Você está na página 1de 16

UNILEÃO

UNIVERSIDADE LEÃO SAMPAIO


CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA

FERNANDA GOMES OLIVEIRA

INFLUÊNCIA DA FOTOEXPOSIÇÃO NOS FATORES DE PIGMENTAÇÃO DA


PELE E PRINCIPAIS DANOS ASSOCIADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Juazeiro do Norte – CE
2021
FERNANDA GOMES OLIVEIRA

INFLUÊNCIA DA FOTOEXPOSIÇÃO NOS FATORES DE PIGMENTAÇÃO DA


PELE E PRINCIPAIS DANOS ASSOCIADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo


científico, apresentado à Coordenação do Curso de
Graduação em Biomedicina do Centro
Universitário Leão Sampaio, em cumprimento às
exigências para a obtenção do grau de bacharel em
Biomedicina.

Orientador: Profª Ma. Frabrina Moura Alves


Correia

Juazeiro do Norte – CE
2021
FERNANDA GOMES OLIVEIRA

INFLUÊNCIA DA FOTOEXPOSIÇÃO NOS FATORES DE PIGMENTAÇÃO DA


PELE E PRINCIPAIS DANOS ASSOCIADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo


científico, apresentado à Coordenação do Curso de
Graduação em Biomedicina do Centro
Universitário Leão Sampaio, em cumprimento às
exigências para a obtenção do grau de bacharel em
Biomedicina.

Orientador: Profª Ma. Frabrina Moura Alves


Correia

Data de aprovação: 01 / 12 / 2021

BANCA EXAMINADORA

Prof(a) Examinador:________________________________________________
Profª Esp. Ana Letícia Moreira Silva

Prof(a) Examinador:________________________________________________
Profª Esp. Maria Dayane Alves de Aquino

Prof(a) Orientador:________________________________________________
Profª Ma. Fabrina Moura Alves Correia
Dedico esse artigo aos meus amados avós,
que sempre me impulsionaram e
acreditaram que a concretização desse
sonho seria possível.
INFLUÊNCIA DA FOTOEXPOSIÇÃO NOS FATORES DE PIGMENTAÇÃO DA
PELE E PRINCIPAIS DANOS ASSOCIADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Fernanda Gomes Oliveira¹ Fabrina Moura Alves Correia²

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura abordando a
caracterização dos efeitos da fotoexposição prolongada na pele e a relação com os fatores de
pigmentação da pele e os principais danos associados. O trabalho trata-se de uma pesquisa de
levantamento bibliográfico com caráter exploratório e qualitativo, desenvolvido a partir da
busca e leitura de material, constituído de livros, teses de doutorados, dissertações de mestrado
e artigos científicos. A busca pela bibliografia será realizada a partir de livros e artigos
científicos e a partir do ano 2011 até 2021, em coleções particulares e nas principais bases de
dados: LILACS, Repositórios e bibliotecas institucionais, Revistas Eletrônicas e SciELO. Os
critérios para a escolha das publicações será a apresentação das palavras-chave no título e/ou
no corpo do texto, e retratarem a temática e nos idiomas português, inglês e espanhol. Serão
excluídos os artigos que não se encontram nos três idiomas referidos e que fugirem do tema
abordado. Foram selecionados 87 artigos e após estudo e pesquisa, 41 destes foram escolhidos
para sua leitura em completude. Estes foram selecionados para o estudo por contemplarem o
tema. Assim esse trabalho tem como perspectiva unir dados sobre a influência da fotoexposição
nos fatores de pigmentação da pele, consequeências e possíveis tratamentos, discorrendo de
forma abundante sobre estruturas e células, fisiologia, processos patogênicos e tratamento. Com
isso, trazer todos os aspectos relacionados a pele, os processos fisológicos ligados a
pigmentação dos tecidos e como ela acontece, correlacionando com a exposição aos raios
solares e os danos comumente ocasionados ao tecido cutâneo pela falta de cuidados e prevenção
das doenças de pele.
Palavras-chave: Fotoexposição, Fototipos, Melasma, Pele, Raios UV.

¹ Discente Fernanda Gomes Oliveira. Email: fernndam-@live.com


² Doscente Fabrina Moura Alves Correia. Email: fabrina@leaosampaio.edu.br
INFLUENCE OF PHOTOEXPOSURE ON SKIN PIGMENTATION FACTORS AND
MAJOR ASSOCIATED DAMAGES: A LITERATURE REVIEW

ABSTRACT

The present work aims to conduct a literature review addressing the characterization of the
effects of prolonged photoexposure on the skin and the relationship with skin pigmentation
factors and major associated damages. The work is a bibliographic survey research with
exploratory and qualitative character, developed from the search and reading of material,
consisting of books, doctoral theses, master's dissertations and scientific articles. The search for
the bibliography will be carried out from books and scientific articles and from the year 2011
to 2021, in private collections and in the main databases: LILACS, Repositories and
institutional libraries, Electronic Journals and SciELO. The criteria for choosing publications
will be the presentation of the keywords in the title and/or body of the text, and portray the
theme and in the Portuguese, English and Spanish languages. Articles that are not in the three
languages mentioned and that run away from the theme addressed will be excluded. Seventy-
seven articles were selected and after study and research, 41 of them were chosen for their
completeness reading. These were selected for the study because they contemplated the theme.
Thus, this work aims to combine data on the influence of photoexposure on skin pigmentation
factors, consequeences and possible treatments, discussing abundantly on structures and cells,
physiology, pathogenic processes and treatment. With this, bring all aspects related to the skin,
the physological processes linked to tissue pigmentation and how it happens, correlating with
exposure to the sun's rays and the damage commonly caused to the skin tissue due to the lack
of care and prevention of skin diseases.
Keywords: Melasma, Photoexposure, Phototypes, Skin, UV Rays.
6

1 INTRODUÇÃO

O tecido cutâneo reveste todo o corpo humano, sendo em extensão o maior órgão e
representa cerca de 15% do peso corporal. Realiza o importante papel de barreira mantendo
contato direto com o meio externo, é formado por complexas camadas compostas por tipos
celulares diferentes e é o único órgão que apresenta sistema imune próprio (DUTRA; ASSIS;
MACHADO, 2020).
As camadas que constituem o órgão possuem células que desempenham funções
específicas. As células encontradas em maior quantidade são os queratinócitos, que exercem
em conformidade nas barreiras a proteção através dos lipídeos, os mesmos preenchem os
espaços intracelulares. E os melanócitos, responsáveis pela sítese da melanina e principal fator
pigmentante do tecido cutâneo (SILVA; MARQUES; BIGHETTI, 2020).
No processo da melanogênese, onde o melanócito executa a síntese da melanina, o
principal fator pigmentante do tecido cutâneo, ramificações dessa célula perpassam os
queratinócitos que a rodeiam, essas estruturas são organelas chamadas de melanossomas. Eles
são os responsáveis pelo armazenamento da melanina e coloração dos queratinócitos,
consequentemente da tonalidade da pele (MAGALHÃES, 2019).
A luz solar é um espectro de radiação eletromagnética contínua, que é dividia em 3
comprimentos de onda: Ultravioleta, Visível e Infravermelho. O comprimento Ultravioleta é o
que causa efeitos mais significativos, responsável pelo fotoenvelhecimento e aumento da
pigmentação da pele e a longo prazo pode ocasionar câncer (CHIARELLI NETO, 2014).
A melanina epidérmica fornece fotoproteção, pessoas de pele escura e que apresentam
maior quantidade de melanina tem o Fator de Proteção Solar (FTS) maior que caucasianos,
portanto, mais resistência aos raios Ultra Violeta. Por isso a incidência de lesões cutâneas
malignas tem baixa prevalência nesse grupo (CARVALHO, 2014).
Dessa forma, quando ocorrem alterações no processo de melanogênese em decorrência
da exposição excessiva aos raios solares, está sujeito o surgimento de manchas na pele devido
ao aumento da produção do pigmento. Acarretando também o aumento dos melanócitos,
promovendo mudanças na sua estrutura (NASCIMENTO; MONTEIRO, 2020).
Existem agentes clareadores cada um com mecanismo de ação específico, todos
interferem de alguma forma mo processo de pigmentação, seja na síntese do pigmento ou na
distribuição. A tentativa de claraear as áreas escuras consiste no principal tratamento
(CHÁVEZ; DOREA; PINHEIRO, 2018).
7

O presente artigo justificativa-se pela necessidade de reavaliar os estudos e as literaturas


já existentes sobre a influência da fotoexposição de forma prolongada, nos fatores de
pigmentação da pele e os principais danos associados.
Diante disso o artigo objetiva-se ao estudo sobre o tema de forma aprofundada, sobre
os efeitos ocasionados pela fotoexposição aos Raios Utra Violeta e o consequente surgimento
de lesões cutâneas destacando a importância da prevenção e cuidados com a pele.

2 DESENVOLVIMENTO

O presente artigo trata-se de uma revisão de literatura, os artigos escolhidos para compor
este estudo foram selecionados através de pesquisa efetuada em bases de dados eletrônica:
LILACS, Repositórios e bibliotecas institucionais, Revistas Eletrônicas e SciELO, no ano de
2021. Para pesquisa dos artigos foram utilizadas as seguintes palavras-chave “Melasma”,
“Pele”, “Fotoexposição”, “Fototipos” e “Raios UV”, assim como o critério de seleção dos
artigos publicados a partir do ano 2011 até 2021. Foram analisados artigos em inglês, espanhol
e português. Foram excluídos os artigos que não se encontravam nos idiomas citados.
Após estudo e pesquisa, 41 artigos foram escolhidos para sua leitura em completude.
Estes foram selecionados para o estudo por contemplarem o tema referente as principais reações
imediatas ocorridas e por atenderem a data de publicação limite estipulada no estudo.
Os artigos foram reunidos em dois focos temáticos: os que falam sobre os fatores
pigmentantes dos tecidos e os que tratam em seu estudo sobre a disfunção desses fatores,
agravos estéticos e patogênicos relacionados a eles e também possíveis tratamentos.

2.1 CÉLULAS PRESENTES NA EPIDERME

A epiderme contém quatro tipos principais de células, cerca de 90% delas são
queratinócitos, formados nas camadas mais internas do tecido, esse processo é conhecido como
queratinização, à medida que amadurecem sofrem modificações na sua estrutura e vão se
tornando mais superficiais (GONÇALVES, 2019).
O equilíbrio entre proliferação, apoptose e diferenciação de queratinócitos é um fator
importante para a manutenção da estrutura e funções da epiderme. O que também influencia na
homeostase epidérmica é a interação dos queratinócitos entre si, as camadas basais e as demais
células (SILVA et al. 2013).
8

Uma das funções desempenhadas pelos queratinócitos é a produção de queratina, uma


proteína fibrosa que protege a pele do meio externo. Os queratinócitos também são responsáveis
pela produção dos chamados grânulos lamelares que liberam uma substância rica em lipídeos e
impermeável (ALMEIDA, 2020).
O que promove a coloração da pele é uma célula dendrítica denominada melanócito,
essa célula produz o pigmento melanina, que é transferido para os queratinócitos das camadas
da pele, mais especificamente os da camada basal da epiderme, através de terminações que se
estendem entre eles (YOSHITO, 2011).
Os macrófagos intraepiteliais ou Células de Langherans, fazem parte da resposta
imunológica caso haja a presença de agentes estranhos e danosos a pele. Essas células são de
suma importância na diferenciação de antígenos, por outro lado são facilmente prejudicadas a
exposição dos raios ultravioleta (ALTRAN, 2011).
Os Discos de Merkel encontram-se na porção entre a epiderme e a derme e são as células
epiteliais táteis, elas estão ligadas a neurônios transmissores sensoriais. Essas células repassam
para os neurônios as sensações de pressão sobre a pele e de toque (MAIA; MAÇANO, 2015).

2.2 FOTOTIPOS

A melanina não é responsável pela coloração apenas da nossa pele, a cor dos nossos
cabelos também é definida a partir da quantidade desse pigmento, que pode variar entre
tonalidades do amarelo e marrom ao preto, é dessa maneira que surgem as diferentes
tonalidades da pele. A melanina também é um fator de proteção contra os raios solares (URÁN;
CANO, 2011).
Esse pigmento é formado a partir da síntese da enzima Tirosina, no interior de organelas
denominadas melanossomas que trabalham especificamente para esta função, logo após a
síntese, então, através dos alongamentos do melanócito que perpassam entre os queratinócitos,
as organelas são transferidas (PAULIN, 2016).
No queratinócito os melanossomas se alojam numa região próxima ao núcleo, dessa
maneira proporcionam a proteção contra os raios UV, em peles claras os melanossomas são
vistos com tamanho e densidade menores, nas peles escuras eles são vistos de maneira
individual, dispersos e mais densos (RODENBUSCH, 2014).
A síntese de melanina em pessoas normais é regulada a partir de dois parâmetros, o
genético e o de exposição. Os raios UVA desencadeiam reações de oxidação aos percursores
9

da melanina e então a pigmentação da pele, os raios UVB também desencadeiam reações,


porém com danos a pele podendo ocasionar eritemas (MOTA; CARVALHO; BARJA, 2012).
A hiperpigmentação é decorrente da superprodução de melanina pelos melanossomas,
aumentando o tamanho dos melanócitos, que sintetizam e armazenam a melanina. É
considerado uma ocorrência comum e de grande importância afinal essas mudanças são capazes
de influenciar diretamente na qualidade de vida das pessoas (SCHULER, 2020).
No Brasil a população é dividida em 5 grupos de acordo com o IBGE. São eles branco,
preto, pardo, amarelo e indígena. De acordo com Fitzpatrick, que desenvolveu uma escala
classificando o grau de pigmentação de I A VI, a cor da pele é um fator determinado a partir da
raça e etnia, assim como também do grau de exposição ao sol (SATURNO; MARTINS;
MEDEIROS, 2019).

2.3 RADIAÇÃO E PROTEÇÃO SOLAR

A radiação chamada Ultravioleta (UV) é formada a partir de um espectro


eletromagnético emitido pelos raios do sol. É essa radiação uma das responsáveis por
desencadear processos fotoquímicos relacionados a pigmentação dos tecidos, a partir da
estimulação da produção de melanina, porém, a exposição a mesma sem nenhuma proteção
pode ocasionar desde inflamações e queimaduras à melanomas (LOPES; CRUZ; BATISTA,
2012).
Através de estudos, hoje existe uma base científica que comprova a ligação das
radiações Ultravioleta A (UVA) e B (UVB) ao surgimento de doenças de pele apesar, incluindo
a maior incidência dos cânceres tipo Carcinoma Basal Celular, Carcinoma de Celulas
escamosas e o Melanoma Maligno Cutâneo, apesar de existirem outros parâmetros como o
fototipo da pele e os fatores genéticos que também podem ser fatores determinantes para esses
(CADET; DOUKI; RAVANAT, 2015).
É importante que haja mais atuações que incentivem o uso de fotoprotetores e medidas
contra a exposição exagerada ao sol, para consequentemente minimizar os possíveis danos
decorrentes na pele. Mesmo após tantos avanços nos campos que envolvem a medicina, doenças
relacionadas a pele representam um problema grave até os dias de hoje (SILVA et al, 2015).
O uso diário e constante do protetor solar de acordo com o recomendado, ou seja, usar
antes de se expor ao sol, tem um valor significativo na prevenção de patogenias cutâneas. Esse
método é o mais comum e é adotado por muitas pessoas. É importante ressaltar a necessidade
10

de cada vez mais tornar essa prática um hábito, visto que diminui consideravelmente a ação
direta dos raios contra a pele (SCHALKA; REIS, 2011).
Existe um padrão baseado na potencialidade desse método, denominado FPS (Fator de
proteção solar) que protege a pele dos raios UVB. Ele é expresso a partir de um valor numérico
que determina a eficácia dos filtros solares, indicando o tempo de exposição aos raios solares
diminuindo o risco das consequências a pele (FLECK, 2020).
O PPD (Persistent Pigment Darkenung) é o método usado para proteger a pele dos raios
UVA. É necessário que protetores solares que contenham FPS tenham em sua porção o
equivalente a um terço de PPD dessa forma garantindo a proteção contra a radiação UVA e
UVB, evitando queimaduras, eritemas, manchas e as demais doenças ocasionadas pela
fotoexposição desprotegida (MELO, 2018).

2.4 DOENÇAS RELACIONADAS A FOTOEXPOSIÇÃO

2.4.1 Eritema

As queimaduras na pele advindas da exposição exacerbada aos raios solares são


chamadas Eritemas, comumente acometem as pessoas de pele mais clara, que tem uma alta
sensibilidade a radiação UV (SCHALKA et al, 2014).
Os raios ultra violetas promovem reações diretas no DNA das células epidérmicas. Os
sintomas comuns a inflamação (edema, calor, rubor e dor) associam-se a essa lesão, que
depende basicamente dos fatores citados no parágrafo acima (ZARAGOZANO, 2016).
A lesão surge horas após a exposição solar e pode persistir por alguns dias, nas primeiras
24h os sintomas da inflamação são mais latentes, após esse período a intensidade entra em
declínio, caso a pessoa em questão não sofra mais exposições diretas ao sol até os sintomas
desaparecerem, caso o contrário as reações do eritema persistirão (ADDOR; CAMARANO;
AGELANO, 2013).

2.4.2 Fotoenvelhecimento

O termo fotoenvelhecimento é usado para caracterizar alterações fisiopatológicas e


microscópicas da pele exposta a radiação solar. Esse tipo de lesão tem características específicas
11

que possibilitam a distinção do envelhecimento comum, aquele que ocorre naturalmente de


maneira fisiológica em todas as pessoas (CASTILLA, 2011).
As características cutâneas que marcam a diferenciação do fotoenvelhecimento são
rugas acentuadas e profundas, camadas córnea e espinhosa muito finas, alteração na produção
e no tamanho das fibras colágenas, menor produção e aumento da degeneração das fibras
elásticas, os queratinócitos se tornam mais propensos a mudanças na conformação de seu DNA,
diminuição da quantidade de melanócitos e aparecimento de manchas na pele, que adquire um
aspecto grosseiro, diminuição da função das glândulas sebáceas o que ocasiona ressecamento e
possíveis feridas, indicativo para câncer de pele (TEIXEIRA, 2012).
O grau de pigmentação é um parâmetro de medida para os possíveis danos que possam
ser diagnosticados na pele, assim como um mecanismo do próprio organismo tendo a finalidade
de proteção, da mesma forma age o espessamento da camada epidérmica. Esse processo é
acumulativo e depende tanto da quantidade de sol que a pele foi exposta quanto da pigmentação
natural da mesma (RABELO et al, 2018).

2.4.3 Câncer de pele

Câncer é o termo usado para nomear acerca de 100 patogenias que estão relacionadas a
proliferação desordenada de células e acomete os órgãos, podendo espalhar-se por todos os
tecidos. Os cânceres são classificados de acordo com as células envolvidas, a intensidade e
velocidade com que se multiplica e a capacidade de atingir regiões adjacentes, o que é chamado
de metástase (OLIVEIRA, 2014).
O câncer de pele então é caracterizado pelo crescimento exagerado de células dessa
região e o risco de acometimento por tal patogenia está diretamente ligado ao nível de exposição
aos raios ultravioleta e de pigmentação da pele. Os tipos de tumores são especificados de acordo
com as células afetadas, havendo diferenças físicas nos tumores considerados benignos e nos
que são considerados malignos (MOREIRA et al, 2013).

2.4.4 Melasma

O Melasma se trata da hiperpigmentação de áreas da pele do rosto, colo e braços, tendo


como característica manchas irregulares de tonalidade marrom. A maior porcentagem de casos
12

é presente no sexo feminino, pesquisas já realizadas apontam que a parcela diagnosticada do


sexo masculino é de apenas 10% (MOURA, 2018).
Nos casos de exposição exagerada ao sol, os melanossomas tendem a aumentar a
produção de melanina, com o intuito de proteger o local que está sendo exposto. Como dito, a
melanina é a responsável pela pigmentação dos tecidos, o surgimento das machas então surge
a partir desse processo (DÓREA, 2020).
Esse tipo de pigmentação, concentrada em partes específicas através de um processo
cumulativo acontece devido ao acúmulo de melanina de maneira irregular, que dá origem as
sardas, Melasma e melanomas malignos (MACEDO, 2019).
Outros fatores associados a exposição solar, além da genética, podem acarretar o
aparecimento das manchas. Normalmente após a gravidez e também devido ao uso de pílulas
anticoncepcionais, daí o fato de as mulheres serem as mais prejudicadas (JAHARA, 2018).
Quando o Melasma surge durante a gravidez, na maioria dos casos ele desaparece no
período de até 12 meses, mas em algumas gestantes o quadro pode persistir e as manchas podem
chegar a se agravar e permanecerem por tempo indeterminado (SOUZA, 2019).
Não se sabe ao certo de quanto o Melasma se apresenta na população, mas já existem
estudos que descrevem o quadro em todas as etnias, porém sabendo que a incidência é maior
em certos grupos. No brasil, grupos com ancestrais europeus e indígenas são os que mais
relatam o surgimento das manchas, a miscigenação e situação geográfica brasileira também
influencia nesse caso (HANDEL, 2013).

3 CONCLUSÃO

Desta maneira é possível concluir qual a importâcia do presente artigo e a abordagem dos
aspectos ligados a fotoexposição e os danos ocasionados por ela. Devido a todas as evidêcias
científicas pode-se afirmar que de fato danos graves a pele podem ser correlacionados
diretamente aos raios solares, assim como a falta de medidas preventivas adequadas e de
cuidados adequados.
13

REFERÊNCIAS

ADDOR, F. A. S.; CAMARANO, P.; AGELUNE, C. Aumento da dose eritematosa mínima a


partir da ingestão de um suplemento vitamínico contendo antioxidsntes. Surgical &
Cosmetic Dermatology. v. 5, n. 3. Sociedade Brasileira de Dermatologia. 2013.

ALMEIDA, B. S. Modelo de Pele Humana reconstruída como plataforma para estudos


de Fotoenvelhecimento. 2020.

ALTRAN, S. C. Substituição dos componentes xenobióticos empregados no meio de


cultura para manutenção de queratinócitos humanos, por similares de origem humana.
2011.

CADET, J.; DOUKI, T.; RAVANAT, J. L. Oxidatively Generated Damage to Cellular DNA
by UVB and UVA Radiation. Photochemistry and Photobiology. 2015.

CARVALHO, M. S. F. Fotoenvelhecimento da pele: Fisiopatologia molecular e


prevenção. 2014.

CASTILLA, M. I. G. Determinación de la actividade regeneradora em eritema solar de


um gel cosmético a base del extracto de diclorometano de flores de Iresine Weberbaueri
(Flor Blanca). 2011.

CESÁRIO, G. R. Principais Ativos utilizados no tratamento do Melasma. 2015.

CHIARELLI NETO, O. Efeitos da Luz UVA e Visível em células da pele e no cabelo.


2014.

DÓREA, D. X. Análise restrospectiva do tratamento de Melasma utilizando


microagulhamento. 2020.

DUTRA, R. K. D.; ASSIS, V. M. N.; MACHADO, R. S. M. S. Percepção de pacientes


sobre o uso de cosmecêutico no processo de envelhecimento. 2020. VII Congresso
Nacional de Envelhecimento Humano.

FLECK, J. A. A interação radiação-matéria e os processos reativos: Uma sequência


didática significativa para o ensino médio. 2020.

GONÇALVES, B. Hidrogel formador de filme com atividade antioxidante para uso


tópico contra o envelhecimento cutâneo: Uma Revisão da Literatura. 2019.

HANDEL, A. C. Fatores de risco para Melasma facial em mulheres: Um estudo Caso-


Controle. 2013.

JAHARA, R. S. Sistema 4M no tratamento do Melasma: Peeling Químico, Peeling de Cristal


e Diamante e LED. Thieme Revinter Publicações LTDA. 2018.
14

LOPES, F. M.; CRUZ, R. O.; BATISTA, K. A. Radiação Ultravioleta e Ativos utilizados nas
formulações de Protetores Solares. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da
Saúde. v. 16, n. 4. 2012.

MACEDO, J. R. B. Fisiopatologia do Melasma. 2019.

MAGALHÃES, C. L. G. Melanossomas e tráfego de vesículas na pigmentação da pele e


cabelo: Estratégias no controlo da pigmentação. 2019.

MAIA, C. M. T. L.; MAÇANO, V. S. Carcinoma de Células de Merkel de localização atípica.


Revista SPDV. v. 73, n. 4. 2015.

MELO, L. M. E. A relação dos consumidores com o protetor solar. 2018.

MOREIRA et al, S. C. Associação entre a suscetibilidade à exposição solar e a ocorrência de


câncer de pele em albinos. Rev. Ciênc. Méd. Biol. v. 12, n. 1, p. 70-74. 2013.

MOTA, J. P.; CARVALHO, J. L. C.; BARJA, P. R. Identification of skin phototypes through


in vivo photoacoustic measurements/Identificação dos fototipos de pele através de medidas
fotoacústicas in vivo. Rev. Brasileira de Engenharia Biomédica. v. 28, n. 3, p. 288-293.
2012.

MOURA, A. Os benefícios da aplicação da luz intensa pulsada como tratamento do


Melasma: Uma Revisão de Literatura. 2018.

NASCIMENTO, I. C. F.; MONTEIRO, E. M. O. Tratamento para Melasma com uso de


microagulhamento em mulheres. Revista Liberum accessum. v. 6, n. 1, p. 13-21. 2020.

OLIVEIRA, J. M. S. Dor Oncológica: Perfil clínico e sociodemográfico de adolescentes


com câncer. 2014.

PAULIN, J. V. Abordagem alternativa para síntese de melanina. 2016.

BELO et al, E. M. Exposição solar e envelhecimento precoce em trabalhadores praianos do


município de Salinópolis/PA. Estud. interdiscipl. envelhec. v. 23, n. 3, p. 159-173. 2018.

RODENBUSCH, R. Análise de SNPs em genes de pigmentação humana em indivíduos


com alto ou baixo conteúdo de melanina. 2014.

SANTOS et al, A. B. R. Microagulhamento e sua aplicação na Estética. ReBIS: Revista


Brasileira Interdisciplinar de Saúde. v. 2, n. 3, p. 76. 2020.

SATURNO, J. S.; MARTINS, S. F.; MEDEIROS, F. D. Estudo comparativo das etnias


italiana e negra de acordo com o fototipo e os cuidados com a pele. 2019.

SCHALKA et al, S. Benefícios do uso de um composto contendo extrato polypodium


loucotomos na redução da pigmentação e do eritema decorrentes da radiação ultravioleta.
Surg Cosmet Dermatol. v. 6, n. 4. 2014.
15

SCHALKA, S.; REIS, V. M. S. Fator de proteção solar: significado e controvérsias. An Bras


Dermatol. v. 86, n. 3, p. 507-515. 2011.

SCHULER, K. Aplicabilidade do Peeling de Ácido Mandélico associado com Home Care


de Puricys (Cysteamina) no tratamento de clareamento íntimo. 2020.

SILVA, et al, A. L. A. A importância do uso de fotoprotetores solares na prevenção do


fotoenvelhecimento e câncer de pele. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia. v.
3, n. 1. 2015.

SILVA et al, R. A. Queratinócitos e seus desafios: uma revisão da literatura sobre


mecanismos intracelulares. Saúde Rev. v. 13, n. 35, p. 3-14. 2013.

SILVA, T. S.; MARQUES, S. A.; BIGHETTI, A. E. O fundamental papel do estrato córneo:


Um novo olhar dentro da saúde estética. Revista Cientifica de Estética e Cosmetologia. v. 1,
n. 1, p. 44-49. 2020.

SOUZA, G. S. Aspectos Terapêuticos no Melasma. 2019.

TEIXEIRA, S. M. M. C. G. Veiculação de filtros solares utilizados na fotoproteção. 2012.


TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e
Fisiologia. v. 10. 2016.

URÁN, M. E.; CANO, L. E. Melanina: implicaciones en la patogénesis de algunas


enfermedades y su capacidad de evadir la respuesta inmune del hospedero. Revista Infectio.
2011.

YOSHITO, D. Hidrogel formador de filme com atividade antioxidante para uso tópico
contra o envelhecimento cutâneo: Uma Revisão da Literatura. 2011.

ZARAGOZANO; J. F.; LOZANO, M. B.; AZNAR, L. M. Quemadura Solar y


Fotodermatosis. 2016.

Você também pode gostar