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4. “apologistas” e “não-apologistas”
Devido às atrocidades cometidas pelo Japão contra seus vizinhos, tanto antes quanto durante a
Segunda Guerra Mundial, houve uma tensão política regional tensa. Isso criou dois campos
separados relevantes para este aspecto da política externa japonesa, “apologistas” e “não-
apologistas”.
Os apologistas se opõem veementemente a qualquer possível glorificação do Japão pré-guerra.
O Japão emitiu desculpas públicas e pagou compensações financeiras a vários Estados devido
a ações cometidas durante seu reinado imperial no leste da Ásia. Embora os apologistas possam
variar na medida em que devem continuar a se desculpar e oferecer essa compensação
financeira, é mais uma questão de garantir que o Japão tenha aprendido com seus erros,
demonstrando um compromisso com a paz.
Os não apologistas são, naturalmente, contrários a ideia de que o Japão peça desculpas
publicamente por ações cometidas no passado. Eles rejeitam noções de oferecer compensação
financeira como um pedido de desculpas. Muitos não apologistas são jovens e não veem por
que deveriam ser detidos por ações cometidas muito antes de seu nascimento. A verdadeira
questão entre os não apologistas é até que ponto a história pré-guerra do Japão deve ser
glorificada.
Perguntas – Michishita & Samuels (in Nau & Ollapally, 2012, cap. 5)
1 –debate contemporâneo sobre a política exterior do Japão?
O Japão passou por grandes transformações, em 2009, após quase meio século de
predominância do Partido Liberal Democrático (LDP) o partido Democrata do Japão (DPJ) foi
eleito O DPJ demandou maior controle da burocracia do país com instituições mais
transparentes, autonomia local, políticas sociais e o fim da subordinação japonesa aos Estados
Unidos. Todavia, a coalizão do partido não se sustentou, eles falharam em articular maioria no
parlamento, governando no que foi chamado de “twisted Diet” sendo obrigado a fazer
concessões à oposição.
Mudanças ocorreram no leste asiático, a China, em 2004, completou um tratado de livre
comércio com as nações da ASEAN, e os japoneses se encontraram perdidos com tal situação.
A nova configuração regional do continente ainda está em progresso, os ministros econômicos
do países se encontram periodicamente para discussão de tópicos relacionado à trocas
econômicas, isso levou à novas instituições econômicas.
3 –Como tal discurso tem sido remodelado recentemente e quais os novos eixos e posições
que emergem pós-Guerra Fria ?
A política de Yoshida, ícone mercantilista realista, envolveu um trade off econômico e militar
entre Washington e Tóquio. Os EUA passariam a fornecer ao Japão a segurança do mesmo e o
acesso ao mercado e tecnologia americana. Em troca, o Japão seria um aliado leal durante a
Guerra Fria, prosperando sem se militarizar e fornecendo bases áreas para a mobilidade
americana. Enquanto os mercantilistas estavam no poder eles conseguiam se conciliar aos
pacifistas o que impedia uma revisão da Constituição por parte daqueles que queriam a
normalidade do Japão. Todavia, tais revisionistas não foram completamente excluídos do
poder, algumas personalidades relevantes do país como Nobusuke irá implementar políticas
mais duras para segurança nacional, e Kishi, por exemplo, resguardará a possibilidade de que
armas nucleares não eram inconstitucionais.
Sob Junichiro e seus sucessores, houve uma grande pressão para revisão da Constituição, por
exemplo, para adquirir armas até então banidas, e para poderem despachar tropas para outras
países como forma de ajuda. Mesmo sob grande oposição dos outros grupos, eles agiram de
forma a eliminar muitas das restrições que os japoneses se auto-submeteram. Essa mudança foi
facilitada pela ameaça chinesa e norte coreana. O grande problema para esse grupo é a questão
da soberania, muitos apontam que a soberania japonesa é diminuída pela contínua presença
americana em seu território.
Em 1960, o Primeiro Ministro Kishi, manejou uma revisão do Tratado de forma a diminuir
privilégios das tropas estadunidenses instaladas nos EUA. Tanto esse Tratado de Segurança e
o SOFA serão alterados por meio de uma série de acordos que deram ao Japão um maior status.
Em 2009, em campanhas eleitorais, o partido DPJ declarou oposição a esses acordos negociados
em 2006. Em 2014, sobre o território de Guam, os acordos dependeram de progresso realizado
pelo Japão.
As relações econômicas também vão enfrentar problemas. Após muitos anos de crescimento e
prosperidade japonesa os anos de 1960 à metade de 1990, terá muitas rupturas. Japão e EUA
passaram a negociar sobre uma série de pontos acerca de acesso ao mercado. Tais relações
foram facilitadas por meio da criação de instituições como o GATT e o WTO. Tanto a Europa
quanto o EUA se moviam rumo a acordos mais regionais e Japão foi se vendo para trás nesse
processo.