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A lei de Moore surgiu em 1965 através de um conceito estabelecido por Gordon Earl Moore.
Tal lei dizia que o poder de processamento dos computadores (entenda computadores como a
informática geral, não os computadores domésticos) dobraria a cada 18 meses. Vale frisar que
de modo algum Gordon queria se referenciar a sua empresa (Gordon é co-fundador da Intel),
pois ele não havia como ter certeza que a empresa conseguiria evoluir em tal ritmo.
Não há como dizer que esta lei vá perpetuar por muito mais tempo, mas até agora ela tem sido
válida. Atualmente sabe-se que o computador mais veloz do mundo é o IBM Roadrunner, o
qual tem a capacidade de 1,144 petaflops. Se compararmos este número às atividades do ser
humano, seria como dizer que nossos órgãos sensoriais calculam as atividades e as realizam
com a mesma grandeza.
A comparação supracitada realmente é real, pois em um teste realizado pelo grupo Los Alamos
(grupo de pesquisadores que tem parceria com a IBM no projeto do Roadrunner) eles
conseguiram realizar em uma simulação o mesmo número de cálculos que nosso cérebro
executa durante a audição ou a locomoção. Tais experiências são de suma importância, visto
que podem ser de grande ajuda na medicina para auxiliar pessoas com deficiências, e ainda
podem auxiliar a ciência para estudar melhor o corpo humano.
A título de curiosidade, o IBM Roadrunner utiliza 6.562 processadores dual core AMD Opteron
associados a 12.240 chips da IBM (semelhantes ao processador utilizado no PlayStation 3) e
quase 52 TB (TeraBytes) de memória RAM. Alguns cientistas até já prevêem que se a lei de
Moore continuar sendo válida, em 2019 teremos um décimo do poder do IBM Roadrunner em
nossas casas. Há de se convir que tais números são absurdamente estrondosos e nos levam a
pergunta: se a informática continuar a evoluir neste ritmo, aonde iremos parar? Realidades
como as dos filmes “Eu, o Robô” ou “O Homem Bicentenário” serão o futuro da humanidade?
Qual sua opinião sobre isso?
<http://www.tecmundo.com.br/curiosidade/701-o-que-e-a-lei-de-moore-.htm>
<http://canaltech.com.br/o-que-e/intel/O-que-e-a-Lei-de-Moore/>
a Lei de Moore
Carlos E. Morimoto criou 1/ago/2011 às 15h23
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Introdução
Em 1965, Gordon Moore (co-fundador da Intel) publicou um artigo constatando que a miniaturização vinha permitindo dobrar o número de
transistores em circuitos integrados a cada ano (enquanto o custo permanecia constante), uma tendência que deveria se manter por pelo
menos mais 10 anos. Em 1975 (precisamente dez anos depois), ele atualizou a previsão, profetizando que o número passaria a dobrar a
cada 24 meses, cunhando a célebre lei de Moore.
Na época ninguém poderia prever que em 2011 estaríamos usando PCs com o Sandy Bridge e os processadores da linha Fusion e módulos
de memória DDR3 em dual-channel, mas a previsão continua surpreendentemente apurada, acertando quase em cheio a cada nova
geração. Basta fazer as contas:
Tamanha precisão pode soar realmente profética, mas a lei de Moore é mais um plano de negócios do que uma profecia. A realidade é que
fabricantes de chips como a Intel precisam lançar novos processadores regularmente para alimentar o ciclo dos upgrades e manter assim
as vendas em alta.
Cada nova geração precisa ser consideravelmente mais potente que a anterior, o que leva à busca por novos processos de fabricação. Por
coincidência, cada nova técnica de litografia tem por objetivo aproximadamente dobrar o número de transistores no mesmo espaço (já que
com menos do que isso o avanço seria pequeno demais para justificar o investimento) e, por questões econômicas (ciclo de lançamento dos
produtos e outros fatores), os fabricantes conseguem reunir os investimentos necessários para atualizar as fábricas a cada dois anos.
Em outras palavras, a lei de Moore tem se mantido precisa pois ela é uma fórmula simples, que cria um ciclo previsível de upgrades. Todo
mundo gosta de um pouco de previsibilidade (empresas precisam planejar upgrades, fabricantes precisam planejar os próximos
lançamentos, e assim por diante) e os ciclos de 24 meses oferecem exatamente isso.
Originalmente, a Lei de Moore não falava nada sobre o desempenho, mas apenas sobre o número de transistores em processadores,
módulos de memória e outros circuitos. Entretanto, a sofisticação dos circuitos anda de mãos dadas com o desempenho, já que mais
transistores significam mais unidades de processamento, mais cores, mais memória cache e assim por diante. Além disso, novas técnicas
de fabricação permitem também aumentar o clock, o que resulta em mais instruções por ciclo e mais ciclos por segundo.
Isso levou funcionários da Intel a cunharem uma versão alternativa, prevendo que o desempenho dos processadores dobraria a cada 18
meses, outra previsão que vem se mantendo mais ou menos apurada, embora o uso de mais núcleos e mais unidades de processamento
tenha tornado cada vez mais difícil extrair todo o desempenho dos processadores atuais.
Naturalmente, os ciclos de 24 meses não continuarão indefinidamente, já que os processos de litografia irão eventualmente esbarrar nas
leis da física, algo que deve acontecer entre 2015 e 2020.
Conforme os transistores ficam menores, eles passam a ser formados por menos átomos, o que torna cada vez mais difícil manter a
integridade dos sinais. Isso faz com que o desafio (e o investimento necessário) em criar a próxima geração, seja exponencialmente maior
que o da geração anterior. Entretanto, não há motivo para pânico, já que existem outras tecnologias no horizonte, como o uso de
nanotubos e a eterna promessa dos computadores quânticos. Soluções criativas tendem a aparecer quando existe muito dinheiro em jogo.
<http://www.hardware.com.br/artigos/lei-moore/>