criar
regras locais.
c) defender o território, estabelecer comércio internacional, viabilizar o tráfico indígena para
outras colônias portuguesas.
d) conquistar capitanias vizinhas, fundar vilas, apoiar as missões jesuíticas.
e) arrendar sesmarias, barrar as entradas e bandeiras, erguer igrejas e colégios.

002. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/DDMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) As po-


líticas do regime militar para a Região Amazônica, em nome da integração nacional e moder-
nização econômica da região, tiveram forte impacto no então Território do Amapá, e foram
marcadas pelas seguintes medidas:
a) Repressão política a grileiros, reforma agrária e criação da Zona Franca da Foz do Amazonas.
b) Incentivos fiscais, política de distribuição de lotes de terra e abertura de estradas.
c) Construção de conjuntos habitacionais, criação de zonas industriais e construção de quar-
téis na Calha Norte.
d) Intervenção federal, militarização da atividade mineradora e programa de desmatamento
controlado.
e) Estatização da pesca da Lagosta, criação de zonas de preservação ambiental e introdução
da mineração

003. (FCC/SEPLAG/PM/MG/PROFESSOR/HISTÓRIA/2012) Com as Grandes Navegações


os europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram suas atividades
econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nesse processo de expansão,
o contato dos europeus com os povos distantes caracterizou-se pelo
a) intercâmbio esporádico, dificultado pelas diferenças linguísticas e hábitos culturais
divergentes.
b) extenso domínio territorial, sobretudo na África e Ásia, onde existiam povos desenvolvidos
e com enormes riquezas industriais.
c) convívio pacífico, incentivado pelos ideais religiosos cristãos, que fundamentavam a evan-
gelização e a prática da tolerância.
d) estranhamento, com o outro sendo visto, com frequência, por meio das crendices e lendas
que marcavam o imaginário europeu.

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História do Amapá – Parte I
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004. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/EDUCADOR SOCIAL/2018) O significado do


nome “Macapá” remete
a) à língua tupi e aos indígenas nativos da região, homenageados em alguns espaços muse-
ográficos da cidade, a exemplo das casas dos índios Palikur e Waiãpi que se encontram no
Museu Sacaca.
b) à língua geral e à forma como os missionários franceses batizaram a capital, criando uma
língua híbrida que ainda é perceptível nos nome dos principais bairros da cidade.
c) às características da flora da região e à presença de povos indígenas, principalmente os
Tucujus, homenageados no emblema presente na bandeira do Amapá.
d) à língua castelhana, uma vez que foram os espanhóis os primeiros a batizarem a cidade e a
exterminarem os Karipunas, o maior grupo indígena local, de forma a não haver, na atualidade,
descendentes das populações originárias, na região.
e) à deturpação da língua indígena pelos portugueses, que criaram palavras a partir do que
julgavam escutar mas valorizavam os povos nativos, cuja cultura passou a ser preservada em
museus, como o centenário Museu do Índio, em Macapá.

005. (FCC/SEAD–AP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2018) As principais conquistas portu-


guesas obtidas pelo Tratado de Utrecht (1713) em relação às pretensões francesas na Ama-
zônia foram:
a) o reconhecimento do Rio Oiapoque como fronteira entre as possessões francesas e portu-
guesas e a posse das duas margens na Foz do Rio Amazonas.
b) a cessão de Caiena para o livre comércio empreendido por súditos portugueses e a posse
da Fortaleza da Ilha do Diabo.
c) a posse da margem sul do Rio Amazonas e a devolução de São Luís, antiga França Equino-
cial, aos portugueses.
d) o domínio da Ilha do Marajó e o direito à navegação do Rio Amazonas, controlado pelos
jesuítas franceses.
e) a definição do Rio Caciporé como fronteira entre as possessões francesas e portuguesas, e
a conquista de Belém aos franceses.

006. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2018) As motiva-


ções que orientaram a fundação da Vila de São José de Macapá estão relacionadas
a) às reformas pombalinas, que, dentre outros objetivos, visavam modernizar e tornar mais
eficaz a administração colonial portuguesa, garantindo seu território e um maior proveito da
exploração colonial.
b) ao acirramento do controle do território por causa da mineração no Brasil, no século XVI,
uma vez que bandeirantes descobriram jazidas de ouro não apenas no Sudeste, mas também
na região Norte, motivando a cobiça daquele território por franceses e holandeses.

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História do Amapá – Parte I
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c) ao projeto das capitanias hereditárias com o propósito de ocupar e colonizar todo o território
nacional, inclusive o Amapá, região sob a responsabilidade de um donatário designado pela
Coroa, que se incumbiu de fundar uma vila.
d) ao apogeu da exploração do látex na região Norte, visto que a fundação da capital coincide
com um período de prosperidade do Pará, em virtude das demandas por borracha no mercado
internacional.
e) à expulsão dos jesuítas no Brasil, uma vez que a nomeação de um Intendente português,
Coriolano Jucá, para administrar a cidade, tinha como função substituir o poder antes exercido
pela Igreja.

007. (FCC/AL-AP/AUXILIAR LEGISLATIVO/AUXILIAR OPERACIONAL/2020) Atenção: A


questão refere-se à História do Amapá.
A Fortaleza de São José do Macapá teve um importante papel
a) na defesa do Amapá de ataques piratas que ocorriam com frequência em toda a região, por
acesso fluvial, no século XVII.
b) na estruturação da defesa da região amazônica, conforme projeto concebido por Marquês
de Pombal.
c) na garantia da segurança dos primeiros habitantes de Macapá, que moravam nas dependên-
cias da fortaleza para se protegerem dos ataques indígenas.
d) no estabelecimento da missão que deu origem à cidade, uma vez que foi construída por
solicitação da Companhia de Jesus ao rei Dom João VI.
e) nos primeiros conflitos entre Brasil e França, no século XVI, envolvendo questões de fronteira.

008. (DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA/MINISTÉRIO DA DEFESA/MARINHA DO BRA-


SIL O OFICIAL SEGUNDA CLASSE – 2017) Após chegada da Família Real ao Brasil, a 7 de
março de 1808, D. João iniciou movimentos de política externa, o que permitiu elevar significa-
tivamente o papel da Marinha. Quais foram as duas ações iniciais de política externa empre-
endidas por D. João?
a) A expulsão dos franceses do Rio de Janeiro e a criação do Arsenal de Marinha.
b) A conquista de Caiena e a ocupação da banda Oriental.
c) A assinatura do Tratado de Trégua entre Portugal e Holanda e a formação da primeira
Força Naval.
d) A declaração de guerra á França e a adesão à causa da Independência.
e) A abertura dos portos ao comércio estrangeiro e a criação da Esquadra brasileira.

009. (FCC/AL-AP/ANALISTA LEGISLATIVO/ADMINISTRADOR/2020) Antes da criação do


Território Federal do Amapá, houve tentativas de criação de uma província separada do Grão
Pará, com sede administrativa em Macapá, tal como a proposta de

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a) associação do Amapá à Guiana Francesa e ao Suriname, numa confederação governada


pelos brasileiros a partir da capital amapaense e em regime republicano.
b) fusão do Amapá com Roraima e o norte do Pará, de modo a criar um estado compatível, em
área, aos tamanhos com que ficariam o Pará e o Amazonas.
c) fundação de uma província desvinculada da Região Norte, idealizada pelo Barão do Rio
Branco, cuja administração se daria tal como a estabelecida no Acre.
d) criação da Província de Oiapókya, pelo deputado Cândido Mendes, porém rejeitada pela As-
sembleia Geral do Império do Brasil.
e) vinculação do Amapá ao Maranhão, considerando as rotas comerciais marítimas existentes
e as afinidades políticas entre as elites das duas localidades, na época do Império.

010. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ASSISTENTE SOCIAL/EDITAL N. 04/2018) Con-


sidere as afirmações abaixo sobre a chamada “República de Cunami”.
I – Foi a primeira denominação colonial do Amapá, que remetia à presença abundante, na-
quela região, do peixe cunami, hoje mais conhecido como tucunaré.
II – Tratou-se de uma tentativa de oficialização de um suposto “estado livre” por iniciativa
do comerciante francês Jules Gros, com duração de poucos anos.
III – Foi uma iniciativa não oficial e controversa, extinta pelo próprio governo francês, mas
houve uma tentativa de retomada do projeto, anos depois, pelo comerciante Adolph
Brezet, com apoio de alguns empreendedores brasileiros.
IV – Resultou de um projeto expansionista do governo francês que pretendia incorporar par-
te do Amapá ao território da Guiana Francesa, transferindo a capital desta para a “Vila
de Cunami”, na atual Macapá, onde se instalaria um governo democrático e republicano.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I, II e III.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) I e IV.

011. (FCC/FCRIA-AP/EDUCADOR SOCIAL/ARTE EDUCADOR/2018) Em 1900, reuniram-se


em Berna, na Suíça, as delegações brasileiras e francesas para finalmente estabelecer a sobe-
rania entre o rio Araguari e o rio Oiapoque. Do lado brasileiro, a estrela de José Maria da Silva
Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Do lado francês, o então promissor geógrafo Vidal de
la Blache, que confeccionou alguns mapas para a ocasião (...).
(Adaptado de: CAVLAK, Iuri. Introdução à História da Guiana Francesa. Rio de Janeiro: Editora
da Unifap/Autografia, 2017, p. 48)
A reunião a que o texto se refere definiu

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a) as fronteiras entre o Amapá, a Guiana Francesa e o Suriname, que ainda não tinham sido es-
tabelecidas devido à ausência de mapas e o desinteresse colonial português por essa região.
b) os limites territoriais do Amapá, principalmente no trecho que envolve os rios mencionados,
uma vez que a França contestava o pertencimento dessa faixa territorial à Guiana Francesa.
c) os contornos de todo o Território Federal do Amapá, criado nessa ocasião, logo após a vitó-
ria histórica obtida pelo Barão do Rio Branco nas negociações diplomáticas.
d) as fronteiras do Amapá em toda sua extensão, uma vez que tanto ao norte quanto ao sul
havia disputas históricas envolvendo Espanha, França e Portugal, finalmente resolvidas pela
arbitragem suíça.
e) os limites fronteiriços do maior estado da região norte do Brasil em relação à Guiana France-
sa, uma vez que nesse período o Amapá ainda pertencia ao Estado do Grão Pará e Maranhão.

012. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR/2018) As principais ativida-


des econômicas que marcaram o século XIX na região do Amapá foram a
a) mineração da prata e a extração de manganês.
b) fabricação da borracha e a plantação de arroz.
c) pesca marítima e o cultivo da soja.
d) criação de búfalos e a cultura da lagosta.
e) exploração de ouro e a extração do látex.

013. (FCC/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2020)


Atenção: A questão refere-se à História do Amapá.
A exploração da borracha fez parte da história econômica da Região Norte em dois importan-
tes momentos ou “ciclos”, favorecidos, respectivamente, pela
a) conclusão da ferrovia Madeira-Mamoré no final do século XIX e pelos planos econômicos de
desenvolvimento do Norte e do Nordeste, executados pelo governo João Goulart.
b) aquisição do Acre, antes pertencente à Bolívia, no início do século XX, e pela alta na deman-
da internacional por borracha durante a II Guerra Mundial.
c) escassez do produto no mercado, durante a I Guerra Mundial, e pela criação de uma grande
estatal para a exploração do látex, ao fim do governo militar brasileiro.
d) liberação das manufaturas no Brasil, no começo do século XIX e a consequente necessi-
dade de abastecer o mercado interno, e pelo fracasso da política do café com leite nos anos
1920, que favoreceu a expansão dos seringais.
e) ela criação da indústria automobilística no Brasil, a exemplo da Fordlândia, nos anos 1930,
e pela posição vantajosa do Brasil na comercialização com o bloco socialista, durante a
Guerra Fria.

014. (FGV/PGE – RO/ANALISTA DE PROCURADORIA/2015) Em função da participação do


Brasil na II Guerra Mundial (1939/1945), ocorreu uma segunda corrente migratória para a região

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amazônica a fim de aumentar a oferta de mão de obra para a exploração da borracha. Estima-
-se o número de seringueiros que chegaram a região em 34.000 pessoas só no ano de 1942.
Em relação a tal processo de migração, é correto afirmar que:
a) a presença de população do sul do país foi a característica principal nesse processo;
b) a presença de retirantes nordestinos foi a tônica desse processo;
c) a presença da população sem-terra da região centro-oeste foi majoritária nesse processo;
d) a presença da população açoriana de Santa Catarina foi a mais importante nesse processo;
e) a presença exclusiva da população paulista foi fundamental para o desenvolvimento des-
se processo.

015. (UFAM/PSC/3ª ETAPA/2014) A Segunda Guerra Mundial levou os governos de Getulio


Vargas e de Franklin D. Roosevelt à celebração dos Acordos de Washington; formalidade que
resultou na chamada Batalha da Borracha (1942-1945) durante a qual “os nordestinos recruta-
dos para trabalhar nos seringais foram chamados de soldados da borracha, mas jamais rece-
beram soldo nem medalhas” (NEVES, Marcos Vinícius. In: História Viva, n.o 8, 2004).
Assinale a alternativa correta:
a) O governo brasileiro comprometia-se em fornecer aos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra
e França) um mínimo de 100.000 toneladas de borracha silvestre anuais, tal volume deveria
substituir a produção do sudeste asiático, região que estava sob o domínio dos nazi-facistas
japoneses.
b) Com o advento dos Acordos de Washington a Amazônia voltou protagonizar no cenário
mundial, era mais uma oportunidade para o desenvolvimento social e econômico da região,
pois foi nesse período de esplendor cosmopolita que as cidades de Belém e Manaus viveram
a chamada Belle Époque.
c) Os soldados da borracha, também conhecidos por arigós, chegaram a Amazônia em três
grandes levas migratórias administradas pelas seguintes órgãos governamentais: DNI (Depar-
tamento Nacional de Imigração); RDC (Rubber Development Corporation), SEMTA (Serviço Es-
pecial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia) e a CAETA (Comissão Administrati-
va de Encaminhamento de Trabalhadores para a Amazônia).
d) O número de imigrantes nordestinos que foram deslocados para a Amazônia durante a
Batalha da Borracha é controverso, alguns contam 60.000 ou 100.000 trabalhadores, enquan-
to que Samuel Benchimol no seu livro Romanceiro da Batalha da Borracha estima que pelo
menos 500.000 “soldados da borracha”, recrutados no Nordeste foram encaminhados para
a Amazônia.
e) O novo fluxo migratório aumentou o número de habitantes da Amazônia, assim como os
resultados da Batalha da Borracha foram satisfatórios, pois o volume da produção de borracha
em 1945, superando as exportações desse produto registrado no ano de 1912, algo em torno
de 43.000 toneladas.

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016. (FCC/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ASSISTENTE DE OPERAÇÕES TÉCNI-


CAS/2020) A mineração, atividade econômica marcante na história do Amapá, teve um perío-
do próspero durante
a) os anos finais do século XX, quando houve a instalação de grandes multinacionais minera-
doras para a extração do minério de ferro.
b) a fase colonial, quando jazidas de ouro foram descobertas e exploradas por bandeirantes
paulistas.
c) a IV República (1945-1964), quando foram descobertas jazidas de manganês na região da
Serra do Navio.
d) o Segundo Império, quando a exploração da borracha atraiu trabalhadores de outros setores,
caso dos garimpeiros.
e) o Regime Militar, quando foi criada a empresa estatal ICOMI (Indústria e Comércio de Miné-
rios de Ferro e Manganês) para a exploração mineradora no Amapá.

017. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/PROFESSOR/ANOS INICIAIS/2018) Em reporta-


gem de janeiro de 2018 no Diário do Amapá lê-se o seguinte:
O setor do agronegócio vive um momento de franca expansão no Amapá, tendo registrado um
forte aumento no volume de produção no ano passado, levando um produto, em especial, ao
patamar de terceira maior riqueza exportada para países como China, Espanha, Israel e México.
(Disponível em: https://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/entrevista/Adaptado)

O produto em expansão no estado é


a) a banana.
b) o milho.
c) o feijão.
d) a soja.
e) a mandioca.

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QUESTÕES DE CONCURSO
018. (FCC/2018/FCRIA-AP/EDUCADOR SOCIAL/ARTE EDUCADOR) Dentre as principais ati-
vidades econômicas vigentes no Amapá, e existentes desde meados do século XX, destaca-se
a) a agricultura voltada ao abastecimento da região Norte, de produtos como feijão, arroz, soja,
laranja e café.
b) o extrativismo vegetal biosustentável, por meio de produtos como o babaçu e o carvão.
c) a atividade pesqueira, principalmente marítima, uma vez que há forte controle da pesca nos
rios amazônicos.
d) a produção industrial de eletrodomésticos e outros bens de consumo comercializados na
Zona Franca de Manaus.
e) o extrativismo mineral, a exemplo da exploração das jazidas de manganês.

019. (FCC/PC – AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) A fronteira entre a Guiana Francesa e o


Brasil foi alvo de constantes divergências e conflitos entre os dois países. A chamada “Ques-
tão do Amapá” só foi legalmente solucionada
a) após a atuação da diplomacia brasileira, quando o Barão do Rio Branco obteve posicio-
namento favorável da arbitragem internacional do governo da Suíça, que reconheceu que o
Brasil tinha direito às terras localizadas ao sul do rio Oiapoque, antes pertencentes ao Império
Português.
b) depois da derrota das tropas francesas que haviam invadido parte do território do Amapá,
avançando até o rio Araguari, e foram vencidas pelo Exército Brasileiro, com a colaboração de
milícias armadas enviadas pela Guiana e pelo Suriname.
c) mediante um acordo pacífico entre a França e o Brasil, que estabeleceu os limites frontei-
riços definitivos, em troca de favorecimentos comerciais envolvendo as cidades de Caiena e
Macapá, bem como a livre navegação dos rios de ambos os territórios envolvidos.
d) durante a Segunda Guerra Mundial, quando França e Brasil apoiaram conjuntamente os Alia-
dos, e cessaram suas disputas por fronteira em nome do Tratado Interamericano de Assistên-
cia Recíproca, firmado no Rio de Janeiro por diversos países sul-americanos.
e) por pressão do governo dos Estados Unidos, interessado na exploração de minério de ferro e
manganês na região, a qual estava sendo prejudicada pelos conflitos territoriais, solucionados
com a vinda de peritos que deram ganho de causa ao Brasil.

020. (FCC/PM – AP/SOLDADO/2017) Em diferentes momentos históricos, houve disputas


entre portugueses e demais colonizadores europeus pela ocupação da região do Amapá. Du-
rante o período colonial, um episódio, que exemplifica essas disputas é o da:
a) expulsão dos holandeses, por tropas portuguesas e brasileiras, quando estes ocuparam ini-
cialmente o Nordeste e estenderam seus domínios por toda a região Norte.

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b) reivindicação dessa região pela França como sendo parte de seu território além-mar, apesar
da divisão territorial em favor de Portugal ter sido oficializada pelo Tratado de Utrecht.
c) construção da Fortaleza de São José de Macapá, para proteger a região da constante in-
vasão de piratas ingleses e de embarcações russas atraídos pelos minérios e pelo comércio
da borracha.
d) assinatura do Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal, que retirou a região do Ama-
pá e suas adjacências da possessão da Coroa espanhola, após diversos conflitos coloniais.
e) decretação da Guerra da Lagosta, entre colonos portugueses e franceses, uma vez que ha-
bitantes da Guiana Francesa pescavam ilegalmente lagostas no litoral brasileiro.

021. (FCC/AL-AP/ADVOGADO LEGISLATIVO/PROCURADOR/2020) A questão refere-se à


História do Amapá.
Considere o trecho a seguir:
Em 1897, após anos de conflitos com várias baixas dos dois lados, um termo de compromisso,
assinado por delegados do Brasil e da França, confiou a resolução do Contestado à arbitragem
do presidente da federação Suíça, Walter Hauser. Os dois países, de um lado Brasil e do outro
a França, reuniram a maior quantidade de arquivos possíveis para provar suas proposições.
(SILVA, Gutemberg de V. e RÜCKERT, Aldomar. “A fronteira Brasil-França”, Confins [Online], 7 |
2009, Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6040)
A arbitragem suíça, mencionada acima, definiu, ao final do processo, que
a) a França detinha documentos, argumentos e provas suficientes para assegurar e ampliar o
território da Guiana, sendo portanto vitoriosa nessa questão fronteiriça.
b) ambos os lados envolvidos apresentavam documentos incompletos ou ambíguos, devendo
a questão ser tratada pela ONU, por meio do Tribunal de Haia.
c) o limite entre França e Brasil passaria a ser o rio Calçoene, em função da justa distribuição
de áreas e recursos hídricos, entre os dois países.
d) o Brasil, devido ao histórico da ocupação portuguesa, teria o direito de ocupar o equivalente
à metade do território então pertencente à França.
e) a fronteira entre a colônia francesa e a ex-colônia portuguesa era o rio Oiapoque, também
chamado de Vicente Pinzon.

022. (FCC/PC – AP/2017) A história da fundação da vila na localidade de Macapá, no período


colonial, está diretamente relacionada
a) à chegada de milhares de “deportados” no território brasileiro, enviados pela Coroa Portu-
guesa a fim de constituírem pequenos núcleos autônomos de povoamento, sendo um deles
fundado em Macapá.
b) ao combate aos numerosos quilombos que ali foram constituídos por escravos de outras
regiões, razão pela qual se construiu uma Intendência que servia de base para as capturas e
cujo marco central era um pelourinho.

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c) às entradas e bandeiras que foram abundantes no período e levaram bandeirantes paulistas


a se enveredarem pelo norte do Brasil, onde acharam minérios e fundaram vilas, a exemplo da
Vila de São José do Macapá.
d) à preocupação, por parte da Coroa Portuguesa, em ocupar o território mediante a constru-
ção de fortes e vilas em locais estratégicos, a exemplo da Fortaleza de São José do Macapá.
e) ao empenho dos jesuítas em construírem missões exploratórias no Novo Mundo, razão pela
qual se instalaram em Macapá e lá passaram a usar mão de obra indígena para extrair e expor-
tar o pau-brasil para Portugal.

023. (FGV/SEAD/AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2010) Na segunda metade do século


XIX, as terras do sul do Amapá foram incorporadas à economia da borracha. Alguns fatores
responsáveis pela expansão da economia da borracha pelo vale do Amazonas estão relaciona-
dos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) O aumento da demanda externa.
b) As inovações tecnológicas
c) A ocorrência de espécies gomíferas.
d) O crescimento do consumo regional.
e) A disponibilidade de mão de obra barata.

024. (FCC/IAPEN-AP/AGENTE PENITENCIÁRIO/2018) A Fortaleza de São José de Macapá,


foi construída entre
a) 1764 e 1782, por negros escravizados e indígenas, e atendia à uma estratégia de defesa do
rio Amazonas.
b) 1790 e 1811, por operários vindos da Ilha da Madeira, e obedecia à uma política de coloni-
zação do Norte do Brasil.
c) 1942 e 1945, por trabalhadores brasileiros, e visava defender a região de um provável ataque
da Alemanha nazista.
d) 1808 e 1817, por colonos russos, trazidos ao Brasil para o povoamento das fronteiras
nacionais.
e) 1640 e 1668, por escravos negros, e buscava defender a região dos ataques espanhóis du-
rante a guerra luso-castelhana.

025. (FCC/SEAD-AP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) Entre as tentativas de criação


de uma província autônoma, separada do Grão Pará, com sede administrativa em Macapá,
destaca-se
a) a Campanha Independentista na imprensa organizada pela elite local, com apoio de em-
presas multinacionais, durante o ciclo da borracha, em função do sucesso da ferrovia Ma-
deira-Mamoré.

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b) o projeto de constituição do Território Federal do Amapá, idealizado pelo Barão do Rio Bran-
co em 1903, que não obteve apoio suficiente do Exército para defendê-lo junto ao governo
republicano.
c) a proposta de criação da Província de Oiapókya pelo deputado Cândido Mendes em 1853,
rejeitada pela Assembleia Geral do Império do Brasil.
d) o plebiscito realizado durante o governo de Getúlio Vargas, no contexto da I Guerra Mundial,
cuja consulta popular resultou na opção pela permanência do Amapá como parte do Grão Pará.
e) a resolução do governo federal, em 1988, de criação do Estado do Amapá, provisoriamente
revogada em função do descontentamento da população com a perda de recursos econômicos.

026. (FCC/TCE – AP/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2012)


Considere as seguintes afirmações sobre a história do Amapá.
I – A costa do Amapá foi descoberta pelo espanhol Vicente Pinzón.
II – Pelo Tratado de Tordesilhas apenas metade do atual espaço amapaense era de Portu-
gal.
III – Durante séculos, ocorreram disputas entre brasileiros e ingleses pela delimitação das
fronteiras.
IV – Em meados do século XVIII, o Marques de Pombal ordenou o povoamento de Macapá
com colonos açorianos.

Está correto o que consta APENAS em


a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.

027. (FCC/SEAD – AP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) É considerado(a) Patrimônio


histórico de Macapá, tendo sido tombado(a) em âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional:
a) o centro histórico de Macapá, por seu traçado pombalino e dezenas de imóveis datados do
período colonial, como o Mercado Central e o Colégio Amapaense.
b) a vila Serra do Navio, fundada e planejada para abrigar os funcionários da Indústria e Comér-
cio de Minérios (Icomi), nos anos 1920.
c) a Vila Mazagão e seu casario edificado no século XVIII por portugueses a partir de uma vila
similar e de mesmo nome, existente em Marrocos.
d) a Fortaleza São José de Macapá, tombada nos anos 1950 e comumente destacada pelas
dimensões de sua estrutura e por sua importância na história do Amapá.

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e) a Igreja São José de Macapá, por apresentar arquitetura neocolonial e abrigar os restos mor-
tais de autoridades ilustres da história local, desde o período colonial.

028. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/PROFESSOR/ANOS INICIAIS/2018) A importân-


cia econômica da região conhecida como Serra do Navio deve-se à exploração
a) de minério de ferro, levada a cabo pela Vale do Rio Doce desde os anos de 1960.
b) de ricas minas de ouro, extraído desde os anos de 1980 pela Anglo American.
c) de minas de zinco, beneficiadas pela Bethlehem Steel desde os anos de 1970.
d) do petróleo, que vem sendo administrada pela Petrobrás desde os anos 2000.
e) de ricas jazidas de manganês, concedidas à ICOMI nos anos de 1950.

029. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/PROFESSOR/ANOS INICIAIS/2018) Os litígios


fronteiriços entre a região do Amapá e a Guiana Francesa tiveram desfecho com
a) o Tratado de Utrecht de 1713, que definiu as fronteiras entre os territórios portugueses e
franceses na América.
b) os tratados de Madrid de 1750 e de Santo Idelfonso de 1777, que definiram grande parte das
fronteiras atuais do Brasil.
c) a devolução da região aos franceses em 1817, depois que D. João VI mandara invadir a
Guiana em 1809.
d) o resultado da arbitragem suíça de 1900, conseguida com a atuação do Barão do Rio Branco.
e) os acordos do governo de Getúlio Vargas com as autoridades francesas instaladas na Guia-
na Francesa.

030. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/EDUCADOR SOCIAL/2018) A história do Amapá,


desde a fundação de Macapá até o final do século XIX, foi marcada
a) pelo empenho das autoridades locais na constante defesa da cidade contra os ataques de
corsários, uma vez que sua localização era estratégica para as exportações da região norte e
seu solo era rico em ouro, bronze e prata.
b) por conflitos fronteiriços e litígios internacionais que demandaram esforços de Portugal e
depois, da diplomacia brasileira para defender, fundamentados documentos históricos e ma-
pas, a posse do território.
c) por sucessivas fundações e refundações dessa cidade, uma vez que a colonização da
região, e, mais especificamente, o povoamento do Amapá, foi abandonado com a expulsão
dos jesuítas.
d) por sangrentas batalhas entre povos indígenas que dominavam o território, a exemplo da
Guerra da Lagosta, uma vez que esses povos se aliaram aos franceses em resistência aos pro-
jetos de colonização portuguesa.

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e) pelo crescimento populacional linear e constante uma vez que a cidade, ainda no período co-
lonial, se tornou um forte pólo migratório das regiões norte e nordeste, dadas as oportunidades
econômicas provenientes da mineração e da exploração da borracha.

031. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR/2018) O projeto francês de


invasão do território do Amapá em 1895, foi finalmente resolvido em
a) 1900, por uma arbitragem internacional que reconheceu o direito de posse brasileiro sobre
o território, com base em tratados anteriores.
b) 1897, pela intervenção norte-americana que tinha interesses em anexar futuramente o terri-
tório da Amazônia e expulsar os franceses da região.
c) 1905, por uma mediação do Vaticano que reconheceu os limites do Tratado de Madri como
base para o território brasileiro.
d) 1914, quando a França cedeu o território reivindicado ao Brasil em troca do apoio brasileiro
contra os alemães, na Primeira Guerra Mundial.
e) 1901, pela intervenção militar brasileira naquela localidade, que expulsou os mineradores
franceses e estabeleceu a soberania na região.

032. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) Os afri-


canos escravizados constituíram um importante grupo na formação do sincretismo cultural no
Amapá, introduzidos na região, no século
a) XVIII, oriundos sobretudo da Guiné Portuguesa.
b) XIX, vindos depois da rebelião de Santo Domingo.
c) XVII, provenientes de Minas Gerais, para trabalhar na extração aurífera.
d) XX, vindos do Maranhão, no período pós-abolição.
e) XVI, provenientes de Belém, para trabalhar na cultura do arroz.

033. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) No sé-


culo XVII, a região do Grão-Pará onde hoje se localiza o Amapá, era cobiçada e atacada por
outras potências europeias, que tinham interesses na região, além de Portugal. Entre essas
potências, estavam
a) Império Austríaco e Holanda.
b) Itália e França.
c) Inglaterra e Império Russo.
d) França e Alemanha.
e) Holanda e Inglaterra.

034. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ASSISTENTE SOCIAL/EDITAL N. 04/2018) O


Tratado de Amiens (1802), que envolveu as potências europeias em luta contra Napoleão Bo-
naparte, teve impacto no contexto de disputas entre França e Portugal em relação ao territó-

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rio atual do Amapá, ao determinar que as fronteiras entre as possessões francesas e portu-
guesas seriam
a) negociadas a longo prazo entre França e Portugal, em função do histórico de ocupação de
cada país na região e da predominância de habitantes de uma ou de outra nacionalidade em
cada parte do território.
b) definidas pelo Rio Araguari, cabendo o território ao norte para os franceses e ao sul para os
portugueses, com navegação livre pelo mesmo rio para os barcos de ambos países.
c) estipuladas definitivamente por uma arbitragem internacional, uma vez que os dois paí-
ses não conseguiam chegar a um consenso sobre a fatia do território que correspondia a
cada nação.
d) demarcadas pelo curso do rio Caciporé, ao norte do qual ficaria assegurada a parte a ser
anexada à Guiana Francesa, cabendo a Portugal o domínio do resto do território.
e) estabelecidas pela Inglaterra que, interessada em firmar um acordo de paz com a França,
reconhecia que esse país, juntamente com a Espanha, deveria ter a posse do Amapá, pelos
esforços colonizatórios empreendidos.

035. (FCC/TCE – AP/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) Na disputa final pela posse


do território que mais tarde comporia o estado do Amapá, em 1899, teve grande importância a
argumentação apresentada
a) por Francisco Xavier da Veiga Cabral.
b) pelo senador Candido Mendes Ferreira.
c) por Joaquim Caetano da Silva.
d) pelo Barão do Rio Branco.
e) por João Severiano Maciel.

036. (FCC/SEDU – ES/PROFESSOR/HISTÓRIA/2016) As reformas pombalinas, no período


colonial, foram um conjunto de medidas decretadas pelo governo português, que, entre outras
mudanças, acarretaram a
a) fundação das companhias de comércio como a Companhia das Índias Ocidentais, para in-
crementar a exploração colonial e as trocas comerciais.
b) proibição da instalação de manufaturas, a fim de revitalizar o Pacto Colonial e reforçar o
poder português sobre a colônia, em plena atividade mineradora.
c) expulsão da Companhia de Jesus do território colonial brasileiro sob acusações de conspi-
ração, e o confisco de seus bens pelo Estado.
d) centralização do poder sobre a colônia pela Coroa portuguesa mediante a extinção de ór-
gãos administrativos e de cargos importantes, como o de vice-rei.
e) flexibilização da cobrança de impostos em troca de maior apoio político da elite colonial, a
fim de evitar o contrabando e a sonegação fiscal.

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037. (FCC/TJ – AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/2014) No sécu-


lo XVIII, tiveram grande impacto na administração colonial as chamadas reformas pombalinas,
que resultaram, entre outras consequências, na
a) criação de um governo geral como forma de centralizar a defesa e a administração em Sal-
vador, capital da colônia.
b) concentração de poderes nas mãos do marquês de Pombal, que passa de ministro a rei em
virtude do êxito político e econômico de suas medidas.
c) opção pela monocultura da cana como carro-chefe da economia colonial, sendo o engenho
transformado em unidade administrativa autônoma.
d) abertura dos portos para nações amigas, levando à flexibilização do comércio, ao surgimen-
to de arraiais e ao desenvolvimento da vida urbana.
e) expulsão dos jesuítas de Portugal e de suas colônias, acompanhada do confisco de seus
bens e da dispersão dos índios abrigados nas missões.

038. (FGV/FISCAL DA RECEITA FEDERAL/2010) No final do século XIX, o Brasil e a França


envolveram-se numa disputa com relação a demarcação dos limites entre o Amapá e a Guiana
Francesa - a chamada Questão do Amapá. A argumentação brasileira estava centralizada na
localização de um rio e no texto de um tratado.
O rio e o tratado são, respectivamente:
a) Calçoene e Westfália.
b) Oiapoque e Utrecht.
c) Araguari e Madrid.
d) Oiapoque e Santo Ildefonso.
e) Caciporé e Westfália.

039. (FCC/AL-PB/ASSISTENTE LEGISLATIVO/2013) Assumindo os ideais iluministas no rei-


no, o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas de Portugal e colônias. Na Paraíba, os jesuítas
foram expulsos por Pombal, em 1759. A consequência dessa expulsão para a capitania foi a
a) criação de uma cultura formada por valores Indígenas Católicos.
b) expansão da pecuária sobre as terras dos indígenas no Sertão da Paraíba.
c) introdução de novos conhecimentos espirituais e científicos vindos da Europa.
d) intensificação dos conflitos que ocorriam entre colonos e os Tupis-Guaranis.
e) desarticulação do sistema de ensino mantido por essa Ordem Religiosa.

040. (FCC/MPE – RN/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2010) Durante a União


Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do interesse expansionista de
Filipe II da Espanha, tendo em vista

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a) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares no interior da


capitania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no mercado consumidor de produtos
tropicais.
b) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente de holandeses, que
estabeleciam fortes laços de aliança com os indígenas da tribo potiguar no sertão nordestino.
c) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à colônia e explora-
ção de todas as terras da costa brasileira, especificamente da região nordestina.
d) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos de povoamento, a
organização e a criação de órgãos administrativos capazes de promover a expulsão dos fran-
ceses da capitania.
e) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões estrangeiras, prin-
cipalmente francesas, na capitania que colocavam em risco o domínio espanhol em terras
brasileiras.

041. (FGV/DPE – RO/TÉCNICO DA DEFENSORIA PÚBLICA/2015) Durante o processo de


União Ibérica (1580/1640), Portugal avançou o seu território na América, resultando na trans-
formação do espaço físico brasileiro que passou a ser continental. Assim foi possível a ocu-
pação da região norte e, especificamente, a área do atual Estado de Rondônia. Tal processo de
ocupação de Rondônia se deu pela presença dos jesuítas na região, buscando a catequização
dos indígenas. Acerca da conquista territorial de Rondônia entre os séculos XVII e XVIII, um
outro grupo responsável por esse processo foi:
a) a elite açucareira interessada na ampliação dos engenhos de açúcar na região norte;
b) a elite pecuarista que avançou da região sul em busca de melhores pastagens;
c) os bandeirantes que buscavam a exploração econômica da região;
d) os produtores de borracha interessados na riqueza oferecida pelo produto no exterior;
e) os produtores de soja que tinham o interesse de ampliar a sua produção.

042. (FCC/PM/AP/SOLDADO/2017) A formação de vilas de colonização portuguesa na re-


gião do Amapá aconteceu quando foram:
a) descobertas jazidas de ouro nas encostas do rio Amazonas, próximas a sua foz, por colonos
aventureiros remanescentes da tripulação de Pedro Álvares Cabral, em 1621.
b) enviadas diversas tropas reais portuguesas para combater as tribos indígenas da região,
que foram completamente dizimadas nesses combates, em meados do século XVI.
c) distribuídas as capitanias hereditárias, pela Coroa Portuguesa, em 1534, sendo a capitania
do Amapá a mais isolada e a de maior extensão territorial em toda a colônia.
d) empreendidas ações de povoamento, no século XVIII, por Francisco Xavier de Mendonça
Furtado, quando este foi governador do Estado do Grão Pará e Maranhão.
e) erguidas várias casas e uma praça central, no século XVII, pelo colonizador português Fran-
cisco de Orellana que batizou esse lugar de Adelantado de Nueva Andaluzia.

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História do Amapá – Parte I
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043. (FGV/SEAD – AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2010) “A conquista e ocupação da


Amazônia, no período colonial, foram empreendimentos conduzidos pelo Estado, planejados e
executados com prioridade política pelo governo metropolitano” (Freitas Rezende, Tadeu Val-
dir. In: A conquista e a ocupação da Amazônia brasileira no período colonial: a definição das
fronteiras).
A partir do texto, analise as afirmativas a seguir.
I – Em 1621, a administração do Estado do Maranhão e Grão-Pará, entidade política autô-
noma e independente do Estado do Brasil, passou a ser diretamente subordinada ao
governo de Lisboa, iniciando-se um processo irreversível de exploração e penetração
territorial pela vasta rede hidrográfica amazônica.
II – Na primeira metade do século XVIII, Portugal passou a priorizar a definição de suas
fronteiras coloniais com o propósito de revisar os acordos anteriores de limites e abolir
o Tratado de Tordesilhas.
III – A aproximação das Coroas Ibéricas favoreceu as negociações diplomáticas que resul-
taram na assinatura, em 1750, do Tratado de Madri, que legalizou, pelo argumento de
posse da terra (uti possidetis) e pela busca de fronteiras naturais, a ocupação da Ama-
zônia.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

044. (CESPE/TJ – RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) O recrutamento de colonos para po-


voar regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das
medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial
claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos
privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo gover-
no de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da África, para
a região Norte brasileira foi motivada:
a) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no
centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia.
b) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente
pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais regi-
ões da colônia.

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c) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das ativida-
des dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos
da colônia.
d) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal
ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia, con-
trolar a estratégica bacia platina.
e) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as popu-
lações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida.

045. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento de
um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação à
América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a ma-
téria-prima fosse adquirida da metrópole.

046. (ESPCEX/2016) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois docu-
mentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses documen-
tos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e o
poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e deveres dos do-
natários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias, receber a redízima
das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral

047. (UNAERP-SP/1996) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocu-
pação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente,
todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu
através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.

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c) criação das capitanias hereditárias.


d) montagem do sistema colonial.

048. (CFSD/PM-PA/2012) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Por-
tuguesa proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. O efeito
concreto dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do novo conti-
nente recém descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração compul-
sória da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi negociada a ex-
pansão colonialista portuguesa.
d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de exploração do
trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portugueses e au-
toridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.

049. (FUVEST/2012) Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e


sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum
de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rare-
fação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas
na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista
de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumu-
lação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das
colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o
apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais
resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados
nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a
metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa
“mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura... escravis-
ta. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana
colonial, e não o contrário. (Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Co-
lonial. São Paulo: Hucitec, 1979. p; 105. Adaptado).
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:
a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso
a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas,
o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção,
na África, daqueles trabalhadores.

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c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocu-


pavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto outros os consi-
deravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente
para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na la-
voura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta preci-
sava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio
para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização

050. (PUC-RIO/2009) Sobre as características da sociedade escravista colonial da América


portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
a) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização dos
índios - denominados “negros da terra” - como mão-de-obra.
b) Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava africa-
na seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o nordeste açucareiro a partir do final do
século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII.
c) A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão indí-
gena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa.
d) Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de seus
escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios agroexporta-
dores, o que os historiadores denominam de “brecha camponesa”.
e) Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam vendendo
mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como “escravos de ganho”.

051. (IPAD/PC – AC/2012) Durante os embates relacionados à disputa entre Brasil e Bolivia
pelo controle da região do atual estado do Acre, destacou-se a atuação do Barão de Rio Branco
e de Assis Brasil, que, em novembro de 1903 conseguiram, por meio da diplomacia, aprovar a
assinatura de um acordo entre as duas nações, o qual ficou conhecido como:
a) Tratado de Madri.
b) Tratado de Santo lldefonso.
c) Tratado de Petrópolis.
d) Tratado Badajoz.
e) Tratado de Utrecht.

052. (FCC/TCE/AP/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) Considere as seguintes afir-


mações sobre a agropecuária do Amapá.

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I – 4O rebanho bovino do estado é o maior da região amazônica.


II – Os bubalinos são mais numerosos que os bovinos.
III – A área destinada a pastagens é mais extensa que a destinada aos cultivos.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) II e III.

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HISTÓRIA DO AMAPÁ
História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos

GABARITO
1. a 37. e
2. b 38. b
3. d 39. e
4. a 40. c
5. a 41. c
6. a 42. d
7. b 43. e
8. b 44. b
9. d 45. c
10. c 46. a
11. b 47. c
12. e 48. e
13. b 49. e
14. b 50. c
15. c 51. c
16. c 52. e
17. d
18. e
19. a
20. b
21. e
22. d
23. d
24. a
25. c
26. c
27. d
28. e
29. d
30. b
31. a
32. a
33. e
34. b
35. d
36. c

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História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos

GABARITO COMENTADO
018. (FCC/2018/FCRIA-AP/EDUCADOR SOCIAL/ARTE EDUCADOR) Dentre as principais ati-
vidades econômicas vigentes no Amapá, e existentes desde meados do século XX, destaca-se
a) a agricultura voltada ao abastecimento da região Norte, de produtos como feijão, arroz, soja,
laranja e café.
b) o extrativismo vegetal biosustentável, por meio de produtos como o babaçu e o carvão.
c) a atividade pesqueira, principalmente marítima, uma vez que há forte controle da pesca nos
rios amazônicos.
d) a produção industrial de eletrodomésticos e outros bens de consumo comercializados na
Zona Franca de Manaus.
e) o extrativismo mineral, a exemplo da exploração das jazidas de manganês.

A descoberta de jazidas de manganês em 1945 dinamizou a economia da região.


Letra e.

019. (FCC/PC – AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) A fronteira entre a Guiana Francesa e o


Brasil foi alvo de constantes divergências e conflitos entre os dois países. A chamada “Ques-
tão do Amapá” só foi legalmente solucionada
a) após a atuação da diplomacia brasileira, quando o Barão do Rio Branco obteve posicio-
namento favorável da arbitragem internacional do governo da Suíça, que reconheceu que o
Brasil tinha direito às terras localizadas ao sul do rio Oiapoque, antes pertencentes ao Império
Português.
b) depois da derrota das tropas francesas que haviam invadido parte do território do Amapá,
avançando até o rio Araguari, e foram vencidas pelo Exército Brasileiro, com a colaboração de
milícias armadas enviadas pela Guiana e pelo Suriname.
c) mediante um acordo pacífico entre a França e o Brasil, que estabeleceu os limites frontei-
riços definitivos, em troca de favorecimentos comerciais envolvendo as cidades de Caiena e
Macapá, bem como a livre navegação dos rios de ambos os territórios envolvidos.
d) durante a Segunda Guerra Mundial, quando França e Brasil apoiaram conjuntamente os Alia-
dos, e cessaram suas disputas por fronteira em nome do Tratado Interamericano de Assistên-
cia Recíproca, firmado no Rio de Janeiro por diversos países sul-americanos.
e) por pressão do governo dos Estados Unidos, interessado na exploração de minério de ferro e
manganês na região, a qual estava sendo prejudicada pelos conflitos territoriais, solucionados
com a vinda de peritos que deram ganho de causa ao Brasil.

Pela diplomacia, O brasil foi vitorioso na demanda arbitrada pela Suiça.


Letra a.

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História do Amapá – Parte I
Daniel Vasconcellos

020. (FCC/PM – AP/SOLDADO/2017) Em diferentes momentos históricos, houve disputas


entre portugueses e demais colonizadores europeus pela ocupação da região do Amapá. Du-
rante o período colonial, um episódio, que exemplifica essas disputas é o da:
a) expulsão dos holandeses, por tropas portuguesas e brasileiras, quando estes ocuparam ini-
cialmente o Nordeste e estenderam seus domínios por toda a região Norte.
b) reivindicação dessa região pela França como sendo parte de seu território além-mar, apesar
da divisão territorial em favor de Portugal ter sido oficializada pelo Tratado de Utrecht.
c) construção da Fortaleza de São José de Macapá, para proteger a região da constante in-
vasão de piratas ingleses e de embarcações russas atraídos pelos minérios e pelo comércio
da borracha.
d) assinatura do Tratado de Tordesilhas, entre Espanha e Portugal, que retirou a região do Ama-
pá e suas adjacências da possessão da Coroa espanhola, após diversos conflitos coloniais.
e) decretação da Guerra da Lagosta, entre colonos portugueses e franceses, uma vez que ha-
bitantes da Guiana Francesa pescavam ilegalmente lagostas no litoral brasileiro.

a) Errada, pois a Holanda não estendeu seus domínios até o Amapá.


c) Errada, pois fala em embarcações russas, o que nunca aconteceu.
d) Errada, porque o Tratado de Tordesilhas fora realizado antes mesmo de que os primeiros
navegadores europeus passassem pelo litoral do Amapá.
e) Errada, porque a Guerra da Lagosta aconteceu apenas em 1960.
Letra b.

021. (FCC/AL-AP/ADVOGADO LEGISLATIVO/PROCURADOR/2020) A questão refere-se à


História do Amapá.
Considere o trecho a seguir:
Em 1897, após anos de conflitos com várias baixas dos dois lados, um termo de compromisso,
assinado por delegados do Brasil e da França, confiou a resolução do Contestado à arbitragem
do presidente da federação Suíça, Walter Hauser. Os dois países, de um lado Brasil e do outro
a França, reuniram a maior quantidade de arquivos possíveis para provar suas proposições.
(SILVA, Gutemberg de V. e RÜCKERT, Aldomar. “A fronteira Brasil-França”, Confins [Online], 7 |
2009, Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6040)
A arbitragem suíça, mencionada acima, definiu, ao final do processo, que
a) a França detinha documentos, argumentos e provas suficientes para assegurar e ampliar o
território da Guiana, sendo portanto vitoriosa nessa questão fronteiriça.
b) ambos os lados envolvidos apresentavam documentos incompletos ou ambíguos, devendo
a questão ser tratada pela ONU, por meio do Tribunal de Haia.
c) o limite entre França e Brasil passaria a ser o rio Calçoene, em função da justa distribuição
de áreas e recursos hídricos, entre os dois países.

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d) o Brasil, devido ao histórico da ocupação portuguesa, teria o direito de ocupar o equivalente


à metade do território então pertencente à França.
e) a fronteira entre a colônia francesa e a ex-colônia portuguesa era o rio Oiapoque, também
chamado de Vicente Pinzon.

A França argumentava que o Rio Araguari é que seria o limite.


Letra e.

022. (FCC/PC – AP/2017) A história da fundação da vila na localidade de Macapá, no período


colonial, está diretamente relacionada
a) à chegada de milhares de “deportados” no território brasileiro, enviados pela Coroa Portu-
guesa a fim de constituírem pequenos núcleos autônomos de povoamento, sendo um deles
fundado em Macapá.
b) ao combate aos numerosos quilombos que ali foram constituídos por escravos de outras
regiões, razão pela qual se construiu uma Intendência que servia de base para as capturas e
cujo marco central era um pelourinho.
c) às entradas e bandeiras que foram abundantes no período e levaram bandeirantes paulistas
a se enveredarem pelo norte do Brasil, onde acharam minérios e fundaram vilas, a exemplo da
Vila de São José do Macapá.
d) à preocupação, por parte da Coroa Portuguesa, em ocupar o território mediante a constru-
ção de fortes e vilas em locais estratégicos, a exemplo da Fortaleza de São José do Macapá.
e) ao empenho dos jesuítas em construírem missões exploratórias no Novo Mundo, razão pela
qual se instalaram em Macapá e lá passaram a usar mão de obra indígena para extrair e expor-
tar o pau-brasil para Portugal.

Querido(a), a Vila de Macapá foi fundada em 1758 no contexto de ocupação e defesa da Colô-
nia Portuguesa. Pombal incentivou a chegada de colonos açorianos e construiu a Fortaleza de
São José do Macapá.
Letra d.

023. (FGV/SEAD/AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2010) Na segunda metade do século


XIX, as terras do sul do Amapá foram incorporadas à economia da borracha. Alguns fatores
responsáveis pela expansão da economia da borracha pelo vale do Amazonas estão relaciona-
dos a seguir, à exceção de um. Assinale-o.
a) O aumento da demanda externa.
b) As inovações tecnológicas
c) A ocorrência de espécies gomíferas.

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d) O crescimento do consumo regional.


e) A disponibilidade de mão de obra barata.

Não havia demanda interna pelo látex. Ele era exportado.


Letra d.

024. (FCC/IAPEN-AP/AGENTE PENITENCIÁRIO/2018) A Fortaleza de São José de Macapá,


foi construída entre
a) 1764 e 1782, por negros escravizados e indígenas, e atendia à uma estratégia de defesa do
rio Amazonas.
b) 1790 e 1811, por operários vindos da Ilha da Madeira, e obedecia à uma política de coloni-
zação do Norte do Brasil.
c) 1942 e 1945, por trabalhadores brasileiros, e visava defender a região de um provável ataque
da Alemanha nazista.
d) 1808 e 1817, por colonos russos, trazidos ao Brasil para o povoamento das fronteiras
nacionais.
e) 1640 e 1668, por escravos negros, e buscava defender a região dos ataques espanhóis du-
rante a guerra luso-castelhana.

Fernando Costa de Ataíde Teive foi quem deu início a construção da Fortaleza em 1764 e em
1782 foi fundada por Francisco Xavier de Mendonça Furtado.
Letra a.

025. (FCC/SEAD-AP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) Entre as tentativas de criação


de uma província autônoma, separada do Grão Pará, com sede administrativa em Macapá,
destaca-se
a) a Campanha Independentista na imprensa organizada pela elite local, com apoio de em-
presas multinacionais, durante o ciclo da borracha, em função do sucesso da ferrovia Ma-
deira-Mamoré.
b) o projeto de constituição do Território Federal do Amapá, idealizado pelo Barão do Rio Bran-
co em 1903, que não obteve apoio suficiente do Exército para defendê-lo junto ao governo
republicano.
c) a proposta de criação da Província de Oiapókya pelo deputado Cândido Mendes em 1853,
rejeitada pela Assembleia Geral do Império do Brasil.
d) o plebiscito realizado durante o governo de Getúlio Vargas, no contexto da I Guerra Mundial,
cuja consulta popular resultou na opção pela permanência do Amapá como parte do Grão Pará.

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e) a resolução do governo federal, em 1988, de criação do Estado do Amapá, provisoriamente


revogada em função do descontentamento da população com a perda de recursos econômicos.

Em 1853, Candido Mendes de Almeida e outros deputados apresentaram à Assembleia Geral


Legislativa do Brasil um projeto de lei que propunha a criação da província de “Oyapóckia”,
na fronteira do extremo norte do Brasil onde a capital seria Macapá. O projeto argumentava
uma divisão na região amazônica para prover a segurança das fronteiras, que eram extensas e
abandonadas. Este projeto inicialmente foi rejeitado.
Letra c.

026. (FCC/TCE – AP/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2012)


Considere as seguintes afirmações sobre a história do Amapá.
I – A costa do Amapá foi descoberta pelo espanhol Vicente Pinzón.
II – Pelo Tratado de Tordesilhas apenas metade do atual espaço amapaense era de Portu-
gal.
III – Durante séculos, ocorreram disputas entre brasileiros e ingleses pela delimitação das
fronteiras.
IV – Em meados do século XVIII, o Marques de Pombal ordenou o povoamento de Macapá
com colonos açorianos.

Está correto o que consta APENAS em


a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.

II – Errada, porque afirma que o atual espaço amapaense era metade português de acordo
com o Tratado de Tordesilhas. Você há de se recordar que toda a região do Amapá pertencia à
Espanha pelo Tratado de Tordesilhas.
III – Errada, porque as disputas seculares pela região aconteceram entre portugueses e fran-
ceses. Não que não tivessem ocorrido conflitos com os ingleses, mas estes foram durante as
primeiras décadas do século XVII.
Letra c.

027. (FCC/SEAD – AP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2018) É considerado(a) Patrimônio


histórico de Macapá, tendo sido tombado(a) em âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional:

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a) o centro histórico de Macapá, por seu traçado pombalino e dezenas de imóveis datados do
período colonial, como o Mercado Central e o Colégio Amapaense.
b) a vila Serra do Navio, fundada e planejada para abrigar os funcionários da Indústria e Comér-
cio de Minérios (Icomi), nos anos 1920.
c) a Vila Mazagão e seu casario edificado no século XVIII por portugueses a partir de uma vila
similar e de mesmo nome, existente em Marrocos.
d) a Fortaleza São José de Macapá, tombada nos anos 1950 e comumente destacada pelas
dimensões de sua estrutura e por sua importância na história do Amapá.
e) a Igreja São José de Macapá, por apresentar arquitetura neocolonial e abrigar os restos mor-
tais de autoridades ilustres da história local, desde o período colonial.

A Fortaleza de São José foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan)
em 22 de março de 1950. Nas décadas de 1950 e 1960, suas instalações viraram estalagem
para famílias imigrantes que chegavam em Macapá e, em outro momento, uma cadeia pública
para os presos sob vigilância da Guarda Territorial.
Letra d.

028. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/PROFESSOR/ANOS INICIAIS/2018) A importân-


cia econômica da região conhecida como Serra do Navio deve-se à exploração
a) de minério de ferro, levada a cabo pela Vale do Rio Doce desde os anos de 1960.
b) de ricas minas de ouro, extraído desde os anos de 1980 pela Anglo American.
c) de minas de zinco, beneficiadas pela Bethlehem Steel desde os anos de 1970.
d) do petróleo, que vem sendo administrada pela Petrobrás desde os anos 2000.
e) de ricas jazidas de manganês, concedidas à ICOMI nos anos de 1950.

Construída em plena floresta amazônica, entre o final da década de 1950 e o início dos anos
1960, Serra do Navio foi planejada para abrigar o contingente de moradores da periferia da Vila
Operária da Icomi (Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manga-
nês). A Bethlehem Steel é uma companhia estadunidense que se associou à Icomi.
Letra e.

029. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/PROFESSOR/ANOS INICIAIS/2018) Os litígios


fronteiriços entre a região do Amapá e a Guiana Francesa tiveram desfecho com
a) o Tratado de Utrecht de 1713, que definiu as fronteiras entre os territórios portugueses e
franceses na América.
b) os tratados de Madrid de 1750 e de Santo Idelfonso de 1777, que definiram grande parte das
fronteiras atuais do Brasil.

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c) a devolução da região aos franceses em 1817, depois que D. João VI mandara invadir a
Guiana em 1809.
d) o resultado da arbitragem suíça de 1900, conseguida com a atuação do Barão do Rio Branco.
e) os acordos do governo de Getúlio Vargas com as autoridades francesas instaladas na Guia-
na Francesa.

Lembre-se da arbitragem Suíça favorável ao Brasil. Note que a FCC explora sempre essa temática.
Letra d.

030. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/EDUCADOR SOCIAL/2018) A história do Amapá,


desde a fundação de Macapá até o final do século XIX, foi marcada
a) pelo empenho das autoridades locais na constante defesa da cidade contra os ataques de
corsários, uma vez que sua localização era estratégica para as exportações da região norte e
seu solo era rico em ouro, bronze e prata.
b) por conflitos fronteiriços e litígios internacionais que demandaram esforços de Portugal e
depois, da diplomacia brasileira para defender, fundamentados documentos históricos e ma-
pas, a posse do território.
c) por sucessivas fundações e refundações dessa cidade, uma vez que a colonização da
região, e, mais especificamente, o povoamento do Amapá, foi abandonado com a expulsão
dos jesuítas.
d) por sangrentas batalhas entre povos indígenas que dominavam o território, a exemplo da
Guerra da Lagosta, uma vez que esses povos se aliaram aos franceses em resistência aos pro-
jetos de colonização portuguesa.
e) pelo crescimento populacional linear e constante uma vez que a cidade, ainda no período co-
lonial, se tornou um forte pólo migratório das regiões norte e nordeste, dadas as oportunidades
econômicas provenientes da mineração e da exploração da borracha.

Novamente, mesma temática da questão anterior.


Letra b.

031. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR/2018) O projeto francês de


invasão do território do Amapá em 1895, foi finalmente resolvido em
a) 1900, por uma arbitragem internacional que reconheceu o direito de posse brasileiro sobre
o território, com base em tratados anteriores.
b) 1897, pela intervenção norte-americana que tinha interesses em anexar futuramente o terri-
tório da Amazônia e expulsar os franceses da região.
c) 1905, por uma mediação do Vaticano que reconheceu os limites do Tratado de Madri como
base para o território brasileiro.
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d) 1914, quando a França cedeu o território reivindicado ao Brasil em troca do apoio brasileiro
contra os alemães, na Primeira Guerra Mundial.
e) 1901, pela intervenção militar brasileira naquela localidade, que expulsou os mineradores
franceses e estabeleceu a soberania na região.

Quando digo que a FCC sempre cobra a ação diplomática do Brasil para resolver as disputas
fronteiriças com a França, estou me referindo a isso. Note quantas questões da banca fo-
ram listadas.
Letra a.

032. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) Os afri-


canos escravizados constituíram um importante grupo na formação do sincretismo cultural no
Amapá, introduzidos na região, no século
a) XVIII, oriundos sobretudo da Guiné Portuguesa.
b) XIX, vindos depois da rebelião de Santo Domingo.
c) XVII, provenientes de Minas Gerais, para trabalhar na extração aurífera.
d) XX, vindos do Maranhão, no período pós-abolição.
e) XVI, provenientes de Belém, para trabalhar na cultura do arroz.

Século XVIII. Os primeiros negros chegaram no Amapá em 1749, fugidos de Belém e fundaram
quilombos às margens do Rio Anauerapucu. Oficialmente, foram trazidos em 1751 a mando de
Mendonça Furtado, então governador do estado do Grão Pará e Maranhão, para trabalhar para
colonos portugueses dos Açores em Macapá. Com a fundação da Nova Mazagão, em 7 de
junho de 1770, chegaram 103 negros, a maioria vinda da Guiné Portuguesa, para trabalhar na
construção da Fortaleza de São José do Macapá. Muitos destes escravos fugiram formando
quilombos como Maruanum, Igarapé do Lago e Ambé. oficialmente
Letra a.

033. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ADMINISTRADOR HOSPITALAR/2018) No sé-


culo XVII, a região do Grão-Pará onde hoje se localiza o Amapá, era cobiçada e atacada por
outras potências europeias, que tinham interesses na região, além de Portugal. Entre essas
potências, estavam
a) Império Austríaco e Holanda.
b) Itália e França.
c) Inglaterra e Império Russo.
d) França e Alemanha.
e) Holanda e Inglaterra.

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No século XVII, as potências europeias que poderiam ameaçar e, inclusive realizavam incur-
sões na região, eram Holanda e Inglaterra.
Letra e.

034. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ – AP/ASSISTENTE SOCIAL/EDITAL N. 04/2018) O


Tratado de Amiens (1802), que envolveu as potências europeias em luta contra Napoleão Bo-
naparte, teve impacto no contexto de disputas entre França e Portugal em relação ao territó-
rio atual do Amapá, ao determinar que as fronteiras entre as possessões francesas e portu-
guesas seriam
a) negociadas a longo prazo entre França e Portugal, em função do histórico de ocupação de
cada país na região e da predominância de habitantes de uma ou de outra nacionalidade em
cada parte do território.
b) definidas pelo Rio Araguari, cabendo o território ao norte para os franceses e ao sul para os
portugueses, com navegação livre pelo mesmo rio para os barcos de ambos países.
c) estipuladas definitivamente por uma arbitragem internacional, uma vez que os dois paí-
ses não conseguiam chegar a um consenso sobre a fatia do território que correspondia a
cada nação.
d) demarcadas pelo curso do rio Caciporé, ao norte do qual ficaria assegurada a parte a ser
anexada à Guiana Francesa, cabendo a Portugal o domínio do resto do território.
e) estabelecidas pela Inglaterra que, interessada em firmar um acordo de paz com a França,
reconhecia que esse país, juntamente com a Espanha, deveria ter a posse do Amapá, pelos
esforços colonizatórios empreendidos.

As vitórias dos franceses nas guerras revolucionárias e napoleônicas lhes permitiram impor
aos portugueses a fronteira no rio Calçoene no tratado de Paris em 1797, depois no rio Aragua-
ri em 1801 pelo tratado de Badajós, confirmado pelo tratado de Amiens em 1802. O interesse
da França nesse território era devido ao acesso que teria ao rio Amazonas de seu território.
Letra b.

035. (FCC/TCE – AP/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) Na disputa final pela posse


do território que mais tarde comporia o estado do Amapá, em 1899, teve grande importância a
argumentação apresentada
a) por Francisco Xavier da Veiga Cabral.
b) pelo senador Candido Mendes Ferreira.
c) por Joaquim Caetano da Silva.
d) pelo Barão do Rio Branco.

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e) por João Severiano Maciel.

Achou fácil? Por isso a importância da repetição de exercícios. Eles possibilitam que você me-
morize. Tenho certeza de que resolveu essa no “automático”.
Letra d.

036. (FCC/SEDU – ES/PROFESSOR/HISTÓRIA/2016) As reformas pombalinas, no período


colonial, foram um conjunto de medidas decretadas pelo governo português, que, entre outras
mudanças, acarretaram a
a) fundação das companhias de comércio como a Companhia das Índias Ocidentais, para in-
crementar a exploração colonial e as trocas comerciais.
b) proibição da instalação de manufaturas, a fim de revitalizar o Pacto Colonial e reforçar o
poder português sobre a colônia, em plena atividade mineradora.
c) expulsão da Companhia de Jesus do território colonial brasileiro sob acusações de conspi-
ração, e o confisco de seus bens pelo Estado.
d) centralização do poder sobre a colônia pela Coroa portuguesa mediante a extinção de ór-
gãos administrativos e de cargos importantes, como o de vice-rei.
e) flexibilização da cobrança de impostos em troca de maior apoio político da elite colonial, a
fim de evitar o contrabando e a sonegação fiscal.

Essa medida impactou na expulsão de jesuítas da região do atual Estado do Amapá.


Letra c.

037. (FCC/TJ – AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA APOIO ESPECIALIZADO/2014) No sécu-


lo XVIII, tiveram grande impacto na administração colonial as chamadas reformas pombalinas,
que resultaram, entre outras consequências, na
a) criação de um governo geral como forma de centralizar a defesa e a administração em Sal-
vador, capital da colônia.
b) concentração de poderes nas mãos do marquês de Pombal, que passa de ministro a rei em
virtude do êxito político e econômico de suas medidas.
c) opção pela monocultura da cana como carro-chefe da economia colonial, sendo o engenho
transformado em unidade administrativa autônoma.
d) abertura dos portos para nações amigas, levando à flexibilização do comércio, ao surgimen-
to de arraiais e ao desenvolvimento da vida urbana.
e) expulsão dos jesuítas de Portugal e de suas colônias, acompanhada do confisco de seus
bens e da dispersão dos índios abrigados nas missões.

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Uma das medidas mais polêmicas foi a expulsão dos jesuítas.


Letra e.

038. (FGV/FISCAL DA RECEITA FEDERAL/2010) No final do século XIX, o Brasil e a França


envolveram-se numa disputa com relação a demarcação dos limites entre o Amapá e a Guiana
Francesa - a chamada Questão do Amapá. A argumentação brasileira estava centralizada na
localização de um rio e no texto de um tratado.
O rio e o tratado são, respectivamente:
a) Calçoene e Westfália.
b) Oiapoque e Utrecht.
c) Araguari e Madrid.
d) Oiapoque e Santo Ildefonso.
e) Caciporé e Westfália.

O Acordo diplomático entre Portugal e França ocorreu pelo tratado de Utrecht e definiram o rio
OIAPOQUE como limite
Letra b.

039. (FCC/AL-PB/ASSISTENTE LEGISLATIVO/2013) Assumindo os ideais iluministas no rei-


no, o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas de Portugal e colônias. Na Paraíba, os jesuítas
foram expulsos por Pombal, em 1759. A consequência dessa expulsão para a capitania foi a
a) criação de uma cultura formada por valores Indígenas Católicos.
b) expansão da pecuária sobre as terras dos indígenas no Sertão da Paraíba.
c) introdução de novos conhecimentos espirituais e científicos vindos da Europa.
d) intensificação dos conflitos que ocorriam entre colonos e os Tupis-Guaranis.
e) desarticulação do sistema de ensino mantido por essa Ordem Religiosa.

Note que a questão não trata sobre o Amapá, mas a banca dá dicas sobre como resolvê-la.
Veja bem: o enunciado fala do iluminismo, de uma visão de ensino contrária à religiosa prati-
cada pelos jesuítas. Portanto, com a expulsão dos jesuítas, sua estrutura educacional voltada
para as elites e para a evangelização indígena foi desestruturada.
Letra e.

040. (FCC/MPE – RN/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2010) Durante a União


Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do interesse expansionista de
Filipe II da Espanha, tendo em vista
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a) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares no interior da


capitania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no mercado consumidor de produtos
tropicais.
b) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente de holandeses, que
estabeleciam fortes laços de aliança com os indígenas da tribo potiguar no sertão nordestino.
c) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à colônia e explora-
ção de todas as terras da costa brasileira, especificamente da região nordestina.
d) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos de povoamento, a
organização e a criação de órgãos administrativos capazes de promover a expulsão dos fran-
ceses da capitania.
e) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões estrangeiras, prin-
cipalmente francesas, na capitania que colocavam em risco o domínio espanhol em terras
brasileiras.

Por ser extremo do Brasil, a capitania do Rio Grande do Norte era mais próxima da Europa e
porta de entrada para o litoral.
Letra c.

041. (FGV/DPE – RO/TÉCNICO DA DEFENSORIA PÚBLICA/2015) Durante o processo de


União Ibérica (1580/1640), Portugal avançou o seu território na América, resultando na trans-
formação do espaço físico brasileiro que passou a ser continental. Assim foi possível a ocu-
pação da região norte e, especificamente, a área do atual Estado de Rondônia. Tal processo de
ocupação de Rondônia se deu pela presença dos jesuítas na região, buscando a catequização
dos indígenas. Acerca da conquista territorial de Rondônia entre os séculos XVII e XVIII, um
outro grupo responsável por esse processo foi:
a) a elite açucareira interessada na ampliação dos engenhos de açúcar na região norte;
b) a elite pecuarista que avançou da região sul em busca de melhores pastagens;
c) os bandeirantes que buscavam a exploração econômica da região;
d) os produtores de borracha interessados na riqueza oferecida pelo produto no exterior;
e) os produtores de soja que tinham o interesse de ampliar a sua produção.

O enunciado define o momento em que ocorreu “um outro responsável”: séculos XVII e XVIII.
As bandeiras são a única opção que se encaixa nesse período.
Letra c.

042. (FCC/PM/AP/SOLDADO/2017) A formação de vilas de colonização portuguesa na re-


gião do Amapá aconteceu quando foram:
a) descobertas jazidas de ouro nas encostas do rio Amazonas, próximas a sua foz, por colonos
aventureiros remanescentes da tripulação de Pedro Álvares Cabral, em 1621.

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b) enviadas diversas tropas reais portuguesas para combater as tribos indígenas da região,
que foram completamente dizimadas nesses combates, em meados do século XVI.
c) distribuídas as capitanias hereditárias, pela Coroa Portuguesa, em 1534, sendo a capitania
do Amapá a mais isolada e a de maior extensão territorial em toda a colônia.
d) empreendidas ações de povoamento, no século XVIII, por Francisco Xavier de Mendonça
Furtado, quando este foi governador do Estado do Grão Pará e Maranhão.
e) erguidas várias casas e uma praça central, no século XVII, pelo colonizador português Fran-
cisco de Orellana que batizou esse lugar de Adelantado de Nueva Andaluzia.

De maneira efetiva, Macapá (Amapá) foi colonizada em 1751, no século XVIII, quando o gover-
nador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, enviou soldados e colonos açoria-
nos para a região. Em 1758, na Praça São Sebastião (atual praça Veiga Cabral), foi levantado o
Pelourinho, fundando a Vila de São José de Macapá.
Letra d.

043. (FGV/SEAD – AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2010) “A conquista e ocupação da


Amazônia, no período colonial, foram empreendimentos conduzidos pelo Estado, planejados e
executados com prioridade política pelo governo metropolitano” (Freitas Rezende, Tadeu Val-
dir. In: A conquista e a ocupação da Amazônia brasileira no período colonial: a definição das
fronteiras).
A partir do texto, analise as afirmativas a seguir.
I – Em 1621, a administração do Estado do Maranhão e Grão-Pará, entidade política autô-
noma e independente do Estado do Brasil, passou a ser diretamente subordinada ao
governo de Lisboa, iniciando-se um processo irreversível de exploração e penetração
territorial pela vasta rede hidrográfica amazônica.
II – Na primeira metade do século XVIII, Portugal passou a priorizar a definição de suas
fronteiras coloniais com o propósito de revisar os acordos anteriores de limites e abolir
o Tratado de Tordesilhas.
III – A aproximação das Coroas Ibéricas favoreceu as negociações diplomáticas que resul-
taram na assinatura, em 1750, do Tratado de Madri, que legalizou, pelo argumento de
posse da terra (uti possidetis) e pela busca de fronteiras naturais, a ocupação da Ama-
zônia.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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A primeira afirmativa nem interessa tanto para o seu concurso, mas é verdadeira, assim como
as outras que, essas sim, são importantes.
Letra e.

044. (CESPE/TJ – RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2012) O recrutamento de colonos para po-


voar regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das
medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial
claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos
privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo gover-
no de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da África, para
a região Norte brasileira foi motivada:
a) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no
centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia.
b) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente
pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais regi-
ões da colônia.
c) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das ativida-
des dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos
da colônia.
d) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal
ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia, con-
trolar a estratégica bacia platina.
e) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as popu-
lações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida.

Lembre-se de um dos tópicos do edital: disputas territoriais e conflitos estrangeiros.” A amea-


ça constante de invasões estrangeiras levou à necessidade de ocupação.
Letra b.

045. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento de
um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação à
América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.

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d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.


e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a ma-
téria-prima fosse adquirida da metrópole.

A regra do pacto colonial era a colônia servir à metrópole.


Letra c.

046. (ESPCEX/2016) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois docu-
mentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses documen-
tos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e o
poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e deveres dos do-
natários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias, receber a redízima
das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral

Por lógica, letra “a”. A carta de doação dava direito de uso, a carta foral (fórum/lei) rezava sobre
os direitos e deveres do donatário e da Coroa.
Letra a.

047. (UNAERP-SP/1996) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocu-
pação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente,
todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu
através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.

Muito fácil. A primeira tentativa de colonização da Coroa Portuguesa objetivou terceiriza a em-
preitada para os donatários.
Letra c.

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048. (CFSD/PM-PA/2012) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Por-
tuguesa proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo. O efeito
concreto dessa legislação foi:
a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do novo conti-
nente recém descoberto.
b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração compul-
sória da mão de obra africana.
c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi negociada a ex-
pansão colonialista portuguesa.
d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de exploração do
trabalho indígena.
e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portugueses e au-
toridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.

Exercício de lógica: com a publicação da Lei, colonos se sentiram prejudicados, ao mesmo


tempo em que os jesuítas buscaram defender os indígenas e libertá-los.
Letra e.

049. (FUVEST/2012) Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e


sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum
de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rare-
fação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas
na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista
de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumu-
lação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das
colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o
apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais
resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados
nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a
metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa
“mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura... escravis-
ta. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana
colonial, e não o contrário. (Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Co-
lonial. São Paulo: Hucitec, 1979. p; 105. Adaptado).
Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa:
a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso
a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.

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b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas,
o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção,
na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocu-
pavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto outros os consi-
deravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente
para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na la-
voura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta preci-
sava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio
para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização

A opção pela mão de obra escrava africana estava intimamente associada à lucratividade do
tráfico negreiro transatlântico. O tráfico de escravos negros demandava uma estrutura inter-
continental também associada ao comércio internacional de insumos agrícolas. O uso da mão
de obra escrava indígena não contemplava essa dinâmica lucrativa.
Letra e.

050. (PUC-RIO/2009) Sobre as características da sociedade escravista colonial da América


portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
a) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização dos
índios - denominados “negros da terra” - como mão-de-obra.
b) Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava africa-
na seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o nordeste açucareiro a partir do final do
século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII.
c) A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão indí-
gena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa.
d) Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de seus
escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios agroexporta-
dores, o que os historiadores denominam de “brecha camponesa”.
e) Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam vendendo
mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como “escravos de ganho”.

Ora, a escravidão indígena foi motivo de conflitos entre jesuítas e colonos.


Letra c.

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051. (IPAD/PC – AC/2012) Durante os embates relacionados à disputa entre Brasil e Bolivia
pelo controle da região do atual estado do Acre, destacou-se a atuação do Barão de Rio Branco
e de Assis Brasil, que, em novembro de 1903 conseguiram, por meio da diplomacia, aprovar a
assinatura de um acordo entre as duas nações, o qual ficou conhecido como:
a) Tratado de Madri.
b) Tratado de Santo lldefonso.
c) Tratado de Petrópolis.
d) Tratado Badajoz.
e) Tratado de Utrecht.

O Tratado de Petrópolis foi assinado a 17 de novembro de 1903 entre os governos do Brasil e


da Bolívia. É um Tratado de Permuta que resultou na entrega do território do Acre, efetivamente
ocupado pelos seringueiros brasileiros durante a corrida à borracha da floresta amazónica.
Letra c.

052. (FCC/TCE/AP/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2012) Considere as seguintes afir-


mações sobre a agropecuária do Amapá.
I – O rebanho bovino do estado é o maior da região amazônica.
II – Os bubalinos são mais numerosos que os bovinos.
III – A área destinada a pastagens é mais extensa que a destinada aos cultivos.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) II e III.

I – Existem mais búfalos do que bovinos no Amapá.


Letra e.

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Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

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