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Notas de aula prática de Mecânica dos Solos I


(parte 1)

Hélio Marcos Fernandes Viana

Tema:

Visita ao laboratório de Mecânica dos Solos (ou Geotecnia) -


Apresentação das normas e equipamentos utilizados nos
ensaios das aulas práticas da disciplina Mecânica dos Solos I

Conteúdo da aula prática


1 Norma e equipamentos para preparação de amostras de solo para ensaios de
caracterização e compactação

2 Ensaio limite de plasticidade do solo (LP), norma e equipamentos

3 Ensaio limite de liquidez (LL), norma e equipamentos

4 Ensaio massa (peso) específica dos sólidos, norma e equipamentos

5 Ensaio de análise granulométrica, norma e equipamentos

6 Ensaio de peso específico natural do solo, normas e equipamentos

7 Ensaio de compactação, norma e equipamentos

8 Ensaio CBR (California Bearing Ratio) ou Índice de Suporte Califórnia (ISC) com
mediada de expansão, normas e equipamentos

9 Ensaios para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos, normas e


equipamentos
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Nesta aula é apresentado o laboratório de Mecânica dos Solos, as normas e os


equipamentos e necessários para realização dos ensaios das aulas práticas da matéria Mecânica dos
Solos I.

1 Norma e equipamentos para preparação de amostras de solo para ensaios de


caracterização e compactação
Os ensaios que visam à classificação do solo como material de construção são designados
de ensaios de caracterização, os quais são: Limite de liquidez (LL), limite de plasticidade (LP), massa
(peso) específica dos sólidos e análise granulométrica.

Para realização dos ensaios de caracterização do solo, previamente, é necessário à norma


NBR 6457 (1986) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), intitulada: Amostras de solo
- preparação para ensaios de compactação e caracterização. Ainda, para preparação dos materiais
para os ensaios laboratoriais de caracterização é necessária a seguinte aparelhagem:

a) Almofariz e mão de gral recoberta de borracha;


b) Repartidor de amostras;
c) Balanças que permitam pesar nominalmente 1,5 kg, 10 kg e 20 kg, com resoluções de 0,1 g, 1 g e
5 g, respectivamente;
d) Peneiras de 76,2; 50,8; 19,1; 4,8; 2,0 e 0,42 mm; e
e) Bandejas metálicas.

2 Ensaio limite de plasticidade do solo (LP), norma e equipamentos

A norma utilizada para o ensaio é a NBR 7180 (1984) da ABNT, intitulada: Solo -
determinação do limite de plasticidade. Os principais equipamentos utilizados no ensaio de limite de
plasticidade são:
0
a) Estufa com termostato regulador (temperatura entre 105 e 110 C);
b) Cápsula de porcelana com aproximadamente 120 mm de diâmetro;
c) Espátula de lâmina flexível, com aproximadamente 80 mm de comprimento e 20 mm de largura;
d) Recipiente, tais como pares de vidros de relógio com grampo, que evitem perda de umidade da
amostra;
e) Balança que permita pesar 200 g, com resolução de 0,01 g;
f) Placa de vidro com face esmerilhada, com cerca de 30 cm de lado;
g) Gabarito cilíndrico de comparação, com 3 mm de diâmetro com cerca de 100 mm de comprimento;
e
h) 5 cápsulas de alumínio pequena, aproximadamente 3 cm de diâmetro, para determinação de
umidade.

3 Ensaio limite de liquidez (LL), norma e equipamentos

A norma utilizada para o ensaio é a NBR 6459 (1984) da ABNT, intitulada: Solo -
determinação do limite de liquidez. Os principais equipamentos utilizados no ensaio de limite de
plasticidade são:
0
a) Estufa com termostato regulador (temperatura entre 105 e 110 C);
b) Cápsula de porcelana com aproximadamente 120 mm de diâmetro;
c) Espátula de lâmina flexível com aproximadamente 80 mm de comprimento e 20 mm de largura;
d) Aparelho de Casagrande para realização de ensaio LL completo, com cinzel de ranhura, e gabarito
para verificação da altura de queda da concha;
e) Recipiente, tais como pares de vidros de relógio com grampo, que evitem perda de umidade da
amostra;
g) Balança que permita pesar nominalmente 200 g, com resolução de 0,01 g;
h) Esfera de aço de 8 mm; e
i) 7 cápsulas de alumínio pequena, aproximadamente 3 cm de diâmetro, para determinação de
umidade.
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4 Ensaio peso específico dos sólidos, norma e equipamentos

A norma utilizada para o ensaio é a NBR 6508 (1984) da ABNT, intitulada: Grãos de solos
que passam na peneira de 4,8 mm - determinação da massa específica. Os principais equipamentos
utilizados no ensaio de peso específica dos sólidos são:
0
a) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 C;
b) Aparelho dispersor, com hélices metálicas substituíveis e copo munido de chicanas metálicas.
3 0
c) Picnômetro 500 cm , devidamente calibrado a 20 C;
d) Bomba de vácuo com registros, vacuômetro e conexões, capaz de aplicar um vácuo de 88 kPa (66
0
cm de Hg a 0 C), para remoção do ar aderente as partículas de solo;
0 0
e) Termômetro, graduado em 0,1 C, de 0 a 50 C;
f) Balança que permita pesar nominalmente até 1,5 kg, com resolução de 0,01 g;
g) Funil de vidro;
h) Bureta com diâmetro que passe pelo gargalo do picnômetro;
i) Conta-gotas;
j) Cronômetro;
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l) 2 béqueres com capacidade de 250 cm ; e
m) Toalha de mão para secar eventuais partículas de água na superfície externa do picnômetro.

5 Ensaio de análise granulométrica, norma e equipamentos

A norma utilizada para o ensaio é a NBR 7181 (1984) da ABNT, intitulada: Solo - análise
granulométrica. Os principais equipamentos utilizados no ensaio de análise granulométrica são:
o
a) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 C;
b) Balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,5 g, 5 kg e 10 kg, com resoluções de 0,01 g,
0,1 g, 0,5 g e 1 g respectivamente;
c) Recipientes adequados, tais como dessecadores, que permitam guardar amostras sem variação de
umidade. A pratica tem demonstrado que sacos plásticos podem desempenhar esta função;
d) Aparelho dispersor, com hélices substituíveis e copo munido de chicanas; a rotação da hélice do
aparelho não deve ser inferior a 9000 rpm;
e) Proveta de vidro, com cerca de 450 mm (45 cm) de altura e 65 mm (6,5 cm) de diâmetro, com traço
3 0
de referência indicando 1000 cm ou 1000 ml a 20 C;
0
f) Densímetro de bulbo simétrico, calibrado a 20 C e com resolução de 0,001, graduado de 0,995 a
1,050;
0 0 0
g) Termômetro graduado em 0,1 C, de 0 a 50 C;
h) Cronômetro com indicação de segundos;
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i) Beque de vidro, com capacidade de 250 cm ;
3 3
j) Proveta de vidro, com capacidade de 250 cm e resolução de 2 cm ;
k) Tanque de banho, com dimensões adequadas à imersão das provetas até o traço de referência,
capaz de manter a temperatura da suspensão aproximadamente constante durante a fase de
sedimentação;
l) Peneiras de 50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2,0; 1,2; 0,6; 0,42; 0,25; 0,15 e 0,075 mm; e ainda o fundo final
para peneiras;
m) Agitador mecânico de peneiras, com dispositivo para fixação de até seis peneiras, inclusive tampa
e fundo;
o) Baqueta (ou vareta) de vidro;
p) Bisnaga (para esguichar água destilada nas partículas presas ao copo do dispersor);
q) Funil de vidro; e
r) Destilador de água.
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6 Ensaio de peso específico natural do solo, normas e equipamentos

A determinação do peso específico natural do solo pode ser feita com base nos seguintes
métodos:

i) NOGUEIRA 2001 “Mecânica dos solos - Ensaios de laboratório”. Equipamento utilizado no ensaio:
Paquímetro; Espátula; Estilete; e Balança que permita pesar nominalmente até 1,5 kg, com resolução
de 0,01 g.

OBS.
NOGUEIRA, J. B. Mecânica dos solos - Ensaios de laboratório. São Carlos-SP: Escola
de Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo. 2001, 248p.

ii) NBR 9813 (1987) “Determinação da massa específica aparente in situ, com emprego do cilindro de
cravação”. Equipamento utilizado no ensaio:
a) Equipamento de cravação: cilindro de cravação, haste guia e soquete de
cravação;
b) Balanças que permitam pesar nominalmente 1,5 kg e 10 kg, com resolução
de 0,1 g e 1 g respectivamente;
c) Recipiente para acondicionar o cilindro de cravação e a amostra sem perda
de umidade (Por exemplo: Plástico filme e saco plásticos);
d) Pá e picareta;
e) Régua de aço biselada de 30 cm;
f) Espátulas de aço de 2 cm (largura) x 10 cm (comprimento), e de 10 cm
(largura) x 12 cm (comprimento); e
g) Extrator do corpo de prova.

iii) DNER 092 (1984) “Solo - Determinação da massa específica aparente in situ, com o emprego do
frasco de areia”. Equipamento utilizado no ensaio:
a) Frasco de plástico, com 3,5 litros, dotado de gargalo rosqueado e funil
provido de registro e de rosca;
b) Bandeja de alumínio com cerca de 30 cm de lado, com orifício circular no
centro, destinado a apoiar o funil do frasco que contem areia;
c) Pá;
d) Balança com capacidade de 10 kg, com resolução1 g;
e) Talhadeira de aço com 30 cm de comprimento;
f) Martelo de 1 kg;
g) Recipiente que permita guardar a amostra sem perda de umidade, antes da
sua pesagem;
o
h) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 C; e
i) Balança com capacidade de 1 kg, com resolução de 0,1 g.

7 Ensaio de compactação, norma e equipamentos

A norma utilizada para o ensaio é a NBR 7182 (1984) da ABNT, intitulada: Solo - ensaio de
compactação. Os principais equipamentos utilizados no ensaio de compactação são os que se
seguem:

a) Balanças que permitam pesar nominalmente 10 kg e 200 g, com resoluções de 1 g, e 0,01 g


respectivamente;
b) Peneiras de 19 e 4,8 mm;
0 0
c) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 C;
d) Cápsulas metálicas (de alumínio), com tampa e com diâmetro de cerca de 5 cm, para
determinação da umidade;
e) Bandejas metálicas de 75 cm x 50 cm x 5 cm;
f) Régua de aço biselada com comprimento de 30 cm;
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g) Espátulas de lamina flexível com aproximadamente 2 cm de largura e 12 cm de comprimento,


respectivamente;
h) Cilindro metálico pequeno (cilindro de Proctor); o cilindro possui o molde de 100 mm, uma base e
um colarinho;
i) Cilindro metálico grande (cilindro de CBR); o cilindro possui o molde de 152 mm, uma base, um
colarinho e disco espaçador;
j) Soquete pequeno; com massa de 2,5 kg, e altura de queda 30,5 cm;
k) Soquete grande; com massa de 4,5 kg, e altura de queda de 45,7 cm;
3 3 3 3
l) Provetas de vidro com capacidade de 1000 cm , 200 cm e 100 cm , e com graduações de 10 cm ,
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2 cm e 1 cm respectivamente;
m) Desempenadeira de madeira com 13 cm x 25 cm;
n) Extrator de corpo-de-prova;
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o) Conchas metálicas com capacidade de 1000 cm e 500 cm ;
p) Base rígida, preferencialmente de concreto, com massa superior a 100 kg; e
q) Facão.

8 Ensaio CBR (California Bearing Ratio) ou Índice de Suporte Califórnia (ISC)


com mediada de expansão, normas e equipamentos

A norma utilizada para o ensaio é a DNER-ME 049/94 (1994), intitulada: Solos-determinação do


Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas. Os principais equipamentos
utilizados no ensaio CBR são os que se seguem:

a) Conjunto de bronze ou latão, constituído de molde cilíndrico com 15,20 cm de diâmetro interno e
17,80 cm de altura, com entalhe superior externo em meia espessura; cilindro complementar com
5,00 cm de altura, com entalhe inferior interno em meia espessura, e prato perfurado com 24,00 cm
de diâmetro, com dispositivo para fixação do molde cilíndrico antes referido;
b) Disco espaçador maciço, de aço, com 15,00 cm de diâmetro e 6,40 cm de altura;
c) Soquete cilíndrico de bronze ou latão, para compactação, face inferior plana, de altura de queda de
45,70 cm, cm 4,50 kg de peso e 5,00 cm de diâmetro de face inferior;
d) Prato perfurado de bronze ou latão, com 14,90 cm de diâmetro e 0,50 cm de espessura, com haste
central de bronze ou latão, ajustável, constituída de uma parte fix a rosqueada e de uma camisa
rosqueada internamente e recartilhada externamente, com a face superior plana para contato com o
extensômetro;
e) Tripé porta-extensômetro, de bronze ou latão, com dispositivo para fixação do extensômetro;
f) Disco anelar de aço para sobrecarga, dividido diametralmente em duas partes, com 2,27 kg de
peso total, com diâmetro externo de 14,90 cm e diâmetro interno de 5,40 cm;
g) Extensômetro com curso mínimo de 10 mm, graduado em 0,01 mm;
h) Prensa para determinação do CBR ou do Índice de Suporte Califórnia (ICS) composta de:
- Quadro formado por base e travessa de ferro fundido e 4 tirantes de aço, apresentando a
travessa um entalhe inferior para suspensão de um conjunto dinamométrico;
- Macaco de engrenagem, de operação manual por movimento giratório de uma manivela,
com duas velocidades, acompanhado de um prato reforçado ajustável ao macaco, com 24 cm de
diâmetro, para suportar o molde; e
- Conjunto dinamométrico com capacidade para 4.000 kg, sensível 2,5 kg, constituído por
anel de aço com dimensões compatíveis com a carga acima apresentada, com dispositivo para se
fixar ao entalhe das travessas; extensômetro graduado em 0,001 mm, fixa ao centro do anel para
medir encurtamento diametrais; pistão de penetração, de aço, com 4,96 cm de diâmetro e com uma
altura de cerca de 19 cm, variável conforma as condições de ensaio, fixo à parte inferior do anel; e
extensômetro graduado em 0,01 mm, com curso maior que 12,70 mm, fixo lateralmente ao pistão, de
maneira que seu pino se apóie na borda superior do molde.
i) Extrator de amostras do molde cilíndrico, para funcionament o por meio de macaco hidráulico, com
movimento alternativo de uma alavanca;
j) Balde de chapa de ferro galvanizado com capacidade de cerca de 20 litros, com fundo de diâm etro
de 25 cm;
l) Balança com capacidade para 50 kg, sensível 5 g; e
m) Balança com capacidade de pesar nominalmente até 1,5 kg, com resolução de 0,01 g.
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9 Ensaios para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos,


normas e equipamentos

As normas utilizadas para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos são:

i) NBR 13292 (1995) Solo - Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares a


carga constante.
ii) NBR 14545 Solo - Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga
variável.
iii) DNER-ME 41-63 Determinação do coeficiente de permeabilidade no campo.

OBS. A faculdade está em processo de aquisição destas normas, por isso, no momento, não se lista
os equipamentos necessários para realização dos ensaios para determinação do coeficiente de
permeabilidade.

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