Você está na página 1de 10

ESTADO DO MARANHÃO

Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA


Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

PAVIMENTAÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODOVIAS ESTADUAIS

1- INTRODUÇÃO

A licitação de serviços de manutenção de rodovias estaduais através do Sistema de


Referência de Preço – SRP (SICRO – out. /2022) considera um conjunto de procedimentos
com características padronizadas para a viabilização de projeto básico ou executivo padrão,
às peculiaridades do empreendimento rodoviário.

Para sua consecução são estabelecidos quantitativos capazes de englobar um elenco de


atividades pertinentes à natureza da obra, de acordo com a especificidade de cada caso, ou
seja, as demandas de cada trecho, a serem definidas para uma base de referência unitária
de serviços, que podem compor a execução da pavimentação de uma via.

2- OBJETIVO

Descrever as ações propostas definidas a partir de um arcabouço teórico de parâmetros


técnicos básicos fundamentados no corpo normativo do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes - DNIT, adotados pela Secretaria de Estado de Infraestrutura –
SINFRA, necessários à elaboração de orçamento para serviços de manutenção de rodovias
considerando-se a malha rodoviária do Estado do Maranhão dividida em lotes de trechos onde
serão executados serviços de manutenção.

3 – CORPO NORMATIVO - DNIT

A elaboração do orçamento e execução dos serviços deverá obedecer as normas do DNIT,


tais como: Manual de Conservação Rodoviária - 2005; Manual de Restauração Rodoviária -
2006; Manual de Composição de Custos Rodoviários, Sistema de Composição de Custos
Rodoviários – SICRO 2022; Manual de Custos Rodoviários – vol. 4 (Custos de Terraplenagem
e Pavimentação Rodoviária)/DNIT, Manual de Custos Rodoviários vol. 5 (Conservação
Rodoviária), normas de procedimentos, métodos de ensaios e especificações de serviços
dentre outras pertinentes do DNIT e da ABNT.

4 – ESTRUTURA DE CONCEPÇÃO DO PROJETO

Os serviços e obras deverão ser executados a partir do levantamento de campo em


observância com o projeto básico (Termo de Referência e Planilhas de Custos, Memoriais
Descritivos e Caderno de Encargos). Os casos especiais deverão ser adequados à estrutura
da concepção deste documento mediante prévia autorização da SINFRA.

4.1 PARÂMETROS TÉCNICOS PARA PLATAFORMA

4.1.1 SEÇÕES TRANSVERSAIS

Os parâmetros técnicos a serem considerados:

Página 1 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

a) Plataforma

Seção Tipo: Plataforma – 6,60 m, duas faixas de 3,30 m cada e 2,00 m de acostamento, sendo
1,00 m para cada faixa.

b) Pavimentação - Alternativas:

b.1 Revestimento Asfáltico – Dentre os revestimentos asfálticos alternativos para compor


a camada superior do pavimento tem-se: Areia Asfalto Usinada a Quente (AAUQ); Concreto
Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ); Tratamento Superficial Duplo – TSD e Micro
Revestimento; e para os acostamentos, a aplicação do Tratamento Superficial Simples (TSS).
Como espessuras deverão ser adotadas:
1. Areia Asfalto Usinada a Quente (AAUQ) - espessuras de 4,0 cm;
2. Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) – espessura de 5,0 cm;
3. Micro Revestimento – 1,5 cm.
4. Tratamento Superficial Duplo (TSD) espessura variável;
5. Tratamento Superficial Simples (TSS) – nos acostamentos.

Revestimentos

Os revestimentos devem ser executados seguindo as Normas - Especificações de Serviços


do DNIT, constantes do Caderno de Encargos.

1. Areia Asfalto Usinada a Quente:

A camada de Areia-Asfalto destinada para revestimento deve ser projetada com uma faixa
granulométrica próxima aos limites inferiores da especificação.

Página 2 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

As porcentagens de betume referem -se à mistura de Areia e filler, considerada como 100%.
Também devem ser realizados ensaios como: Método Ensaio Marshall para Misturas
Asfálticas para verificações de condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura; e as
Especificações Complementares podem fixar outra energia de compactação;

2. Concreto Asfáltico Usinado a Quente

A composição do concreto asfáltico deve satisfazer aos requisitos do quadro seguinte com as
respectivas tolerâncias quanto à granulometria (DNER-ME 083) e aos percentuais do ligante
asfáltico determinados pelo projeto (traço) da mistura.

Página 3 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

As porcentagens de ligante se referem à mistura de agregados, considerada como 100%.


Para todos os tipos a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deve ser inferior a
4% do total.

Devem ser observados os valores limites para as características especificadas no quadro


abaixo:

As misturas devem atender às especificações da relação betume/vazios ou aos mínimos de


vazios do agregado mineral, dados pela seguinte tabela:

3. Micro Revestimento Asfáltico - espessura de 1,5 cm.

A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer aos requisitos do


Quadro abaixo, com as respectivas tolerâncias, quando ensaiadas pelo método de ensaio
estabelecido pela norma DNER-ME 083/98 e DNIT-ES 035/2018.

A dosagem adequada do microrrevestimento asfáltico deve ser obtida com base nos ensaios
recomendados pela ISSA - International Slurry Surfacing Association.

Página 4 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

Composição granulométrica da mistura de agregados (ISSA A-143, 1990)

Métodos e Condições de Dosagem

4. Tratamento Superficial Duplo (TSD) espessuras variáveis;

Os agregados das camadas constituintes do revestimento devem atender os valores segundo


a granulometria definida em intervalos estabelecidos na tabela abaixo, das especificações do
DNIT.

Página 5 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

As taxas de aplicação de ligante (emulsão) e agregado devem atender de acordo com a


camada com valores que atendam as indicações, em intervalos segundo a tabela abaixo, das
especificações do DNIT.

5. Tratamento Superficial Simples – Indicado para os acostamentos.

A granulometria dos agregados (DNER-ME 083/94) deve seguir a uma das faixas constantes
da tabela abaixo:

As taxas de aplicação dos ligantes e de espalhamento recomendada geralmente seguem as


seguintes faixas da tabela abaixo:

Página 6 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

a) Base

Adotar as bases com espessura prevista de 20 cm; podendo ser estabilizada com:
granulometricamente sem mistura; estabilizada com material de jazida; base melhorada com
cimento ou base em solo brita; seguindo as normas estabelecidas no Caderno de Encargos.

b) Serviços de Manutenção:

Abrangerá serviços como: fresagem descontínua de revestimento asfáltico de acordo com


o levantamento dos serviços, assim como os serviços: tapa buraco; remendo profundo;
recomposição mecanizada de aterro; remoção da camada granular do pavimento e/ou
a recomposição de base e recomposição de revestimento primário nas rodovias não
pavimentadas.

c) Transportes

c.1 Transporte com caminhão basculante de 6 m³ e 10 m³ – Adotado para o peso por


unidade de serviço para solos e os materiais retirado da pista, massa asfáltica, solo, pedra de
mão, material fresado.
c.2 Transporte com caminhão carroceria de 7 ton. com guindauto capacidade 20 t.m–
Adotado o transporte para de materiais: tubos de concreto.
c.3 Transporte com caminhão carroceria de 9 t, 15 t e 20 ton. – Adotado o transporte
para de materiais: Filler, cal, Cimento Portland, Aço, arame, prego de ferro, madeira.
c.4 Distâncias Médias de Transportes – DMT’s
Para solos e transporte local de materiais, foi adotada a DMT da tabela abaixo considerando-
se uma sede municipal como referência, de acordo com cada lote de rodovias. Para os
materiais brita e areia observar o INFORMATIVO nº 01/2016 – DNIT, de 24 de agosto de
2016.

DMT DMT DMT Ñ DMT DMT DMT DMT


LOTE PAV RP LN PAV. AREIA SOLO BRITA SEDE

BACABAL 79,61 12,88 0,00 5,00 30,00 40,00 187,00 7,00


BALSAS 99,66 27,04 46,50 5,00 30,00 40,00 8,00 5,00

CAXIAS 79,58 28,25 0,00 5,00 30,00 40,00 44,00 7,00

CODÓ 73,29 48,00 0,00 5,00 30,00 40,00 142,00 6,00

COLINAS 90,11 22,33 0,00 5,00 30,00 40,00 110,00 4,00


GRAJAÚ 102,42 21,80 38,00 5,00 30,00 40,00 107,00 5,00
GOV. NUNES
FREIRE 68,06 22,38 0,00 5,00 50,00 40,00 190,00 3,00

Página 7 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

IMPERATRIZ 65,54 29,00 0,00 5,00 30,00 40,00 94,00 9,00


ITAPECURU 56,15 27,55 0,00 5,00 30,00 40,00 57,00 4,00
BARREIRINHA
S 76,41 13,50 14,00 5,00 30,00 40,00 145,00 5,00
PINHEIRO 64,64 10,88 0,00 5,00 50,00 40,00 282,00 4,00
SANTA INÊS 70,59 6,00 25,50 5,00 30,00 40,00 189,00 5,00
SANTA
QUITÉRIA 62,41 21,00 19,00 5,00 30,00 40,00 100,00 3,00

SÃO LUÍS 14,77 0,75 0,00 5,00 30,00 40,00 57,00 16,00

d) Dispositivos de Drenagem:

d.1 Bueiros – Adotados bueiros tubulares (BSTC) no diâmetro D = 1,00 m e bueiros celulares
de concreto de 1,50x1,50 m.

d.2 Bueiros - Tubos em PEAD nos diâmetros de 900 mm e 1050 mm.

d.3 Valetas, Sarjetas, Meios Fios, Entradas d’Águas, Descidas D’águas; Dissipadores
de Energia e Drenos profundos:

d.3.1 Valetas – As valetas de proteção de corte serão do tipo VPC 04 e as de aterro serão do
tipo VPA 04.

d.3.2 Sarjetas – As sarjetas de pé de corte serão do modelo STC 03.

d.3.4 Meio Fio de Concreto – Deverá utilizado o modelo MFC 05.

d.3.5 Entradas d’Água – Deverá ser utilizado o modelo EDA 01 e EDA 02.

d.3.6 Descidas d’Água – Deverão ser utilizadas as descidas d’água de aterros tipo rápida,
modelos DAR 02 e DAR 03.

d.3.7 Descidas d’água de cortes e aterros em degraus – Deverão ser utilizadas as descidas
d’água nos modelos DAR 03 e DAR 08.

d.3.8 Dissipadores de Energia – Deverão ser utilizados dissipadores de energia dos tipos
DES 02; DEB 01; DEB 05; DEB 08 e DEB 11

d.3.9 Dreno Longitudinal Profundo tipo DPS 07 – Tubo PEAD;

Página 8 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

e) Materiais Betuminosos

Adotados os materiais betuminosos: Asfalto Diluído CM-30; Emulsão Asfáltica RR-1C;


Emulsão Asfáltica RR-2C; CAP 50/70 e emulsão RL- 1CE com aquisição de referência da
Refinaria de Fortaleza e preços da ANP. Para DMT de transporte de materiais betuminosos
foi adotado a tabela de referência, abaixo.

O cálculo do transporte de referência adotado: Portaria nº 1.977 – DNIT, de 25 de outubro de


2017– DNIT. De acordo com a portaria, para o cálculo da DMT por regional, foi considerada
a média ponderada das distâncias de 03 (três) refinarias mais próximas ao município sede do
Lote vencedor, comparando-se os custos dos referidos materiais betuminosos com a refinaria
mais próxima, ou seja, em Fortaleza. Adotando-se a DMT média para essa refinaria, de menor
custo.

DMT - AQUISIÇÃO DE MATERIAIS BETUMINOSOS


SEDE DESTINO KM 1 KM 2 KM 3 MENOR
BACABAL 854,00 895,00 962,00 854,00
BALSAS 1.135,00 1.185,00 1.291,00 1.135,00
CAXIAS 664,00 704,00 705,00 664,00
CODÓ 762,00 803,00 804,00 762,00
FORTALEZA - CE

COLINAS 829,00 928,00 978,00 829,00


GRAJAÚ 1.043,00 1.085,00 1.236,00 1.043,00
GOV. NUNES FREIRE 1.197,00 1.159,00 1.166,00 1.159,00
IMPERATRIZ 1.232,00 1.336,00 1.274,00 1.232,00
ITAPECURU 845,00 866,00 975,00 845,00
BARREIRINHAS 647,00 644,00 635,00 635,00
PINHEIRO 1.096,00 1.117,00 1.137,00 1.096,00
SANTA INÊS 953,00 1.000,00 995,00 953,00
SANTA QUITÉRIA 674,00 595,00 610,00 595,00
SÃO LUÍS 962,00 983,00 1.066,00 962,00

Serviços de Contenção

Para as contenções deverão ser adotados alvenaria de blocos de concreto 19x19x39 cm com
espessura de 20 cm; e em solo-cimento ensacado com mistura de solo de jazida com 8% de
cimento.

Sinalização

A sinalização abrange:
a. Utilização de pintura de faixa com tinta acrílica e pintura com tinta acrílica
emulsionada em água na espessura de 0,40 mm.

Página 9 de 10
ESTADO DO MARANHÃO
Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA
Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária – SEAGER

MEMORIAL DESCRITIVO

b. Placas de Regulamentação em aço tipo R1 lado 0,331 m - Película Retrorefletiva


tipo I + SI;
c. Placas de Regulamentação em aço tipo R2 lado 1,00 m - Película Retrorefletiva
tipo I + SI;
d. Placas de Regulamentação em aço D = 1,00 m - Película Retrorefletiva tipo I + SI;
e. Placas de Advertência em aço, lado de 0,60 m - Película Retrorefletiva tipo I + SI;
f. Suporte para placa de sinalização em madeira de lei tratada 8x8 cm;
g. Ondulação transversal em concreto tipo A, utilizando areia e brita comerciais;
h. Tacha refletiva em plástico injetado – bidirecional tipo I com um pino;
i. Tachão Refletivo em plástico injetado monodirecional;
j. Defensa maleável simples;
k. Placa de Sinalização de obras montada em cavalete metálico – 1.00x1,00 m.

Limpeza de Ponte

Deverá ser realizada a limpeza em obras especiais de concreto, abrangendo serviços


observados na ISC 18/04 – Limpeza e Desobstrução de OAE; do Manual de Conservação
Rodoviária – DNIT/2005.

Página 10 de 10

Você também pode gostar