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Hadassa Cristina Ferreira da Silva

UC23100161
Prof: Romero
História das Relações Internacionais do Brasil

O lugar dos Estados Unidos na PEB entre 1822 e 1985

Na independência em 1822, tivemos os EUA como a primeira nação a reconhecer o


Brasil como país, e anos mais tarde mostrou um interesse no território, mais especificamente
na Amazônia. Em História da Política Exterior do Brasil é citado [..]”O plano americano de
ocupação da Amazônia, em 1850, representava uma saída para a crise da economia escravista,
com o translado de colonos e escravos do sul, que se dedicariam à produção da borracha e do
algodão, contribuindo para o equilíbrio da balança comercial”[...] (CERVO. BUENO ,2011
p.111) ou seja, começamos a entender que as relações entre os países já tinha um caráter de
interesses que divergiram um do outro, principalmente pois a Política Exterior Brasileira pós
independência estava com a pauta das questões de fronteira e de identidade nacional que
batiam de frente com o interesse americano de ocupação da Amazônia, o Brasil com uma
política firme, sábia e flexível, conseguiu impedir a penetração estrangeira na Amazônia em
favor da “ciência” (CERVO. BUENO ,2011 p.116).

No Brasil Império, havia um foco brasileiro em relações com a Europa, em especial


com os ingleses, que representam ser um grande aliado da Monarquia, também a questão dos
empréstimos, e eles viam que os EUA “estavam consolidando um subsistema de poder no
continente americano e, por isso, reagiram desfavoravelmente às iniciativas que pudessem
tolher a liberdade de ação do país.” (CERVO. BUENO,2011 p.184) mas já no período da
República essa influência inglesa já não era mais tão influente e tinham interesses na
Argentina, perdendo assim seu lugar para os Estados Unidos como principal aliados. Na
época, o Barão do Rio Branco estava a frente da diplomacia nacional e buscava em suas pautas
o prestígio internacional e a afirmação da liderança brasileira na América do Sul, o Barão viu
nas relações com os EUA uma chance de aprofundar essas relações e a usar para interesses
militares e também trazer o Brasil no cenário como representante no cone sul.
Por fim, devemos falar sobre o papel dos EUA na política externa brasileira a partir de
1900, onde tivemos o estreitamento dos laços e alinhamento, e também pressão e interferência.
A participação americana na economia brasileira aumentou exponencialmente devido a
exportação de café, e depois devido às políticas no americanas de projetar sua influência nas
Américas e mais tarde exercê-la. Em 1930 o Brasil se aproveitando do jogo de poder, imbuiu
tanto os EUA quanto a outros países em favor da sua industrialização e aumento do poderio
militar, principalmente entre 1940 e 1964, tivemos o chamado “jogo duplo” (CERVO.
BUENO ,2011) com o uso de Pragmatismo e interesses nacionais, mas mais tarde com Vargas
e Oswaldo Aranha foi firmado o alinhamento com os EUA, que mais tarde num pós Segunda
Guerra a partir de 1960, iniciaríamos um posicionamento universalista e autonomia no cenário
internacional marcada pela Política Exterior Independente, batendo de frente com o ideal
americano na Guerra Fria, essas ideias influenciaram os EUA a apoiar tanto financeiramente
como militarmente o Golpe de 1964 com a operação Brother Sam, interferindo diretamente na
política nacional com sua influência. Entre 1964 e 1985 alinhamento ideológico e militar com
os EUA, e o Pragmatismo Responsável, resultado da frustração com a quebra das expectativas
esperadas com a aliança americana, trazendo de volta a defesa do interesse nacional e mais
tarde, pontos da PEI em 1975.

As relações entre Brasil e Estados Unidos nas políticas externas, tem idas e vindas
entre a autonomia e cooperação, pois enquanto o Brasil visava uma parceria em questões de
internacionalização, industrialização e alianças, os Estados Unidos ao longo do período de
1822 e 1985 mostrou um caráter se defesa dos seus objetivos e o uso do Brasil como
ferramenta para alcançar seus objetivos na América Latina e expandir seus ideais e políticas.

REFERÊNCIA:
CERVO, Amado Luiz; BUENO,Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. 4ª
ed. Brasília: UNB, 2011.

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