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RELATÓRIO DOS ENSAIOS DE GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO E

LIMITES DE CONSISTÊNCIA

Nome do Aluno
Nome do Professor(a)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Juazeiro do Norte

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O trabalho aqui apresentado trata-se de um relatório que mostra a determinação da
classificação TRB (Transportation Research Board) de dois solos distintos, sendo um argiloso
e o outro siltoso.

A classificação TRB, antes chamada de classificação HRB (Highway Research Board), é


resultante de alterações da classificação do Bureau of Public Roads (BPR), originalmente
apresentada em 1929. A proposta era estabelecer uma hierarquização para os solos do subleito
a partir da realização de ensaios simples e realizados de forma corriqueira: a análise
granulométrica por peneiramento e a determinação dos limites de liquidez e de plasticidade
(CHAVES, 2000). Publicada nos anais da HRB em 1945, uma nova versão da classificação
propôs a subdivisão de alguns dos grupos da classificação original e introduziu o conceito de
Índice de Grupo (IG), número inteiro que fornecia subsídios para o dimensionamento de
pavimentos, calculados pela seguinte equação:

IG=0 ,2 × a+0,005 × a× c +0 , 01× b × d

Onde:
a = % do material que passa na peneira de Nº 200, menos 35;
caso esta % for >75, adota-se a = 40; caso esta % seja < 35, adota-se a = 0;
b = % do material que passa na peneira de Nº 200, menos 15;
caso esta % for >55, adota-se b = 40; caso esta % seja < 15, adota-se b = 0;
c = valor de limite de liquidez (LL) menos 40;
caso o LL > 60%, adota-se c = 20; se o LL < 40%, adota-se c = 0;
d = valor de índice de plasticidade (IP) menos 10;
caso o IP > 30%, adota-se d = 20; se o IP< 10%, adota-se d = 0;

Recomendada pela AASHTO, a classificação TRB, tem sido aplicada no reconhecimento de


solos para construção de pavimentos rodoviários em todo o mundo. Nesta classificação, os
solos são divididos de forma geral, em dois grandes grupos: os materiais granulares (%
passante na peneira nº 200 ≤ 35%), ou materiais silto-argilosos (% passante na peneira nº 200
> 35%). Através de uma tabela classificatória, os solos são separados em grupos e subgrupos
através de processo de eliminação a partir do lado esquerdo para o lado direito e de cima para
baixo da referida tabela. O primeiro grupo, a partir da esquerda e de baixo para cima, com o
qual os valores encontrados coincidir, será a classificação correta. (DNIT, 2006). A Tabela
1.1, traz a classificação TRB dos solos segundo AASTHO (DNIT, 2006).
Tabela 1.1 – Classificação TRB – AASTHO (DNIT, 2006)

* O IP do Grupo A-7-5 é igual ou menor que o LL menos 30.

2. OBJETIVOS
O objetivo principal deste relatório é determinar a classificação TRB dos solos através dos
ensaios de: Análise Granulométrica por Peneiramento, Umidade Higroscópica e Limites de
Consistência (Limite de Plasticidade e Limite de Liquidez).

3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para obtenção da classificação TRB de um solo qualquer, se faz necessária o uso de
Especificações de Ensaios e/ou Normas Técnicas dos órgãos vigentes no país que determinam
os procedimentos e materiais a serem utilizados nos ensaios.

Os materiais utilizados e os métodos adotados para realização dos ensaios estão definidos nas
especificações técnicas, abaixo estão descritos as especificações com os materiais e
metodologias recomendados por cada uma para realização de cada ensaio:

o DNER-ME041-94
Método de Ensaio do DNIT que especifica o procedimento de preparação de amostras de
solos para ensaios de caracterização, a tabela 3.1 mostra os materiais utilizados neste método.
Tabela 3.1 – Materiais utilizados na ME041-94
Nº Materiais
1 Peneiras de 2,0 mm e de 0,42 mm de acordo com a NBR-5734
2 Repartidores de amostras de 1,30 e 2,50 cm de abertura
3 Balança com capacidade de 5,0 kg, sensível a 5,0 g
4 Balança com capacidade de 1,0 kg, sensível a 0,1 g
5 Balança com capacidade de 200,0 g, sensível a 0,01 g
6 Almofariz e mão de gral recoberta de borracha, com capacidade de 5,0 kg de solo
7 Pá de mão de forma arredondada, com lâmina de alumínio e cabo de madeira
8 Tabuleiro de chapa de ferro galvanizado, com 50,0 cm x 30,0 cm x 6,0 cm de altura
9 Aparelho secador de solo
10 Amostra de solo

A metodologia empregada para este ensaio está descrita neste tópico expressamente resumida.

Pegou-se duas amostras de solos distintos de 1 kg cada, sendo classificados tátil visualmente
como sendo: o primeiro (1) Areia argilosa pedregulhosa avermelhada e o segundo (2) Areia
siltosa amarelada. Com o auxílio de um almofariz e mão de gral recoberta de borracha,
destorroou-se cada amostra, em seguida passou-se cada uma na peneira nº 10 de abertura 2,0
mm com a finalidade de separar a fração grossa da fração fina do solo.

Lavou-se as amostras de cada solo retida na peneira nº 10 e o que passou na nº 10 retirou-se


100 gramas para determinar a granulometria dos materiais menores que 2,0 mm e lavou-se na
nº 200 de abertura 0,075 mm, em água corrente até que a água de lavagem apresente-se limpa,
com a finalidade de remover os finos aderente as partículas do solo. Do material restante que
passou na peneira nº 10 retirou-se 50 gramas para determinar a umidade higroscópica. Ainda
com o material restante peneirou-se na peneira nº 40 de abertura 0,42 mm, do material
passante separou-se 200 gramas das quais retirou-se 70 gramas para o ensaio de LL e 50
gramas para o ensaio de LP.

o DNER-ME080-94
Método de Ensaio do DNIT que especifica o procedimento de análise granulométrica de solos
por peneiramento. O ensaio de granulometria é o processo utilizado para a determinação da
percentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de partículas representa na
massa total ensaiada. Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da
curva de distribuição granulométrica, tão importante para a classificação dos solos bem como
a estimativa de parâmetros para filtros, bases estabilizadas, permeabilidade, capilaridade etc.
A determinação da granulometria de um solo pode ser feita apenas por peneiramento ou por
peneiramento e sedimentação, se necessário, a tabela 3.2 mostra os materiais utilizados neste
método.

Tabela 3.2 – Materiais utilizados na ME080-94


Nº Materiais
1 Peneiras 50-38-25-19-9,5-4,8-2,0-1,2-0,6-0,42-0,30-0,15 e 0,075 mm de acordo com a NBR-5734
2 Repartidores de amostras de 1,30 e 2,50 cm de abertura
3 Balança com capacidade de 5,0 kg, sensível a 5,0 g
4 Balança com capacidade de 1,0 kg, sensível a 0,1 g
5 Balança com capacidade de 200,0 g, sensível a 0,01 g
6 Almofariz e mão de gral recoberta de borracha, com capacidade de 5,0 kg de solo
7 Pá de mão de forma arredondada, com lâmina de alumínio e cabo de madeira
8 Tabuleiro de chapa de ferro galvanizado, com 50,0 cm x 30,0 cm x 6,0 cm de altura
9 Aparelho secador de solo
10 Agitador para peneiras, com dispositivo fixador de até seis peneiras com tampa de fundo
11 Estufa capaz de manter temperatura entre 105 ° C e 110° C
12 Cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml
13 Recipiente cilíndrico aberto, capacidade de 5 L com bico vertedor para desagregar o solo por lavagem

A metodologia empregada para este ensaio está descrita neste tópico expressamente resumida.

O ensaio de análise granulométrica teve seu inicio com o ensaio de umidade higroscópica, que
consistiu-se em pegar 50 g do material passante na peneira nº 10, separado no método
anterior, e pela fórmula 3.1 calculou-se a umidade higroscópica.

Ph−Ps
h= ×100 (3.1)
Ps
onde:

h – teor de umidade, em porcentagem;


Ph – Peso do solo úmido;
Ps – Peso do solo seco em estufa entre 105° C e 110° C, até Constancia de peso.

Obs. Fazem-se as pesagens até a aproximação de 0,01 gramas.

Após o ensaio de umidade higroscópica pegou-se as amostras de solos lavadas nas peneiras nº
10 e 200 e transferiu-se para as cápsulas de porcelana, e colocou-as em estufa durante um
intervalo de 12 horas. Passado este tempo as amostras foram retiradas da estufa e procedeu-se
com o peneiramento que consistiu em passar as amostras em um conjunto de peneiras em
série descritas na tabela 3.2 sendo o material grosso passado até a peneira de nº 10 e o
material fino até a peneira nº 200 e notar os pesos retidos em cada peneira para efetuar os
seguintes cálculos:

PATS=∑ Pesos retidos nas


peneiras acima de 2 mm onde: PATS = Peso da amostra total seca.

100 onde: PFAS#10 = Peso da fração da amostra seca


PFAS ¿ 10=( PR−PATS ) ×
100−h retida na peneira nº 10.

PS=PATS + PFAS ¿ 10 onde: PS = Peso seco


Percentual da amostra total seca retida em cada peneira da série;
Percentagem acumulada do material seco;
Percentual de material seco passante em cada peneira.

o DNER-ME082-94

Método de Ensaio do DNIT que especifica o procedimento de determinação do limite de


plasticidade de um solo. O LP é tido como o teor de umidade em que o solo deixa de ser
plástico, tornando-se quebradiço, é a umidade de transição entre os estados plástico e semi-
sólido do solo. Em laboratório o LP é obtido determinando-se o teor de umidade no qual um
cilindro de um solo com 3mm de diâmetro apresenta-se fissuras, a tabela 3.3 mostra os
materiais utilizados neste método.
Tabela 3.3 – Materiais utilizados na ME082-94
Nº Materiais
1 Balança com capacidade de 200,0 g, sensível a 0,01 g
2 Estufa capaz de manter temperatura entre 105° C e 110° C
3 Cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml
4 Espátula com lâmina flexível de cerca de 8 cm de comprimento e 2 cm de largura
5 Placa de vidro de superfície esmerilhada
6 Cilindro de comparação de 3 mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento
7 Recipientes que permitam guardar amostras sem perda de umidade antes de sua pesagem

A metodologia empregada para este ensaio está descrita neste tópico expressamente resumida.

Para realizar este ensaio pegou-se a amostra de 50 gramas de solo anteriormente separada e
colocou-a na cápsula e foi adicionando-se água destilada aos poucos, mexendo-se com uma
espátula até que foi encontrada uma massa plástica. Dessa massa plástica retirou-se de 15 a 20
gramas e foi modelado um cilindro, esfregando-se a massa com a mão na placa de vidro
esmerilhada até formar um cilindro uniforme de cerca de 3 mm de diâmetro, isto foi feito com
a mesma amostra várias vezes até que o cilindro de 3 mm de diâmetro começou a se quebrar.
Esse procedimento foi realizado três vezes, formando-se três cilindros distintos, colocou-se os
três lado a lado e dividiu-se por três partes iguais de forma que se obtiveram nove pedaços,
colocou-se os pedaços em três cápsulas diferentes, de forma que em cada cápsula continha
uma fração de cada cilindro.

o DNER-ME122-94
Método de Ensaio do DNIT que especifica o procedimento de determinação do limite de
liquidez de um solo. O LL é definido como a umidade abaixo da qual o solo se comporta
como material plástico; é a umidade de transição entre os estados líquido e plástico do solo.
Experimentalmente corresponde ao teor de umidade com que o solo fecha uma certa ranhura
sob o impacto de 25 golpes do aparelho de Casagrande, a tabela 3.4 mostra os materiais
utilizados neste método.
Tabela 3.4 – Materiais utilizados na ME122-94
Nº Materiais
1 Aparelho de Casagrande
2 Cinzel
3 Balança sensível a 0,01 g
4 Recipiente para guardar amostras sem perda de umidade antes das pesagens
5 Espatula com lâmina flexível de cerca de 8 cm de comprimento e 2 cm de largura
6 Pinça para retirar objetos da estufa
7 Cronômetro para intervalo de tempo de até 30 minutos, com precisão de 1 segundo
8 Esfera de aço com 8 mm de diâmetro
9 Estufa capaz de manter temperatura entre 105 ° C e 110° C
10 Cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml

A metodologia empregada para este ensaio está descrita neste tópico expressamente resumida.

Colocou-se parte da amostra no recipiente de porcelana e aos poucos adicionou-se até a


homogeneização da massa. Passou-se para a concha do aparelho de Casagrande uma certa
quantidade dessa massa aplainado-a com a espátula, de tal forma que a parte central ficou
com 1cm de espessura. Fez-se com o cinzel uma ranhura no meio da massa, no sentido do
maior comprimento do aparelho. Girou-se a manivela à razão de duas voltas por segundo,
contando o número de golpes até que se constatou o fechamento da ranhura num
comprimento de 1,2cm quando parou-se a operação. Retirou-se uma pequena quantidade do
material no local onde as bordas da ranhura se tocaram, para a determinação da umidade.
Transferiu-se o material de volta ao recipiente de porcelana, adicionou-se mais um pouco de
água e repetiu-se o processo por mais pelo menos quatro vezes.

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


A partir dos ensaios realizados em laboratório e da análise realizada a partir dos resultados
destes apresentam-se os resultados obtidos com as amostras de cada solo estudado, assim
como a classificação de cada solo a partir da classificação TRB.

O solo argiloso a partir de uma classificação tátil visual foi nomeado como sendo solo areno
argiloso pedregulhoso avermelhado. Já o solo siltoso a partir da mesma classificação tátil
visual, foi nomeado como sendo solo siltoso amarelado.

A classificação TRB de cada solo está descrita abaixo, juntamente com os resultados dos
ensaios que culminaram no tipo de solo e classificação.

o Granulometria
A tabela 4.1 e a figura 4.1 mostram a granulometria do solo argiloso, já a tabela 4.2 e a figura
4.2 mostram a granulometria do solo siltoso.
Tabela 4.1 – Granulometria do Solo Argiloso
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO

SOLO ARENO ARGILOSO PEDREGULHOSO AVERMELHADO

AMOSTRA TOTAL TOTAL PARCIAL


P. ÚMIDO 1000,00
P. RETIDO NA # Nº 10 271,90
UMIDADE
P.h. PASSA # Nº 10 728,10 100,00
P.s. PASSA # Nº 10 711,73 97,75
P. AMOSTRA SECA 983,63 97,75
UMIDADE % 2,30
P PENEIRAS P.RETIDO PESO % PASSA
E POLEGADAS mm PARCIAL (g) PASSA (g) AM.TOTAL OBSERVAÇÕES:
N 3 1/2" 88,9 0,00 983,63 100
. 3" 76,2 0,00 983,63 100
G 2 1/2" 63,3 0,00 983,63 100
R 2" 50,8 0,00 983,63 100
O 1 1/2" 38,1 0,00 983,63 100
S 1" 25,4 0,00 983,63 100
S 3/4" 19,1 35,92 947,71 96
O 1/2" 12,7 68,87 878,84 89 COMP.GRANULOMÉTRICA (%)
3/8" 9,5 72,21 806,63 82 PEDREGULHO: 19
Nº 4 4,76 13,39 793,24 81 AREIA GROSSA: 9
Nº 10 2 81,51 711,73 72 AREIA MÉDIA: 9
F Nº 40 0,42 12,51 85,24 63 AREIA FINA: 17
I Nº 100 0,15 16,21 69,03 51 SILTE+ARGILA: 46
N Nº 200 0,075 6,48 62,55 46
O

100

90

80

70
% que passa

60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 Diâmetro1dos grãos (mm) 10

Figura 4.1 – Granulometria do Solo Argiloso


Tabela 4.2 – Granulometria do Solo Siltoso
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO

SOLO ARENO SILTOSO AMARELADO

AMOSTRA TOTAL TOTAL PARCIAL


P. ÚMIDO 1000,00
P. RETIDO NA # Nº 10 9,10
UMIDADE
P.h. PASSA # Nº 10 990,90 100,00
P.s. PASSA # Nº 10 983,04 99,21
P. AMOSTRA SECA 992,14 99,21
UMIDADE % 0,80
P PENEIRAS P.RETIDO PESO % PASSA
E POLEGADAS mm PARCIAL (g) PASSA (g) AM.TOTAL OBSERVAÇÕES:
N 3 1/2" 88,9 0,00 992,14 100
. 3" 76,2 0,00 992,14 100
G 2 1/2" 63,3 0,00 992,14 100
R 2" 50,8 0,00 992,14 100
O 1 1/2" 38,1 0,00 992,14 100
S 1" 25,4 0,00 992,14 100
S 3/4" 19,1 0,00 992,14 100
O 1/2" 12,7 0,00 992,14 100 COMP.GRANULOMÉTRICA (%)
3/8" 9,5 0,00 992,14 100 PEDREGULHO: 0
Nº 4 4,76 0,00 992,14 100 AREIA GROSSA: 1
Nº 10 2 9,1 983,04 99 AREIA MÉDIA: 15
F Nº 40 0,42 15,03 84,18 84 AREIA FINA: 57
I Nº 100 0,15 43,49 40,69 41 SILTE+ARGILA: 27
N Nº 200 0,075 13,39 27,30 27
O

100
90
80
70
60
% que passa

50
40
30
20
10
0
0,01 0,1 Diâmetro1dos grãos (mm) 10
Figura 4.2 – Granulometria do Solo Siltoso
o Limite de Plasticidade e Limite de Liquidez
A tabela 4.3 mostra o Limite de Plasticidade, Índice de Plasticidade e Limite de Liquidez do
solo argiloso e a figura 4.3 é um gráfico do Limite de Liquidez deste mesmo solo.

A tabela 4.4 mostra o Limite de Plasticidade, Índice de Plasticidade e Limite de Liquidez do


solo siltoso e a figura 4.4 é um gráfico do Limite de Liquidez deste mesmo solo.

Tabela 4.3 – Limite de Plasticidade, Índice de Plasticidade e Limite de Liquidez do Solo Argiloso
ENSAIOS DE LIMITES DE CONSISTÊNCIA
SOLO ARENO ARGILOSO PEDREGULHOSO AVERMELHADO

LIMITE DE LIQUIDEZ LIMITE DE PLASTICIDADE


No. DE GOLPES 16 21 26 --- --- --- ---
No. CÁPSULA 33 22 103 61 11 38
SOLO ÚMIDO+CÁPSULA (g) 19,00 20,77 21,2 8,07 8,23 7,97
SOLO SECO+CÁPSULA (g) 15,5 17,5 17,07 7,8 8,04 7,69
CÁPSULA (g) 5,79 6,69 6,48 5,05 6,48 5,99
ÁGUA (g) 3,50 3,27 4,13 0,27 0,19 0,28
SOLO (g) 9,71 10,81 10,59 2,75 1,56 1,70
UMIDADE (%) 36,05 30,25 39,00 9,82 12,18 16,47

LIMITE DE LIQUIDEZ (LL): 36 %


LIMITE DE PLASTICIDADE (LP): 13 %
ÍNDICE DE PLASTICIDADE (IP): 23 %

45,00
40,00
35,00
UMIDADE (%)

30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
20 30 40 50 60 70 80 90
0,00
0 5 10 15 20 25 30

Nº DE GOLPES

Figura 4.2 – Limite de Liquidez do Solo Argiloso


Tabela 4.4 – Limite de Plasticidade, Índice de Plasticidade e Limite de Liquidez do Solo Siltoso
ENSAIOS DE LIMITES DE CONSISTÊNCIA
SOLO SILTOSO AMARELADO

LIMITE DE LIQUIDEZ LIMITE DE PLASTICIDADE


No. DE GOLPES 15 40 31 --- --- --- ---
No. CÁPSULA 54 13 112 108 29 99
SOLO ÚMIDO+CÁPSULA (g) 16,00 22,12 18,91 9,56 9,17 8,05
SOLO SECO+CÁPSULA (g) 14,09 19,28 16,52 9,16 8,89 7,7
CÁPSULA (g) 6 6,75 6,71 6,42 6,85 5,22
ÁGUA (g) 1,91 2,84 2,39 0,40 0,28 0,35
SOLO (g) 8,09 12,53 9,81 2,74 2,04 2,48
UMIDADE (%) 23,61 22,67 24,36 14,60 13,73 14,11

LIMITE DE LIQUIDEZ (LL): 24 %


LIMITE DE PLASTICIDADE (LP): 14 %
ÍNDICE DE PLASTICIDADE (IP): 10 %

24,60
24,40
24,20
24,00
UMIDADE (%)

23,80
23,60
23,40
23,20
23,00
22,80
22,60 20 30 40 50 60 70 80 90
22,40
0 10 20 30 40 50

Nº DE GOLPES

Figura 4.2 – Limite de Liquidez do Solo Siltoso

o Índice de Grupo
O índice de grupo de cada um dos solos foi calculado obedecendo a equação descrita no
capítulo deste trabalho a tabela 4.5 apresenta o índice de grupo de cada solo.

Tabela 4.5 – Índice de Grupo


ÍNDICE DE GRUPO
SOLO IG
SOLO ARGILO 6,23
SOLO SILTOSO 0,00
o Classificação TRB

Utilizando a tabela 1.1 para fazer a classificação TRB dos solos segundo AASTHO (DNIT,
2006). Encontrou-se os seguintes resultados para os dois solos conforme mostra a tabela 4.6.

Tabela 4.5 – Classificação TRB dos Solos


CLASSIFICAÇÃO TRB
MATERIAIS COMPORTAMENTO
SOLO TRB
CONSTITUINTES COMO SUBLEITO
SOLO ARGILO A-6 ARGILOSOS SOFRÍVEL A MAU
PEDREGULHO OU
SOLO SILTOSO A-2-4 AREIA SILTOSA OU EXCELENTE A BOM
ARGILOSA

Tomando como base a classificação TRB obtida de cada um dos solos estudados, pode-se
dizer que o Solo Argiloso tem um comportamento que deixa a desejar como subleito de
rodovia, não podendo nestas condições ser usado como subleito, já o Solo Siltoso se apresenta
como promissor para receber o pavimento rodoviário em sua superfície, tendo um
comportamento de resistência bem superior ao outro solo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O método de classificação TRB é muito utilizado para analisar o quão promissor é o solo para
receber o pavimento viário, contudo este método não classifica os materiais finos, no entanto
existem outros métodos para classificar estes materiais que não são considerados na
classificação TRB. Um desses métodos é a classificação MCT (Miniatura, Compactado
Tropical). O sistema de classificação de solos MCT (Miniatura, Compactado e Tropical) foi
proposto por NOGAMI & VILLIBOR (1981), com base nos resultados dos ensaios mini-
MCV e Perda de Peso por Imersão. Tal sistema é capaz de identificar o comportamento
laterítico dos solos. A previsão das características dos solos pode ser feita através da carta de
propriedades da classificação MCT (NOGAMI & VILLIBOR, 1985).

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Após os ensaios e a análise dos resultados serem realizadas, pode-se afirmar que o primeiro
solo de classificação TRB = A-6, não tem boas características físicas por si só para ser
utilizado em Engenharia Rodoviária, porém pode ser realizada uma análise baseada na
metodologia MCT. O segundo solo de classificação TRB = A-2-4, tem características físicas
muito boas que o tornam um solo adequado a ser aplicado em Engenharia Rodoviária.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAVES, F.J. (2000) Caracterização Geotécnica de Solos da Formação Barreiras da
Região Metropolitana de Fortaleza para Aplicação em Obras Rodoviárias. Tese de M.Sc.,
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, 2000.
DNER-ME 041-94 – Solos - Preparação de amostras para ensaios de caracterização.
DNER-ME 080-94 – Solos – Análise granulométrica por peneiramento.
DNER-ME 082-94 – Solos – Determinação do Limite de Plasticidade.
DNER-ME 122-94 – Solos – Determinação do Limite de Liquidez.
DNIT (2006). Manual De Pavimentação, 2006.
NOGAMI, J. S. V.; VILLIBOR, D. F. (1995) Pavimentação de baixo custo com solos
lateríticos. Editora Vilibor, São Paulo, SP, 1995.

ANEXO – FOTOS

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