Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SISTEMAS TRADICIONAIS
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo caracterizar uma amostra de solo, denominada como Solo Cmp,
proveniente do interior do município de Alegrete/RS, visando obter os dados necessários para classificar
o material através do Sistema Unificado de Classificação de Solos (SUCS) e do Transportation Research
Board (TRB), sendo estes considerados sistemas tradicionais de classificação de solos. Para classificar o
material por meio dos sistemas tradicionais foram executados, no Laboratório de Solos e Pavimentação
da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), campus Alegrete, os ensaios de teor de umidade (NBR
6457/2016), análise granulométrica (NBR 7181/1984), massa específica (NBR 6508/1984), limite de
liquidez (NBR 6459/1984) e limite de plasticidade (NBR 7180/2016). Após a execução dos devidos
ensaios verificou-se que 88,74% das partículas de solo que constituem a amostra apresentam diâmetro
menor que a abertura da peneira Nº 10 que é de 2 mm, já a peneira Nº 40 apresentou 86,89% das
partículas passando na malha de abertura 0,42 mm, enquanto que 59,33% da amostra apresentou-se com
diâmetro inferior a abertura de 0,075 mm da peneira Nº 200. Com relação aos teores de umidade, obteve-
se 35% no ensaio de limite de liquidez (LL) e 13% para o índice de plasticidade (IP), sendo este último
obtido da diferença entre o LL e o limite de plasticidade (LP) do solo. Já o índice de grupo (IG), cujo
valor refere-se à capacidade de suporte do solo de fundação de um pavimento, retornou o valor 6. De
posse de tais dados, concluiu-se que em virtude da porcentagem de solo passante na peneira Nº 200,
ambos os sistemas de classificação de solos apontam o material em análise como solo fino. Com base no
sistema SUCS e fazendo uso dos valores de LL e IP da amostra concluiu-se que o material é uma argila
de baixa compressibilidade, recebendo assim a sigla CL. Já para o sistema TRB, empregou-se os dados
referentes ao LL, IP e IG da amostra, bem como as porcentagens das peneiras Nº 10 e Nº 40, além da já
citada Nº 200, finalizando assim a classificação ao identificar a amostra como um solo argiloso,
pertencente ao grupo A-6. De acordo com Das (2007), um solo classificado no sistema TRB como A-6
tem como principal correspondente no sistema SUCS o solo CL, sendo a recíproca verdadeira. Portanto,
conclui-se que houve concordância entre as classificações atribuídas pelos sistemas tradicionais de
classificação de solos, cabendo ainda destacar que segundo o sistema SUCS o solo CL apresenta boa
estabilidade para uso em aterros, entretanto ambos os sistemas atestam que o Solo Cmp não é o mais
adequado para o emprego como subleito em rodovias. Desta forma, evidencia-se a importância de se
conhecer as características inerentes ao solo, previamente ao seu emprego em obras de engenharia, uma
vez que a qualidade do material irá interferir no desempenho da construção ao longo dos anos, assim
como influenciar nos custos da obra na fase de execução.
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS e DISCUSSÃO
Com base nos dados obtidos através da análise granulométrica do Solo Cmp
foi possível traçar a curva granulométrica da amostra, como mostra a Figura 1.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
LAMBE, T. William; WHITMAN, Robert V. Soil Mechanics. New York: John Wiley &
Sons, 1969.