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FINAL DOS TEMPOS

“O TRATADO DOS EVENTOS FINAIS”

Conceitos Básicos do Dispensacionalismo

Pr. Leandro C Pacheco


SEMINÁRIO DE ESCATOLOGIA BÍBLICA

PREFÁCIO

O seminário intitulado “Final dos Tempos - O Tratado dos Eventos Finais” tem por objetivo
abordar o assunto que mais norteia todos os cristãos de todos os tempos e séculos do
cristianismo – a volta de Jesus Cristo para arrebatar sua Igreja e implantar seu reino milenar.
No presente estudo, serão apresentados os conceitos básicos da disciplina teológica
Escatologia Bíblica com enfoque na corrente de pensamento e doutrinária do
Dispensacionalismo Clássico (Pré-Milenismo e Pré-Tribulacionismo).

Através da contextualização dos acontecimentos da Geopolítica atual juntamente com os


pontos doutrinários do Dispensacionalismo Clássico, o seminário de Escatologia Bíblica
também visa despertar a Igreja para iminente volta de Cristo.

A fim de alcançar os objetivos deste seminário, serão abordados os seguintes assuntos


escatológicos: conceito de escatologia, definição de dispensação e suas características,
apresentação da Estátua de Nabucodosor e das Setentas Semanas de Daniel, As Sete
Igrejas da Ásia Menor, os sinais da geopolítica atual, Guerra de Gogue e Magogue (a guerra
anunciada), o período da Grande Tribulação, a Dispensação Milenar e o Grande Trono
Branco. Com todo o conjunto desse estudo, podemos concluir que o cenário mundial nunca
esteve, em toda sua história, tão preparado para a volta de Jesus Cristo como nos dias de
hoje.

Palavras – chave: Escatologia; Dispensação; Estátua; Nabucodonozor; Setenta; Semanas;


Daniel; Sinais; Tribulação; Trono.

Pastor Leandro da Costa Pacheco


Assembleia de Deus Min. Madureira - ADS
Bacharel em Teologia

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SEMINÁRIO DE ESCATOLOGIA BÍBLICA

SUMÁRIO

1 – Introdução------------------------------------------------------------------------------------------ 4

2 – Dispensações------------------------------------------------------------------------------------- 5

3 – Estátua de Nabucodonosor------------------------------------------------------------------- 7

4 – Setenta Semanas de Daniel------------------------------------------------------------------ 9

5 – As Sete Igrejas da Ásia Menor --------------------------------------------------------------- 11

6 – Geopolítica Atual – Sinais de Mt 24. ------------------------------------------------------- 14

7 – Guerra de Gogue e Magogue ----------------------------------------------------------------16

7.1 – Momentos que antecedem o Arrebatamento--------------------------------- 16

7.2 – Israel, o relógio profético de Deus---------------------------------------------- 17

7.3 – Desenvolvimento da Guerra de Gogue e Magogue----------------------- 19

7.4 – O Arrebatamento da Igreja------------------------------------------------------- 20

8 – A Grande Tribulação----------------------------------------------------------------------------21

9 – Dispensação Milenar---------------------------------------------------------------------------24

10 – O Grande Trono Branco----------------------------------------------------------------------25

11 – Referências Bibliográficas -------------------------------------------------------------------27

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1 - INTRODUÇÃO

Hoje em dia, existem diversos grupos de segmentos do ocultismo, do paganismo e até


mesmo de religiões, seitas e heresias que buscam desvendar os enigmas do futuro do
mundo e dos homens. Utilizando-se de diversas ferramentas, esses grupos buscam, a todo
custo, desvendar o futuro da humanidade. Entretanto, tais segmentos não sabem que o
futuro é traçado pelas verdades divinas e que somente Deus detém essas verdades a quais
são reveladas aos seus servos antes de acontecerem.

Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter


revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. (Am 3.7)

Nesse sentido, Deus revelou os eventos futuros e finais relacionados à Igreja e aos
humanos e que em breve hão de acontecer. É nesse ponto, que a área da Teologia,
denominada Escatologia, serve de ferramenta para que a mensagem de Deus seja
decifrada e sistematizada para exposição e estudo. Porém, para que o estudante da
palavra de Deus entre na área desse tratado, é necessário obter a resposta da seguinte
pergunta: O que é Escatologia?

O termo vem da junção de dois radicais gregos: EKATOS (último) e LOGIA (estudo). Logo,
escatologia é o termo definido como o tratado das últimas coisas, ou seja, o estudo dos
eventos que estão para acontecer. Escatologia também pode ser entendida como o Estudo
Bíblico relativo às coisas futuras ou, como está escrito em Ap1.1, o estudo “das coisas que
brevemente devem acontecer”.

O estudante de escatologia, doravante denominado escatólogo, deve sempre ter em


mente que a escatologia é um vasto campo do conhecimento bíblico e que existem fatos
doutrinários escatológicos, profecias e diversas teorias fundamentadas que compõe esse
campo. A volatilidade dos acontecimentos geopolíticos nos séculos XX e XXI fazem com
que a escatologia, na linha das teorias fundamentadas, progrida juntamente com o contexto
contemporâneo dos acontecimentos mundiais. Porém, seus pilares fundamentados em
doutrinas fixas permanecem inalterados, como por exemplo pontos e conceitos do
dispensacionalismo, tribulacionismo e milenismo. Há uma grande importância no que tange
ao cuidado que o escatólogo deve ter para não cair em ventos errôneos de interpretações
escatológicas, principalmente com o advento da grande existência de materiais
disponibilizados na rede mundial de computadores.

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2 – DISPENSAÇÕES

Para que o escatólogo entenda a progressão dos eventos escatológicos no decorrer do


tempo, é necessário que se estabeleça a diferença entre a contagem do tempo (segundo,
horas, dias, meses, anos, séculos...) quantificada pelos homens e denominada Chronos, e
a contagem do tempo realizada por Deus (kairós).

A contagem do tempo realizada pelo ser humano se dá também através das Eras.
Entretanto, Deus conta o tempo por um propósito através das Dispensações. Logo, Eras e
Épocas geológicas são a contagem do tempo realizada pelo homem, período em que
vemos o homem em relação a Deus, são elas:

Dispensação é o período de tempo em que o homem é provado a respeito da sua


obediência a certa revelação da vontade de Deus. Foram estabelecidas por Deus um total
de 7 dispensações as quais são litadas a seguir:

1. Dispensação da Inocência (Aliança Edêmica): o homem era aceito pelo simples fato
de não conhecer a diferença entre o bem e o mal (Gn 2.7 – 3.24 – Sem tempo
contável);

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2. Dispensação da Consciência (Aliança Adâmica): sabendo da diferença entre o bem


e o mal, o homem era provado pelo comportamento da sua consciência diante das
escolhas (Gn 4.1 – 8.4 – 1656 anos);

3. Dispensação do Governo Humano (Aliança Noética): o governo do mundo passou


para a responsabilidade do homem conforme a vontade de Deus, para aplicação do
juízo diante das más escolhas; (Gn 8.15 – 11.9 – 427 anos);

4. Dispensação da Patriarcal (Aliança Abraâmica): inicia-se o ciclo da redenção do


homem (Gn 12.1 a Ex. 12.37 – 630 anos);

5. Dispensação da Lei (Aliança Mosaica): o homem era julgado dentro da sua


obediência a Lei, tendo Israel como a luz para os gentios (do êxodo do Egito até a
Crucificação – 1500 anos);

6. Dispensação da Graça (Atual, iniciada por Cristo na Cruz e findada no


arrebatamento): o homem é justificado, ou seja, aceito pelo sacrifício de Jesus Cristo
na Cruz do Calvário (Crucificação ao arrebatamento);

7. Dispensação Milenar o governo do mundo volta para as mãos de Deus na pessoa


de Jesus Cristo. (Manifestação de Cristo ao grande Trono Branco).

A contextualização, dentro das dispensações de Deus, é fundamental para a introdução


nos conhecimentos sobre escatologia. Para o desenvolvimento do restante do assunto, é
necessário o estudo do livro do profeta Daniel. O livro desse profeta maior aborda a
escatologia posicionando-se principalmente através de duas passagens: Capítulo 2 - A
Estátua de Nabucodonosor - e Capítulo 9 - As Setenta Semanas de Daniel.

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3 – A ESTÁTUA DE NABUCODONOSOR

Nabucodonosor foi um rei que governou o Império da Babilônia por volta de 604 A.C. Ele
conquistou Jerusalém e impôs o “Cativeiro da Babilônia” ao povo Judeu em 586 A.C. (2 Cr
36.20-21 / Jr 29.10).

Certa vez, o rei Nabucodonosor teve um


sonho que, segundo a Bíblia, o deixou
perturbado (Dn. Cap. 2.31 -35 / 38-44). O
sonho era constituído por uma grande
estátua em forma da imagem do rei
Nabucodonosor cujo corpo se dividia em 5
partes formadas por 5 materiais de
diferentes valores. A primeira parte era a
cabeça formada de ouro fino, a segunda eram os peitos e braços de prata, a terceira o
ventre e as coxas de cobre, a quarta parte eram as pernas de ferro e, por fim, a quinta parte
eram os pés formados em partes de barro e em partes de ferro.

A interpretação desse sonho, realizada pelo profeta Daniel, está diretamente ligada a
história dos homens desde a época do Império da Babilônia até o arrebatamento da Igreja.
Cada parte da estátua, constituída pelo seu material, simboliza e representa os reinos, com
suas características, que se levantaram e caíram da Babilônia até os dias de hoje.

O primeiro império, representado pela cabeça de ouro fino, foi o da Babilônia (605 – 539
A.C.) o qual era famoso pela
ostentação da sua riqueza. O
segundo império, representado
pelos peitos e braços de prata, era o
Império Meda Persa (539 – 331
A.C.) o qual estabeleceu o poder
pela união de outros dois reinos: os
Medas (reino da Média) e persas.
O terceiro império, representado
pelo ventre de cobre, foi o Império Grego (331 – 168 A.C.) cuja fama se baseava pela
exaltação e desejos da carne figurada, no sonho, pelo ventre da estátua.
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O quarto império era o império Romano


(168 A.C. - 476 A.D.) simbolizado pelas
pernas de ferro. Os romanos ficaram
famosos por desbravarem o mundo
através de construções de estradas, por
governarem com mãos de ferro e por terem
sido o império que mais durou no cenário
mundial fato demonstrado pelas pernas, as
quais são os membros mais logos do
corpo.

Por último, temos os pés da estátua formados em partes de barro e partes de ferro
demonstrado os dias atuais em que
temos nações fortes, nações fracas,
blocos econômicos fortes e blocos
econômicos fracos.

Segundo Daniel, após o período


representado pelos pés da estátua, uma
pedra cortada sem o auxílio de mãos caiu
sobre a estátua, a destruiu e encheu toda
a terra. Isso representa um novo período
para a história no qual Jesus Cristo põe fim a história do homem e inicia um novo tempo (A
Dispensação Milenar).

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O mundo de hoje, representado na Estátua de Nabucodonosor pelos pés em partes de


barro e de ferro, é o fiel cumprimento desta parte do sonho principalmente quando
analisamos as alianças econômicas e políticas que se materializam através dos Blocos
Econômicos e Militares. Alguns desses blocos se sobrepõe a outros em força, tamanho e
projeção mundial. Nunca, na história, o cenário mundial esteve tão preparado quanto está
hoje para o surgimento de um único líder que promoverá a união de todas essas nações e
blocos sob um único governo, o do Anticristo.

4 – AS SETENTAS SEMANAS DE DANIEL

“SETENTAS SEMANAS SÃO DETERMINADAS SOBRE TEU POVO”


(DN 9.24-27)

As semanas do Livro de Daniel devem ser interpretadas como sendo semanas de anos
(Lv 25.8/Nr 14.34). Logo, um dia é igual a um ano e uma semana é igual a 7 anos. As 70
semanas estão divididas em três grupos (Dn 9.25-26):

1. Grupo de Sete Semanas (7 x 7 = 49 anos);

2. Grupo de sessenta e duas semanas (62 x 7 = 434 anos); e

3. Grupo de uma semana (1 x 7 = 7anos).

O 1º grupo e o 2º grupo estão descritos no versículo 25 do capítulo 9:

“Desde a saída para restaurar Jerusalém


até ao Messias, 7 semanas e 62 semanas”.

A história mostra que os Judeus regressaram do cativeiro da Babilônia através de 3 levas


em três períodos distintos chefiadas sucessivamente por Zorobabel, Esdras e Neemias. A
saída do cativeiro é representada pelo retorno da primeira leva de remanescentes formada
por 50 mil Judeus (Ed. 1-6) e chefiada por Zorobabel. Esta leva começou a reconstruir o
templo e a cidade de Jerusalém. O remanescente Judeu da terceira leva, chefiada por
Neemias, terminou a reconstrução da cidade com o término dos muros de Jerusalém. A
reconstrução de Jerusalém durou de 445 AC a 396 AC, ou seja, 49 anos (7 semanas x

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7anos).

No tocante ao 2º grupo, temos 62 semanas transcorridas da reconstrução de Jerusalém


até o Messias, isto é, de 396 AC a 33 AD, o que dá exatamente 429 anos. Porém, devemos
levar em conta que houve um erro na contagem de anos promovida pela Igreja Católica no
período da Idade Média. Especialistas afirmam que Jesus nasceu em 5 AC. Levando este
fato em consideração, temos exatamente 62 semanas equivalentes a 434 anos (62 x 7)
desde a reconstrução da cidade de Jerusalém até a morte do messias (Jesus Cristo).

O 3º Grupo, ou seja, a 70ª semana, está descrito em Dn 9.26-27:

“Depois das sessenta e duas semanas, será tirado o messias


e o príncipe que há de vir fará um concerto por uma semana”.

A septuagésima semana é o período que conhecemos como a Grande Tribulação. Esse


período corresponde apenas a uma semana. Realizando o mesmo cálculo dos demais
grupos, temos: uma semana vezes 7 anos, o que dá exatamente os 7anos da grande
tribulação. Até o presente momento, se passaram 69 semanas (7 + 62). Resta apenas 1
semana a qual se iniciará com o surgimento do Anticristo. Passaram-se mais ou menos
2000 anos entre 69ª semana e a 70ª semana. Então temos uma questão: porque Jesus
ainda não voltou? A resposta se chama Dispensação da Graça. Esta dispensação é uma
pausa estabelecida por Deus na contagem das 70 semanas de Daniel. É a era da Igreja
na terra em que o Senhor está dando uma chance aos homens de se salvarem através do
sangue de jesus Cristo derramado na Cruz do Calvário. Entretanto, a Era da Igreja
(Dispensação da Graça) está se findando e muito em breve a 70ª semana de Daniel (grande
tribulação) começará a ser contada, mas para isto é necessário que Jesus volte para
resgatar sua Igreja no Arrebatamento. Maranata – ora venha Senhor Jesus Cristo.

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5 – AS SETE IGREJAS DA ÁSIA MENOR

Para corrente teológica do dispensacionalismo, as sete Igrejas da Ásia Menor


representam situações históricas específicas e mostram o progresso espiritual da Igreja até
o fim da sua era. Em outras palavras, representam os períodos da história da Igreja. O livro
do Apocalipse começa, em seu primeiro capítulo, descrevendo cada período da Igreja do
dia do seu nascimento, registrado no Livro dos Atos (At 2.1), até os dias de hoje.

Deus, não por acaso, escolheu sete Igrejas que residiam em cidades da Ásia Menor, atual
país da Turquia, cujos nomes carregam significados e mensagens que representam cada
momento da Igreja na história.

João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça a vós e paz


da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos
sete espíritos que estão diante do seu trono; ...escreve, pois,
as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas
hão de suceder. Eis o mistério das sete estrelas, que viste
na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas
são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as
sete igrejas. (Ap 1.4,19,20)

Antes de tudo e a fim de se entender o ponto de vista do dispensacionalismo em relação


as sete igrejas da Ásia Menor, é necessário recorrer ao significado do nome da cidade em
que a Igreja se encontra. A seguir, estão relacionadas as sete Igrejas em questão:

1. Igreja de Éfeso (Ap 2.1-7)

Éfeso significa “desejada ou desejável” e representa o primeiro período da Igreja na


Era cristã (33 a 64 AD). Se observarmos a Epístolas de Paulinas, veremos diversas
distorções que foram surgindo, mas ao mesmo tempo foram corrigidas pela exposição
das doutrinas constante nas cartas do Apóstolo Paulo.

Elogio: trabalhadora e paciente;

Crítica: deixou o primeiro amor.

2. Igreja de Esmirna (Ap 2.8-11)

Esmirna significa ‘’sofrimento’’ e representa o período de perseguição da Igreja o


qual foi marcado pelos mártires que morreram através dos métodos mais terríveis
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imaginados (64 a 312 AD).

Elogio: suporta o sofrimento graciosamente;

Crítica: nenhuma.

3. Igreja em Pergamo (Ap. 2.12-17)

Pergamo significa “casamento ou união”. Esse período foi marcado pela união entre
a Igreja e o Estado (312 AD). Esse fato foi concretizado através do imperador romano
Constantino o qual declarou o cristianismo como religião oficial do Império Romano.

Elogio: mantém a fé em Cristo;

Críticas: tolera imoralidade, idolatria e heresias (Nicolaítas e Balaão – Nr 22.15);

4. Igreja em Tiatira (Ap 2.18-29)

Tiatira significa “sacrifício contínuo”. O período de Tiatira é compreendido pela era


Igreja papal, ou seja, na maior parte do período, a Igreja da Idade Média (538 – 1517
AD).

Elogio: caridade, serviço, fé e paciência;

Críticas: tolerância da imoralidade e idolatria (Jezabel);

5. Igreja em Sardes (Ap 3.1-6)

Sardes significa “cântico de alegria, pedra que brilha, ou ainda, remanescente”. É


a Igreja que se levantou na reforma protestante (1517 – 1755 AD).

Elogio: alguns têm mantido a fé;

Crítica: uma Igreja Morta.

6. Igreja em Filadélfia (Ap 3.7-13)

Filadélfia significa “amor fraternal” e representa o período do grande avivamento do


século XIX. Homens de Deus marcaram essa época, tais como: Finney, Spurgeon,
Broadus, Moody, etc. (1755-1844 DC)

Elogio: persevera na fé; Crítica: nenhuma.


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7. Igreja de Laodiceia

Laodiceia significa “justiça ou direito do povo” e representa o último período da Igreja


na terra antes do evento do arrebatamento. Quando analisamos o atual estado da
Igreja, vemos o fiel cumprimento da palavra de Deus descrita no texto do Apocalipse
que faz referência a Igreja de Laodiceia.

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá


foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és
quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porquanto
dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta;
e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e
cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro
refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes
brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a
vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus
olhos, para que vejas. (Ap 3.15-18)

Elogio: nenhum;

Críticas: indiferença, mornidão espiritual, zelo pelas coisas terrenas, falta de valores
e doutrinas espirituais.

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6 – SINAIS

O EVANGELHO DE MATEUS (CAP. 24) E A GEOPOLÍTICA ATUAL

Jesus Cristo afirmou no Evangelho de Mateus Cap. 24.36 que nem o Filho e o anjos do
céu sabem o dia e a hora do arrebatamento, mas somente o Pai. Entretanto, Jesus deixou
um termômetro para que a Igreja sinta o momento da chegada deste grande dia. Esse
termômetro é constituído pelos sinais relacionados em Mt 24.4-13 – O Princípio das Dores.

De acordo com o Evangelho de São Mateus, alguns acontecimentos mundiais irão apontar
para o retorno de Jesus Cristo. Entre eles estão:

a) FALSOS CRISTOS: mais de 20 falsos Cristos apareceram arrastando multidões para


idolatria ao redor do mundo no último século;

b) GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS: cerca de 50 guerras são travadas por dia


em todo o planeta sem que a mídia dê ênfase na divulgação. O mundo foi marcado por
duas Grandes Guerras no século passado: a
1ª Guerra Mundial (87% dos países do mundo
envolvidos / 8 Milhões Mortos) e a 2ª Guerra
Mundial (100% dos países do mundo
envolvidos/ 55 Milhões Mortos). Atualmente,
7 conflitos são causados por diferenças
religiosas no Afeganistão, Israel, Nigéria, Iraque, Sudão, Tibet e Tailândia. A Primavera
Árabe, como ficou conhecida internacionalmente, é
uma onda revolucionária de manifestações e
protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no
Norte da África desde 18 de dezembro de 2010 e
que deixou um rastro de milhares de mortos. A
guerra civil da Síria já dura 8 anos e tem deixado um legado de mais de 400 mil mortos.

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d) FOME: a cada dia, morrem 24.000 pessoas por causa da fome em todo o planeta.
Em 2020, de acordo com um relatório da ONU, uma
em cada quatro crianças no mundo será subnutrida
e uma em cada oito pessoas no mundo passará
fome. Segundo as estatísticas, o número de
famintos no mundo é de 842 milhões de pessoas e
a região do mundo com mais fome continua sendo
a África subsaariana. Para termos uma ideia deste
triste cenário, o número de pessoas que passam
fome no mundo é igual a quatro vezes a população do Brasil.

e) TERREMOTOS: no Sec. XX, mais


precisamente até 1997, foram contabilizados 96
grandes tremores e um saldo lamentável de mais de
2 milhões de pessoas mortas. No atual século XXI,

só nos primeiros cinco anos, já estão contabilizadas mais de 300 mil vítimas de grandes
terremotos, inclusive de tsunamis, ou seja, somente em cinco anos do novo século, o
montante de vítimas de todo o século XIX foi superado e chega a quase 25% de todo o
século XX.

f) PESTES: ao analisar as 57 milhões de mortes no mundo em 2008, a Organização


Mundial da Saúde (OMS) concluiu que mais de 7,25 milhões (12,8%) foram causadas por
doenças cardíacas, o que as colocaram em 1º lugar na média mundial. Em países de baixa
renda, essas enfermidades ficaram em 4º lugar e as principais causas de mortes foram
infecções respiratórias as quais vitimaram 1,05 milhão de pessoas, seguidas por doenças
que provocam diarreia e complicações causadas por Aids. Através de uma pesquisa
realizada no primeiro semestre de 2014, foi constatado que a AIDS ainda continua liderando
como pior epidemia mundial e que o Brasil liderou com 11% o ranking de crescimento do
número de pessoas portadoras do vírus da AIDS.

Então vos hão de entregar para serdes atormentados,


e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações
por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão
escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos

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outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e
enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade,
o amor de muitos esfriará”. Mateus 24:9-12.

g) FALSOS MESTRES, DOUTORES, PROFETAS E O AMOR SE ESFRIANDO: A


Igreja tem passado por momentos perigosos em que encontramos influências do mundo
invadindo o corpo de Cristo. Estamos copiando o mundo (1 Co 11.1), pois costumes que
foram inventados por uma geração pervertida e entregue ao pecado (Rm 1.22-26) estão
sendo adotados por Igrejas. Abaixo, alguns exemplos que descrevem os títulos das
reportagens de jornais de diversas partes do país:

 O sucesso das baladas gospel pelo país;

 Igrejas neopentecostais atraem jovens com baladas gospel;

 Balada gospel em BH é destaque na imprensa Secular;

 Igreja de Lanna Holder cria balada gay gospel em São Paulo.

7 – GUERRA DE GOGUE E MAGOGUE

A GUERRA ANUNCIADA

7.1 Momentos que Antecedem o Arrebatamento da Igreja (preparativos para guerra)

Os momentos que antecedem o arrebatamento da Igreja e a Grande Tribulação serão


marcados pela intensificação dos princípios das dores descritas no Evangelho de Mateus
Cap. 24. A Igreja presenciará, melhor dizendo, está presenciando um terrível tempo de
adversidades até ser arrebatada por Cristo. Hoje em dia, vemos todas as profecias pré-
trbulacionistas escritas em Mateus cumprindo-se uma após outra com um diferencial do
século passado, a INTENSIFICAÇÃO e a FREQUÊNCIA dos fatos aumentadas, isto é, os
eventos ocorrem com mais frequência em um curto período de intervalo entre um e outro.

Ao estudarmos a história de 60 anos passados, percebemos uma extraordinária evolução


do planeta em todos os aspectos, como por exemplo: o aumento da população de seres
humanos de 3 bilhões para 7 bilhões de pessoas, ou seja, o número de habitantes que os
seres humanos levaram para alcançar em 6 mil anos de idade mais do que dobrou em 60

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anos; a conexão do mundo através de uma única língua, a internet; o avanço tecnológico
nunca antes vivido; a disponibilização do volume de informações, isto é, o que nos anos
50 demoravam 10 anos para se dobrar, nos anos 80, 5 anos, hoje em dia demora-se 72
dias para se dobrar o volume de informações disponíveis no mundo.

Os dados disponibilizados na rede mundial de computadores (internet) mostram a


intensificação das dores descritas por Mateus, tais como: a intensificação de Guerras e
rumores de guerras com 24 Grandes Guerras nos Sec. XX e XXI; a intensificação de
terremotos e maremotos com mais de 200.000 entre 2000 e 2010, isto em apenas 10 anos;
a Intensificação de pestes (Anos - 70 AIDS, Anos 90 - EBOLA, entre 2000 e 2003 - SARS,
em 2004 - GRIPE A – ZIKA VÍRUS – DEUNGUE – SARAMPO – FEBRE AMARELA...).

7.2 Israel - O Relógio Profético de Deus

“Também os espalharei por entre nações que nem eles nem


seus pais conheceram; e mandarei a espada após eles, até
que venha a consumi-los” (Jr 9.16).

A restauração de Israel como nação através da Resolução nº 181, de 29 de novembro de


1947, da Assembleia Geral das Nações Unidas, e, após, a Agência Judaica proclamar a
independência em 14 de maio de 1948, nomeando o país de Israel, é o cumprimento das
profecias contidas em Ez 37:11-12 e Jr 31.10.

QUEM PODERÁ DIZER QUE JÁ VIU TAL COISA?

Este fenomenal evento é o que o Profeta Isaías descreve no seu livro:

Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe


viessem as dores, deu à luz um menino. Quem jamais ouviu
tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer
nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma
só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz a seus filhos.
Abriria eu a madre, e não geraria? diz o Senhor; geraria eu, e
fecharia a madre? Diz o teu Deus. Regozijai-vos com
Jerusalém, e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais;
enchei-vos por ela de alegria, todos os que por ela
pranteastes. (Is 66.7-10)

Quem poderia dizer que, depois de quase 2000 anos, Israel voltaria a ser nação? Basta

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olharmos para a história de Israel depois da diáspora de 70 D.C e veremos que somente a
mão de Deus poderia fazer algo tão maravilhoso:

 49: Claudio expulsa os Judeus de  1290: expulsos da Inglaterra;


Roma;
 1306: expulsos da França;
 1099: Judeus mortos pelas cruzadas
 1355: doze mil judeus linchados até a
em Jerusalém;
morte na Espanha;
 1391: Judeus espanhóis obrigados a
 1349: expulsos da Hungria;
se converter ao cristianismo;

 1420: Judeus aniquilados em Talosa


 1492: Expulsos da Áustria;

 1492: cento e oitenta mil Judeus


mortos na Espanha;  1890: 750.000 Judeus são obrigados
a viver numa área limitada dando
 1516: massacre de milhares de origem aos guetos;
Judeus em Lisboa – Portugal;
 1939-45: seis milhões de Judeus
 1656: duzentos mil Judeus mortos pelos nazistas;
assassinados na Polônia;
 1948: Criação do Estado de Israel.

Uma Teoria para se refletir a respeito de Israel

 Mt 24.34 “ Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas
estas coisas aconteçam”;

 Sl 90.10 (uma geração = 70 anos);

 1948 a 2018 = uma geração.

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7.3 O Desenvolvimento da Guerra de Gogue e Magogue (Ez 38.1-12)

A guerra de Gogue e Magogue é a guerra que resultará no levantamento do Anticristo.


Também é conhecida como a Guerra dos despojos. O contexto da guerra se desenvolve
da seguinte maneira:

1) Gogue comandará uma congregação de tropas para tomar os despojos de Israel;

2) Está guerra é o estopim para o surgimento do Anticristo;

3) Os despojos que chamam a atenção de Gogue estão no Mar Morto. Conforme


escreve o Pastor Abraão de Almeida (Israel, Gogue e o Anticristo – pag. 117):

Somente a fortuna do Mar Morto já foi considerada superior à de


todo o ouro já extraído das entranhas da terra e foi também
avaliado como sendo superior a toda a riqueza reunida da
Inglaterra, EUA, França, Alemanha e da Itália.

Além disso, existem novas riquezas de jazidas de gazes descobertas a partir de 2011
próximas da costa do Mar Mediterrâneo.

4) Ao analisarmos a etimologia das palavras em Ez 38.3-6, GOGUE e sua Tropa são


representados pelas seguintes nações:

 Gogue (gog) é o líder de uma


nação do Norte (Ez.39.2);

 Magogue, Meseque e Tubal


(filhos de Jafé) são respectivamente:
Rússia, Moscou e Tobolsk;

 Persas, Etíopes (Cush), Pute


(Líbia) – (filhos de Cam) – são: Irã,
Etiópia e Líbia;

 Togarma e Gomer (celtas):


Turquia e Alemanha;

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5) A batalha se dará nos montes de Israel. Os Judeus serão livrados de uma maneira
milagrosa e serão necessários 7 anos para limpar os destroços bélicos e 7 meses para
sepultar os mortos (Ez 39.9,12);

6) Após a batalha, o anticristo se levantará parar dar a solução certa para um mundo
caótico pós-guerra. Essa solução se materializará através de um sistema (666) o qual
resolverá os problemas políticos, sociais e religiosos causados pela guerra.

7) A Igreja será arrebatada antes ou no início da Guerra de Gogue e Magogue.

7.4 O Arrebatamento da Igreja

Existem três principais linhas teológicas que tratam do arrebatamento da Igreja e da


Dispensação Milenar:

1. Pré-tribulacionistas Pré-milenistas (Dispensacionalismo Clássico) - defendem que


a volta de Cristo se divide em duas etapas: secretamente para buscar a Igreja, e
em glória, sendo visível a todos após o período de grande tribulação com a
finalidade de implantar o reino milenar.

2. Mesotribulacionistas (Pré-milenistas) – defendem que a Igreja passará pela


primeira metade da Grande Tribulação sendo arrebatada em seguida. Utilizam
como argumento o fato de que a Igreja tem a promessa de vivenciar um tempo de
paz como nunca houve antes na terra, esse tempo de paz é representado pelos
primeiros 3,5 anos da grande tribulação.

3. Pós-tribulacionistas (Amilenistas, Pré-milenistas e Pós-milenistas):

a) Pós-tribulacionistas Amilenistas – o milênio é o reino atual de Cristo no céu.


Quando acabar os mil anos, Jesus descerá para arrebatar sua Igreja;

b) Pós-tribulacionistas Pré-milenistas – a Igreja passará pela grande tribulação e


será arrebatada antes da Dispensação Milenar;

c) Pós-tribulacionistas Pós-milenistas – a Igreja passará pela grande tribulação e


será arrebatada após a Dispensação Milenar. Para esse ponto de vista, a era
milenar será o resultado de uma grande expansão do evangelho a qual trará
paz e justiça durante mil anos na terra.

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Para a corrente do Dispensacionalismo
Clássico, cujos ensinamentos foram adotados
como doutrina nas Assembleias de Deus e
serviram de base para o esse manual, o
arrebatamento da Igreja se dará em um abrir e
fechar de olhos (1ªTs 4.16). A Igreja
arrebatada será recompensada no tribunal
galardoador e entrará para as Bodas do Cordeiro (1º Co 3.11-15) e estaremos na
Eternidade com Deus e Jesus Cristo (Ap 19.9).

Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que


ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos
os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com
grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os
que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas
nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para
sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com
estas palavras. (1 Ts 4.16-18)

8 – A GRANDE TRIBULAÇÃO

O tempo de duração das bodas do cordeiro é o mesmo tempo de duração do período da


Grande Tribulação. Isto quer dizer que, durante 7 anos, o Anticristo vai ditar as regras na
terra. Ao mesmo tempo que a Igreja recebe seus galardões e participa das bodas do
cordeiro, o império do Anticristo estará em pleno vapor, pois o Espírito Santo, a única força
que detém o mal na terra, será retirado no arrebatamento da Igreja

Durante o tempo da Grande Tribulção, uma sucessão de fatos e acontecimentos se


desencadeiam e atingem a terra com grande poder. Podemos dividir tais acontecimentos
em 3 fases:

1ª Fase

Os sete selos serão abertos (Ap 6.1 – 9.8-5). Os quatro primeiros selos abertos são
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respectivamente os 4 Cavaleiros do Apocalipse e os demais selos abertos trazem grandes
catástrofes sobre a terra:

 Primeiro selo aberto - Cavalo Branco, ou seja, a manifestação do Anticristo que


promoverá 3,5 anos de paz sem igual sobre a terra. Esse evento acontece
concomitantemente com o fim da Guerra de Gogue e Magogue;

 Segundo selo aberto - Cavalo Vermelho – guerra e rompimento com Israel. Esse
cavaleiro entra em ação no momento que o Anticristo se levanta contra Israel depois
de passados 3,5 anos da grande tribulação (Dn 9.27);

 Terceiro selo aberto - Cavalo Preto – fome e moeda desvalorizada;

 Quarto selo aberto - Cavalo Amarelo – pestilência e morte;

 Quinto selo aberto - perseguição aos futuros mártires - são aqueles que serão salvos
sacrificando suas vidas por não negarem o nome de Cristo durante a Grande
Tribulação (Ap. 7.0-14);

 Sexto selo aberto - Grande Terremoto – catástrofes inigualáveis acontecem sobre a


terra;

2ª Fase

Na abertura do 7º Selo, ocorrerá meia hora de silêncio no céu e 7 anjos tocarão sete
trombetas (Ap 8.1-6) e as sete Taças da Ira de Deus cairão sobre a terra (Ap 16). Esses
eventos são consecutivos sendo que a trombeta é o juízo parcial de Deus e a taça a
consumação do Juízo de Deus:

1ª Trombeta - Granizo fogo e sangue; Flagelo consumado pela 1ª Taça (Ap 16.2);

2ª Trombeta - Montanha Fumegante - 1/3 do Mar transformado em sangue; Flagelo


consumado pela 2ª Taça (Ap 16.3);

3ª Trombeta - Estrela Absinto – 1/3 das águas do rios transformadas em sangue;


Flagelo consumado pela 3ª Taça (Ap 16.4);

4ª Trombeta - Enfraquecimento do Sol – haverá grandes períodos de trevas sobre a


terra; Flagelo consumado pela 4ª Taça (Ap 16.8) com o ressurgimento do sol;

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5ª Trombeta - Praga gafanhotos (Ap 9.1-3) - demônios;

6ª Trombeta - Praga dos cavaleiros (200 milhões de cavaleiros) – pode-se considerar


que esse exército seria um grandioso exército (Ap 16.12) liderado pela China que marchará
através do rio Eufrates contra Israel no Final da Grande Tribulação. Hoje em dia, uma
grande represa chamada a ATARTURK está sendo construída e poderá represar o rio
Eufrates tornando seu leito seco.

3ª Fase

Quando a 7ª trombeta for tocada, Israel, simbolizado por uma mulher grávida (Ap. 11.15),
será perseguido pelo Dragão (Satanás), pelo falso profeta (Anticristo com seus chifres, isto
é, os reinos, nações e governos) e pela Besta que saiu do mar, o qual simboliza os povos
de todo o mundo (Ap. 12).

Estas passagens e figuras representam a Batalha do Armagedom, ou seja, a guerra em


que Israel será cercado pelos exércitos do Anticristo afugentando-se no Monte das Oliveiras
em Jerusalém (Zc. 14.4).

Diante do cerco de um poderoso exército, infinitamente superior em números, Israel


clamará a Deus (Os 6.1) e, nesse momento, o clamor chegará aos ouvidos de Cristo. Como
consequência, as Bodas do Cordeiro chegarão ao final. Jesus Cristo, então, descerá sobre
o Monte das Oliveiras juntamente com a Igreja. Quando Jesus tocar seus pés no Monte
das Oliveiras o mesmo fenderá o monte no meio. É nesse exato momento, que Israel
contemplará Jesus Cristo, o homem das mãos furadas, e o aceitará como messias –
milhares se converterão (Sl 68.1; Is 63.3; 2 Ts 2.8, Zc 14.4).

Através do seu poder, Jesus Cristo destruirá o Anticristo juntamente com seus exércitos,
o falso profeta e ordenará a prisão de satanás por mil anos. Inicia-se, assim, a Dispensação
Milenar.

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9 - DISPENSAÇÃO MILENAR

A Dispensação Milenar, ou seja, o período em que Jesus Cristo reinará por mil anos sobre a terra,
possuí as seguintes características:

 Todas as nações provindas da Grande Tribulação se apresentarão diante de Cristo


para julgamento (Mt 25.32);

 O tempo dessa dispensação será 1000 anos. Esse será o mesmo tempo em que
satanás permanecerá preso no abismo;

 O governo será uma Teocracia tendo Cristo o rei do planeta e Davi de Israel. A Igreja,
arrebatada e glorificada, contribuirá na administração no reinado de Jesus Cristo. Alguns
pensadores afirmam que entre os galardões distribuídos na Bodas do Cordeiro estão alguns
cargos dessa administração (Ap 3.21);

 Os líderes e as nações da grande tribulação deverão se apresentar uma vez por ano
em Jerusalém a fim de prestar contas e culto ao Senhor (Zc 14.16);

 Haverá Saúde Plena e os deficientes físicos serão curados (Is 33.24 / 35.5-6). Os
anos de vida serão aumentados;

 Haverá dois tipos de seres: os glorificados e os provindos da grande tribulação;

 Nascerão filhos dos seres humanos que sobreviveram na grande tribulação;

 O pecado não será tolerado (Is 65.20);

 A morte ocorrerá, mas com raridade.

 Um rio fluirá do Templo do Milênio (Ez 47) que levará vida a toda terra;

 Israel possuirá fronteiras de acordo com a promessa de Deus (Ez 47.13);

 Haverá Mudança no Reino Animal (Is 11.6-8). Os animais carnívoros e ferozes não
comerão mais carne e viverão em paz;

 Os anjos estarão na terra servindo a Cristo;

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 As tecnologias serão sustentáveis;

 Não haverá pobreza.

Então, passados mil anos, satanás será solto (Ap 20.7-8) e ajuntará um grandioso exército
para promover a última batalha contra Deus.

10 - O GRANDE TRONO BRANCO

Ap. 20:11-15

Após satanás ser solto ao final da Dispensação Milenar, ele conseguirá desviar os
corações dos homens e assim reunirá um grande e poderoso exército que a Bíblia intitula
como Gogue e Magogue. Porém, não devemos entender que são as mesmas nações de
Ez 38, pois Gogue e Magogue de Apocalipse são palavras usadas para simbolizar as
nações rebeldes que formarão um exército para lutar contra Deus.

Muitos se perguntam por que Satanás será solto? As respostas são:

– Para provar os nascidos no milênio;

– Para provar a pecaminosidade do coração do homem; e

– Para demonstrar que Satanás é incorrigível.

Podemos imaginar, com toda a certeza, que com apenas um soprar um ‘‘estalar de dedos’’
Deus destruirá Satanás e todo seu exército. Satanás finalmente será lançado no lago de
fogo do inferno e destruído para sempre com seus anjos (1 Co 6.3 / Mt 25.41).

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SEMINÁRIO DE ESCATOLOGIA BÍBLICA
“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado
sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não
se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e
pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se
os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os
mortos foram julgados pelas coisas que estavam
escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar
os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram
os mortos que neles havia; e foram julgados cada um
segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram
lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E
aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi
lançado no lago de fogo. (Ap 20:11-15)

Após a derrota de satanás, todas as almas nãos salvas ressuscitarão e se apresentarão


no julgamento do Grande Trono Branco. Cabe ressaltar que esse julgamento é para
formalização da condenação.

Diante de Deus e dos réus, serão abertos os seguintes livros: da consciência (Rm 2.15);
da natureza (Rm 1.20/ Sl 19.1-4); da Lei (Rm 3.20); da memória (Mc 9.44); dos atos dos
homens (Ap 20.12 /Mt 12.36); O livro da Vida (apenas presente Ap 20.12).

Depois do Grande Trono Branco, o tempo da plenitude se inicia. Ocorrerá a renovação


dos céus e da terra Apocalipse 21:1-6

E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque


já o primeiro céu e a primeira terra passaram,
e o mar já não existe. E eu, João, vi a Santa
Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus
descia do céu, adereçada como uma esposa
ataviada para o seu marido. E ouvi uma
grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois
com eles habitará, e eles serão o seu povo,
e o mesmo Deus estará com eles, e será o
seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, em dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o
trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.

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11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Ednaldo, Eschaton, Profecias e Fatos. 3.Ed, Editora Cháris, 2010.

ALMEIDA, Abrão, Israel Gogue e o Anticristo. 4.Ed, CPAD, 1980.

STRONG, Augustus Hopkins, Teologia Sistemática. Vol.II, Hagnos, 2003.

BARBOSA, Jales, Escatologia e Apocalipse, Editora Visão, 1984.

LAWRENCE, Paul, Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia, SBB, 2011.

AGUILAR, Lúcio Vilca, Períodos Bíblicos, EEPOAD, 2011.

OLIVEIRA, Adonias Moeses, Escatologia Bíblica, EEPOAD, 2012.

ANDRADE, Claudionor, Os Sete Castiçais de Ouro, CPAD, 2012.

ABBA PRESS & SBIA, Bíblia King James Atualizada, Editora BV, 2012.

SBB, Bíblia Sagrada Nova Tradução da Linguagem de Hoje (NTLH), SBB 2008.

ALMEIDA, João Ferreira, Bíblia Sagrada, Ed Revista e Atualizada, SBB, 1993.

ALMEIDA, João Ferreira, Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed Revista e Corrigida, SBB, 1995.

TODAS AS IMAGENS SELECIONADAS DA INTERNT (Google Imagens).

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