Profa Roberta S.

de Araújo
Interagir pela linguagem significa realizar uma
atividade discursiva: dizer alguma coisa a
alguém, de determinada forma, num
determinado contexto e em determinadas
circunstâncias de interlocução (MEURER, 2005).
Todo discurso materializa-se através de textos e
estes consistem em um todo significativo,
qualquer que seja sua extensão. Os textos, por
sua vez, concretizam-se através dos gêneros
textuais (MEURER, 2005).

Dessa forma, podemos dizer que nos

comunicamos através de gêneros.

 Tudo leva a crer que existe um saber social

comum através do qual, nós usuários da
língua, orientamo-nos para decidir qual gênero
textual devemos utilizar em cada contexto de
comunicação.

Esse saber é a competência sociocomunicativa.

 UMA DEFINIÇÃO DE GÊNERO TEXTUAL ...

Gêneros textuais são os textos que encontramos na nossa

vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos
característicos definidos por composições funcionais,
objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados
na integração de forças históricas, sociais, institucionais e
técnicas. (Marcuschi: 2008, p. 155).
A escolha por um determinado gênero está
intimamente ligada ao contexto:
características da situação, finalidade do
gênero, papel dos interlocutores.

Por exemplo, qual (quais) gênero(s)

costumamos usar quando precisamos obter
informações sobre um acontecimento que
atingiu grande repercussão?

Os gêneros apresentam finalidade

comunicativa e organização recorrentes.
Assim, em relação a um gênero textual
podemos perguntar:

Qual é a finalidade comunicativa?

Como se organiza?
Que nomes atribuímos aos
textos a seguir?!
 A raposa e as uvas

Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia

encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira
carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua
alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar
as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir
embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão
azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não
comeria.
Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.

(Jean La Fontaine)

 Os gêneros textuais
podem ser:
Orais uso da linguagem falada
Ex: conversa, telefonema, aula expositiva ...

Escritos - uso da linguagem escrita

Ex: carta, bilhete, lista de compras, aviso ...

Multimodais - uso de várias modalidades de linguagem, como

escrita, imagens, fala, gestos ...
Ex: propaganda, charge, capa de jornal ...
 Tipologias Textuais

Sequências de enunciados com características diversas e

específicas a partir das quais os textos são construídos. Logo,
há sequências de textos que expõem fatos; há outras que os
descrevem. Há aquelas que elencam informações; há outras
que defendem ideias.
E, além de todas estas, há aquelas que trazem o passo a passo
sobre ações que devem ser realizadas no preparo de um bolo,
por exemplo.
 Tipologias Textuais

NARRAÇÃO:

Relato de fatos (reais ou fictícios);

Textos com ordem cronológica, espaço (lugares) e
personagens.

Ex: romance, crônica, piada, HQs, notícia, conto etc.

 Tipologias Textuais

DESCRIÇÃO:

Texto detalhado no qual se descreve algo ou alguém;

Apresentação de característica físicas ou psicológica.

Ex: diário, reportagem, cardápio, currículo etc.

 Tipologias Textuais

DISSERTAÇÃO:

EXPOSITIVA - Exposição e análise de ideias, de temáticas,

mas sem a intenção de argumentar.
Ex: palestra, resumo, sinopse, entrevista etc.

ARGUMENTATIVA - Exposção e análise de ideias com a

finalidade da defesa do ponto de vista do autor.
Ex: redação escolar, carta do leitor, artigos de opinião etc.
 Tipologias Textuais

INJUNÇÃO:

Textos que indicam orientação;

Expressam ordem ou instrução. Uso de formas
imperativas.

Ex: regra de jogos, manual de instruções, receita culinária,

bula de remédio etc.
ATÉ A PRÓXIMA AULA!