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DESVENDANDO O SIGNIFICADO DE SER PORTADOR DE FERIDA CRÔNICA


Patrícia Moita Garcia Kawakame1 , Luciana Contrera 1 Thaís Garcia Ferrari2
Anna Carolina Furlanetto Novais 2 Jaqueline Fava Santana de Carvalho 2
Juliana Cristina Gobbo 2 Laura Carolina Toledo Mariano de Souza 2

1 Departamento de Enfermagem Universidade de Federal de Mato Grosso do Sul, Brasil.


pa tri ciamoita.ufms@gmail.com; lucontrera@gmail.com
2 Fundação Educacional de Fernandópolis, Braasil, tha_ferrari_@hotmail.com

Resumo. Tra ta -se de uma pesquisa qualitativa na modalidade Análise da Es trutura do Fenômeno Situado,
que fundamenta-se na Fenomenologia enquanto escola filosófica. A proposta da pesquisa é compreender a
experiência de s er portador de ferida crônica. Os dados foram coletados pelas pesquisadoras por meio de
uma questão norteadora direcionada a d ez portadores de ferida crônica. Os resultados foram extra ídos das
convergências, divergências e idiossincrasias que emergiram das falas dos entrevistados, por meio da
a ná lise ideográfica e nomotética e revelaram que o significado de ser portador de ferida crônica emerge
como uma luta constante permeada por etapas que revelaram quadros de melhora e piora em alternância,
a l ém de consequências desencadeadas pela ferida que a fetaram a qualidade de vi da dos entrevistados.
Acredi tamos que a compreensão do fenômeno “O s ignificado de ser portador de ferida crônica”, possa
contri buir para proporcionar uma assistência de qualidade a ser prestada pelos profissionais da s aúde para
es te pacientes.
Palavras – chaves: Feri das Crônicas, Fenômeno Situado, Fenomenologia.

UNDERSTANDING THE MEANING OF BEING CHRONIC WOUND CARRIER


Abstract. Thi s is a qualitative research i n the Analysis of the Structure of the Situated Phenomenology, which
i s based on Phenomenology as a philosophical school. The research proposal is to understand the experience
of bei ng a chronic wound sufferer. The data were collected by the researchers through a guiding question
di rected to ten patients with chronic wound. The results were extracted from the convergences, divergences
a nd i diosyncrasies tha t emerged from the i ntervi ewees' speeches through i deographic a nd nomothetic
a na lysis a nd revealed that the meaning of being a chronic wound patient emerges a s a constant s truggle
permeated by s tages that revealed i mprovement and worsening In a lternation, i n a ddition to consequences
tri ggered by the wound that affected the quality of life of the interviewees. We believe that the understanding
of the phenomenon "The meaning of being a carrier of chronic wound", can contribute to provide quality care
to be provi ded by health professionals for this patient.
Keywords: Chroni c wounds, Situated phenomenon, phenomenology.

INTRODUÇÃO
Segundo Dias, Costa, Melo, Torres, Maia, Torres, (2014), as pessoas com doença vascular crônica (DVC)
e úlcera venosa (UV), apresentaram prejuízo significativo na qualidade de vida, comparadas às pessoas
que possuíam DVC sem UV. Os aspectos da qualidade de vida mais afetados pela presença de úlcera
foram: aspecto físico, capacidade funcional, aspectos sociais e saúde física.
Em um estudo realizado na Rede de Atenção Primária em Saúde, identificou -se o comprometimento
da qualidade de vida (QV) com destaque nas dimensões estado emocional e estética. O tempo de
úlcera venosa (UV) atual esteve estatisticamente associado à dimensão estado emocional do
instrumento Charing Cross Venous Ulcer Questionnaire (CCVUQ) que foi criado e validado em Londres
para avaliar a QV em pessoas com UV. (Araújo, Silva, Souto, Pergola - Marcato, Costa, Torres, 2016).
Os profissionais na maioria das vezes ao prestar assistência à pessoa com uma ferida esquecem que
esta lesão pode estar interferindo na sua qualidade de vida, em sua auto - estima e consequentemente
prejudicando o seu emocional (Marinho, 1992). De acordo com Minayo, Hartz & Buss, (2000) qualidade

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de vida é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação
encontrada na vida familiar, amoroso, social, laboral, ambiental e à própria estética existencial.
É essencial, destacar que o paciente com qualquer tipo de ferida deve ser visto como um sujeito que
se emociona, que sente, que tem constrangimentos, perda da auto - imagem, que deseja e que, tem
suas necessidades. (Silva, Figueiredo, Meireles, 2011).Os profissionais de saúde, não conseguem
refletir na dimensão metafísica da lesão, que transcende o corpo físico e atinge o corpo imaterial,
espiritual, interno. Diferentemente das feridas externas (físicas), que podem ser facilmente
identificadas, cuidadas e tratadas, a “ferida da alma” muitas vezes não é ao menos identificada, pois é
“guardada a sete chaves” pelos pacientes. (Silva, Figueiredo, Meireles, 2011). Não se pode esquecer
de que a existência de uma ferida possui força suficiente para desordenar o corpo em sua química e
sua emoção. O corpo íntegro tem uma identidade fundamental, ao passo que o corpo com ferida
imprime novos sinais e impõe ao sujeito uma nova imagem. (Silva, Figueiredo, Meireles, 2011).
Conjugar uma doença crônica com a qualidade de vida tem sido um desafio entre os profissionais da
saúde, pessoas que vivenciam a doença e seus familiares. Pesquisadores do Núcleo em Situações
Crônicas de Saúde referem que mesmo não acontecendo à alteração do quadro da doença, é possível
que os indivíduo nessa condição mantenham-se saudáveis, desde que enfrentem os desafios que
advém da doença, procurando conciliarem uma relação harmoniosa consigo, com os outros e com o
mundo (Silva, Vieira, Koschnik, Azevedo, Souza, 2002).É indispensável analisar o que a ferida provoca
no corpo, uma marca não desejada, que não atinge apenas o corpo, mas também a família e a equipe
de profissionais envolvidos com o paciente. Um sujeito com feridas é como uma te la que sofreu
estragos e precisa ser reparada: ele pensa, sente, reage e cria vínculos com a equipe de enfermagem
(Silva, Figueiredo, Meireles, 2011). Diante deste panorama, a proposta deste estudo é Compreender a
experiência de ser portador de ferida crônica.

MÉTODO
3.1 Modalidade de estudos
Realizaremos uma pesquisa qualitativa segundo a modalidade Análise da Estrutura de Fenômeno
Situado. Esta modalidade fundamenta-se na Fenomenologia enquanto escola filosófica.
Segundo Martins & Bicudo, (1989) na pesquisa fenomenológica, o investigador de inicio, está
preocupado com a natureza do que vai investigar, de tal modo que não existe para ele, uma
compreensão prévia do fenômeno. Ele não possui princípios explicativos teorias ou qualquer indicação
definidora do fenômeno. Inicia o seu trabalho interrogando o fenômeno. Isto quer dizer que ele não
conhece as características essenciais do fenômeno que pretende estudar.Para estes autores, nesta
abordagem de estudo o pesquisador está interessado no significado dos eventos para os sujeitos. A
realidade experienciada pelo sujeito é exposta nas suas descrições.De acordo com Martins (1992) o
primeiro aspecto do enfoque fenomenológico para conhecer o mundo está em “ir à coisa mesmo...”,
situar o que desejo conhecer do mundo.Desta forma, situamos o fenômeno investigado nesta pesquisa
em pessoas que vivenciam o momento de ser portador de ferida crônica.
3.2 Constituição dos dados
Os dados desta pesquisa foram coletados pelas pesquisadoras e são constituídos pelos discursos de
pessoas que vivenciam o momento de ser portador de ferida crônica.
Para obtenção destes relatos entramos em contato com pessoas que vivenciam o momento de ser
portador de ferida crônica, cadastradas na Clínica de Enfermagem da Fundação Educacional de
Fernandópolis – SP – Brasil.Após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFMS, sob o parecer
n° 784.679, e assinatura do consentimento livre e esclarecido daqueles que concordaram em participar
do estudo, os discursos foram obtidos a partir da seguinte questão norteadora: “Como é para você ser

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portador de ferida crônica?”. Todos os discursos foram gravados com permissão dos sujeitos desta
pesquisa.O número de sujeitos foi determinado pelo surgimento de convergências nos discursos.
3.3 Análise dos dados
Para a análise dos discursos de pessoas que são portadores de feridas crônicas seguiremos as
operações propostas por Martins & Bicudo, (1989).Desta Forma a análise foi feita em dois momentos:
análise ideográfica e análise nomotética.
Para a análise ideográfica, que consiste na análise individualizada dos discursos procedemos como se
segue:
- fizemos a transcrição na integra do discurso
- realizamos várias leituras a fim de familiarizarmos como o discurso
- identificamos as unidades de significado e analisamos as convergências e divergências internas
Terminada a análise individualizada dos discursos fizemos um movimento em direção à generalidade
através da análise nomotética.
Nesta análise identificamos as convergências, divergências e idiossincrasias entre as unidade de
significado de todos os discursos.

RESULTADOS
4.1. Análise Ideográfica
Foram utilizados 10 discursos portadores de feridas crônicas que foram transcritos na íntegra,
buscando manter a sua fala originária , posteriormente foram extraídas as unidades de significados,
que foram enumeradas no próprio discurso e em seguida interpretadas, transformando em conteúdo
mais compreensivo, mostrando estruturas que pareciam ocultas, como exemplifico.
Discurso III
Eu 1descobri que tinha diabete eu tinha 38 anos só que eu não cuidei eu não estava nem ai quando eu
descobri eu estava com 120 nem era considerado diabetes mais o médico mandou toma cuidado né ai
comia doce eu fazia tudo que tinha direito quando eu fui perceber começou a dar problema nas vistas,
começou é a dá falta de ar, sabe, ai foi vê já estava 480,eu tava com problema no coração, ai eu
comecei a tratar com cardiologista de Jales, ai ele foi e fez todos os exames, né tudo, ai eu comecei a
tomar insulina que eu não tomava, hoje eu tomo insulina e ela ta controlada, hoje é 80 90 toda vez,
eu tenho o aparelho de olha em casa, tem aparelho de pressão, tenho tudo, tinha pressão alta, sô que
agora hoje eu faço tudo certinho não como doce não como massa só depois que já estragou tudo as
vista e eu já estou quase cega também, mas assim 2 agora a ferida me incomoda, 3 me incomoda por
causa do sapato, tenho vontade de usar um sapato bonitinho que nem todo mundo usa e não posso
porque tenho que usar essa porcaria de sapatos feios então tudo isso me incomoda, 4 única coisa que
me incomoda as vezes eu falo e as pessoas ficam bravas é o pé machucado, 5 é a única coisa que me
incomoda, quando eu mudei pra cá 6me deu depressão sabe nossa eu queria sumir, 7eu tinha até
colocado uma troca de roupa dentro de uma sacola pra ir embora e não sabia pra onde ia eu fale i que
ia pegar uma carona, eu pensava na minha cabaça, 8eu trancava a porta e os outros tocava a companhia
e eu não atendia, as pessoas pensavam até que eu não estava em casa, 9eu pensei em pegar uma
carona com caminhão que fica ali no posto vo vaza pro mato grosso, sem um centavo, eu não tinha
um centavo, ai eu fiquei 10 eu não durmi, 11não comia, emagreci 17 Kg eu pesava 97 Kg, 12e emagrece
pra mim também foi uma boa, porque eu era gorda, desmazelada, relaxada, cabelo branco, não me
cuidava, as menina ficava brava eu não tava nem ai, depois que eu mudei,que comecei que um cara,
13
um locutor de Jales que mudou a minha vida, ligando no programa dele, e eu comecei a conversa
com ele, e ele muito alegre me tratou muito bem, e eu achei que eu tava viva, ai eu mudei, ai mudei
tudo, tudo, só o pé que que não tem condição de mudar, porque 14não tem jeito porque não tem um
calçado que possa usa, que tem esperar sara, mas o cara garantiu pra mim 15lá na faculdade que sara,

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o enfermeiro falou que vai sarar, a enfermeira falou que sara que tem cura, é demorado mais tem
cura, 16pra quem queria corta o pé o médico queria amputa meu pé, então qué dizer que, 17 ela acho
que até ta evoluindo rápido a diminuiu uns 3 centímetros a ferida, depois que começou a tirar aquelas
pele amarela parece que chama queratina, é uma pele morta, começou a tirar, ai a carne já ta
crescendo já, já ta fechando aquele buraco, aquela ferida, ta diminuindo toda semana que eles corta
graças a Deus ta melhorando bem, não tem cheiro, a ferida é vermelhinha, não tem odor, então eu
falo assim, 18 se Deus quiser vai sarar sim, 19 vou ter paciência, 20 é a única coisa que me incomoda é
essa ferida, 21 ela me incomoda, 22 já vai fazer 3 anos agora dia 14 de fevereiro, foi o dia que ele fez a
cirurgia no meu pé, vai fazer 3 anos, a cirurgia foi feita porque parecia q eu tinha pisado na brasa ele
mesmo flou pra mim você queimou seu pé, doutor 23 eu não ando descalço, 24eu não consigo pisar no
chão duia a sola do pé eu não queimei estouro essas bolhas ai de água parecia bexiga d’ água ai em
vez de ele pegar e só estourar que nem o médico fez depois que estourou as outras só tirou estourou
limpou fez o curativo não ele rancou fico assim no nervo lá no fundo aquele buracão ai foi fe chando
fico essa ferida ai ainda mais na sola do pé, 25 não tem condição fica o dia inteirinho deitado não guento
também você acha, 26 lugar que ando a pé é só dentro da garage só saiu de carro, parei de fuma há 29
anos, bebo uma cervejinha de vez em quando que eu e meu filho sai , gosto de passear.
Quadro 1. Uni dades de Significado
Fala do Entrevistado Linguagem das Unidades de Significado Número de
Pesquisadoras Convergidas unidades
Convergentes
1. Descobri que tinha diabete 1. Ela descobriu que tinha 1. Ela descobriu que tinha 1.
eu tinha 38 anos só que eu diabetes aos 38 anos, diabetes aos 38 anos,
não cuidei eu não estava nem porém não cuidou ela não porém não cuidou ela não
ai. ligava. ligava.
2. Agora a ferida me 2. Agora a ferida incomoda 2. A ferida é a única coisa 2, 3, 4, 5, 20, 21.
incomoda. ela. que incomoda ela, por
causa do pé machucado e
dos sapatos feios que tem
que usar.
3. Me incomoda por causa do 3. Incomoda ela por causa
sapato, tenho vontade de usar do sapato, ela tem vontade
um sapato bonitinho que nem de usar um sapato
todo mundo usa e não posso bonitinho que nem todo
porque tenho que usar essa mundo usa e não pode
porcaria de sapatos feios porque tem que usar essa
então tudo isso me incomoda. porcaria de sapatos feios
então tudo isso incomoda
ela.
4. Única coisa que me 4. Única coisa que à
incomoda as vezes é o pé incomoda as vezes é o pé
machucado. machucado.
5. É a única coisa que me 5. É a única coisa que
incomoda. incomoda ela.
6. Me deu depressão sabe 6. Ela teve Depressão e 3. Ela teve Depressão e
nossa eu queria sumir. queria sumir. queria sumir.
7. Eu tinha até colocado uma 7. Ela tinha até colocado 4. Ela pensou em ir embora 7, 9.
troca de roupa dentro de uma uma troca de roupa dentro e não sabia para onde iria,
sacola pra ir embora e não de uma sacola pra ir pensou em pegar uma
embora e não sabia para carona com caminhão que

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sabia pra onde ia eu falei que onde iria, falou que pegaria fica ali no posto e fugir para
ia pegar uma carona. uma carona. o Mato Grosso, sem um
centavo, por isso ela ficou.
8. Eu trancava a porta e os 8. Ela trancava a porta e a 5. Ela trancava a porta e a 8.
outros tocava a companhia e campainha tocava e ela campainha tocava e ela
eu não atendia. não atendia. não atendia.
9. Eu pensei em pegar uma 9. Ela pensou em pegar
carona com caminhão que fica uma carona com caminhão
ali no posto vo vaza pro Mato que fica ali no posto e fugir
Grosso, sem um centavo, eu para o Mato Grosso, sem
não tinha um centavo, ai eu um centavo, por isso ela
fiquei ficou.
10. Eu não durmi 10. Ela não dorme. 6. Ela não dorme. 10.
11. Não comia, emagreci 17 11. Ela não comia, 7. Ela não comia, 11, 12.
Kg eu pesava 97 Kg. emagreceu 17 Kg e ela emagreceu 17 Kg e ela
pesava 97 Kg. pesava 97 Kg, emagrecer
foi bom, porque ela era
gorda.
12. E emagrece pra mim 12. Emagrecer para ela foi
também foi uma boa, porque bom, porque ela era gorda.
eu era gorda
13. Um locutor de Jales que 13. Um locutor de Jales que 8. Um locutor de Jales que 13.
mudou a minha vida, ligando mudou a vida dela, ligando mudou a vida dela, ligando
no programa dele eu comecei no programa dele, ela no programa dele, ela
a conversa com ele, e ele começou a conversar com começou a conversar com
muito alegre me tratou muito ele, que muito alegre a ele, que muito alegre a
bem, e eu achei que eu tava tratou muito bem, e ela tratou muito bem, e ela
viva, ai eu mudei, ai mudei achou que estava viva, e achou que estava viva, e
tudo, tudo, só o pé que não mudou tudo, só o pé que mudou tudo, só o pé que
tem condição de mudar não tem condição de não tem condição de
mudar. mudar.
14. Não tem jeito porque não 14. Não tem jeito porque 9. Não tem jeito porque 14.
tem um calçado que possa não tem um calçado que não tem um calçado que
usa. possa usa. possa usa.
15. Lá na faculdade que sara, 15. Na faculdade que sara, 10. Na faculdade que sara,
o enfermeiro falou que vai o enfermeiro falou que vai o enfermeiro falou que vai
sarar, a enfermeira falou que sarar, a enfermeira falou sarar, a enfermeira falou
sara que tem cura, é que sara que tem cura, é que sara que tem cura, é
demorado mais tem cura. demorado mais tem cura. demorado mais tem cura.
16. Pra quem queria corta o 16. Para quem iria cortar o 11. Para quem iria cortar o 16.
pé, o médico queria amputa pé, pois o médico queria pé, pois o médico queria
meu pé amputar meu pé. amputar meu pé.
17. Ela acho que até ta 17. A enfermeira achou 12. A enfermeira achou 17.
evoluindo rápido a diminuiu que até esta evoluindo que até esta evoluindo
uns 3 centímetros a ferida, rápido, pois diminuiu uns 3 rápido, pois diminuiu uns 3
depois que começou a tirar centímetros a ferida, centímetros a ferida,
aquelas pele amarela parece depois que começou a tirar depois que começou a tirar
que chama queratina, é uma aquelas pele amarela aquelas pele amarela
pele morta, começou a tirar, parece que chama parece que chama
ai a carne já ta crescendo já, já queratina, é uma pele queratina, é uma pele
ta fechando aquele buraco, morta, começou a tirar, ai morta, começou a tirar, ai

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aquela ferida, ta diminuindo a carne já ta crescendo, a carne já ta crescendo,


toda semana que eles corta está fechando aquela está fechando aquela
graças a Deus ta melhorando ferida, ta diminuindo toda ferida, ta diminuindo toda
bem, não tem cheiro, a ferida semana que eles corta, semana que eles corta,
é vermelhinha, não tem odor graças a Deus ta graças a Deus ta
melhorando bem, não tem melhorando bem, não tem
cheiro, a ferida é cheiro, a ferida é
vermelhinha, não tem vermelhinha, não tem
odor. odor.
18. Se Deus quiser vai sarar 18. Se Deus quiser vai sarar 13. Se Deus quiser vai sarar 18.
sim. sim. sim.
19. Vou ter paciência. 19. Ela vai ter paciência. 14. Ela vai ter paciência. 19.
20. É a única coisa que me 20. É a única coisa que
incomoda é essa ferida, incomoda é essa ferida,
21. Ela me incomoda 21.Ela incomoda
22. Já vai fazer 3 anos agora 22. Vai fazer 3 anos que 15. Vai fazer 3 anos que
dia 14 de fevereiro tem a ferida no dia 14 de tem a ferida no dia 14 de
fevereiro. fevereiro.
23. Eu não ando descalça. 23. Ela não anda descalça. 16. Ela não anda descalça, 23, 24, 25.
não consegue pisar no
chão, pois tem dor na
planta do pé, não tem
condição de andar fica o
dia inteiro deitada, não
agüenta.
24.Eu não consigo pisar no 24. Ela não consegue pisar
chão duia a sola do pé eu não no chão, pois tem dor na
queimei planta do pé e ela não
queimou.
25. Não tem condição fica o 25. Não tem condição de
dia inteirinho deitado não andar fica o dia inteiro
guento também você acha. deitada, não agüenta.
26.Lugar que ando a pé é só 26. Somente anda a pé 17. Somente anda a pé 26.
dentro da garage só saiu de dentro da garagem, só sai dentro da garagem, só sai
carro. de carro. de carro.
4.2.Análise nomotética
A seguir apresentamos a análise nomotética, onde buscamos as general idades que configuram os
significados que os alunos de graduação em enfermagem atribuem à ex periência clínica inicial em
instituição hospitalar. Nos embasamos no modelo elaborado por Lima (1991 , p.52) para a elaboração
do quadro de análise nomotética. Inicialmente agrupamos em categorias amplificadas as unidades de
significados convergidas originadas da análise ideográfica.
4.3 Estrutura do Fenômeno Ser Portador de Ferida Crônica
As convergências dos discursos de alguns entrevistados levaram as pesquisadoras a criarem uma
categoria denominada luta, em virtude de diversos portadores de ferida crônica mencionar esta luta
como uma característica presente no cotidiano dos mesmos, conforme evidenciado nos seguintes
discursos:
“Ela lutou bastante, foi nos médicos, passou por consulta e toma os medicamentos e injeções mas a
ferida não melhorou.”(Discurso II - 3)
“Ela esta lutando faz tempo ate os dias de hoje.”(Discurso II- 26)

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“É um tipo de pessoa que enfrenta a situação, já tem mais de vinte anos que ela vem lutando com
isso.”(Discurso V - 4)
Na fala dos entrevistados emergiu etapas da vida de um portador de ferida crônica e suas
consequências, revelando que a ferida apresenta quadro de melhora e piora em alternância além de
consequências desencadeadas pela ferida que afetaram significativamente a qualidade de suas vidas,
de acordo com os discursos abaixo:
“Apresenta períodos de melhora e piora em alternância, mas às vezes se olha e nota que esta
sarando.”(Discurso I - 6)
“Depois ocorreu flebite e ela acha que tudo isso atrapalhou.” (Discurso II - 6)
“Já pegou bicho duas vezes e foi ate a FEF e eles tiraram mais de quatrocentos bichos.”(Discurso VI -
30)
“Ele emagreceu 22 kg.” (Discurso IV - 11)
“Ela não dorme” (Discurso III - 6)
Diferentes locais e maneiras de tratar a ferida crônica emergiram nos discursos dos entrevistados
culminando em uma das categorias denominada tratamento da ferida, conforme explicitado nos
discursos abaixo:
“ Faz os curativos sozinha em casa, antes frequentava a clinica da FEF, não vai no postinho.”(Discurso
X - 20)
“O curativo era feito nas unidades básicas de saúde, depois na FEF.”(Discurso IV - 6)
“Ela procura a rede publica e tem sido muito bem atendida.”(Discurso V - 6)
A historia da ferida também aparece como uma categoria uma vez que os entrevistados fazem questão
de relatar como foi que a ferida surgiu, isso pode ser e videnciado nos seguinte discursos:
“ O médico diagnosticou como uma ulcera varicosa.”(Discurso II - 5)
“A doença apareceu há 7 anos atrás.”(Discurso VI - 2)
“No começo tinha nove escaras porque assim que saiu do hospital foi para uma penitenciaria e lá não
tinha os devidos cuidados e eram bem feias as feridas.”(Discurso VII - 14)
A fala de alguns entrevistados demonstram a fé em Deus e a esperança de sarar, revelando
expectativas positivas frente a vida bem como crenças adquiridas nas suas trajetórias, de acordo com
os discursos abaixo:
“As pessoas falam muitas coisas para ela referente a ferida, por isso roga a Deus. E ressalta que tem
que aguentar muitas conversas” (Discurso II - 24)
“Acredita que vai sarar, tem fé em Deus, se ele quiser vai sarar.”(Discurso I – 21)
“Seu sonho é sarar.”(Discurso I - 26)
“Se Deus quiser vai sara sim.”(Discurso III - 13)
Também emergiu nas falas dos entrevistados sentimentos negativos e depressão, nesta categoria
muitos dos entrevistados relatam ter depressão e mencionam sentimentos negativos que permeiam
seus cotidianos, o que nos é revelado nas falas a seguir:
“Só que muitas vezes elas se chocam.”(Discurso V - 19)
“Ela teve depressão e queria sumir.”(Discurso III - 3)
“No começo ela teve depressão, por causa da ferida.”(Discurso VI - 8)
“Fica aborrecido quando acontece tudo isso com ele, fica sendo humilhado.”(Discurso VI - 20)
“Tem vergonha de ficar na comunidade.”(Discurso VI - 26)
De acordo com os discursos podemos perceber que o apoio e a compreensão aparecem na vida do
portador de ferida crônica, proveniente das duas famílias, das equipes de saúde, igreja, das patroas e
de outras pessoas, conforme as falas abaixo:
“Mas ela tira o chapéu para a equipe de enfermagem, porque ela não da conta de fazer o curativo
sozinha.”(Discurso V - 17)

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“As patroas esperavam elas sarar, pois gostavam muito dela, porque fazia um bom serviço e cozinha
muito bem.”(Discurso X - 8)
“Ela frequentava a igreja e era a coisa que ela mais gostava, agora solicita aos filhos que a levem para
a igreja e na casa da mãe.”(Discurso I - 14)
A invalidez e dependência de outras pessoas também aparecem no cotidiano dos portadores de ferida
crônica, uma vez que muitos dos entrevistados relatam se sentirem inválidos e dependentes de outras
pessoas do seu circulo social, isso pode ser evidenciado nos discursos abaixo:
“Fazem 2 anos que ela esta afastada.”(Discurso I - 16)
“O serviço de casa não faz, mas os filhos tentam ajudá-la.”(Discurso I - 22)
“Ela se sente invalida e é a sua maior tristeza, quer fazer o serviço de casa, mais não
consegue.”(Discurso I - 10)
O preconceito também é relatado pelos entrevistados, este aparece como uma situação convergente
na trajetória de vida do portador de ferida crônica, porém também aparece com uma divergência
apenas no discurso de um dos entrevistados, conforme evidenciado a seguir:
“Os postos de saúde estão o discriminando, ao pedir material para fazer os curativos fornecem
somente 4 envelopes de gazes e falam que é a quantia que eles estão autorizados a passar.”(Di scurso
VI - 12)
“O povo foi se desligando de mim, por causa desse problema meu, a sociedade começou a ignora-
lo.”(Discurso VI - 4)
“O povo fala que ele tem dinheiro e que não cuida da ferida porque não quer.”(Discurso VI - 35)
“Ele não sente nenhum tipo de preconceito” (Discurso VII - 12)
De acordo com os discursos podemos perceber que a dor e incômodos diversos tratam - se de uma
constante na vida dos portadores de ferida crônica, relatam sentir horas de dor e se incomodam com
o aspecto, cheiro, coceira e secreções da ferida, como relacionado a seguir:
“Tem dor 24 horas, dia e noite.”(Discurso VI - 3)
“Com a mudança do tempo dói demais.”(Discurso VII - 8)
“Ficava muito incomodada com o cheiro, com a dor e com a coceira.”(Discurso IX - 2)
As falas de alguns entrevistados apontam o uso de estratégias de enfrentamento por parte dos
portadores de ferida crônica tais como burlar algumas situações, falar das suas dores, se cuidar e optar
por calças compridas, conforme os discursos abaixo:
“Ela vai ter paciência.”(Discurso III- 14)
“Tem dia que ela quer enganar as pessoas e coloca um calça cumprida.”(Discurso VII - 5)
“Agora ela esta tentando se cuidar, ela se cuida.”(Discurso V- 34)
“Ela vai burlando as coisas, ela coloca uma meia quando pode. Vai mascarando, ao i nvés de sair com
uma saia curta ela coloca uma longa, foi obrigada a encontrar atalhos para não chocar as
pessoas.”(Discurso V - 27)
Podemos perceber que o risco de amputação aparece nas falas de diversos entrevistados, que relatam
situações de médicos e outras pessoas que os alertam quanto a esta possibilidade e dificuldade
daqueles que passaram por esse procedimento, conforme abaixo:
“Ela já enfrentou pessoas chegando na sua casa e falando, você não tem medo de ter que amputar seu
pé?.”(Discurso V - 5)
“Deitar numa cama com o pé e sair sem ele é difícil.”(Discurso IV – 16)
“O médico queria cortar a perna dele no joelho.”(Discurso IV - 4)
Dificuldades e desejos não correspondidos são revelados nos discursos dos portadores de ferida
crônica, de acordo com os discursos evidenciados a seguir:
“Tem desejo de querer ter alguém, e não poder ter, de andar e não poder.”(Discurso VII - 18)
“É difícil sua situação.”(Discurso V - 28)

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“A pomada quando usa vai quase 2 tubos cada vez, não tem condição de pagar então somente limpa
a ferida sem passar nada. Não tem condições de ficar comprando e de pagar consulta médica.”
(Discurso VI - 15)
A importância dos filhos para o portador de ferida crônica também aparece nos discursos dois dos
entrevistados, mostrando que o amor pelos filhos pode trazer felicidade, conforme evidenciado
abaixo:
“... seus filhos são a coisa mais gostosa do mundo, são um tesouro, cada um ela admira de um jeito.”
(Discurso VIII - 18)
“Seus filhos são a sua felicidade” (Discurso I - 23)
Também aparece como elementos convergentes a mudança de vida dos portadores de ferida crônica,
nota - se nos discursos abaixo que as limitações que a ferida impõe culminam nestas mudanças, muitas
vezes bastante significativas.
“Não é muito bom ter estas feridas porque não tem como sair de casa.” (Discurso VII - 5)
“A sua vida mudou muito, ou seja, completamente.” (Discurso VII - 11)
“Mudou tudo em sua vida, sua atividade toda. “(Discurso IV - 8)
Apenas uma das entrevistadas mencionou a fuga como uma reação diante da situação de ser uma
portadora de ferida crônica, conforme abaixo:
“... pensou em pegar uma carona com um caminhão que fica no posto e fugir...”(Discurso III -4)
A internação em instituição hospitalar também parece fazer parte da vida destes portadores de ferida
crônica, que ocasionalmente necessitam deste tipo de intervenção, conforme nota-se de acordo com
as falas mencionadas abaixo:
“Após a internação é a mesma vida”. (Discurso II – 13)
“Ele ficou 15 dias internado em hospital”. (Discurso IV – 3)
“Fica internada”. (Discurso I – 24)
“Estava internada na Santa Casa essa semana.” (Discurso I – 7)
A recomendação de outras pessoas também emerge nos discursos dos entrevistados, conforme
abaixo:
“Como inhame, pêssego, vários tipos de frutas porque falam que é bom para cicatrizar...” (Discurso VII
– 13)
“Tudo que os outros ensinam ela faz” (Discurso II – 29)
O fato de não andar ou andar com dificuldade também faz parte do cotidiano de diversos dos
portadores de ferida crônica, em virtude das limitações físicas geralmente vinculada a dor que a ferida
crônica impõe aos entrevistados.
“Quando piorou muito ela passou a não andar mais.” (Discurso IX – 4)
“Ela não pode andar.” (Discurso I – 11)
“...não agüenta andar muito, pois sente muita dor.” (Discurso II – 10)

5. CONCLUSÃO
De acordo com as convergências, uma divergência e uma idiossincrasia, entre os discursos dos
entrevistados, o significado de ser portador de ferida crônica emerge como uma luta constante no
cotidiano dos mesmos. Também ficou claro que existem etapas na vida destes portadores que
revelaram quadros de melhora e piora em alternância além de consequências desencadeadas pela
ferida, que afetaram significativamente a qualidade de suas vidas, tais como: emagrecer, “pegar
bicho”, não dormir, entre outros. O tratamento da ferida também faz parte do cotidiano dos
portadores de ferida crônica, emergindo com riquezas de detalhes referentes ao local de tratamento,
a maneira de se tratar a ferida e o sujeito que realizava os curativos. Nota-se que os entrevistados
fazem questão de relatar como foi que a ferida surgiu, ou seja, a história da ferida. A fé em Deus e a

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esperança de sarar revelam expectativas positivas frente a vida bem como crenças. Sentimentos
negativos e depressão também permeiam a vida dos portadores de ferida crônica, porém, o apoio e a
compreensão proveniente de seus familiares, equipes de saúde, membros da igreja, das patroas e de
outras pessoas também emergem de maneira significativa na experiência dos portadores de ferida
crônica. A invalidez e dependência de outras pessoas também aparecem nesse contexto, muitos se
sentem inválidos e totalmente dependentes de outras pessoas do seu circulo social. O preconceito
também é constante na vida deste grupo, embora exista uma divergência na fala de apenas um dos
entrevistados que relata não sentir nenhum tipo de preconceito. A dor e incômodos diversos tais como
aspecto, cheiro, coceira e secreções da ferida aparecem continuamente no dia a dia desses pacientes.
As estratégias de enfrentamento por parte dos portadores de ferida crônica tais como burlar algumas
situações, falar das suas dores, se cuidar e optar por usar calças cumpridas ocorrem frequentemente,
bem como o risco de amputação que emerge em diversos momentos da vida, ou seja, médicos e outras
pessoas estão sempre alertando quanto a possibilidade deste procedimento ocorrer. Diversas
dificuldades e desejos não correspondidos são revelados, porém o amor pelos filhos aparece como
uma variável que pode trazer felicidade. Muitos dos entrevistados se referem a mudança de vida
proveniente das limitações que a ferida impõe. Apenas uma das entrevistadas mencionou a fuga diante
da situação de ser portadora de ferida crônica, caracterizando uma idiossincrasia. A internação em
instituição hospitalar constante, recomendações de outras pessoas e o fato de não andar ou andar
com dificuldade também fazem parte do cotidiano dos portadores de ferida crônica, esta última
geralmente vinculada a dor que a ferida crônica impõe a este grupo de pacientes.Diante deste
panorama, acreditamos que esta pesquisa possa contribuir para a compreensão do significado de ser
portador de ferida crônica. A abordagem qualitativa por meio do Fenômeno Situado proporcionou
extrair aspectos subjetivos da população estudada, proporcionando subsídios para que ocorra uma
assistência mais autêntica prestada pelos profissionais de saúde.

REFERÊNCIAS
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