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UNIVERSIDADE NILTON LINS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA

MARÍLIA DE OLIVEIRA CORRÊA

FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR E O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA


(TEA): AVANÇOS E IMPACTOS NAS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO

MANAUS
2023
1

MARÍLIA DE OLIVEIRA CORRÊA

FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR E O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA


(TEA): AVANÇOS E IMPACTOS NAS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Graduação em Fonoaudiologia da
Universidade Nilton Lins, como requisito parcial à
obtenção do Grau de Bacharel em Fonoaudiologia.
Orientadora: Prof.ª Josélia Honorato dos Santos da
Silva.
Coorientador: Prof. Berteson Jorge Leite Amorim.

MANAUS
2023
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MARÍLIA DE OLIVEIRA CORRÊA

FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR E O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA


(TEA): AVANÇOS E IMPACTOS NAS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Graduação em Fonoaudiologia da
Universidade Nilton Lins, como requisito parcial à
obtenção do Grau de Bacharel em Fonoaudiologia.

Aprovada em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Prof. Esp. Fga. Josélia Honorato dos Santos da Silva(Orientadora)
Universidade Nilton Lins (UNL)

_________________________________________
Prof. Dr. Xxxxxxxxx Xxxxxxx
Universidade Nilton Lins (UNL)

_________________________________________
Prof. Dr. Xxxxxxxxx Xxxxxxx
Universidade Nilton Lins (UNL)
4

Dedico em primeiro lugar a Deus, pela coragem e vontade. Ao


meu esposo Márcio Almeida da Costa, pelo incentivo e,
principalmente por ter me apoiado nos momentos de
dificuldades. Aos meus filhos, Ribson Victor Corrêa Rosas,
Rilian Victoria Corrêa Rosas que são minhas fontes de força.
Aos meus amados pais, Sérgio Beckman Corrêa e Maria
Marciano de Oliveira, que tiveram paciência na minha
ausência. Em especial, aos meus eternos, filho Sidney Corrêa
Rosas e irmão Sirley de Oliveira Corrêa, pelos quais, tenho
imensa saudade, gratidão e amor.
5

AGRADECIMENTOS

Essa fase da minha vida é muito especial, e não posso deixar de agradecer a
Deus por toda força, ânimo e coragem que me ofereceu para ter alcançado minha
meta.
Agradeço a minha orientadora Josélia Honorato dos Santos da Silva que teve
paciência e que me ajudou a concluir este trabalho e ao meu coorientador Berteson
Jorge Leite Amorim pelas suas contribuições que me permitiram elaborar e concluir
este trabalho de conclusão de curso. Gratidão pelos meses, dias, horas e segundo
da dedicação e disposição nessa minha trajetória.
A todos, meu muito obrigada!
6

RESUMO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um desarranjo do neurodesenvolvimento,


marcada pela modificação na díade: comportamento e sociocomunicativo com
utilidades restritas. O envolvimento na linguagem é determinado por dificuldades nas
características semânticas, pragmáticas, sintáticas, paralinguísticas, fonológicas e
fonéticas. Este estudo teve como objetivo, analisar a importância da intervenção
fonoaudiológica em crianças com Transtorno do Espectro Autista no âmbito escolar
(TEA). A temática é de caráter exploratório, pois compreende o levantamento
bibliográfico, utilizando como fonte de informações artigos, teses que se
encontravam em plataformas de pesquisas, e nas buscas na biblioteca virtual
SCIELO, LILACS e PUBMED, tendo um recorte de tempo de 10 anos (2013 a 2023).
Segundo a leitura de títulos foram escolhidos 9 artigos nas bases de dados
pesquisadas, constatou-se que o transtorno do espectro autista está atualmente em
destaque, e que a intervenção fonoaudiológica no âmbito escolar alcança resultados
satisfatórios no que se refere as características da linguagem receptiva, expressiva e
das comunicações, verbal e não verbal. Conclui-se que o profissional contribui no
planejamento orientação escolar, pois, tem capacidade de elaborar estratégias
educativas de auxílio e cumprimento da aprendizagem ao coparticipar dos debates
das metodologias de ensino.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; Aluno; Intervenção


Fonoaudiológica.
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ABSTRACT

Autism Spectrum Disorder (ASD) is a neurodevelopmental disorder, marked by


changes in the dyad: behavior and socio-communicative with restricted utilities.
Involvement in language is determined by difficulties in semantic, pragmatic,
syntactic, paralinguistic, phonological and phonetic characteristics. This study aimed
to analyze the importance of speech therapy intervention in children with Autistic
Spectrum Disorder (ASD) in the school environment. This study is exploratory in
nature, as it comprises a bibliographical survey, using articles and theses that were
found on research platforms as a source of information, and searches in the SCIELO,
LILACS and PUBMED virtual library, with a time frame of 10 years (2013 to 2023).
According to the reading of the titles, 9 articles were chosen in the researched
databases, it was verified that the autistic spectrum disorder is currently highlighted,
and that the speech therapy intervention in the school scope reaches satisfactory
results regarding the characteristics of the receptive language, expression and
communication, verbal and non-verbal. It is concluded that the professional
contributes to school planning and guidance, as he has the ability to develop
educational strategies to help and fulfill learning by co-participating in debates on
teaching methodologies.

Keywords: Autism Spectrum Disorder; Student; Speech Therapy Intervention.


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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADL Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem


ABC Autism Behavior Checklist
ACOTEA Avaliação da Comunicação no Transtorno do Espectro do Autismo
ATEC Treatment Evaluation Checklist
CSA Aplicação do instrumento Linguagem
DSM V Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais,
American Psychiatric Association.
ELAN EUDICO Language Annotator
LILACS Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências em Saúde
OMS Organização Mundial de Saúde
PECS Picture Exchange Communication System
SCIELO Scientific Electronic Library On-line
TEA Transtorno do Espectro Autista
9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10
2 METODOLOGIA....................................................................................................12
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................14
3.1 O Transtorno Do Espectro Autista (Tea).........................................................14
3.2 Níveis de Suporte do Autismo..........................................................................15
3.3 Desafios no Processo de Ensino da Linguagem para Crianças com
Transtorno do Espectro Autista.............................................................................16
3.4 Importância do Fonoaudiólogo no Processo de Aprendizagem de Crianças
com TEA................................................................................................................... 18
3.5 Contribuição de Programas Terapêuticos Fonoaudiológicos na Evolução da
Linguagem e Comunicação em Alunos com Transtorno do Espectro Autista
(TEA)......................................................................................................................... 20
3.6. A Intervenção Fonoaudiológica no Contexto Escolar...................................22
3.6.1. Importância da Intervenção Precoce............................................................23
3.6.2 Diversidade de Abordagens..........................................................................23
3.6.3 Impacto na Qualidade de Vida das Famílias.................................................23
3.6.4 Atenção Compartilhada e Compreensão de Instruções................................24
3.6.5 Perspectiva Clínica e Familiar.......................................................................24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 29
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 30
10

1 INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (doravante TEA) é uma temática


contemporânea que apresenta indagações relevantes para a sociedade de
forma geral, sendo uma questão desafiadora e recente a ser confrontada.
Segundo o médico neurologista infantil e pediatra Clay Brites, o autismo, é tipo
de distúrbio que se encontra no grupo dos Transtornos Globais do
Desenvolvimento, definindo como uma condição que não tem coração, rosto e
nem estrutura física (BRITES, 2019).
O autismo pode ser considerado como um distúrbio do desenvolvimento
infantil, evidenciando um diagnóstico totalmente difícil, com o seu
reconhecimento inicialmente realizado pela análise da conduta verbal e não
verbal, conforme os critérios determinados no DSM V (Manual de Diagnóstico e
Estatística dos Transtornos Mentais, American Psychiatric Association),
havendo, dessa forma, a indispensabilidade de um tratamento ordenado, em
curto e amplo prazo (KASARI, 2016).
Na atualidade, o TEA é uma temática que envolve a saúde pública,
frente ao considerável aumento de ocorrências no Brasil, assim, como as
políticas públicas e leis implantadas, dado que, supõe-se que existem mais de
2 milhões de casos, com base, atingindo 1% da população mundial, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). Este crescimento considerável de
diagnósticos, denota a importância de métodos e estudos voltados para o
tratamento, possibilitando o auxílio na rede social, escola e na família
(PERUFFO, 2020).
A partir da compreensão da importância das mediações
fonoaudiológicas no processo de avanço do diálogo do autista, surge a
seguinte problematização: de que forma a intervenção fonoaudiológica
contribui com o desenvolvimento da comunicação da criança com transtorno do
espectro autista TEA?
O contexto da Fonoaudiologia no âmbito do processo de ensino
aprendizagem das crianças com TEA decorre da convivência obtida no
trabalho desenvolvido desde 2018 em escolas privadas até 2020 do mês de
julho, depois dessa data o acompanhamento se tornou específico, ou seja, um
espaço de apoio pedagógico em homenagem ao meu filho que faleceu em
11

2021, nesse espaço atendemos crianças da Educação Infantil ao Ensino


Fundamental I.
Este estudo teve como objetivo, relatar a importância da intervenção
fonoaudiológica em crianças com TEA no âmbito escolar. E como objetivos
específicos, descrever as características do transtorno do espectro autista;
demonstrar como ocorre o desenvolvimento da fala e da linguagem e identificar
como o profissional fonoaudiólogo auxilia na intervenção precoce de crianças
autistas no ambiente escolar.
A temática possui relevância científica, por demonstrar conceitos ligados
a condição do autismo, que se apresenta na primeira infância, evidenciando as
suas condições clínicas e possibilidades de desenvolvimento social, familiar,
cultural, assistência, educação e saúde, é relevante destacar que para ocorrer
a efetiva inclusão, são necessários um conjunto de intervenções dos
profissionais da saúde, incluindo o fonoaudiólogo.
12

2. METODOLOGIA

A metodologia adotada neste estudo de revisão bibliográfica teve como


objetivo analisar a importância da intervenção fonoaudiológica em crianças
com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ambiente escolar. A pesquisa foi
realizada em várias etapas para garantir a seleção criteriosa de fontes de
informação relevantes e confiáveis.
Para a coleta de dados, foram utilizadas fontes de informação como
artigos científicos, teses e dissertações, dando uma contribuição significativa
dessas fontes para o conhecimento científico e prático sobre o tema em
questão.
As bases de dados acadêmicos selecionadas para a pesquisa incluíram
a Scientific Electronic Library On-line (SCIELO), a Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciências em Saúde (LILACS) e o PUBMED. Essas bases foram
escolhidas devido à sua amplitude e reconhecimento na área de pesquisa em
saúde e educação.
No processo de seleção dos estudos, foram estabelecidos critérios de
inclusão específicos, que consistiram em selecionar artigos que fossem
diretamente relacionados aos descritores: "Intervenção Fonoaudiológica",
"Crianças", "TEA" e "Fonoaudiólogo". Além disso, foram considerados apenas
estudos que se concentraram exclusivamente na intervenção fonoaudiológica
no contexto do TEA e que foram realizados no período de 2013 a 2023. A
pesquisa também abrangeu literaturas científicas nas línguas portuguesa,
inglesa e espanhola.
A fim de garantir a precisão e a relevância dos estudos selecionados,
foram definidos critérios de exclusão que eliminaram estudos que não se
enquadravam no escopo da pesquisa. Em particular, foram excluídos artigos
que não estavam relacionados com os descritores especificados e aqueles que
abordavam a importância da fonoaudiologia para outros transtornos diferentes
do TEA.
13

O processo de seleção e demonstração dos resultados avançados em


diversas etapas, incluindo a execução de buscas nas bases de dados
selecionadas, a exclusão de duplicatas encontradas nos resultados das
buscas, a consulta dos títulos para eliminar as fontes que não se adequaram à
proposta da temática, a leitura dos resumos dos artigos encontrados, com
exclusão dos que não se relacionavam ao assunto central, a realização de
pesquisa ativa para identificar estudos adicionais que cumprissem os critérios
de inclusão, e, por fim, a apresentação dos resultados dos estudos incluídos na
revisão.
Essa metodologia foi adotada para garantir a qualidade, relevância e
confiabilidade dos estudos selecionados, direcionando a pesquisa para a
obtenção de informações relevantes sobre uma intervenção fonoaudiológica
em crianças com TEA no contexto escolar. Os critérios de inclusão e exclusão
desempenharam um papel fundamental na seleção de fontes de alta qualidade
para a revisão bibliográfica.
14

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 O Transtorno Do Espectro Autista (Tea)

O autismo origina-se do conceito grego autos que significa “por si”,


mostrando compreensão do próprio e si próprio, cuidando de um transtorno do
neurodesenvolvimento, caracterizado como a dificuldade de interagir
socialmente, a partir de modelos restritivos. É essencial ter conhecimento que
no autismo, os graus expressivos e receptivos da linguagem verbal são
atingidos, se destacando ao que apresenta o código semântico, pragmático e
os sistemas de diálogo não verbais (LOPES, 2020).
Segundo Lázaro, Caron e Pondé (2018, p. 43), “o TEA é definido como o
bloqueio de evolução, pelo qual, o acometido que possui, apresenta
dificuldades no convívio na sociedade, porém, sua identificação pode ser
realizada precocemente”. Algumas características se apresentam como uma
recusa e podem ser comparados em relação ao comportamento, social,
cultural, assim como, durante a alimentação de indivíduos com TEA. É possível
afirmar que exige uma atenção especial dos familiares.
Para Santos (2019), o TEA é um transtorno do desenvolvimento
neurológico, identificado pelas dificuldades de comunicação, interação social e
pela presença de comportamento, interesses repetitivos ou restritos. É definida
como uma síndrome comportamental. É um estudo neuropsiquiátrico, de uma
desordem adversa da evolução”, expressão oferecida por ser concernente ao
indivíduo, ao atingir o seu desenvolvimento em três áreas: social, comunicativa
e comportamental.
O autismo pode causar diversos distúrbios nas interações sociais. Sendo
possível que esses distúrbios sejam observados já no início da vida,
principalmente pelo o contato "olho a olho", não é normal antes mesmo de
completar o primeiro ano de vida, dentre outras características. Este pode ser
15

um ato complexo de identificar, porém, muitos pais têm receio de descobrir que
tem um filho diferente e não vão em busca de ajuda por receio do diagnóstico
e, em certos momentos, quando buscam, ainda existem profissionais com falta
da habilidade para dar um diagnóstico positivo e claro (MARIANO, 2019).
Os comportamentos das crianças com espectro autista podem ser
influenciados, pelos contextos interativos, mediação do adulto e, contudo, as
características de cada criança, são essenciais para o desenvolvimento de
estudos nessa área. O TEA, a princípio, se manifesta ainda nos primeiros anos
de vida, com manifestação em todas as etnias, raças, sexos e em todos os
conjuntos socioeconômicos, principalmente no sexo masculino (SBP, 2019).
Para Lacerda (2017), o transtorno se apresenta com diferentes
condições como o Transtorno Global do Desenvolvimento, o Asperger e o
próprio autismo com a tríade para avaliar o diagnóstico: déficits no convívio e
comunicação social, padrões de restrição e repetição no comportamento,
envolvendo atividades e interesses, se voltando para a apresentação de
diferentes formas de diagnóstico e tratamento.
O diagnóstico é clínico, depende da análise mais sistemática acerca do
acompanhamento do comportamento e desenvolvimento da criança, fazendo
um levantamento, entrevistas com os pais da criança, educadores e demais
pessoas que a acompanham. Ao ser detectado, é fundamental que o
profissional busque auxilio de outros profissionais, como psicólogo,
fonoaudiólogo, dentre outros (VIEIRA; BALDIN, 2017).

3.2 Níveis de Suporte do Autismo

Segundo Shetty et al. (2021) por ser uma condição de


neurodesenvolvimento definida por uma limitação das capacidades de
comunicação e da necessidade fixa de modelos estruturados, se torna, um
desafio, o que demanda um conhecimento prévio das necessidades individuais
dos indivíduos com TEA. É importante conhecer o grau que se encontra o
autismo para seguir um padrão de tratamento.
Quando se conhece o grau de comprometimento fica mais fácil utilizar
as estratégias, tanto para a continuidade do tratamento como, na relação
escolar e familiar. Para os cuidados serem maiores, pois, a atenção durante a
16

abordagem profissional é de extrema relevância, tanto para segurança do


paciente, como para a confiança de seus pais, já que sempre tem aquela
superproteção deles. Desta forma, facilitar a comunicação, estando sempre
acompanhados de reforço positivo, para reduzir o medo e a ansiedade
(ALTOÉ, 2019).
O tipo de deficiência ou transtorno e o grau de dependência do filho
influenciam diretamente na vida ocupacional das mães, dificultando a relação
saudável, afetando a perspectiva de vida. Entretanto, ao conhecer o grau do
autista, passa a ter uma forma de controlar e moderar o comportamento deste
indivíduo, para poder estabelecer os critérios e os diagnósticos corretos
(MONTENEGRO et al., 2020).
De acordo com Figueiredo et al. (2020), é importante após o diagnóstico
seguir certos critérios, o que auxiliará no melhor tratamento e cuidados
familiares, de certa forma, uma boa comunicação ajuda a falar a mesma
linguagem. Isso porque, o TEA exige mudanças para se ajustarem e
reorganizarem ao novo cenário, conhecendo os níveis que podem contribuir na
relação do autista com a sociedade, entre eles podem ser citação o: Grau
Severo é o nível 3; grau moderado é o nível 2 e o grau leve, é o nível 1.
Dependentemente, em particular, dos graus de severidade do
transtorno, a entender: Grau 1- o sujeito é capaz de desenvolver sua fala sem
limitações e sem suporte, porém, se torna dependente em relações sociais,
pois apresenta dificuldade de interagir socialmente. Desta forma, o Grau 2
possui a necessidade de suporte onde parece ao grau 3, logo em menor
intensidade, além de ter déficit na linguagem e na comunicação. Quando se
aborda o Grau 3, existe a necessidade de um suporte maior com os
profissionais multidisciplinares, pois é definido pela grande dificuldade nas
interações sociais, dentre outros (LEITE et al., 2020).
Quando é diagnosticado o grau da pessoa que possui o transtorno, logo
é definido uma melhor comunicação profissional e social, ampliando o
desenvolvimento deste indivíduo, a expressão de forma mais coerente. Desta
maneira, uma pessoa pode apresentar habilidades básicas de linguagem, bem
desenvolvidas e não estar preparado para processar implicaturas
conversacionais, com isso, a comunicação fica mais fácil (FRIEDMAN;
STERLING; DAWALT, 2019).
17

3.3 Desafios no Processo de Ensino da Linguagem para Crianças com


Transtorno do Espectro Autista

De acordo com Pinto (2021), muitas crianças enfrentam dificuldades na


linguagem, e seus pais muitas vezes têm dificuldade em identificar esses
problemas. Frequentemente, essas dificuldades só são reconhecidas quando a
criança entra na idade escolar. Portanto, quando a criança atinge cerca de dois
anos de idade e entra na chamada "fase dos porquês", ela começa a explorar o
mundo ao seu redor e a aprender como as coisas funcionam. Nesse estágio, o
desenvolvimento da intenção de se comunicar com os outros se inicia, levando
ao início da interação verbal com os outros e à compreensão da relação entre o
significado e o significante.
Portanto, as mudanças de linguagem na criança com TEA normalmente,
são caracterizadas por atrasos relevantes ou falta de desenvolvimento desta
função. Como o TEA é uma condição complexa, existem diversas distinções na
apresentação dos sintomas. Ao identificar a capacidade de comunicação de
cada criança, pode ocorrer variação de grau leve a severo, com
comprometendo a parte linguística ou até não-verbal (ILTCHENCO; RIBAS,
2020).
A criança com autismo, pode manifestar diversos sintomas e
dificuldades, consideradas anormais ou modificadas em sua interação,
algumas dessas dificuldades podem ser observadas desde os três anos, as
crianças autistas não se comunicam, não tem contato visual e físico,
dificultando o desenvolvimento de algumas habilidades, já outras crianças
com autismo leve, são capazes de produzir a comunicação verbal, mesmo em
que em sua maioria, seja por repetição conhecida, como ecolalia
(NASCIMENTO, 2022).
Crianças autistas que possuem dificuldades no processo de linguagem
precisam ser estimuladas para serem capazes de desenvolver interação com
outras crianças, de forma mais positiva em relação à comunicação e interação
com outras atividades. Desta forma, existem muitos fatores que dificultam o
processo de diálogo, produção escolar, relacionamento familiar, dentre outros
(ALMEIDA, 2022).
18

É importante considerar que as mudanças nos domínios da


comunicação social, linguagem e atos repetitivos entre 12 e 24 meses têm sido
colocado como marcadores de análise precoce para o autismo. Esse tempo
seria o período em que a criança teria um maior alcance de seu potencial
cognitivo e de linguagem, posto que, as ações nessa fase, contribuem com a
neuroplasticidade da criança, que está associada a uma maior habilidade do
cérebro em aprender coisas novas (SBP, 2019).
O aluno sempre precisa de uma pessoa adulta para estar lhe
acompanhando, pois, o discente ao ser diagnosticado precocemente, pode ser
acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta pelo fonoaudiólogo e,
outros profissionais da saúde e da educação, pode ter várias possibilidades de
se desenvolver com poucas características relacionadas ao autismo, assim,
como dificuldades de diálogo com outras pessoas ao seu redor (PINTO, 2021).
Modificações na linguagem da criança, pode provocar problemas em seu
desenvolvimento humano, porém, os pais devem estar atentos para perceber
como a linguagem da criança se desenvolve desde o nascimento, analisar se a
criança faz contato visual, se a mesma demonstra tipos de interações com
outras pessoas. Exemplo, de que forma, ela interage no brincar ou se acontece
transformação na interação com os brinquedos, a exemplo de “empilhar
carrinhos” (VIEIRA, 2018).
Por fim, vale ressaltar que, normalmente, os problemas de linguagem do
autista se tornam mais claros entorno dos dois anos, período em que se
aguarda grande desenvolvimento da criança. Para melhor desenvolvimento do
ensino da linguagem, primeiramente deve ser comunicado a sua importância
para os acompanhantes dos autistas, devido às mudanças da linguagem, ser
um fator que precisa de intervenção do profissional fonoaudiólogo
(SBERVELIERI; DIAS, 2019).

3.4 Importância do Fonoaudiólogo no Processo de Aprendizagem de


Crianças com TEA

Por ser um profissional que pode desenvolver um trabalho em parceria,


o fonoaudiólogo utiliza seus conhecimentos para atuar, junto às pessoas com
autismo, contribuindo com desenvolvimento infantil, aquisição e a evolução da
linguagem para orientar os docentes e a família acerca de como construir um
19

relacionamento mais saudável com as crianças autistas. Se percebe que o


trabalho do fonoaudiólogo é importante para crianças que apresentam
problemas em seu desenvolvimento como as que manifestam o autismo
(PINTO, 2021).
A ausência do fonoaudiólogo na vida do aluno com autismo, acarreta
dificuldades consideráveis no que se refere, ao atraso na aquisição e no
desenvolvimento da linguagem, dificuldade no desenvolvimento da fala, agrava
como a criança se apresenta na escola, sem direcionar seu olhar para o outro,
distraída do que o acontece ao seu redor. Desta forma, ainda podem ocorrer
alterações grandes de humor e intolerância ao toque do outro, promovendo
dificuldade de sua interação com as outras crianças e a sua adaptação plena
ao espaço escolar (CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA, 2017).
É possível esclarecer que, pelo fato de os profissionais de
fonoaudiologia trabalharem sobre competência, podem promover aos autistas
ao desenvolvimento da linguagem, mostrando aos pais e responsáveis as
principais, dificuldades dessas crianças, assim como, os familiares passam a
realizar mais interesse da terapia, já que, necessitam de atenção especial.
Durante o procedimento, o profissional de fonoaudiologia deve estar
diretamente em relação com outros profissionais, pois, para ter resultados
benéficos nas questões da linguagem de crianças autistas, o caminho correto é
a interpelação com outras áreas do conhecimento (PASTORELLO, 2018).
Neste contexto, evidencia-se a importância do fonoaudiólogo na
abordagem das dificuldades de aprendizagem, cujo papel foi reforçado pela
Resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) n° 605, de março
de 2021. Essa resolução destaca a relevância da intervenção do fonoaudiólogo
em diversos níveis e modalidades de educação, conforme expresso em seu
Art. 1°, que estabelece as competências do fonoaudiólogo que atua na
educação. De acordo com esse artigo, compete ao fonoaudiólogo criar
estratégias de prevenção e promoção em áreas educacionais formais e não
formais, contribuindo para aprimorar as práticas pedagógicas e o processo de
ensino e aprendizagem, em colaboração com todos os agentes envolvidos
nesse contexto educacional (BRASIL, 2021).
Através da ação da Fonoaudiologia, com crianças autistas, os
fonoaudiólogos auxiliam no desenvolvimento da melhora do perfil comunicativo
20

relacionados as interações entre as crianças diagnosticadas com o transtorno


do espectro autista e os adultos. Assim como, “pode-se ratificar que a
relevância consiste no fato que considera não apenas o quantitativo, dos atos
comunicativos durante o processo avaliativo do caso, mas, deve ser analisado
o predomínio de funções comunicativas” (ARAÚJO; SOUSA; FARIAS, 2021).
Se pode afirmar que, existem alguns desafios relacionados aos
profissionais com esse público-alvo, devido ser tardio a busca por um
profissional por parte dos familiares, que ainda tem resistência em aceitar que
o filho possui algum transtorno. O TEA é uma condição com diferentes graus
de severidade e sintomatologia, definidos por desordens nos locais de
comunicação, interação social e pela presença de comportamentos (HUANG et
al., 2020).
Com isso, existe a necessidade do serviço de fonoaudiólogos junto a
equipes multidisciplinares, nesses casos, é importante, visa possibilitar ações
que melhor atendam às necessidades desse público. As metas terapêuticas
fonoaudiológicas, particulares ao quadro de mudanças apresentadas, podem
ofertar que jovens e adultos com TEA, tenham probabilidades de participar
efetivamente da sociedade. Pode proporcionar melhores condições de vida,
incentivar pesquisas sobre o diagnóstico tardio do TEA e sua trajetória pessoal
(MISQUIATTI; BUSSOLARO; BRITO, 2023).
O acompanhamento e suporte profissional desde o início do diagnóstico,
durante e após, se fazem essencial tanto para as crianças autistas, quanto
para os familiares, principalmente à mãe. A forma para detectar o TEA, é o
diagnóstico, pois transmite informações acerca do que é, qual o prognóstico
que demandas por cuidados e recursos terapêuticos adequados,
disponibilizando informações para que as mães se sintam esclarecidas,
orientadas e acolhidas (LOPES et al., 2019).

3.5 Contribuição de Programas Terapêuticos Fonoaudiológicos na


Evolução da Linguagem e Comunicação em Alunos com Transtorno do
Espectro Autista (TEA)

De acordo com Lima (2022), após o diagnóstico do Transtorno do


Espectro Autista (TEA), surge a necessidade de definir como será o
acompanhamento do tratamento, considerando que o TEA é uma condição
21

sem cura, e as ações terapêuticas visam melhorar a qualidade de vida das


pessoas com TEA.
Barbosa (2017) expressa preocupação com o fato de que crianças
autistas muitas vezes não recebem acompanhamento fonoaudiológico
adequado, o que pode prejudicar seu desenvolvimento da linguagem e sua
adaptação escolar. O programa terapêutico, quando conduzido por um
fonoaudiólogo, desempenha um papel fundamental na intervenção e no
desenvolvimento das habilidades comunicativas das crianças com autismo
(RAMOS, 2019).
Sbervelieri e Dias (2019) destacam a importância do processo
terapêutico familiar, que oferece apoio às famílias na busca por serviços
educacionais e terapêuticos para seus filhos autistas, promovendo a
reconstrução das relações significativas da criança com autismo com outras
pessoas.
Barbosa et al. (2020) observaram que a participação dos pais em
programas terapêuticos fonoaudiológicos é crucial para alcançar resultados
positivos no tratamento de TEA.
Cruz e Gomes (2020) ressaltam a importância de avaliar se os
programas terapêuticos estão atingindo os objetivos do tratamento
fonoaudiológico e contribuindo para o desenvolvimento das crianças com TEA,
sempre respeitando o espaço da criança e de suas famílias e buscando
orientar as famílias durante o processo.
Por fim, Sifre et al. (2018) alertam os pais para ficarem atentos ao
comportamento de seus filhos autistas, como a resposta ao chamado pelo
nome e a compreensão verbal, durante a Avaliação do Desenvolvimento da
Linguagem (ADL), pois isso pode indicar a necessidade de um
acompanhamento mais intensivo.
Pereira et al. (2022) investigaram as habilidades de comunicação em
crianças com TEA, considerando a relação com a faixa etária e a intervenção
fonoaudiológica. Os resultados apontaram déficits significativos em habilidades
morfossintáticas e pragmáticas, bem como no cuidado compartilhado em
crianças entre cinco e sete anos.
Ferreira et al. (2022) avaliaram a implementação do PECS (Picture
Exchange Communication System) e seu impacto na sobrecarga das mães de
22

crianças com TEA. O estudo revelou uma redução notável nos


comportamentos não-adaptativos e um crescimento significativo no vocabulário
auditivo das crianças.
Pedra e Celeste (2022) apresentaram o programa de reabilitação
fonoaudiológica "Passo a Passo na Comunicação", que incluiu o uso de
equinos para o tratamento de distúrbios de linguagem em crianças. O
programa consistiu em oito módulos temáticos distribuídos em 24 sessões. As
atividades foram cuidadosamente planejadas e seguiram uma sequência
específica.

3.6. A Intervenção Fonoaudiológica no Contexto Escolar

A intervenção fonoaudiológica no contexto escolar desempenha um


papel fundamental no desenvolvimento das habilidades de comunicação em
crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este campo de pesquisa
forneceu insights valiosos sobre estratégias e abordagens que podem melhorar
a comunicação e a interação social dessas crianças. Um estudo realizado por
Pereira et al. (2022) investigou a relação entre a idade das crianças e a eficácia
da intervenção fonoaudiológica, revelando déficits significativos em habilidades
morfossintáticas e pragmáticas, bem como no cuidado compartilhado,
especialmente em crianças entre cinco e sete anos.
Além disso, Ferreira e colaboradores (2022) exploraram o impacto do
Picture Exchange Communication System (PECS) nas crianças com TEA e
suas mães, observando um aumento significativo no vocabulário auditivo das
crianças após a implementação do PECS, bem como melhorias nas
habilidades de comunicação. Pedra e Celeste (2022) inovaram ao utilizar a
equoterapia como parte do programa “Passo a Passo na Comunicação”, que
demonstrou melhorias notáveis nas habilidades comunicativas de crianças
autistas.
Outro estudo relevante foi conduzido por Wolff e Cunha (2021), que
avaliaram o uso de Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA) em crianças
com TEA, trazendo a possibilidade de resultados significativos na comunicação
com essa abordagem. Bastos, Alves Neto e Breve (2020) examinaram a
percepção dos pais sobre a intervenção fonoaudiológica precoce e
23

encontraram melhorias notáveis nas áreas de linguagem expressiva, linguagem


receptiva, comportamento e socialização.
Sugahara et al. (2022) exploraram a atenção compartilhada em crianças
com suspeita de TEA, revelando desafios nesse aspecto. Santos e cols. (2021)
investigaram o impacto da implementação do PECS na compreensão de
instruções em crianças com TEA, demonstrando um crescimento significativo
no entendimento das instruções após a implementação do sistema. Por sua
vez, Freitas et al. (2021) Abordamos as habilidades comunicativas das crianças
com TEA sob as perspectivas clínica e familiar, identificando déficits
comunicativos importantes com base em protocolos de avaliação específicos.
Por fim, Pereira et al. (2020) focaram na intervenção com Comunicação
Aumentativa e Alternativa (CAA) e seus efeitos nos atos comunicativos de
crianças com TEA, encontrando um aumento na geração de ações
comunicativas de alta qualidade com a utilização da CAA. Estes estudos em
conjunto oferecem uma visão abrangente das disciplinas fonoaudiológicas no
contexto escolar e seu impacto no desenvolvimento da comunicação em
crianças com TEA.
As pesquisas apontadas nesse tópico proporcionam uma infinita reflexão
sobre a intervenção fonoaudiológica no contexto escolar para crianças com
TEA, entre eles, pode-se destacar:

3.6.1. Importância da Intervenção Precoce

Vários dos estudos enfatizam a importância da intervenção


fonoaudiológica precoce para crianças com TEA. Os resultados de Pereira et
al. (2022) e Bastos, Alves Neto e Breve (2020) sugerem que intervenções
iniciadas em idades mais jovens podem levar a melhorias significativas nas
habilidades de linguagem, comunicação e interação social.

3.6.2 Diversidade de Abordagens

Os estudos abordam uma variedade de abordagens terapêuticas, como


o Picture Exchange Communication System (PECS), equoterapia,
Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA) e Comunicação Aumentativa e
24

Alternativa (CAA). Isso destaca a necessidade de abordagens personalizadas,


adaptadas às necessidades individuais das crianças com TEA.

3.6.3 Impacto na Qualidade de Vida das Famílias

Ferreira e colegas (2022) avaliaram o impacto da intervenção no índice


de sobrecarga das mães de crianças com TEA, destacando como melhorias na
comunicação das crianças também podem ter efeitos positivos nas famílias,
diminuindo o estresse e melhorando uma qualidade de vida.

3.6.4 Atenção Compartilhada e Compreensão de Instruções

Os estudos de Sugahara et al. (2022) e Santos et al. (2021) destacam a


importância da atenção compartilhada e da compreensão de instruções para o
desenvolvimento da comunicação em crianças com TEA. Estes são aspectos
cruciais que devem ser considerados nas estratégias de intervenção.

3.6.5 Perspectiva Clínica e Familiar

O estudo de Santos et al. (2021) aborda as perspectivas clínica e


familiar, ressaltando a importância de considerar a visão dos pais no processo
terapêutico. Isso realça a necessidade de uma abordagem holística que
envolva tanto os profissionais de saúde quanto as famílias na terapia.

3.6.6 Promessa da Tecnologia Assistiva

Os estudos que exploram o uso da tecnologia assistiva, como a CAA,


mostram resultados promissores na melhoria das habilidades comunicativas
das crianças com TEA. Isso sugere que a tecnologia pode desempenhar um
papel significativo no suporte à comunicação dessas crianças.
Em resumo, os estudos de intervenção fonoaudiológica no contexto
escolar para crianças com TEA fornecem evidências sólidas de que instruções
específicas podem levar a melhorias substanciais nas habilidades de
comunicação e interação social dessas crianças. No entanto, a diversidade de
25

abordagens ressalta a necessidade de avaliação individualizada e adaptação


das estratégias terapêuticas para atender às necessidades únicas de cada
criança com TEA. Além disso, a inclusão das perspectivas familiares e a
consideração de fatores como a idade da criança são aspectos cruciais a
serem considerados na prática clínica e na pesquisa futura nessa área.
Esses estudos recentes enfatizam a importância das intervenções
fonoaudiológicas no contexto escolar para crianças com TEA, destacando
melhorias significativas nas habilidades comunicativas, comportamentais e de
linguagem quando essas intervenções são aplicadas. As descobertas
ressaltam a necessidade de abordagens personalizadas e inovadoras para
atender às necessidades individuais das crianças com TEA no ambiente
escolar.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nos critérios de seleção estabelecidos, foram selecionados 9


artigos dos últimos 5 anos, onde buscou-se analisar os principais estudos
sobre a intervenção fonoaudiológica no âmbito escolar das crianças com TEA,
considerando seu objetivo geral, analisar a importância da intervenção
fonoaudiológica em crianças com Transtorno do Espectro Autista no âmbito
escolar. No quadro- 1 a seguir, apresenta-se a síntese dos artigos incluídos na
presente revisão.

Quadro 1- Apresentação da síntese dos artigos incluídos na pesquisa


Nome do artigo Autores Objetivo Intervenção Resultados
Estudada
Estudo Produzir A criança com
exploratório Sugahara, análise Ferramenta suspeita de TEA
sobre análise M.K.; et al.; multimodal ELAN (EUDICO não gerou
multimodal da et al./2022 exploratória Language ocorrências de
atenção sobre a Annotator) atenção
compartilhada. atenção compartilhada,
compartilhada. nem direcionou
seu olhar para o
interlocutor.
Investigar as Os déficits nas
habilidades de habilidades
comunicação significativas
Habilidades Pereira, de um grupo (morfossintática
Protocolo
comunicativas J.E.A.; et de crianças se
ACOTEA –
de crianças com al./ com transtorno pragmáticas), no
Avaliação da
autismo. 2022. do espectro do cuidado
Comunicação no
26

autismo e a Transtorno do compartilhado e


relação com a Espectro do em habilidades
faixa etária e Autismo. ligadas ao
intervenção contato com o
fonoaudiológic ambiente em
a. crianças entre
cinco a sete
anos.
Repercussão da Analisar a
implementação repercussão Foi constatado
do Picture da Autism Behavior redução
Exchange Ferreira, implementação Checklist (ABC) considerável dos
Communication C.; et do PECS no e para análise do comportamentos
System – PECS al./2022. índice de repertório lexical: não-adaptativos
no índice de sobrecarga de os Testes de e crescimento
sobrecarga de mães de Vocabulário das taxas de
mães de crianças com Auditivo e vocabulário
crianças com Transtorno do Expressivo. auditivo e
Transtorno do Espectro do significativo das
Espectro do Autismo (TEA). crianças.
Autismo.
Apresentar o Aplicação do O programa
Apresentação programa de piloto com os realizado teve
do programa de reabilitação seguintes oito módulos
intervenção de fonoaudiológic procedimentos: temáticos, total
Pedra,
equoterapia a “Passo a análise por três de 24 sessões.
A.C.;
"Passo a passo passo na juízes, revisão da As atividades
Celeste,
na comunicação” abordagem pelos foram
L.C./
comunicação" assistido por autores e planejadas
2022.
para crianças equinos para o desenvolvimento especificamente
com autismo. tratamento de da versão final por sessão e
distúrbios de do programa devem seguir a
linguagem em “Passo a passo. ordem sugerida
crianças. na no programa.
comunicação”.

Analisar a A partir da
Instrumento de aplicação de observação da
avaliação de um forma de
Wolff, Aplicação do
linguagem na instrumento de comunicação
L.M.G.; instrumento
perspectiva da avaliação de escolhida pela
Cunha, CSA_Linguagem
CSA: aplicação linguagem na criança e a
M.C./ .
em crianças perspectiva da probabilidade de
2021.
com TEA comunicação resultados
suplementar e signiticativos na
alternativa em comunicação
crianças com com a utilização
transtornos do da Comunicação
espectro do Alternativa e
autismo. Suplementar.
Analisar o Ocorreu
O impacto da impacto da crescimento
implementação implementação considerável no
do Picture do Picture entendimento de
Exchange Exchange todas as
Communication Communicatio Manual de orientações,
Santos,
System - PECS n System – Treinamento do entre seis das
P.A.; et
na compreensão PECS na PECS. instruções orais
al./2021.
de instruções compreensão (p=0,001) e
em crianças de instruções cinco das
27

com Transtorno de crianças instruções


do Espectro do com visuais
Autismo. Transtorno do (p=0,002), esse
Espectro do aumento foi
Autismo (TEA). significante.
Habilidades Descrever as Dois protocolos,
comunicativas Freitas, habilidades o Autism Constatou-se
de crianças com F.A.F.; et comunicativas Treatment existência
transtorno do al./ de crianças Evaluation significativa de
espectro 2021. com transtorno Checklist déficits
autístico: do espectro (ATEC), e o comunicativos,
percepção autista (TEA), Protocolo de nos resultados
clínica e familiar. considerando a Avaliação das apresentados
perspectiva Habilidades pelos
clínica e Pragmáticas de profissionais.
familiar. Crianças com
Transtornos do
Espectro do
Autismo,
denominado
Protocolo
Pragmático (PP).
Verificar os Identificou-se
Comunicação efeitos da crescimento de
alternativa e intervenção 51,47% na
aumentativa no Pereira, fonoaudiológic geração de
CAA PECS-
transtorno do E.M.; et a com ações
Adaptado.
espectro do al./2020. Comunicação comunicativas
autismo: Aumentativa e nos
impactos na Alternativa participantes da
comunicação. (CAA) nos atos pesquisa.
comunicativos Constatou-se
em crianças ocorrer elevada
com qualidade nos
Transtorno do atos produzidos,
Espectro do com a utilização
Autismo (TEA). de itens verbais.
Intervenção Caracterizar a Intervenção
fonoaudiológica Bastos, percepção dos Intervenção fonoaudiológica
precoce no J.C.; pais quanto fonoaudiológica precoce nos
desenvolviment Alves Neto, aos resultados precoce no sujeitos com
o da linguagem J.V.; da intervenção desenvolvimento TEA demonstra
no Transtorno Breve, fonoaudiológic da linguagem da resultados
do Espectro P.P.S./ a precoce no criança com consideráveis no
Autista: 2020. desenvolvimen TEA. que concerne as
percepção dos to da características
pais. linguagem da de
criança com linguagem
TEA. expressiva,
linguagem
receptiva,
comportamento
e socialização.
Fonte: Resultados da pesquisa (2023).
28

Pereira et al. (2020) afirmam ocorrer o desenvolvimento da linguagem


funcional das crianças participantes da pesquisa. O uso da Comunicação
Aumentativa e Alternativa apresenta como uma técnica eficiente no concerne à
produção da evolução das habilidades comunicacionais do aluno com TEA.
Sugahara et al. (2022) afirmam que a ferramenta ELAN, foi apta de
oferecer subsídios a partir de dos recursos de coordenação espacial e temporal
e de sincronização que evidenciam o percurso atípico da condução do olhar e a
falta de atenção em casos de crianças com TEA.
Pereira et al. (2022) evidenciam que crianças entre cinco e sete anos
demostraram melhor atuação no brincar funcional e atenção compartilhada. Os
resultados demonstraram existir associação entre a faixa etária e as
habilidades comunicativas, e a mediação com comunicação alternativa auxilia
para a evolução do cuidado compartilhado. No estudo de Ferreira et al. (2022),
não foi observada relação significativa entre a idade e taxas de sobrecarga,
quociente intelectual de crianças, e escolaridade.
Pedra e Celeste (2022), evidenciaram em seus estudos que o Programa
Passo a Passo oferece auxílio a futuras práticas de equiterapia relacionando
crianças com autismo e suas várias dificuldades comunicativas. Wolff e Cunha
(2021) destacam que o instrumento CSA Linguagem, se apresentou
operacional, de baixo custo e de fácil uso, permitindo a descrição do perfil dos
indivíduos analisados no que se refere ao uso de símbolos gráficos para
resultados de comunicação.
Bastos, Alves Neto e Breve (2020) afirmaram que a intervenção
fonoaudiológica precoce (terapia fonoaudiológica na comunicação, na
linguagem receptiva, linguagem expressiva, comportamento) nos sujeitos com
TEA, alcançou resultados consideráveis e a intervenção da equipe
interdisciplinar surge com um fator considerável nas falas dos pais.
Segundo Santos et al. (2021) o PECS apresentou-se como um sistema
de comunicação opcional e eficiente para crianças com TEA com verbalização
mínima ou TEA não verbais. Freitas et al. (2021) evidenciaram que tanto os
terapeutas, quanto os pais, demonstraram déficits nas competências
comunicativas verbais e não-verbais em indivíduos com TEA.
29

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Inicialmente, ficou evidente a heterogeneidade das habilidades de


comunicação em crianças com TEA, conforme destacado por vários estudos.
Isso enfatiza a importância de uma intervenção individualizada que leve em
consideração as necessidades específicas de cada criança. A implementação
de abordagens como o Picture Exchange Communication System (PECS), a
Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) e a intervenção precocemente
demonstrada serão benéficas para melhorar as habilidades comunicativas e o
comportamento dessas crianças.
Além disso, a inclusão de pais e familiares no processo terapêutico foi
reconhecida como fundamental para o sucesso da intervenção. Os pais
desempenham um papel crucial na busca por serviços educacionais e
terapêuticos para seus filhos com TEA e na supervisão das relações
significativas da criança com outras pessoas.
A pesquisa também ressaltou a importância de explorar abordagens
terapêuticas diversificadas, como a equoterapia, que pode oferecer alternativas
interessantes para a terapia tradicional.
No entanto, apesar dos avanços na intervenção fonoaudiológica, ainda
existem desafios a serem superados, como os déficits comunicativos
persistentes em algumas crianças com TEA. Portanto, a pesquisa e o
30

desenvolvimento contínuo de intervenções mais eficazes e abrangentes são


necessários para melhorar ainda mais a qualidade de vida e a comunicação
dessas crianças.
Em última análise, a intervenção fonoaudiológica desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento das habilidades de comunicação de crianças
com TEA. À medida que a pesquisa e a prática clínica avançam a evoluir,
espera-se ver melhorias significativas na qualidade de vida e na inclusão
dessas crianças na sociedade.
31

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