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FACULDADE AVANTIS

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL


DISCIPLINA: Autorregulação e introdução da alimentação
PROFESSOR(A): Aline Padovani
ALUNO(A): Vitória Cristina da Silva Liocadio

ATIVIDADE

Depois da atividade em dupla e de ouvir o podcast tenho tentado internalizar mais a ideia da
autocompaixão como algo que só pode ser verdadeiramente ensinado aos pacientes se eu pratico
comigo mesma em primeiro lugar; é um tanto difícil não exigir mais, ou achar que só posso ser
melhor depois, lá na frente e que o agora ainda não é o bastante, mas tenho tentado, sabendo que
essa tentativa me aproxima mais da experiência do meu paciente de exercer essa auto compaixão
com ele mesmo sobre coisas que ele gostaria muito de melhorar e que não tem sido como
esperava.
Pude me perceber uma pessoa muito criativa, empática, interessada em ouvir e criar uma
conexão com a outra pessoa que estava ali na minha frente, apesar da distância e de todas as
dificuldades para que aquele momento acontecesse. Acredito que esse é um ponto forte, o fato de
ser genuíno a minha preocupação e o desejo de ser auxiliadora nesse caminho por uma
alimentação melhor e mais saudável. Que essas qualidades podem ser aperfeiçoadas e merecem
continuar compondo meu repertório profissional, que não preciso repetir o modelo
médico-centrado onde eu sou detentora do poder e autoridade para que o paciente confie em mim
ou ouça aquilo que estou tentando explicar e conversar sobre com ele.
Acredito que a auto confiança no conhecimento e no próprio processo são coisas que ainda
preciso melhorar e exercitar mais, a busca pelo controle sobre o que o paciente come, agir de forma
prescritiva, ainda são atitudes instintivas que vez ou outra me percebo repetindo, pois muitas vezes
as pessoas vêm em busca desse personagem nutricionista, que vai agir como dono da alimentação
dela; nadar contra essa corrente é algo que ainda não sei se faço bem, às vezes me sinto à beira de
me afogar e em outra me permito só “boiar” nessa maré sem nadar contra ela, pois estou cansada.
Estar na pós e ter contato com pessoas que pensam parecido e que construíram um
caminho profissional dessa forma me trazem a sensação de que é possível continuar, como se a
minha bateria fosse recarregada com energia extra quando me dou conta de que não estou sozinha.

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