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NR-23

BRIGADA DE INCÊNDIO
AGRÍCOLA - AVANÇADO

www.araujortc.com.br
NR-23 BRIGADA DE INCÊNDIO AGRÍCOLA AVANÇADO

Direitos Reservados a
Araújo RTC
Gestão de Ricos e Treinamentos.
Sumário
1 – Objetivos do treinamento.................................................................................................................... 4
2 – Procedimentos de Emergência ........................................................................................................... 4
3 – Módulo 1: Teoria e comportamento do fogo em cobertura vegetal .................................................... 4
3.1 – Classificação dos combustíveis ........................................................................................................ 5
4 – Módulo 2: Formas de Incêndio em vegetação ....................................................................................8
5 – Métodos de Transmissão de Calor nos Incêndios em Coberturas Vegetais ..................................... 10
6 – Módulo 3: Métodos de Extinção ........................................................................................................11
6.1 – Tipos ................................................................................................................................................11
6.2 – Agentes Extintores ......................................................................................................................... 12
7 - Módulo 4: Principais Pontos de Ocorrências de Incêndios ............................................................... 14
8 – Módulo 5: Suporte Básico de Vida ................................................................................................... 15
8.1 – Primeiros Socorros......................................................................................................................... 15
8.2 – Avaliação........................................................................................................................................ 15
9 – Módulo 6: Objetivos Táticos ............................................................................................................. 18
RESPONSABILIDADES ......................................................................................................................... 19
10 – Módulo 7: Emprego de Aeronaves ................................................................................................. 20
10.1 – Considerações de uso de combate aéreo (asa fixa) ..................................................................... 20
10.2 – Coordenação Aérea ...................................................................................................................... 21
10.3 – Operação ...................................................................................................................................... 21
10.4 – Filosofia Operacional ................................................................................................................... 21
10.5 – Supervisão Aérea.......................................................................................................................... 22
11 – Abastecimento de Aeronaves........................................................................................................... 22
11.1 – Disposições Gerais ........................................................................................................................ 22
11.2 – Procedimentos .............................................................................................................................. 22
12 – Módulo 8: Sobrevivência em Incêndio ........................................................................................... 23
12.1 – Sobrevivência em ambiente de incêndio em vegetação –23para colaborador a pé ..................... 23
12.2 – Sobrevivência em ambiente de incêndio em vegetação – para colaborador embarcado
(motorista) ..............................................................................................................................................23
NR-23 BRIGADA DE INCÊNDIO AGRÍCOLA AVANÇADO

1 – Objetivos do treinamento
Após este treinamento, os operadores de colhedoras e tratores e colaboradores de
manutenção estarão aptos à:
• Realizar as melhores práticas de prevenção e combate de incêndio em máquinas
agrícolas;
• Conhecer os principais fatores de sobrevivência em situação de incêndio em
cobertura vegetal;
• Descrever procedimentos de sobrevivência em incêndio em vegetação a pé e
embarcado.
Talaj / Shutterstock.com

2 – Procedimentos de Emergência

3 – Módulo 1: Teoria e comportamento do fogo em cobertura vegetal

Conceitos:
• Fogo: É o desenvolvimento de luz e calor produzidos simultaneamente pela
combustão de certos corpos.
O fogo não é sempre algo negativo.

Em qualquer incêndio é necessário haver Combustível para queimar, Oxigênio para


manter as chamas e Calor para iniciar e manter o processo de queima.

Há estudos ecológicos e experiências práticas na gestão das florestas que indicam que
incêndios sempre ocorreram nos campos e montanhas, fazendo parte da dinâmica dos
muitos tipos de vegetação.

Em qualquer incêndio florestal é necessário haver combustível para queimar, oxigênio para
manter as chamas e calor para iniciar e manter o processo de queima.

Se retirarmos qualquer um destes elementos, ou mesmo reduzir a certos níveis, o processo


da combustão é inviável.

• Combustível: Os combustíveis em sua maioria são compostos orgânicos,


verificando-se em sua molécula, normalmente átomos de carbono e de hidrogênio. É
o elemento que serve de campo de propagação do FOGO.

3.1 – Classificação dos combustíveis

Quanto ao estado físico:


• Sólidos: Tem a propriedade de queimar em sua superfície e profundidade, deixando
resido (cinza/brasas etc.). Exemplo: Madeiras, tecidos, papel, plásticos, folhas secas,
cana etc.;
• Líquidos: Tem a propriedade de queimar em sua superfície, não deixando resíduos.
Exemplo: Gasolina, etanol, óleo diesel, graxas etc.;
• Gasosos: Tem a propriedade de queima rápida (explosão) de qualquer quantidade
que estiver solto no ambiente, podem ser inodoro ou incolor. Exemplo: GLP, Butano,
Propano, Acetileno etc.

Quanto à volatilidade:
• Voláteis: Não necessitam de aquecimento para
desprenderem vapores inflamáveis. Exemplo: Gasolina,
etanol, éter etc.
• Não Voláteis: Precisam de aquecimento para
desprenderem vapores inflamáveis. Exemplo: Madeira,
tecido, cana, folhas secas etc.

Quanto à propagação do fogo:


• Leves: Compõem-se de grupo de folhas secas, folhas
mortas, arbustos, vegetais oleosos (cedro).

• Pesados: São combustíveis de propagação lenta. Por


exemplo: grandes troncos, árvores de grande porte.
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Comburente:
É o gás que serve para produzir manter a combustão através da sua
combinação com os gases provenientes do aquecimento dos
combustíveis.

O comburente mais abundante é o Oxigênio (02) que é encontrado a


21% na atmosfera.

Experiências mostraram que se reduzirmos a porcentagem de oxigênio abaixo de 15% não


teremos o processo da combustão.

Calor:
É uma forma de energia. Nos incêndios florestais, normalmente a "Energia para ignição" é o
calor que será originado das maneiras mais diversas, tais como: brasas, pontas de cigarros,
queima de lixo, escapamento de veículos etc.

A temperatura de ignição dos combustíveis florestais está entre 260 e 400 ºC.

Caloria (cal):
É a quantidade de calor que deve ser fornecida a uma grama de água para elevar a sua
temperatura de um grau Celsius.

Quilocaloria (Kcal):
É a quantidade de calor que deve ser fornecida a um quilograma de água para elevar a sua
temperatura de um grau Celsius.

Calor de combustão:
Quantidade de calor liberada por unidade de massa/volume, quando se queima
completamente uma substância. Os calores de combustão dos combustíveis sólidos e
líquidos são normalmente expressos em Kcal ou BTU/libra.

• ÓLEO COMBUSTÍVEL - 10.000 kcal/kg

• ÁLCOOL ETÍLICO - 7.000 kcal/kg

• CARVÃO - 7.000 a 9.500 kcal/kg

• GÁS NATURAL - 9.000 a 22.500 kcal/kg

• GÁS DE CARVÃO - 5.000 kcal/m3

• MADEIRA - 4.000 kcal/k


Absorção de calor:

1 litro de água para elevar em 10 °C sua temperatura ABSORVE 1 kcal.

Portanto, o 1 litro de água utilizado para extinguir o fogo absorverá do estado líquido ao
estado de vapor 90 + 540 = 630 kcal.

EXERCÍCIO:

• Quanto de água será necessário para absorver o calor em um incêndio em


reflorestamento de pinus com 100 toneladas de madeira?

100.000 kg de madeira
Calor de combustão: 4.000 kcal/kg 100.000 x 4.000= 400.000.000 kcal

• Quanto de água será necessário para absorver o calor em um incêndio em


reflorestamento de pinus com 100 toneladas de madeira?

400.000.000 kcal = 634.920 litros de água 630 kcal

Combustão:
A combustão é uma reação química muito frequente na natureza é um processo que se
realiza sob temperatura elevada (temperatura de ignição), entre o comburente (oxigênio do
ar) e os átomos, principalmente de carbono e hidrogênio de certas substâncias que pelo fato
de se prestarem bem a esse processo, são chamados de combustíveis.

Celulose + O, (Temperatura) - CO, + H, O + Energia

Lenta:
• Ferrugem

• Decomposição

Viva:
• Luz

• Chama

• Incandescência

Produtos resultantes da combustão:


• Fumaça: São partículas do material combustível em suspensão, inflamados ou não
(resíduos da combustão) juntamente com outras substâncias que poderão ser:
poeiras, cinzas, gases etc.
• A cor da fumaça, ou seja, sua maior ou menor transparência, serve de orientação
prática na identificação do material combustível que está queimando
• Chama: É a parte visível da combustão e a cor da chama muitas vezes poderá indicar
o material em combustão.
• Gases: Os gases produzidos pela reação do combustível com comburente, dependem
do corpo combustível.
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4 – Módulo 2: Formas de Incêndio em vegetação


Incêndio: Podemos definir incêndio como toda e qualquer destruição ocasionada pelo
fogo, de bens materiais, móveis e imóveis, além de danos físicos ou morais aos seres
humanos.

Formas de incêndios florestais

Perímetro: É a borda do fogo, o comprimento total


das margens da área queimando ou queimada. O
perímetro está sempre mudando, até a extinção do
fogo;

Cabeça: É a parte do incêndio que se propaga com


maior rapidez.
A cabeça ou "frente" caminha no sentido do vento. É
onde o fogo queima com maior intensidade.
Controlá-la e prevenir a formação de uma nova
cabeça é, geralmente, a chave do controle do
incêndio;

Dedo: Faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Quando
não controlado dá origem a uma nova cabeça;

Retaguarda: Parte do incêndio que se situa em posição oposta à cabeça. Queima com
pouca intensidade. Pode se propagar contra o vento e declives;

Flancos: As duas laterais do fogo, separam a cabeça da retaguarda. A partir dos flancos
formam-se os dedos e se houver mudança no vento os flancos podem se transformar em
uma nova cabeça.

Focos secundários: Provocados por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por
materiais incandescentes que rolam em declives. Devem ser extintos rapidamente ou se
transformarão em novas cabeças e continuarão a crescer em tamanho;

O ambiente do fogo:
Classificação dos incêndios quanto aos locais:

• Terrenos Particulares;
• Plantações;
• Reservas Florestais;
• Bosques;
• Campos.

Incêndio Superficial:
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5 – Métodos de Transmissão de Calor nos Incêndios em Coberturas


Vegetais

Condução
É a transferência de calor por
contato direto com a fonte
aquecida de calor.

Quando uma substância é


aquecida ela absorve calor e
sua atividade molecular
interna aumenta. O aumento
da atividade molecular é
acompanhado de um aumento
de temperatura.

Convecção
É a transferência de calor através do movimento
circular ascendente de massas de ar aquecidas. O ar
aquecido diminui de intensidade, tornando-se mais
leve e tendendo a subir.
Segundo o princípio da convecção, o fogo pode criar
condições de turbulência aspirando oxigênio pelos
lados e lançando para cima o ar aquecido.

Esse processo é responsável pelo barulho que se


ouve em grandes incêndios que se movimentam
rapidamente.

Radiação
É a transferência do calor (energia) através do espaço, por meio de ondas ou raios, em todas
as direções, à velocidade da luz.

A terra recebe energia calorífica do sol. Essa energia é produzida pelo sol por fusão
nuclear, onde o hidrogênio é convertido em hélio. Nesse processo uma parte
infinitamente pequena da massa do sol é transformada em energia térmica.
(SCHORODER e BUCK 1970, SOARES e BATISTA, 2004)
A presença de vapor de água, ozônio e dióxido e carbono faz com que radiações de
certo comprimentos de onda sejam absorvidas. Da radiação que atinge a superfície
terrestre, parte é absorvida e parte refletida. A radiação solar que é absorvida pela
Terra e convertida em energia térmica, produzindo aquecimento da superfície...
(SCHOROEDER e BUCK, 1970; NAYA, 1984; VAREJÃO-SILVA e REIS, 1988;
VIANELLO e ALVES, 1991; SOARES E BATISTA, 2004).

A radiação é o meio de transferência de calor que não requer uma substância intermediária
entre a fonte de calor e a substância receptora, podendo processar-se inclusive no vácuo,
como por exemplo o aquecimento da terra pelo sol.
A diferença entre radiação e irradiação é bem simples: radiação é transmissão de energia
através do espaço, já irradiação é exposição à radiação.
Deslocamento de Corpos Inflamados
Forma de transmissão que se dá pela queda ou lançamento da matéria que está queimando,
provocando novos focos de incêndio.
Ex.: Fagulhas levadas pelo vento, queda de árvores, animais que fogem com o pelo em
chamas.

Nos Incêndios em coberturas vegetais podem acontecer descargas elétricas das linhas de
alta tensão e raios.

6 – Módulo 3: Métodos de Extinção

6.1 – Tipos

• Retirada combustível
• Resfriamento
• Abafamento

Retirada do material combustível


• Caracteriza-se pela retirada do material combustível impedindo deste modo que o
fogo continue. Não requer qualquer tipo de agente extintor.

• É largamente utilizado nos incêndios em vegetações através da construção de aceiros.


Geralmente aplicado em conjunto com outros processos.
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Resfriamento
Este processo consiste na redução ou eliminação da energia produtora da reação em cadeia
(calor).

Baixando a temperatura, não ocorrerá a evolução e a continuação do fogo, baixando o ponto


de ignição do combustível pela absorção do calor.

Abafamento
Consiste em impedir que o comburente, permaneça em contato com o combustível em
porcentagens suficientes para a combustão.

Processo largamente utilizado no combate a incêndios em coberturas vegetais, quer usando


terra ou empregando abafadores.

6.2 – Agentes Extintores

• Água
• Retardantes químicos
• Terra do solo
Água
A água não deve ser aplicada diretamente sobre as chamas, onde o calor é mais intenso, mas
sim na base das chamas, com a finalidade de resfriar o material combustível que ainda não
está queimando.

Retardantes Químicos
Os retardantes químicos melhoram as propriedades extintoras da água por torná-la mais
viscosa e aderente à vegetação, por reduzir a evaporação da água aplicada sobre a vegetação
e por efeitos inibidores diretos sobre a combustão.

O efeito do retardante químico independe da umidade.

Os retardantes químicos mais utilizados são o fosfato diamônico, fosfato monoamônico,


sulfato de amônia e borato de cálcio e sódio.

LÍQUIDOS (Aditivos);

PÓ (lançados);

Terra do solo
A terra do solo pode também ser utilizada como agente extintor em incêndios florestais,
sendo lançada na base das chamas.

Age por abafamento e por resfriamento, pois contém umidade.


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7 - Módulo 4: Principais Pontos de Ocorrências de Incêndios

Ponteira do divisor

Fagulhas do escapamento

Acúmulo de palha
Rodante

Transbordo

Fundição do rolamento

Faquinha do corte de base

8 – Módulo 5: Suporte Básico de Vida

8.1 – Primeiros Socorros

São os cuidados iniciais e imediatos prestados às vítimas de acidentes ou mal súbito, fora do
ambiente hospitalar, através de manobras simples, utilizando técnicas e materiais
disponíveis, com a finalidade de preservar a vida e evitar agravamento de seu estado até o
atendimento definitivo.

8.2 – Avaliação
Empregar como método o DR. ABC, para o trauma, como conceito de avaliação:
D – Danger
R – Responsive
A – Airway
B – Breathing
C – Circulation

(D) Danger - Segurança de cena e dos socorristas.


Antes de atuar observe as condições de segurança do local.

(R) Responsive - Nível de consciência - responsividade.


Chama pela pessoa no mínimo por 3 (três) vezes.
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(A) Airway - Estabilizar a coluna cervical manualmente certificar-se da permeabilidade das vias
aéreas.
Posicione uma mão sobre a região frontal da cabeça da vítima.

(B) Breathing - Verificar respiração.


Posicione uma das mãos sobre o tórax da vítima e observe se há respiração.

(C) Circulation - Circulação e grandes hemorragias


Posicione os dedos indicador e médio na região do pescoço da vítima (pulso carotídeo e cheque de
há grandes hemorragias com a técnica de passar a mão e olhar).

Colocação do colar cervical

Observe o colar mais adequado para a estabilização da coluna cervical da vítima.


Ressuscitação cardiopulmonar
Procedimentos

• Constada a existência de parada cardiorrespiratória solicitar apoio;


• Posicionar a vítima sobre uma superfície rígida;
• Iniciar a RCP (C-A-B) / 30x2 / 5 ciclos ou 2 minutos;
• Com a alteração da sequência para C-A-B, as compressões torácicas serão iniciadas mais
cedo e o atraso na ventilação será mínimo (isto é, somente o tempo necessário para aplicar o
primeiro ciclo de 30 compressões torácicas (AHA, 2010)).
• Instalar DEA (caso disponível).

RCP

• Iniciar a RCP (C-A-B) / 30x2 / 5 ciclos ou 2 minutos;


• Posicionar-se ao lado da vítima na altura dos ombros;
• Realizar a busca pelo osso externo (centro do tórax);
• Entrelaçar os dedos e tocar o centro do tórax da vítima com a região hipotênar da mão;
• Flexionar o tronco de forma que os ombros do socorrista fiquem alinhados com o eixo
central do corpo da vítima;
• Após 30 compressões na frequência mínima de 100 por minuto, aplicar 2 ventilações.
• 5 ciclos ou 2 minutos, checar pulso.

PROCEDIMENTO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

• Comunicação do acidente
• Confirmação do acidente
• Acionamento das equipes
• Informação do acidente
• Sinalização do local
• Atendimento das equipes de primeiros socorros

Após a sinalização e isolamento do local pelas equipes, deverão ser afastadas todas
as pessoas, numa distância compatível com a gravidade do acidente conforme
dimensão do vazamento/risco de incêndio ou explosão, aguardo da chegada das
equipes de apoio ou efetuando os primeiros procedimentos emergenciais.
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Em caso vítimas, o socorrista deve verificar:

• Estado de consciência: Pode perguntar ao acidentado seu nome, idade, se ele sente dor,
ou pedir que ele faça algum movimento específico;
• Respiração: Pode avaliar se há os movimentos torácicos e abdominais relativos à
respiração (subida e descida do tórax);
• Pulso: Identifica a presença do pulso
• Hemorragia.

A partir da avaliação do estado geral do acidentado, devem-se definir as ações a


serem tomadas conforme protocolo da empregadora.

9 – Módulo 6: Objetivos Táticos

• SALVAMENTO
• ISOLAMENTO
• CONFINAMENTO
• EXTINÇÃO
• RESCALDO

SALVAMENTO
O salvamento, seja de uma vítima, seja de um socorrista, sempre será a primeira ação, de
forma coerente com a primeira prioridade tática que é a segurança (life safety-segurança da
vida).
Após o salvamento, ou ainda se não houver necessidade dele, é hora de pensar no isolamento
de exposições.

ISOLAMENTO
Exposições: qualquer coisa que não está queimando quando você chega, mas corre o risco de
pegar fogo ou que serão danificadas pelo calor irradiado.
FLEXIBILIDADE: enquanto uma equipe dedica-se ao resgate, outra pode estar cuidando do
isolamento, simultaneamente. Ou ainda, caso uma nova vítima seja descoberta, volta-se
imediatamente ao resgate.

CONFINAMENTO
Refere-se, basicamente, a não deixar o fogo crescer, mantendo-o no local de origem – ou pelo
menos no local em que estava no início do combate.
Ao atingir-se esse objetivo tático, o incidente está estabilizado O incêndio começa a ser
controlado.

EXTINÇÃO
Agora, passa-se à prioridade tática de conservação da propriedade.
As técnicas que serão utilizadas dependerão do tipo de incêndio e recursos disponíveis.

RESCALDO
É a busca e extinção de focos de incêndio que ainda possam estar ocultos e evitar a reignição.
RESPONSABILIDADES

Gerência Imediata

• Instruir e esclarecer aos seus funcionários sobre as normas de segurança do trabalho e


precauções relativas às peculiaridades dos serviços executados;
• Fazer cumprir as normas de segurança do trabalho a que estão obrigados todos os empregados,
sem exceção;
• Designar somente pessoal devidamente habilitado para a execução de cada tarefa;
• Manter-se atendo às alterações introduzidas nas normas de segurança do trabalho, transmitindo-
as a seus funcionários;
• Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas que possam
evitar a sua repetição.
• Proibir a entrada de menores aprendizes em áreas de risco.

Supervisores e Encarregados
• Instruir adequadamente os funcionários com relação às normas de segurança do trabalho;
• Certificar-se da colocação dos equipamentos de sinalização adequados antes do início de
execução dos serviços;
• Orientar os integrantes de sua equipe quanto às características dos serviços a serem executados e
quanto às precauções a serem observadas no seu desenvolvimento;
• Comunicar à gerência imediata irregularidades observadas no cumprimento das normas de
segurança do trabalho, inclusive quando ocorrerem fora de sua área de serviço.
• Advertir pronta e adequadamente os funcionários sob sua responsabilidade, quando deixarem de
cumprir as normas de segurança do trabalho;
• Zelar pela conservação das ferramentas e dos equipamentos de segurança, assim como pela sua
correta utilização;
• Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos inadequados ou
defeituosos;
• Usar e exigir o uso de roupa adequada ao serviço;
• Manter-se a par das inovações introduzidas nas normas de segurança do trabalho, transmitindo-
as aos integrantes de sua equipe;
• Providenciar prontamente os primeiros socorros para os funcionários acidentados e comunicar o
acidente à gerência imediata, logo após sua ocorrência;
• Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas que possam
evitar sua repetição;
• Conservar o local de trabalho organizado e limpo;
• Cooperar com as CIPA’s na sugestão de medidas de segurança do trabalho;
• Atribuir serviços somente à funcionários que estejam física e emocionalmente capacitados a
executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade técnica de cada um;
• Quando houver a interrupção dos serviços em execução, antes de seu reinício devem ser tomadas
precauções para verificação da segurança geral, como foi feita antes do início do trabalho.

Funcionários
• Observar as normas e preceitos relativos à segurança do trabalho e ao uso correto dos
equipamentos de segurança;
• Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva;
• Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de maneira incorreta ou
cometer atos que possa gerar acidentes;
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• Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho, qualquer acidente,
por mais insignificante que seja ocorrido consigo próprio, colegas ou terceiros, para que sejam
tomadas as providências cabíveis;
• Avisar a seu superior imediato quando, por motivo de saúde, não estive em condições de executar
o serviço para o qual tenha sido designado;
• Observar a proibição da ocorrência de procedimentos que possam gerar riscos de segurança;
• Não fazer ingestão de bebidas alcoólicas ou usar drogas antes do início, intervalos ou durante a
jornada de trabalho;
• Não fazer brincadeiras em serviço;
• Não fazer porte de arma, excluindo-se os casos de empregados autorizados pela natureza dos
serviços que realiza;
• Não usar objetos metálicos de uso pessoal (anéis, correntes, relógios etc.) a fim de se evitar o
agravamento da lesão em caso de acidente elétrico.

Acompanhantes
O funcionário encarregado de conduzir visitantes pelos locais de trabalho deverá:

• Dar conhecimento das normas de segurança;


• Fazer com que se mantenham próximos a ele;
• Alertá-los para que mantenham distância segura dos equipamentos;
• Fornecer os EPI’s necessários para a situaçã0.

10 – Módulo 7: Emprego de Aeronaves

10.1 – Considerações de uso de combate aéreo (asa fixa)

• Tipo, tamanho e capacidades


• Disponibilidade
• Tempo para o circuito de tráfego para combate

Emprego de Tanques Aéreos


• Aplicação de água e retardantes
• Linhas frias/ água ou retardantes
• Criação de rotas de fuga para equipe de terra
• Criação de caminho para ataque direto ou indireto
• Ataque direto para proteção de equipes (!)
10.2 – Coordenação Aérea

• Assegurar que os pilotos tenham contato pleno com as equipes de solo (Brigadistas);
• Somente UMA ORDEM para aplicação (SCI – Chefe Operações).

10.3 – Operação

• O piloto em comando deverá identificar com qual colaborador será realizada a comunicação
em solo;
• Deverá haver coordenação da localização dos lançamentos, bem como todas as informações
necessárias para a eficiência e segurança dos lançamentos;
• Apenas uma pessoa fará a comunicação com as aeronaves;
• Manter contato constante com colaborador e
outras aeronaves;
• Comunicações curtas e precisas;
• Uma vez determinado o lançamento e com a
aeronave na final, cessar as comunicações;
• Não efetuar lançamentos sobre pessoas,
animais e construções.*
• Antes da decolagem, o colaborador designado
deverá obter e transmitir para os pilotos
informações sobre a existência de brigadistas
no solo no incêndio, e caso positivo, a
localização desses brigadistas.
Fotos: Tangará Aeroagrícola
ATENÇÃO!
• Nenhuma aplicação de qualquer método de combate (direto ou indireto) é eficiente sem a
presença e coordenação das equipes de solo;
• Aeronave NÃO é solitária. Faz parte de um sistema;
• Água e retardantes não podem ser considerados como forma total de extinção. Sua
efetividade depende das equipes de solo.

10.4 – Filosofia Operacional

1. Voar mais cedo;


2. Mantenha-os voando para aumentar a eficiência operacional;
3. Utilize supervisão aérea;
4. Integrar com outros recursos;
5. Sequenciamento;
6. Limites;
7. Cruzamentos (cabeceiras);
8. Tetos/pisos;
9. Padrões;
10. Entrada;
11. Saída.

A construção de uma longa linha de fogo exigirá vários SEATS;


Utilize todos os RECURSOS disponíveis;
Água;
Espuma;
Retardante;
Gel.
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10.5 – Supervisão Aérea

• Redução da carga de trabalho


• Identificação de Alvo
• Coordenação do Espaço Aéreo
• Agrupamento
• Mistura de níveis de experiência do piloto (1 e 2)
• Mistura de Recursos
• Regras de ouro
• Padrão de espera da aeronave - 4 é o ideal, 5 é o máximo
• Em cima da área quente - 3 é o ideal
• Padrões de saída (esquerda é o padrão)

11 – Abastecimento de Aeronaves

11.1 – Disposições Gerais

As disposições gerais contidas neste documento visam à prevenção de acidentes e


preservação ambiental, bem como o abastecimento correto e seguro de aeronaves usadas no
combate ao incêndio.

11.2 – Procedimentos

1. Liberar pista de pouso de obstáculos e manter isolada;


2. Posicionar o veículo de abastecimento fora da pista até que a aeronave pouse. Depois
reposicioná-lo em um ponto que permita o abastecimento com uso de mangueiras e não
tenha que ficar reposicionando nos pousos e decolagens;
3. Ficar atento a todas as partes das aeronaves e avisar o piloto se houver alguma peça ou
chapa solta;
4. Manter contato visual com piloto pelo lado esquerdo da aeronave (lado da expedição da
aeronave) aguardando instruções do piloto, onde ele autorizará a aproximação do
colaborador pelo “cone de segurança” (entre a asa e a cauda) ou descerá da aeronave e irá
até o colaborador;
5. Pegar o rádio de comunicação aeronáutico para comunicação constante do piloto com a
base; Pegar mangueira de abastecimento no compartimento de carga da aeronave. Abrir,
retirar e em seguida fechar todas as travas;
6. Acoplar a mangueira na expedição da aeronave
fechando as duas travas (engate agrícola);
7. Engatar o outro lado na mangueira de 63 mm que
vem da bomba do caminhão pipa (engate storz);
8. Abrir válvula localizada junto a expedição da
aeronave;
9. Enviar água do caminhão pipa com uma pressão
máxima de 90 PSI;
10. Abrir compartimento de água. Subir pisando
somente nos suportes destinados para esse fim e
nas partes com lixas; Fotos: Tangará Aeroagrícola
11. Após água já estar na metade do reservatório adicionar LGE à mistura. O LGE já deve estar
previamente preparado em balde, sendo a porcentagem de 0,5% para espuma classe A ou
AFFF.
12. Fechar compartimento de água;
13. Fechar o abastecimento de água no momento que o piloto determinar;
14. Fechar válvula da expedição da aeronave;
15. Desacoplar mangueira e afastá-la cerca de 10 m da aeronave.
16. Dar sinal de OK para piloto, liberando assim a decolagem.

12 – Módulo 8: Sobrevivência em Incêndio

12.1 – Sobrevivência em ambiente de incêndio em vegetação –


para colaborador a pé

• Tente não respirar a fumaça. Vai levar à asfixia.


• Se possível, cubra a boca com um pano úmido.
• Certifique-se de que suas roupas estejam sempre secas.
• Se você encontrou uma zona segura, fique lá até o incêndio acabar.
• Não entre em pânico e tente sair da vegetação até que o fogo seja extinto.
• Certifique-se de proteger seu corpo com roupas não sintéticas que não peguem fogo
facilmente. Fique longe de materiais sintéticos.
• Deite-se de bruços com os pés em direção ao fogo.
• Peça ajuda imediatamente.
• Tente ficar calmo, entrar em pânico não irá ajudar.
• A principal causa de mortes durante um incêndio em cobertura vegetal é a inalação de
fumaça e gases. Cubra seu corpo e certifique-se de não inalar os gases quentes.
• Cave um buraco e coloque o rosto dentro dele para evitar inalar os gases.
• Fique longe de galhos suspensos.
• Desloque-se para uma área que já foi queimada e abandonada pelo fogo.

12.2 – Sobrevivência em ambiente de incêndio em vegetação –


para colaborador embarcado (motorista)

• Estando no interior de um veículo durante um incêndio, faça o possível


para manter a calma.
• Abrigar-se em um veículo durante um incêndio em vegetação é perigoso
e assustador, mas ainda é mais seguro do que estar do lado de fora.

1. Abrigo dentro do veículo:


• Estacione o veículo em uma área sem vegetação e mantenha o motor funcionando.
• Ligue os faróis e as luzes de perigo para tornar o veículo mais visível.
• Feche as janelas e feche as saídas de ar, para evitar que a fumaça entre no veículo.
• Deite-se no chão do veículo ou fique o mais próximo possível do assoalho.
• Se houver materiais não sintéticos para se cobrir, faça-o.
• Não use um pano ou cobertor molhado.
O calor do fogo criará vapor que pode queimá-lo.
• Beba água enquanto se abriga no chão.
• Mantenha-se calmo e imóvel enquanto o fogo passa.
• Saia do veículo assim que o fogo passar.
NR-23BRIGADA DE INCÊNDIO AGRÍCOLA

• Se o veículo ainda estiver funcionando, afaste-o do fogo para uma área segura.
• Cubra as mãos com luvas não sintéticas ou pano antes de tocar nas portas ou maçanetas
do veículo.
• Uma área queimada pode estar esfumaçada e em cinza, mas o fogo não se moverá por lá
novamente.

2. Dirigindo para longe ou através de um incêndio:


• Tente dirigir para longe da direção do fogo;
• Tenha uma rota de backup em caso de a estrada estar bloqueada;
• Dirija devagar e acenda os faróis e as luzes de perigo, torne seu veículo mais visível
possível;
• Ouça o rádio para obter informações sobre o caminhamento do fogo;
• Se ver chamas se aproximando, pare o veículo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BROW, A.A., DAVIS, K.P., 1973. Forest Fire Control and Use, Mcgraw-Hill Book Company
Series in Forest Resources, New York, 2ª ed., 686p.

Fireline Handbook - NWCG Handbook 3 National Wildfire. Coordinating Group Washignton


DC – November 1989.

FULLER. M., 1991. Forest Fires, Na Introduction to Wildland Fire Behavior, Menagement,
Firefighting, and Prevention, John Wiley & Sons, USA.

JARDEL P., E.J., R. Ramírez Villeda y J.E. Morfín Ríos. 2005. Principios básicos de manejo
del fuego y control de incendios forestales. Universidad de Guadalajara. Autlán, Jal., México.

MANUAL do Curso de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais – Corpo de Bombeiros


do Estado do Paraná – 1975.

National Fire Protection Association (NFPA) – 1976 - Fire Protection Handbook – Fourteenth
Edition REVISTA DA ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS (ENB) - Portugal, Jul./Set.,
2003, 50p.

NUNES, José Renato Soares – Ctba 2005 – FMA+ - Um Novo Índice de Incêndios Florestais
Para o Estado do Paraná.

S 390 Fire Behavior - United States Forest Service – 1981.

SECCO, Orlando Cel., 1982 - Manual de Prevenção e Combate de Incêndio.

USDA - Forest Service – Helicopter SAFETY SUMARY - Pacif Southwest Region 1987.

VIANA, Ronaldo Soares – Ctba PR 1985 - Incêndios Florestais – Controle e Uso do Fogo.
NR-23BRIGADA DE INCÊNDIO AGRÍCOLA

NR-23
BRIGADA DE
INCÊNDIO
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